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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Disciplina: HST1101 - Introdução aos Estudos Históricos [Horários: 24N34; 24M34]
Semestre 2020. 6 – Carga Horária/Créditos: 60/04
Aulas de Campo: ( ) Sim ( X ) Não
Docente: José Evangelista Fagundes E-mail: fagundespe@uol.com.br

PROGRAMA DA DISCIPLINA

EMENTA

Formas de conceber e escrever a história. A construção do conhecimento histórico: problema,


documentos, temporalidades, fundamentação teórica e metodológica. História e narrativa.
História e interdisciplinaridade.

OBJETIVOS

O propósito da disciplina é possibilitar ao aluno:

 Compreender questões básicas acerca do conhecimento histórico: aspectos de ordem


epistemológica e prática.
 Refletir sobre o ofício do historiador e o lugar da história no conjunto das ciências
sociais;
 Definir fato, documento e tempo enquanto categorias importantes para a interpretação
histórica;
 Identificar características básicas da historiografia contemporânea, do historicismo e do
positivismo.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

 Atuar no ensino de História, entendendo-o não como mera transmissão do conhecimento,


mas como construção do conhecimento;
 Compreender a História como um campo de conhecimento relacionado com outras
formas de conhecimento e apreensão do mundo, seja no domínio da ciência, da arte ou
do senso comum.
 Compreender a complexidade dos processos históricos, bem como suas diferentes
modalidades de combinações no tempo e no espaço.
 Identificar as fronteiras entre a disciplina História e outras áreas do saber, diferenciando-
as e detectando as especificidades do conhecimento histórico.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I: Definição de História; história como conhecimento disciplinado; a relação História,


a ciência e a arte.
Unidade II: História e o seu objeto de estudo; o ofício de historiador; o documento e o tempo
para os historiadores; História e narrativa.
Unidade III: o historicismo e o positivismo; os Annales; a renovação historiográfica. História e
interdisciplinaridade.
METODOLOGIA

Aulas expositiva e dialogada com participação efetiva dos alunos em ambiente virtual através do SIGAA e/ou
GOOGLE MEET. Para tanto, far-se-á uso de ferramentas síncronas e assíncronas (chats, fóruns,
webconferências) em que os discentes - de forma individual e/ou em grupo - serão estimulados à apresentação
de textos, seminários e realização de trabalhos escritos (leitura dirigida, fichamentos e ensaios), compartilhando
suas reflexões com os colegas e o professor.

AVALIAÇÃO

A avaliação constará de atividades escritas nas três Unidades I e de atividades como: participação nos fóruns
de discussão, nos chats e webconferência, fichamentos de textos; escrita de autobiografias e produção de
textos/resumos a partir das leituras da bibliografia recomendada. As atividades aqui previstas poderão ser
substituídas durante o semestre se o professor, em diálogo com os alunos, considerar necessário.

