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Pessoa ortónimo

Poema
«Autopsicografia»
Leonid Pasternak, O sofrimento da criação (século XIX). 2
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O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda


Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda Lajos Vajda,
Duas faces (1934).
Que se chama coração.
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I. Fingimento artístico
Emoção/Sentimento
=
DOR
Escrever poesia é
um ato de fingimento

As emoções sentidas pelo As «dores» do poema
poeta não são diretamente
representadas no poema
1.ª Dor sentida pelo poeta

Poeta
2.ª Dor expressa no poema =
As emoções dor fingida
do poema
são «trabalhadas» 3.ª Dor lida = resultado

Leitor
da interpretação do leitor

4.ª Dor sentida pelo leitor


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II. Razão e sentimento

Coração = comboio de corda Coração  Emoções,


(metáfora) sentimentos
 
«Entretém» a razão Interagem com a razão

Escrever poesia = trabalhar artisticamente a dor = fingir

A faculdade primordial utilizada na criação do poema é a razão



As emoções / a dor são motivos de inspiração

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