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AÇÃO CULTURAL
Conselho Editorial da Ação Cultural
Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos, fotos e dados contidos neste livro,
bem como pelas opiniões expressas, que não são, necessariamente, as mesmas do Selo Independen-
te Ação Cultural. As citações e indicações de nomes e a apresentação do material ao longo do livro
não implicam a manifestação de qualquer opinião da Ação Cultural a respeito da constituição
jurídica de qualquer pessoa, associação ou cooperativa, grupo ou entidade, como de qualquer
país, estado, território, cidade, região ou de suas autoridades, nem tampouco a delimitação de
suas fronteiras.
Esta obra não possui Direito Autoral, sua veiculação é gratuita, pode ser compartilhada e utili-
zada sem ônus, desde que citada a fonte. Conhecimento não é mercadoria!
ISBN: 978-85-68195-01-7
CDD 334
8
APRESENTAÇÃO
Ivo Dickman
Nosso livro ficou organizado oito partes, cada uma delas reunindo
por experiências produtivas e de ramo cooperativista. Os empreendimen-
tos da Economia Solidária foram agrupados a partir de suas afinidades com
as cooperativas. No final do livro, temos ainda um anexo que é o roteiro
utilizado como orientação para a produção dos ensaios – podendo servir
de base para outras iniciativas como a nossa.
Na primeira parte temos as cooperativas de produção e consumo.
Provavelmente as mais conhecidas, fortes economicamente, presente em
grande parte das cidades do Oeste Catarinense e com bases de serviço em
alguns municípios do Rio Grande do Sul e Paraná, congregando pequenos,
médios e grandes produtores rurais. São sem dúvida as mais tradicionais,
quase centenárias, compõem o imaginário social como o “modelos de su-
cesso” do cooperativismo brasileiro.
Na segunda parte temos as cooperativas da agricultura familiar e
camponesa. São pequenas cooperativas, iniciativas de enfrentamento orga-
nizado do mercado que visa beneficiar os cooperativados com a venda cole-
tiva e a compra em escala dos insumos para baratear os custos da produção.
Organizam a produção, focam nos processos formativos e organizativos,
mas ainda são poucas as experiências que conhecemos. Carecem de uma
sistematização mais elaborada para sabermos qual é realmente a sua expres-
são na nossa região.
Na terceira parte temos as cooperativas de crédito. Tivemos a grata
satisfação de conseguir reunir as experiências das grandes centrais de crédi-
to, o que demonstra que a nossa região tem grande potencial econômico a
ponto de atraí-las para atuar entre nós. No decorrer do tempo entre a pro-
dução dos textos até hoje, importante registrar a divisão política da Cresol
Central, resultando no surgimento de outra base, a Cresol Sicoper.
Na quarta parte temos as cooperativas de habitação. Nesse bloco
reunimos as experiências de habitação rural e urbana, as autogestionárias,
as que organizam a mão-de-obra e um sindicato de Chapecó que tem uma
atuação em parceria com empresas privadas para viabilizar habitação para
os seus associados, via programa do Governo Federal.
Na quinta parte temos as cooperativas de trabalho e de serviço.
Essas experiências são pouco conhecidas, mas fazem parte do cotidiano de
muitas famílias. Tem foco na solução de problemas como a prestação de
contas e de notas para serviços autônomos, a organização do trabalho com
10
transporte, compra e consumo coletivo e também de geração de trabalho e
renda de forma coletiva e solidária.
Na sexta parte temos a cooperativa de saúde e especial. O coopera-
tivismo de saúde no Brasil tem uma referência que está aqui sistematizada a
partir da experiência de atuação em Chapecó e a cooperativa de deficientes
foi uma grata surpresa conhecer no processo de organização do livro.
Na sétima parte temos as associações. Ao longo do processo de
mapeamento percebemos que além das cooperativas outras entidades so-
ciais também cumprem um papel relevante na sociedade regional e que era
importante a sua sistematização. Assim, temos aqui nesse bloco três expe-
riências que dialogam com as necessidades dos locais onde estão inseridas.
Na oitava parte temos um negócio social. Esse termo “negócio so-
cial” foi cunhado pelo banqueiro dos pobres, Muhammad Yunus de Ban-
gladesh (criador do Grameen Bank – a maior experiência de microcrédito
para pobres do mundo), com o foco de construir negócios que façam o
enfrentamento e a superação de grandes problemas sociais. No caso da ex-
periência sistematizada aqui, o foco é fazer isso através da “inovação cons-
ciente”.
***
Boa leitura!
11
PARTE 1
COOPERATIVAS DE
PRODUÇÃO E
CONSUMO
COPÉRDIA: UNINDO AS PESSOAS QUE SE DEDICAM A
AGRICULTURA E A PECUÁRIA
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO DA COOPERATIVA
17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
19
COOPERALFA
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO
2
Fonte: http://www.ocbgo.org.br/arquivos/downloads/resolucoes-do-conselho-nacional-do-coo-
perativismo-591728.pdf
3
FORNECK, Elisandra. Educar para fidelizar: o papel do departamento de comunicação e
educação na Cooperalfa (1977-1987). 2013. Monografia (Especialização em História Regional).
Curso de Pós-Graduação, Lato Sensu em História Regional, UFFS Campus Chapecó-SC.
4
COOPERALFA. A cooperativa que temos e a cooperativa que queremos. Cartilha. Chapecó: 1980.
21
ela recebeu o nome de Cooperativa Regional Alfa Ltda. e ocupou o primeiro
lugar entre as cooperativas catarinenses em volume de produção, número de
associados, movimentação econômica e outros. Também em 1975, a Coope-
ralfa fomentou a criação da Fecoagro – Federação das Cooperativas Agrope-
cuárias do Estado de SC, que teve por propósito impulsionar as exportações e
a compra de insumos em conjunto, entre outros objetivos.
Em 1976 foi inaugurado em Chapecó mais um complexo arma-
zenador com capacidade de 370 mil sacas. Já no ano seguinte, surgia outra
unidade em Quilombo, para mais 300 mil sacas a granel.
