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Seus olhos brilham ao ver meu sutiã rendado. Não sei por
que usei um belo conjunto de sutiã e calcinha hoje, mas agora
estou feliz por ter usado. Embora ao longo dos anos, Colton
tenha visto minhas roupas íntimas muito menos estelares.
Ele não diz nada e seus olhos se voltam para o chão. Vou
ao banheiro escovar os dentes. Ele entra e pega o enxaguante
de mim. Cuspimos na pia ao mesmo tempo, nossos olhos
presos por um breve segundo, mas é como abrir o tampão de
uma banheira cheia de água. Memórias da noite passada
inundam meu cérebro.
— Oi, vovó.
1 Casamenteiro.
quando qualquer um pode entrar e se casar com um solteiro
ou solteira específico.
— Sempre.
— Bom dia.
— Sim.
Controle-se, Juno.
Sim, ele está certo, ela parecia certa. Ela estava na casa
dos setenta quando aquela foto foi tirada, cabelo ruivo
cacheado e um chapéu, nenhuma pele aparecendo, exceto o
rosto.
— Mesmo?
— Sim. Eu acho.
Não posso.
— Deixe-me pegar minha bolsa.
Treze anos de idade
— E daí?
— Ei — digo.
Ele está sempre com fome agora. Ele sai da cozinha com
duas latas de refrigerante e um saco de Cheetos e se dirige para
a porta do porão.
— Um pouco.
— Mas como?
— Ok, mas sou sua melhor amiga. Todo mundo sabe que
quando você atinge uma certa idade, garotos e garotas não
podem ser apenas amigos. — Ela levanta a garrafa no ar.
Maldito seja meu desafio de altura. — Pelo menos você pode
confiar que Colton não vai tirar sarro de você se beijar mal.
— E se mudar as coisas?
— Sim. Obrigado.
— Sim.
Ela está calada sobre ele desde o que quer que tenha
acontecido entre eles no ano passado, mas sei que algo
aconteceu. As piadas que suas irmãs fazem rapidamente
cortadas quando lembram que estou na sala são um bom
indicador. Trey Galger é dono de uma gravadora, amigo do
namorado de Phoenix. Ele voa em seu jato particular para a
cidade de vez em quando. Eu odeio o cara por princípio, ele
não é o que Juno precisa na vida dela.
Concordo. — Eu sei.
Olho para Kingston quando ele não nos deixa em paz. Ele
não é exatamente a presença intimidante que pensou que
poderia ser. Então, novamente, nunca foi o irmão
superprotetor para mim. Eu também nunca dei a ele muitos
motivos para ser um.
— Nós devemos ir — digo, olhando Kingston.
Ele não apenas fez isso. Meu irmão foi criado com boas
maneiras.
Ele ri, mas tem um quê de ah, merda, como se ele fosse
comer os cinquenta dólares com prazer sabendo disso. — Oh?
— Ok, você pode nos levar para o pátio? Jason tem uma
reserva. — Eu me levanto na ponta dos pés e aponto para o
nome dele em sua tela eletrônica.
— Obrigada — digo.
— Juno?
Juno suspira.
Então ela olha para cima para ver se alguém a ouviu, mas
Rome rapidamente intercede. Ele está encobrindo a irmã ou
não ouviu. — Que tal o especial hoje à noite?
Juno geme.
— Jamaica — digo.
— Ah, sim, — diz Brigette. — Acho que não sabia que você
tinha a mesma idade. Talvez porque ele é casado e tem filhos,
ele parece mais velho.
2 Adrenalina injetável.
Brigette parada na porta.
— Certo.
— É por isso que você tem sido fria comigo? Porque você
não acha que sou boa o suficiente para Colton?
Obrigada, Colton.
— Você também.
Eu ando em direção à caminhonete de Colton,
silenciosamente me repreendendo para organizar minhas
coisas. Colton vai se casar, quer eu goste ou não. Não deveria
deixar um cara bom como Jason escapar por entre meus
dedos. Preciso parar de chafurdar. Meu negócio está no
vermelho e preciso dele de volta no preto. E daí se Kingston
achar que o speed dating3 é dos anos 80? Isso vai me trazer
negócios.