REFERÊNCIAS

Básica

ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval Muniz de. História: a arte de inventar o passado. Ensaios
de teoria da história. Bauru, SP: Edusc, 2007.
ALVEAL, Carmen Margarida Oliveira; FAGUNDES, José Evangelista; ROCHA, Raimundo
Nonato Araújo da. (org.). Reflexões sobre história local e produção de material didático.
Natal: EDUFRN, 2015.
ARRUDA, Gilmar. Para que serve o ensino de História? História & Ensino, Londrina, v. 8, n.
p. 37-47, out. 2002. Semestral. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/12154. Acesso em: 11 abr.
2020.
BARROS, José D’assunção. Teoria e formação do historiador. Teias, Rio de Janeiro, v. 11, n.
23, p. 41-62, dez. 2010. Semestral. Universidade de Estado do Rio de Janeiro.
http://dx.doi.org/10.12957/teias. Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24129. Acesso em: 11 abr. 2020.
BARROS, José D'assunção. Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico.: a
oposição entre os paradigmas positivista e historicista. Revista Tempo, Espaço e Linguagem
(tel, Irati, v. 2, n. 1, p. 73-102, ago. 2010. Semestral. Disponível em:
https://www.revistas2.uepg.br/index.php/tel/article/view/2628/1970. Acesso em: 12 abr. 2020.
BARROS, José D’assunção. Os Annales e a história-problema: considerações sobre a
importância da noção de “história-problema” para a identidade da Escola dos Annales. Revista
História: Debates E Tendências, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 305-325, 25 mar. 2013. Semestral.
Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rhdt/article/view/3073. Acesso em: 11 abr. 2020.
PRATS, Joaquín. Ensinar História no contexto das Ciências Sociais: princípios básicos. :
princípios básicos. Educar em Revista, [s.l.], n. , p. 01-20, 2006. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.406.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de janeiro, Zahar, 2001.
CARDOSO, Ciro Flamarion. VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da história: ensaios de
teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
CARR, Edward Hallet. Que é história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
DOSSE, François. História e ciências sociais. Bauru, SP: Edusc, 2004.
JENKINS, Keith. A história repensada. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2004.
KALLÁS, Ana Lima. Usos públicos da história: origens do debate e desdobramentos no ensino
de história: origens do debate e desdobramentos no ensino de história. Revista História Hoje,
[s.l.], v. 6, n. 12, p. 130-157, 18 set. 2017. Revista Historia Hoje.
http://dx.doi.org/10.20949/rhhj.v6i12.351.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas/SP: Unicamp, 1996.
MALERBA, Jurandir. Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na
era digital. : desafios ao conhecimento histórico na era digital. Revista Brasileira de História,
[s.l.], v. 37, n. 74, p. 135-154, 27 abr. 2017. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1806-93472017v37n74-06. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbh/v37n74/1806-9347-rbh-2017v37n74-06.pdf. Acesso em: 11 abr.
2020.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. A História, Cativa da Memória? Para um Mapeamento da
Memória no Campo das Ciências Sociais. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, [s.l.],
n. 34, p. 9-23, 31 dez. 1992. Semestral. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da
Informacao Academica (AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i34p9-23.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/70497/73267. Acesso em: 11 abr.
2020.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
REIS, José Carlos. Tempo e Terror: Estratégias de Evasão. In: REIS, José Carlos. História,
tempo e evasão. Campinas: Papirus, 1994. Cap. 5. p. 141-164.
REIS, José Carlos. O lugar da teoria-metodologia na cultura. Revista de Teoria da História,
Goiânia, v. 6, n. 2, p. 4-26, dez. 2011. Semestral. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/teoria/article/view/28973. Acesso em: 11 abr. 2020.
STONE, Laurence. O ressurgimento da narrativa. Reflexões sobre uma velha História.
Revista de História, Unicamp, n. 2/3, 1979.

Complementar

BARROS, José D’ Assunção. História: ciência humana e social: questões interdisciplinares.


Maringá: Revista Cesumar, 2011.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
BURKE, Peter. A escola dos Annales (1929-1989): a revolução francesa da historiografia. São
Paulo: UNESP, 1997.
FINLEY, M. Usos e abusos da história. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas, SP: Unicamp, 1996.
MALERBA, Jurandir (Org.). A História escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo:
Contexto, 2006.
PEGORARO. Olinto A. Sentidos da história: eterno retorno, destino, acaso, desígnio
inteligente, progresso sem fim. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
REIS, José Carlos. A história, entre a filosofia e a ciência. São Paulo: Ática, 1996.
VÍDEOS/FILMES

Vídeo:

POR trás da negação do holocausto. S.i: Tedxskoll, 2017. Son., color. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/deborah_lipstadt_behind_the_lies_of_holocaust_denial/transcript?la
nguage=pt-br. Acesso em: 11 abr. 2020.

Filmes:

NARRADORES de Javé. Direção de Eliana Caffé. Rio de Janeiro: Bananeira Filmes, 2002.
(100 min.), color.

NEGAÇÃO. Direção de Mick Jackson. Eua: Christine Langan, 2016. (110 min.), color.

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