A partir da aquisição destes dois complexos, a cooperativa acelera seu desen-
volvimento e nos anos de 1980 orgulhava-se de contar com mais de 8 mil
associados (72% dos agricultores da região de sua abrangência) uma grande
frota própria, boa capacidade de armazenamento e industrialização de cere-
ais, suínos e aves, contando com um quadro de 21 técnicos. Disponibilizava
aproximadamente 52 diferentes serviços aos seus associados, que vão desde
garantir a melhor remuneração pela produção e menor preços dos insumos,
até a capacitação técnica e promoção da diversificação cultural5.
Também nesse ano foi planejado e, já no ano seguinte, implantado
uma série de programas que objetivavam principalmente o desenvolvimento
econômico e social da cooperativa. Metas estas que deveriam ser alcançadas
com o apoio de todos os cooperados.
Desta forma, em pouco tempo, a expansão das atividades da Cooperalfa ser-
viu de pilar para o surgimento de outras cooperativas e sociedades do mesmo
gênero em toda região sul do Brasil.
Nota-se que de 2007 à 2012 houve uma significativa evolução nas receitas
totais, e que em 2012 o valor atingido foi maior que o planejado.
24
DESCRIÇÃO 2010 2011 2012
Outras receitas
8.915.962 13.930.281 6.461.878
operacionais
Receita alienação de bens 1.843.409 2.281.702 7.425.075
Participação societária 3.860.844 14.520.170 21.253.269
Total 1.095.676.715 1.296.535.842 1.499.653.504
Tabela 2. Fonte: Relatório de Gestão 2012 – Cooperalfa.
RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAIS
Vanderlei Bourscheidt
INTRODUÇÃO
HISTORIA DA COOPER A1
CONTEXTO ATUAL
30
Mantendo sua estrutura com 139 Unidade de Produção de Lei-
tões e 33 creches distribuídas nos municípios de Palmitos, Caibi, Rique-
za, Mondaí, Iporã Do Oeste, Descanso, Tunápolis, São João Do Oeste,
Itapiranga, Belmonte, Santa Helena. Somam-se ainda, cerca de 25 pro-
dutores que possuem o sistema de ciclo completo.
Sempre com foco no mercado a Cooper A1 iniciou um novo
projeto de reestruturação do setor em 2012, com alterações no plano
de trabalho, visando garantir ainda mais profissionalização na atividade,
disponibilizando um corpo técnico globalizado composto por engenhei-
ros agrônomos, técnicos agrícolas, agropecuários e médicos veterinários
permanentemente, que junto com o associado, organiza a produtividade
do rebanho, melhora seu desempenho zootécnico e contribui para o su-
cesso econômico da atividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
33
REFERÊNCIAS:
34
COOPERATIVA REGIONAL ITAIPU – COOPERITAIPU: UMA
SOCIEDADE DE PESSOAS
Daiano Lopes
Objetivos da Instituição
37
Seguro Mútuo
Educação e Profissionalização
38
Centro de Treinamento e Difusão de Tecnologia
Estruturas Físicas
Depoimentos de Associados
Programa QT Rural
FonteS
http://www.cooperitaipu.com.br
41
COOPER AURIVERDE
Gabriel Hennig
Guilherme Junior Sendeski
Cooperativa Auriverde
Histórico
Abrangência
Associado
Laticínio
Moinho Realta
QT Rural
Veterinárias
Visão: Ser reconhecida como a melhor opção para o produtor rural, levan-
do a qualidade de vida e as soluções tecnológicas, promovendo o cresci-
mento da família Auriverde.
48
AURORA: COOPER DE CONSUMO
HISTÓRICO
ASSOCIADOS
51
COLABORADORES
52
PARTE 2
COOPERATIVAS DA
AGRICULTURA FAMILIAR
E CAMPONESA
COOPERFAMILIAR: A TRAJETÓRIA DA COOPERATIVA DA
AGRICULTURA FAMILIAR
HISTÓRIA DA COOPERFAMILIAR
55
LINHA DO TEMPO DA COOPERFAMILIAR
PERSPECTIVA
CONCLUSÃO
59
COOPER BOM JESUS
Cooperativa da Agricultura Familiar de Bom Jesus
63
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR BERGAMIN: PRODUZINDO
RENDA E MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA DOS
AGRICULTORES
Tatiane Bergamim
INTRODUÇÃO
65
HISTÓRICO E TRAJETÓRIA
68
SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS
69
O Grupo Bergamin recebeu visitantes de todos os estados brasi-
leiros e de alguns países. Os visitantes brasileiros foram: técnicos agrícolas
de todos os estados e estudantes da Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul,
Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, dentre outros.
Os estrangeiros vieram da Itália, Alemanha e Chile.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
70
PARTE 3
COOPERATIVAS
DE CRÉDITO
UNICRED OESTE E SERRA: CRÉDITO SIMPLES E
VANTAJOSO PARA SEUS ASSOCIADOS
Jucilene Gatto
Karine Cecilia Finatto
Marisa Voos
Cooperativa de Crédito
A Unicred
Unicred do Brasil
SISTEMA UNICRED
Unicred do Brasil
• Representatividade Político - Institucional
• Diretrizes de Padronização
• Domínio da Marca
• Clínicas
Unicred Central
• Atendimento às normas do BACEN
• Representatividade Regional
• Orientação
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• Padronização
• Controles Internos
Unicred Singular
• Ser a principal instituição do cooperado
• Assessoria
• Informação
• Retorno sobre P.L.A.
• Atendimento Personalizado
• Produtos e Serviços
Situação Atual
Missão
Visão
“Atender às necessidades
“Ser a principal insti-
econômicas e financeiras do
tuição financeira para
Cooperado garantindo a lon-
o Cooperado.”
gevidade da Cooperativa.”
76
2011 2012 Crescimento
Anual em %
Referências
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CREHNOR: SISTEMA DE COOPERATIVAS DE
CRÉDITO RURAL
Marinna Mior
Ramon Perondi
Cooperativismo
Missão
Promover a inclusão social dos associados, oferecer crédito e serviços com
menores custos, fortalecer a organização dos trabalhadores e contribuir
para o desenvolvimento econômico sustentável e sociocultural da região
de atuação. Este é o conjunto que forma a missão da Cooperativa CREH-
NOR.