3 Encontro rápido.
melhor. — O tom de raiva na voz de Colton é desnecessário.
Estou bem.
— Sim?
— Muito obrigada.
Ele está aqui apenas três dias por semana agora e, no ano
passado, discutiu comigo sobre investir no negócio até que eu
pudesse comprá-lo completamente. Mas sei que um
passarinho chamado Lori fica sussurrando em seu ouvido que
sou muito jovem e os clientes não me ouvem como ouvem ele.
— Obrigado.
4 Prints.
— Colton, sente-se. — Ele gesticula e sento na cadeira em
frente à sua mesa. Eu tenho um escritório, mas o meu não tem
uma janela como a dele. Arrumei mentalmente minha própria
mobília neste escritório muitas vezes. — Vou falar com clareza
e gostaria que você fosse direto comigo em algumas coisas.
— Ok.
— Sim, senhor.
Não tenho tempo para falar com Brigette o dia todo, até
que estamos atravessando a praça em direção ao estúdio de
dança Tap Your Feet.
— A respeito?
— Quem?
Eu me viro e meus olhos se estreitam. Juno e Jason estão
descendo a calçada em nossa direção.
— Fácil?
— Uau.
— Sim, mas ele disse que tinha quadris para salsa. O que
quer que isso signifique.
— Desculpe — digo.
Mais dois casais entram. A Sra. Johnson diz olá para eles,
depois vem até nós e coloca as mãos em meus quadris.
Não sinto diferença, mas ela nos deixa em paz, pelo que
sou grata. Jason me gira, e enfrento Colton e Brigette.
— Hum...
Todo mundo ri. Acho que ela tem seus filmes misturados.
Ela o acerta, mas olha para Cleo, que está parada perto
da parede. — Como você vai se casar com esse cara?
— Outro?
Apenas espere.
— É meio grande.
— Por quê?
— Eu sou. Você?
Meu nome sai de sua boca antes que ele pare dentro de
mim. — Eu sinto muito.
— Posso entrar?
— Você se machucou?
— Aonde?
Ela volta com uma caneta e passa seu nome pelas linhas
marcadas com sua assinatura.
Isso tem que ser uma piada. Por que Dori estaria em
Anchorage? Além disso, nunca vi Ethel beber mais do que uma
única taça de vinho sem reclamar de azia. Mas,
independentemente, parece que vou dirigir para Anchorage.
— Perfeito.
— Definitivamente.
Tenho muita culpa por não ter contado a Juno por que
vou me casar com Brigette, mas não posso arriscar que isso
vaze. Ninguém, exceto Brigette e eu, sabemos que este é um
tipo de casamento apenas pelo green card, e se algo vazasse,
eu poderia estar em sérios problemas.
Não perguntei por que ela está fazendo isso. Ela sempre
fez estritamente matchmaking com um toque pessoal. Mas não
vou perguntar a ela agora na frente de todos.
No Alasca.
Em Anchorage.
— Stella? — Digo.
— Cami.
Ele pisca para mim mais uma vez antes de os três saírem
da sala.
Encolho os ombros.
Aqui vai.
Atendo a porta para encontrar Juno em pé na varanda.
Normalmente, ela passa por mim com um breve oi e uma longa
história do que acabou de acontecer com ela, porque algo
estranho sempre acontece com Juno. Achei que ela estaria
falando sem parar sobre o reaparecimento de Stella antes que
eu abrisse a porta completamente. Mas ela apenas fica em
silêncio e fica lá.
— Eh.
— Eu não me oporia.
Ela concorda.
Não posso mais fazer isso. Tenho que contar a ela. Coloco
minha mão na dela. — Juno.
Ela espia pela cortina. Seu quarto tem vista para toda a
propriedade e seus ombros caem quando ela deve vê-lo. — De
quem são esses filhos?
— Eh — ela diz.
Eu concordo. — Eu sei.
— Sim.