Princípios
• Gestão Democrática com Transparência, Descentralização, Honestidade,
Solidariedade, Cooperação e Ética;
• Ser mais uma ferramenta na luta dos trabalhadores;
• Os Projetos de Financiamentos devem ser vinculados a estratégia de de-
senvolvimento regional;
• Toda a solicitação de Crédito será analisada e autorizada pelos Comitês
de Créditos;
• Estimular a participação da mulher na organização e nas instancias da
cooperativa;
• Fortalecimento da educação cooperativista;
• Direção coletiva;
• As Instâncias de decisão serão compostas pelos associados em Assem-
bléias;
• A destinação dos resultados financeiros da cooperativa é decidido pelos
próprios associados através da Assembléia Geral, podendo ser destinado
para financiar programas especiais em beneficio direto aos cooperados.
79
Objetivos
• Incluir os excluídos no crédito e promover a articulação e a organização
dos movimentos sociais do campo como MST, MPA e MAB;
• Proporcionar acesso ao crédito rural, habitacional e pessoal de forma
rápida, imediata e que venha atender as necessidades dos agricultores no
momento em que estes mais necessitam.
• Estimular a cooperação no crédito;
• Construir um sistema de crédito próprio dos pequenos agricultores e
assentados da reforma agrária;
• Qualificar e potencializar o uso de recursos conquistados;
• Capacitar e qualificar os agricultores no sentido de fomentar o coopera-
tivismo e associativismo;
• Proporcionar, através do Crédito e Programas condições dignas de traba-
lho e moradia através da INCLUSÃO SOCIAL.
Serviços e Produtos
2. Consórcios:
Como funciona o Consórcio Crehnor Enbracon?
O Sistema de Consórcios Crehnor Embracon é modalidade de acesso ao
mercado de consumo baseado na união de pessoas físicas ou jurídicas, em
grupo fechado, cuja finalidade é formar uma poupança comum destinada
à aquisição de bens móveis, imóveis e serviços, por meio de autofinancia-
mento.
O princípio proposto pelo Sistema de Consórcios Crehnor Embraconé
o de que os consorciados, também conhecidos por cotistas, contribuam
com parcela destinada à formação de poupança comum. Todos os partici-
pantes do grupo têm assegurado o direito de utilizar essa poupança para a
80
aquisição de bem ou serviço, de acordo com as regras previstas no contrato
do grupo. Ou seja, as contribuições pagas ao grupo destinam-se, periodi-
camente, a contemplar seus integrantes com crédito que será destinado à
compra de bem ou aquisição de serviço.
Portanto, consórcio é a arte de poupar em grupo. Se você não precisa de
imediato de um determinado bem ou serviço e se puder aplicar parte de
sua renda, aquela que não será utilizada como despesa, você tem o perfil de
um poupador e, portanto, de um consorciado.
Há formas diferentes de fazer parte de um Grupo de Consórcios:
a) em formação: neste caso a administradora ainda está reunindo
as pessoas em número suficiente que permita atingir o objetivo do Consór-
cio, ou seja, contemplação de seus integrantes em prazo pré-estabelecido.
b) já formado: é aquele grupo que já realizou a assembléia de cons-
tituição, ou seja, já está operando. Há dois tipos de cota: 1) Cota vaga:
essa cota está disponível à comercialização, a aquisição da cota é feita di-
retamente com a administradora; 2) Cota de transferência: você compra a
cota diretamente do consorciado, onde estará assumindo integralmente os
direitos e as obrigações do consorciado que está sendo substituído.
3. Programa Habitacional:
A Crehnor, enquanto sendo uma entidade organizadora dos Pro-
gramas de Habitação:
• Organiza reuniões de divulgação dos programas e informa quanto à do-
cumentação necessária;
• Firma parcerias com várias entidades, como Sindicatos, Prefeituras Mu-
nicipais, Associações, Cooperativas de diversos ramos;
• Coleta a documentação requisitada para cada programa;
• Analisa a documentação e organiza os processos (grupos ou individuais);
• Elabora Projeto Técnico Social através de levantamento in loco de todas
as informações referentes a situação de cada família;
• Elabora projetos técnicos para aprovação do agente financeiro;
• Elege comissão de acompanhamento de obras e comissão de representan-
tes de cada grupo;
• Encaminha para o agente financiador e após encaminha a contratação;
• Disponibiliza equipe técnica na área social e engenharia para acompa-
nhamento e execução de todos os programas;
• A Crehnor realiza visitas in loco para elaboração das PLS (Planilha de
Levantamento de Serviços);
• Como agente organizador executa e acompanha o projeto, e a entrega
ocorre em conjunto com as entidades parceiras envolvidas nos projetos.
81
3.1 Programa “Minha Casa Minha Vida”:
PNHU: Programa Nacional de Habitação Urbana - Financiamento Indi-
vidual e Loteamento.
Minha Casa Minha Vida Entidades - FDS: Fundo de Desenvolvi-
mento Social - Instrução Normativa 34 de 2011 do Ministério das Cidades.
4. Microcrédito
O Sistema Crehnor firmou convênio com a Secretaria da Econo-
mia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe) para operar
o Programa Gaúcho de Microcrédito. O Programa é desenvolvido pelo go-
verno do Estado e coordenado pela Sesampe. Tem como objetivo principal
atender as demandas de crédito das pessoas físicas ou jurídicas, formais ou
informais, individuais ou coletivas, que não possuem acesso ao sistema de
crédito convencional. Também é destinado às microempresas, à economia
solidária, à agricultura familiar e aos profissionais registrados como Micro-
empreendedores Individuais (MEI). O programa oferece financiamentos
entre R$ 100,00 e R$ 15 mil, com taxas de juros de 0,64% ao mês. Os
recursos financeiros são oriundos do Banrisul e do BNDES e garantidos
pelo Fundo de Apoio à Microempresa, ao Microprodutor Rural e Empresa
de Pequeno Porte (Funamep).
CONCLUSÃO
83
SICREDI: DESENVOLVIMENTO E PROJETOS
Amanda Bilibio
Francieli Gonçalves
Histórico
Introdução
Sicredi x Sustentabilidade
Considerações Finais
90
SICOOB CREDIAUC: COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
INTRODUÇÃO
A SICOOB-CREDIAUC
Aspectos iniciais
A Constituição Federal afirma que as Cooperativas de Crédito in-
tegram o Sistema Financeiro Nacional, nos termos do art. 192. Por este
motivo, o Conselho Monetário Nacional é o órgão que regula suas ativida-
des. Ainda consignou que o Estado deve incentivar a criação, o desenvol-
vimento e a integração das cooperativas. As cooperativas são autorizadas e
fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil.
A lei complementar (LC 130/2009) foi editada para regulamentar
tais instituições, junto à lei 5.764/71. Segundo estas, as cooperativas de
crédito são instituições financeiras não bancárias que possuem legislação
específica, destinando-se a prover, por meio da mutualidade, a prestação
de serviços financeiros a seus associados, proporcionando-lhes acesso aos
instrumentos do mercado financeiro.
As pessoas associadas são donas de parcela do negócio. Somente
elas podem captar recursos. Também ganham retorno das sobras de capi-
tal. O voto nas decisões colegiadas é um direito.
A classificação das cooperativas se estabelece em três níveis. A
confederação que orienta as atividades gerais de defender os interesses das
cooperativas representadas, ofertar serviços, promover a padronização, su-
pervisão e integração operacional, financeira, normativa e tecnológica. As
cooperativas centrais visam organizar e coordenar, os serviços econômicos
91
e assistenciais de interesse das filiadas, orientando suas atividades. Por fim,
as singulares. Neste último nível situa-se a Crediauc que tem como função
a prestação direta de serviços a seus associados.
Destarte, após a breve análise sobre as características que consti-
tuem uma cooperativa de crédito, passamos a reconstituição história da
instituição previamente mencionada.
Histórico
O início
No ano de 1981, um homem passou a gravar seu nome na his-
tória do cooperativismo de crédito no Brasil. Isto aconteceu por meio da
elaboração de um projeto cooperativista econômico idealizado por Mário
Kruel Guimarães, que visava o financiamento de atividades para o peque-
no produtor rural, com taxas de juros mais acessíveis que as altas taxas dos
bancos1.
Implantado no Rio Grande do Sul, o projeto migrou para o Santa
Catarina, no ano de 1982, sendo coordenado pela Organização das Coo-
perativas do referido Estado federativo. Outra inovação foi à constituição
de um comitê que visava influenciar a criação de novas cooperativas de
crédito2.
Através das reuniões o Comitê convenceu-se:
(...) das dificuldades de financiamento enfren-
tadas pelos produtores rurais, e sete coopera-
tivas de produção foram incentivadas a ini-
ciar um sistema de cooperativas de crédito em
Santa Catarina – eram elas: Cooperativa de
Produção e Consumo Concórdia (Copérdia),
de Concórdia; Cooperativa Regional Alfa
(Cooperalfa), de Chapecó; Cooperativa Agro-
pecuária de Canoinhas (Coopercanoinhas);
Cooperativa Regional Auriverde (Cooperauri-
verde), de Cunha Porã; Cooperativa Regional
Arco Íris (Cooperarco), de Palmitos; Coopera-
tiva Regional Agropecuária de Campos Novos
(Coopercampos) e Cooperativa Rio do Peixe
(Coperio), de Joaçaba.3
1
HORN, Débora (Org.). SICOOB Santa Catarina 25 anos: cooperação, solidariedade e
desenvolvimento. Relata Editorial: Florianópolis. 2010. p. 23.
2
Ibdem, p. 24.
3
Ibdem, p. 24.
92
Cada uma das referidas cooperativas formou um grupo de traba-
lho para o estudo de sua fundação institucional na região em que visavam
atuar. Além disso, buscando troca de experiências, visitaram diferentes co-
operativas de crédito estabelecidas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.4
Definidas as bases estruturais, cada uma das quais elaborou um
projeto de constituição interna enviado para o Banco Central para a auto-
rização do funcionamento da companhia de crédito singular.5
Os projetos foram analisados e aprovados no ano de 1985, sendo,
logo após, emitido um certificado, chamado oficialmente de carta patente.
Dentre os projetos estava o da Cooperativa de Crédito do Alto Uruguai
Catarinense (CREDIAUC), sediada no município de Concórdia - SC,
com 33 (trinta e três) sócios fundadores, a qual obteve também a permissão
para abranger a área em seu entorno, instaurando postos de atendimento
nas cidades vizinhas de: Seara, Itá, Ipumirim, Ipira, Xavantina, Peritiba e
Piratuba.
De acordo com de Acessoria de Imprensa da Sicoob, a assembleia
de fundação no dia 8 de novembro de 1984 ocorreu na Associação dos
Motoristas, em Concórdia. A Crediauc contava com o apoio da Coope-
rativa de Produção e Consumo de Concórdia (Copérdia), acima citada.
Dentre as pessoas que assinaram a primeira ata, pode-se citar o ex-presi-
dente da Crediauc João Rech Netto, o ex-deputado federal Odacir Zonta,
e o presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon. O primeiro presidente
da Sicoob Central SC foi Rui Schneider da Silva.6
O primeiro desafio foi conquistar associados, em maior parte pro-
dutores rurais. De início os associados fizeram grande esforço para captar
mais fundos. Compareciam nas mais diversas reuniões comunitárias a fim
de levar informação explicando os princípios e fins, além do funcionamen-
to, das sociedades cooperativas.7
Nesse sentido, HORN (2010, p. 26) “a conquista da confiança
dos associados foi o grande desafio não apenas da Crediauc, mas de to-
das as cooperativas de crédito fundadas em Santa Catarina naquela época.