— Você não pode fazer tudo isso sobre você de novo. Você
está muito atrasada. — Eu cruzo meus braços sobre o peito,
um milhão de coisas na ponta da minha língua implorando
para serem liberadas.
— Sim.
— Juno.
— O quê?
Ela diz: — Sei que não facilitei as coisas para você todos
esses anos e gostaria de não ter alimentado esse medo de
perder você. E sim, tenho certeza que todos, incluindo você,
acham que me sinto assim agora porque perdi meus pais tão
jovem e estou com medo de perder você agora que vai se casar.
Mas o que me mantém acordada à noite desde que você
anunciou seu noivado são essas imagens em minha cabeça de
você amando outra mulher do jeito que me amou todos esses
anos. Sei que sou lenta para entender e deveria ter admitido
meus sentimentos por você há muito tempo. Posso até
entender por que está com raiva de mim, mas você está errado.
Amanhã ainda estarei cuidando de um coração partido porque
amo você, Colton Stone. Todos os anos esse amor se agravou,
mas mantive aquela memória de nós na casa da árvore no dia
do funeral dos meus pais e no centro da minha mente para me
lembrar que qualquer coisa horrível que acontecer na minha
vida, você estará lá para mim. Mas agora, a coisa horrível que
está acontecendo comigo é você se casar com outra mulher e
eu não fui capaz de falar com você sobre como isso dói. — Ela
faz uma pausa. — Você pode escolher acreditar em mim ou
não, mas nunca menti para você.
— Por quê?
Não vou contar a ela sobre Juno ter vindo para mim antes
do casamento. Odiaria que ela ficasse brava com Juno, embora
me pareça como se Brigette tivesse encontrado alguém por
quem ela tem sentimentos de qualquer maneira.
— O quê? Mesmo?
Concordo.
— É por isso que você não nos deixou pagar por nada? —
Meu pai pergunta. — Você poderia ter nos contado.
— Não, Rich, eles estavam cegos para isso. Bem, não acho
que Colton estava, mas Juno, você sabe, com Tim e Beth...
— Dr. Murphy.
— O quê?
— Mesmo?
— Obrigado.
Coloco meu dedo sob seu queixo e levanto sua cabeça até
que nossos olhos se encontrem. — Tudo que me importa somos
nós. — Eu coloco uma mão em volta de sua cintura fina e
seguro sua mão entre nossos peitos. — Sinto muito por mais
cedo.
— Mas e quanto...
— Parar o que?
— Eu não estou.
— Ei!
— Sua vez.
— Por que, Srta. Nympho, você quer levar essa pizza para
cima?
Ele balança a cabeça, mas seu sorriso diz que não odeia
os novos nomes que estou testando para seu pau. Por alguma
razão, é mais fácil do que reconhecer que cruzamos essa linha
e agora estou muito familiarizada com a maneira como meu
melhor amigo transa.
— Como você pode ser tão casual sobre isso? Você não
está preocupado? Eu combino pessoas para viver e agora
roubei o noivo de um cliente que combinava. Dificilmente isso
é bom. — Sento-me no balcão, meu estômago não ronca mais
de fome.
Ele ri. — Oh, Juno, ela está bem. Obviamente, queria ficar
com Rhys.
— Então por que você está aqui tão cedo? E, por favor,
me diga que você não está aqui há muito tempo? — Juno olha
para mim porque cerca de meia hora atrás, ela estava gritando
meu nome.
— Sim, acabamos de chegar aqui, e acho que somos
gratas.
Juno ri.
— Bom dia.
Dr. Murphy sabe mais do que eu. Afinal, não veio falar
comigo antes de ela e Rhys partirem ao pôr-do-sol. Espero que
esteja feliz.
Eu ri. — Sim.
— Perfeito.
— Sim?
Isso é o que ele queria desde que se formou. Ele sabia que
não havia lugar para dois consultórios veterinários em Lake
Starlight, então ou ele comprava Four Paws do Dr. Murphy
quando ele se aposentasse, ou teria que ir a outro lugar para
trabalhar. Isso o mantém aqui em Lake Starlight
permanentemente.