Objetivos e v≠antagens da empreitada eram esclarecidos em assembléias
das cooperativas de produção, em eventos da comunidade e em visitas às
propriedades rurais. O apoio das cooperativas de produção, aliado à credi-
4
Ibdem, p. 24.
5
Ibdem, p. 24.
6
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO. Sicoob lança revista e nova marca. Disponível
em: < http://www.cooperativismodecredito.com.br/noticias/labels/SICOOB.html>. Aces-
so em: 10 ago. 2013.
7
HORN, Débora (Org.). SICOOB Santa Catarina 25 anos: cooperação, solidariedade e
desenvolvimento. Relata Editorial: Florianópolis. 2010. p. 25.
93
bilidade das pessoas envolvidas na implantação, foi fundamental para que
o cooperativismo de crédito prosperasse no estado”.
Como demonstra HORN (2010, p. 26) “mais do que convencer
os cooperados a apostarem na nova idéia, as cooperativas de produção ofe-
receram todo o suporte necessário ao desenvolvimento das cooperativas de
crédito. Cediam espaço físico, móveis e funcionários, que se dividiam entre
as atividades na cooperativa de produção e o atendimento aos associados
na ‘Credi’ – como as cooperativas de crédito passaram a ser conhecidas”.
A trajetória
Entre 1984 e 1987, a Crediauc funcionou na sede da Cooperativa
de Produção e Consumo Concórdia (Copérdia). Eram dois funcionários,
um gerente e um caixa, que realizavam todas as funções. O número de fun-
cionários saltou de 3 (três) para quase 100 (cem) e uma nova sede, ampla e
moderna, que é o retrato do sucesso alcançado. O aumento no número de
cooperados e serviços oferecidos favoreceu o crescimento da cooperativa,
que se tornou um importante agente da economia local.8
De acordo com Assessoria de Imprensa Sicoob em 18 de junho
de 1991, o Banco Central aprovou a ampliação da área de atuação. Des-
te modo, os municípios de Lindóia do Sul, Arabutã, Presidente Castello
Branco, Alto Bela Vista, Arvoredo e Paial foram incluídos, totalizando
uma população de abrangência de 135.313 habitantes.
Em agosto de 1995 a Resolução 2.193 do Conselho Monetário Nacional
permitiu a constituição de bancos comerciais controlados por cooperati-
vas de crédito, chamados de bancos cooperativos. Anteriormente a este
fato, as cooperativas somente conseguiam efetivar suas operações através
de bancos. A Sicoob em Santa Catarina firmava convênio com o Besc para
compensação de cheques e títulos.9
Este evento revelou-se animador, logo que, os dirigentes das cen-
trais planejavam a criação de bancos cooperativos próprios. Deu-se início,
portanto, uma reorganização das cooperativas de crédito em todo o país.
Surgiu então, o Banco Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob) constituído
como uma instituição de caráter privado e capital fechado, especializado
no atendimento às cooperativas de crédito e cujo controle acionário per-
tence as cooperativas singulares e centrais que o integram. Sua fundação
ocorreu em 04 de novembro de 1996, recebendo autorização para funcio-
namento no ano seguinte.10
8
Ibdem, p. 28.
9
Ibdem, p. 88.
10
Ibdem. p. 89.
94
Para garantir o cumprimento de normas estabelecidas pelo Banco
Central, o Sicoob SC implantou, em 2003, um departamento responsável
por orientar as cooperativas em relação à legislação vigente. Tendo uma
equipe interna e outra externa, dedicada à auditoria das cooperativas, con-
tribui para ampliar a transparência do sistema, verificando os procedimen-
tos de gestão e controle de riscos, fazendo balanço em todas as cooperativas
do Sicoob SC, a fim de apresentar a seus associados, em assembleia, pare-
ceres sobre as demonstrações contábeis de cada cooperativa.11
Durante 22 anos, de 1984 à 08 de novembro de 2006, a coope-
rativa de crédito atuou somente no segmento rural, até que submeteu a
apreciação do Banco Central do Brasil o projeto para transformação em
cooperativa de livre admissão de associados, passando a operar neste novo
regime após aprovação em Assembléia Geral Extraordinária. Esta ação per-
mitiu a recente expansão da cooperativa.12
Quando começaram a operar em uma pequena sala, os funda-
dores da Crediauc não imaginavam que, passados 28 anos, a cooperativa
singular atingiria quase 26 mil cooperados. A área de atuação compreende
14 municípios do Alto Uruguai Catarinense e na atualidade o SICOOB
Crediauc conta com mais de 120 colaboradores.
Cada vez mais próxima da comunidade local, a Crediauc apoia
festas, feiras e exposições nos municípios onde está inserida. Equipes e
campeonatos esportivos, além de programas de formação de atletas com
foco em crianças e adolescentes também são patrocinados pela cooperativa.
De acordo com a Sicoob Crediauc (2013) atualmente, oferece
todos os produtos e serviços bancários tradicionais como, integralização
de capital, financiamentos destacando o rural, empréstimos, previdência,
consórcios, conta corrente e serviços de seguros. Ademais, há priorização
de partilha de resultados com os associados e aplicação os recursos capta-
dos nas próprias comunidades.
Segundo a atual presidente do Sicoob Crediauc, Maria Luisa Lasa-
rim Assembleias Regionais e a Assembleia Geral Ordinária 2013 são de li-
vre participação ao associados e, entre suas pautas, está a deliberação acerca
do destino das sobras liquidas apuradas no ano anterior e dos resultados al-
cançados. Os encontros em cidades da região é uma novidade e visa expor
com mais detalhes os avanços que a cooperativa de crédito vem obtendo,
um momento de diálogo com os associados.13
11
Ibdem. p. 135
12
Ibdem. p. 26
13
RÁDIO BELOS MONTES. Sicoob Crediauc promove reuniões regionais com seus sócios.
Disponível em: <http://www.radiobelosmontes.com.br/noticias.php?info=ler&id=14447>.
Acesso em: 10 ago. 2013.
95
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Sicoob
Crediauc, a maior cooperativa de crédito do Alto Uruguai Catarinense
ampliou em 81,7% as sobras líquidas e as colocou à disposição dos seus
associados. Esse foi o principal resultado apresentado na Assembleia Geral
Ordinária 2013, realizada no dia 8 de março, no Centro de Eventos de
Concórdia, com a presença de 2.259 associados. Se computados aqueles
presentes às assembleias regionais de Seara, Piratuba e Ipumirim, o total
chega a 4.445 associados.14
Um ponto ressaltado por Maria Luisa foi a ampliação de sobras
líquidas sem aumentar tarifas para os sócios. Todos os ganhos estão rela-
cionados a melhorias de processo e ampliação na quantidade de produtos e
serviços. Os depósitos à vista cresceram 11,9% e os depósitos a prazo, que
representam as aplicações financeiras dos associados, 13,9%. As operações
de crédito, por sua vez, foram 11,4% superiores às de 2011 e o quadro
social cresceu 15,9%.15
Para o presidente do Sicoob Central SC e vice-presidente do Si-
coob Crediauc, Rui Schneider da Silva, o progresso da cooperativa não a
fez esquecer sua origem, pois o seu vinculo com a agricultura se mantém
até hoje, com cerca de 43% dos recursos aplicados no meio rural. Por
fim, de forma unânime, os sócios decidiram incorporar as sobras de R$
3,86 milhões ao capital da cooperativa. A principal meta para 2013 é a
construção da sede própria da cooperativa em Concórdia, assim como está
sendo providenciado nas 14 cidades onde a Crediauc atua com Postos de
Atendimento ao Cooperado.16
CONSIDERAÇÕES FINAIS
14
CENTRAL SC, Sicoob. Sobras do exercício do Sicoob Crediauc crescem 81,7%. Dis-
ponível em: < http://www.sicoobsc.com.br/?page=noticias.ler&id=1841>. Acesso em: 13
ago. 2013.
15
Ibdem.
16
Ibdem.
96
Para a Sicoob Crediauc (2013) os “princípios e valores do coope-
rativismo como a forma mais democrática e justa de desenvolvimento de
uma sociedade, de um povo, de um país.”
Esta se encontra em um momento de crescimento, de modo que
as sobras líquida estão sendo repostas na instituição como integralização
de capital. Segundo a própria presidente a presidente do Sicoob Crediauc,
Maria Luisa Lasarim, a vontade do associado “revela a confiança no futuro
da cooperativa”.
Portanto a experiência histórica da Sicoob Crediauc incentiva a
emersão de novos empreendimentos que sigam a concepção cooperativista.
Todas as coisas na natureza se movem em direção á
cooperação. A natureza existe por causa da coopera-
ção da matéria, da energia, do tempo, do espaço, de
um plano e de um propósito. Nada existe no universo
que não seja o resultado da cooperação.
(Torkom Saraydarian).
Referências
Introdução
Histórico
A Cooperativa
1
Disponível em: http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/acooperativa
99
Para associar-se o candidato preencherá a proposta de admis-
são fornecida pela Cooperativa. Verificadas as declarações constantes
da proposta e aceita esta pelo conselho de administração, o candidato
integralizará as quotas partes de capital subscritas no estatuto da Coope-
rativa. Quotas estas, que equivalem a R$ 1,00 (um real) sendo a integra-
lização mínima de 20 quotas. Podem associar-se à Cooperativa todas as
pessoas físicas que estejam na plenitude de sua capacidade civil, residam
na área de ação da Cooperativa, concordem com o presente estatuto e
preencham as condições nele estabelecidas. Podem associar-se também
pessoas jurídicas, sediadas na área de atuação da Cooperativa desde que
observadas às disposições da legislação em vigor.
Ainda segundo o site da Sicoob MaxiCrédito: “Sua responsa-
bilidade social, como instituição financeira e cooperativa de crédito, é
captar e aplicar recursos nas mesmas comunidades para que o desen-
volvimento integrado aconteça. Sicoob MaxiCrédito, trabalhando para
que a sociedade esteja cada dia melhor e que individualmente as pessoas
tenham oportunidades de crescimento”.2
A Cooperativa é politicamente neutra e não faz discriminação
religiosa, racial ou social. Objetiva proporcionar através da mutualida-
de, assistência financeira aos associados em suas atividades específicas,
buscando apoiar e aprimorar a produção, a produtividade e a qualidade
de vida, bem como a comercialização e industrialização dos bens pro-
duzidos. Ainda tem por objeto social o desenvolvimento de programas
de poupança, de uso adequado do crédito e de prestação de serviços,
praticando todas as operações ativas, passivas e acessórias próprias de
Cooperativas de Crédito; além de incentivar a formação educacional de
seus associados, no sentido de fomentar o Cooperativismo.
100
contas correntes, poupanças, aplicações, consórcios, seguros, previdência
privada, empréstimos e financiamentos diversos, cartões de crédito, inter-
net banking, entre muitos outros. Conta hoje com uma sede administra-
tiva, onde estão os setores que dão suporte aos trabalhos executados nas
agências. Dessa forma, além da Diretoria Executiva, estão concentrados no
administrativo os setores de Cadastro, Contabilidade, Financeiro, Tecnolo-
gia da Informação, Recursos Humanos, Compensação de Cheques, Con-
troladoria/Auditoria Interna, Controles Internos e de Risco, que prestam
assistência aos procedimentos internos da cooperativa. Existem também
os setores de Crédito, Seguros, Previdência Complementar, Consórcio e
Cartões que auxiliam na parte dos produtos e serviços que a instituição
oferece aos seus associados. A cooperativa ainda conta com o setor de Co-
municação interna e assessoria de imprensa.
Na Sicoob MaxiCrédito o cooperativado obtém linhas de cré-
dito, empréstimos, financiamentos, crédito rural, dentre outros produ-
tos com taxas de juros muito diferenciadas em relação as encontradas
no mercado financeiro tradicional. Atua também na área de seguros,
consórcios e previdência privada. A MaxiCrédito destacou-se neste ano
(2013), no ranking divulgado pelo Portal do Cooperativismo de Cré-
dito Brasileiro, subindo 5 posições em relação ao ultimo ranking, che-
gando a 27ª posição das maiores cooperativas de crédito entre todos os
sistemas do país, tendo por base os Ativos Totais da entidade.