— Sim. Fofo.
— Onde?
Oh não, ele não disse isso. Minha mão desliza pela perna
de sua calça e belisco qualquer pele que consigo encontrar.
— Bem.
— Não. Não venha aqui. Não tenho cinco anos, mãe, não
estou com febre. — Ele acena para ela antes que possa vir para
este lado da mesa e ver sua calça desabotoada e eu entre suas
pernas.
— Sim.
Quero rir em voz alta porque ele acabou de dizer esta
manhã que usou o último de seus comprimidos de alergia e
teve que pegar alguns hoje.
Colton sorri para sua mãe. É aquele que diz que concorda
com ela.
— Desculpe, mãe.
Ele ri.
Kingston ri.
— Ai — eu digo.
Ela ri.
— Qual?
— Não diga a sua irmã – você sabe o quão lento ela prefere
que as coisas vão – mas eu realmente não vejo sentido de pagar
por dois lugares quando pretendo acelerar isso mais rápido do
que um relacionamento que não inclui mais de uma década de
amizade.
— Perfeito.
Concordo.
— Ela não sabe e daí? Você deve se sentir elogiada por ela
admirar tanto o corpo dele — diz a vovó.
Vovó ri.
— Sunset Bay?
— Ainda.
— Colton. — Suspiro.
— O quê?
— Não.
— O que é isso?
— Não importa.
— Conte-me.
— Surpresa!
— Foda-se — Juno diz, lutando para pegar seu robe, mas
nossa única opção é nos esconder atrás da ilha, espiando por
cima.
— Eu estou bem.
— Diga-me agora.
— É ruim?
— Obrigada.
Ela concorda.
— Não é ótimo? — Vovó Dori sai com Ethel logo atrás dela.
— Agradeça a Rome por suas conexões. Eu paguei pela
pintura. Nenhum reembolso necessário. É só por você ser uma
ótima neta. — Ela belisca meu queixo.
Olho para trás para Colton, que está cobrindo a boca para
esconder o riso. Vovó Dori está muito feliz e orgulhosa de si
mesma.
— Interessante.
— Sim, está na hora. Sei que você está com medo, mas
estou aqui e sempre pegarei você. Realize todos os meus
sonhos e me dê a honra de ser minha esposa? Você quer se
casar comigo, Juno?
— Estou. Você não pode dizer que não estou. — Sua voz
aumenta para combinar com a minha. — Não querer um
casamento não diz nada sobre o meu compromisso.
— Não. Não diga algo assim porque você está com raiva.
— Austin me segue. — Vamos, você é como um irmão para
mim. Deixe-me dar Easton para Holly e podemos conversar.
— Acontece que tia Etta era ruiva, mas olhe todos esses
Baileys com cabelos ruivos também. E então pensei que me
lembrava de algo, e voltei a pesquisar para encontrar algumas
fotos. Com certeza, seu avô nasceu ruivo, embora tenha ficado
loiro logo depois que cresceu.
Pego o livro e procuro nas páginas de todos os nossos
ancestrais. — Você fez tudo isso para provar que meu cabelo
ruivo também é uma característica Bailey? — Lágrimas brotam
dos meus olhos.
Eu rio.
— O quê?
Eu rio.
Pego meu telefone e ligo para ele, mas vai direto para o
correio de voz. — Eu vou buscá-lo. — Beijo sua bochecha. —
Obrigada, vovó. Você precisa de ajuda para descer?
— Obrigada.
— Kingston! — Grito.
Entendo que perder seus pais foi difícil para ela. Inferno,
entendi porquê ela constantemente afastava a possibilidade de
sermos mais do que amigos. Seu medo é real, e respeito isso,
mas agora me sinto ingênuo por ter pensado que ela havia
superado esse medo.
— Juno! — Eu grito.
Graças a Deus.
— Eu sei.
— Sabe?
Concordo.
— Eu também.
— Ótimo. Obrigado.
Ela liga de volta e diz que o médico garantiu que está tudo
bem, que eles estão esperando os resultados dos raios X e
ressonância magnética.
— Mas...