A classificação utilizou como fonte os balanços do exercício de
2012, disponíveis no Banco Central do Brasil e consolidados pelo Siste-
ma Financeiro Nacional. Porém, esta não é a única posição de destaque
da instituição. “A melhor classificação da MaxiCrédito está nas Opera-
ções de Crédito, como a 22ª maior cooperativa do Brasil. No que se re-
fere aos Depósitos Totais, que são os valores mantidos em conta corrente
e aplicados na instituição, a cooperativa está na 23ª posição, além de ser
destaque na 25ª colocação em Patrimônio Líquido”.3
Em 2013, a Sicoob MaxiCrédito atingiu o número de 40 mil
associados, distribuído em 30 agências na área de ação cooperativa.
Isto gerou um grande crescimento do capital social, saindo de 51 mi-
lhões de reais em 2012 para mais de 59 milhões de reais em 2013.
Outro fator importante é o crescimento da carteira de crédito que
passou dos 305 milhões de reais para 324 milhões de reais. Também é
importante ressaltar que quase 73 milhões de reais foram disponibili-
zados na carteira de crédito para o crédito rural agropecuário, prova de
que a instituição não deixou de valorizar quem produz alimento para
3
Disponível em: http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/noticia/1265
101
a sociedade – mantendo viva a essência da sua fundação.
“Os depósitos à vista, que representam o saldo médio que os
associados mantêm na conta corrente, chegaram a R$ 37 milhões, en-
quanto os depósitos a prazo, que são as aplicações financeiras ou Recibo
Depósito Cooperativo (RDC), alcançaram os R$ 241 milhões, 34,16%
de crescimento com relação ao ano anterior”.4
Considerações finais
4
Disponível em: http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/noticia/1041
102
Referências
http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/acooperativa. Acessado
em : 12/08/2013.
http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/noticia/1041
http://www.maxicreditosc.com.br/index.php/noticia/1265
103
CRESOL CREDI CHAPECÓ: UMA FERRAMENTA DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Considerações iniciais
Considerações finais
2
Baseados nos princípios encontrados no site do Cresol Central SC/RS
108
abrange a população rural e urbana em geral. Ao verificar os impactos que
a cooperativa ocasionou e ocasiona no Oeste de Santa Catarina verificou-
se que tanto para os funcionários quanto para os associados a cooperativa
possui muitos pontos positivos funcionais, sendo um agente transforma-
dor essencial para o meio em que está inserido, beneficiando a todos os
envolvido.
Fontes
109
SICREDI XAXIM: A EVOLUÇÃO DA COOPERATIVA
DE CRÉDITO
História
Sicredi Xaxim-SC
Análise Final
116
Referências
117
CRESOL CENTRAL
Apresentação
Histórico
Tempos atuais
a) Diretor-Presidente;
b) Diretor Administrativo;
c) Diretor Operacional de Crédito;
d) Diretor Financeiro;
e) Diretor de Desenvolvimento e Educação
Produtos e Serviços
• Conta Corrente
• Depósito a Prazo
• Correspondente Bancário
• Capitalização (PROCAPCRED)
• Seguros
• Pagamento de aposentados
• Crédito rotativo
• Cheque Especial
• Cartão Cresol
• Pronaf custeio e investimento
• Habitação rural e urbana
• Microcrédito
Qualificação
Conclusões
122
Anexo - Organograma Cresol central sc/rs
123
PARTE 4
COOPERATIVAS
DE HABITAÇÃO
COOHABRAS: CONSTRUIR CASAS, TRANSFORMAR VIDAS
Introdução
História
126
Critérios e Conceitos
Trajetória/Caminhada
129
PASSO 1
1. Poupança coletiva: É um fundo feito com as contribuições dos
próprios participantes que serve para a compra do terreno e o projeto
de engenharia e arquitetura. Valores são arbitrados pelo grupo.
2. Projeto arquitetônico: Na cooperativa o cooperativado e os co-
legas de grupo que determinam qual o projeto arquitetônico a ser
consolidado. O grupo ajuda a fazer o desenho do projeto.
3. Compra coletiva do terreno: Comprar o terreno de forma cole-
tiva barateia o custo do lote e dá possibilidade de compra para todas
as famílias participantes. O terreno para ser “dividido” em lotes é
escolhido pelo grupo.
PASSO 2
4. Financiamento para construção: Os Educadores Populares vão
orientar os participantes quanto ao melhor tipo de financiamento
habitacional disponível.
5. Construir a preço de custo: Cooperativa não tem lucro, é um
projeto social, por isso, os imóveis são repassados aos participantes
dos grupos pelo preço de produção. A autoconstrução também pode
baratear a obra.
6. Escritura da moradia: Quando a obra estiver pronta a casa será
escriturada em nome do cooperativado/a, para sua garantia e segu-
rança plena.
Considerações
1
Disponível em http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-18/estudo-do-ipea-apon-
ta-que-deficit-habitacional-caiu-12-em-cinco-anos
2
Disponível em http://www.cohab.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=arti-
cle&id=100&Itemid=137
3
Segundo dados da OBC (Organização das Cooperativas do Brasil), em 2011 cerca de 10
milhões de brasileiros eram filiados em cooperativas filiadas à organização. Disponível em:
http://www.brasilcooperativo.coop.br/gerenciador/ba/arquivos/panorama_do_cooperati-
vismo_brasileiro___2011.pdf. Estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros são filiados
à cooperativas que não integram o sistema OCB
4
Vencedora do prêmio “Melhor Prática em Gestão Local” em 2005, promovido pela Caixa
Econômica Federal do Brasil
5
Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Disponível em: http://
www.onu.org.br/onu-no-brasil/onu-habitat/
132
Referências
133
COOPERHAF: MORAR BEM FAZ PARTE DA
DIGNIDADE HUMANA
137
COOPERCHAP: CONSTRUINDO MAIS DO QUE MORADIAS,
TORNANDO SEUS SONHOS REALIDADE
Maiara Zamban
Gisele Klam
• Conselho Administrativo:
- Diretor-presidente: Adriana Ribas de Arruda
- Vice-presidente: Ladenir Teresinha Ballen
- Diretora-secretária: Roseli Lazarotto de Mello
- Diretor-tesoureiro: Paulo Cezar Moraes
• Conselheiros:
Titulares
- Lirani Bosco
- Luciano Marafon
- Marcel Kracker Lerner
Suplente
- João Batista Bueno
- Clóvis de Carli
- Evandro Carlos Mior
139
• Conselho Fiscal:
Titulares
- Michelli Tais Galli
- Rudinei Ruohff
- Mirian Severino Ribeiro
Suplente
- Vanilde Moretto Lemes
- Marizete Aparecida Menegatti
- Alencar Lazzaretti
140
Com o financiamento habitacional para construção de casas, en-
caminhado junto a Caixa Econômica Federal, através da Carta FGTS,
26 famílias do Loteamento ASEHAQ no Município de Quilombo foram
beneficiadas.
Vários loteamentos estão sendo construídos a partir do Fundo ha-
bitacional, como: o Loteamento Pinheiros, mais de 156 famílias foram
beneficiadas, cabe ressaltar que o Loteamento Pinheiros é um Loteamento
de Interesse Social, onde dos 156 lotes, 21 lotes foram destinados para a
Prefeitura Municipal, estar alocando famílias que vivem em situação de
risco, áreas precárias, ou em terrenos irregulares. O Loteamento Pinheiros
foi o primeiro Fundo Habitacional a ser consolidado, hoje é uma obra já
entregue para os cooperados, bem como para o Município, com toda a
infraestrutura. Outro loteamento que está em fase final das obras infraes-
trutura realizado pela COOPERCHAP é o Fundo Habitacional Vila Real
que irá contemplar 112 famílias. Também tem os Fundos Habitacionais
Cooperchap I, II e III, no bairro Efapi, 3 grupos de famílias serão benefi-
ciadas, no grupo 1: Em média 200, famílias serão contempladas, no grupo
2: 100 famílias serão contempladas e no grupo três: também 100 famílias
serão contempladas.
Outro programa que a cooperativa trabalha é o Programa Mi-
nha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Através do programa Minha
Casa, Minha Vida, a pessoa poderá financiar um imóvel na planta. Entre
as vantagens estão: financiamentos de longo prazo, taxa de juros reduzida
uso de recursos do FGTS, subsídio de até R$17.900,00. Carta FGTS -
Operações coletivas, com a Carta do FGTS. A partir desses recursosem
parceria com construtoras, vários condomínios foram construídos, onde a
Cooperchap entra como entidade organizadora, relatamos alguns.
• Condomínio Residencial Parque das Palmeiras, nesse condomí-
nio 224 famílias foram beneficiadas, realizado pelo programa Carta FGTS
o condomínio possui: Guarita, Central de Comunicação Eletrônica, por-
tão de acesso eletrônico, complexo fechado, vaga para garagem individual,
área verde privilegiada, central de gás, área de lazer, playground, salão de
festas, quadra de futebol de areia e quiosque. Os apartamentos são com-
postos por: dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e
sacada. A obra foi entregue em junho de 2010.
• Condomínio Residencial Dona Geni, 240 famílias foram con-
templadas com o Projeto Imóvel na Planta, através do programa Minha
Casa Minha Vida do Governo Federal. O condomínio possui: salão de
festas, sala de jogos, sala de ginástica, playground, ampla área verde. Os
apartamentos são compostos por: dois dormitórios, sala de estar/jantar,
cozinha, banheiro, área de serviço e sacada. Área: aproximadamente 60
141
m². Obra entregue em fevereiro de 2012.
• Condomínio Residencial Azaléa, beneficiou 76 famílias, sendo
realizada a assinatura dos contratos com a Caixa Econômica Federal em 23
de dezembro de 2011, obra entregue em agosto de 2013. O condomínio
contém:sala comercial, estacionamento individual, salão de festas, play-
ground, guarita, central de gás, área de circulação para pedestres e veículos,
sistema de captação de água das chuvas e tubulação para instalação de
climatizador. E os apartamentos são compreendidos por: dois dormitó-
rios, cozinha/área de serviço, banheiro, sala de jantar/estar e churrasqueira.
Área: 54m².
• Condomínio Residencial Spazio Di Primavera, atendeu a de-
manda de 192 famílias. Financiamento realizado pelo Programa Minha
Casa Minha Vida do Governo Federal, a assinatura dos contratos habita-
cionais com a Caixa Econômica Federal foi realizada em março de 2012,
obra entregue em maio de 2014. Os Apartamentos possuem dois dormitó-
rios, cozinha/área de serviço, banheiro, sala de jantar/estar, churrasqueira a
gás. Área: 49 m² e o condomínio tem: estacionamento individual, salão de
festas, playground, guarita, central de gás, área de circulação para pedestres
e veículos, e, sistema de aproveitamento de água das chuvas.
A COOPERCHAP também é correspondente Caixa: Conta de
luz, Conta de água, Conta de telefone, Bloquetos bancários, Depósitos,
Saques, Recarga para celulares, Pagamento Programas Sociais, Abertura
Conta Corrente, Abertura Conta Poupança.
Ela também é correspondente imobiliário automatizado oferecen-
do serviços de: Preenchimento das fichas cadastrais; Simulador financeiro;
Análise e enquadramento do financiamento; Montagem e encaminhamen-
to do processo para a Caixa; Acompanhamento do processo nos prazos e
datas estipuladas; Presença durante a assinatura do contrato de financia-
mento; Acompanhamento das famílias.
Desta forma, com profissionais qualificados, o trabalho da COO-
PERCHAP tem buscado proporcionar as famílias cooperadas, condições
de acesso a esse direito, que está expresso na Constituição Federal/88, o
direito à moradia como direito humano, individual e coletivo, moradia
digna como direito e vetor de inclusão social garantindo padrão mínimo
de habitabilidade e infraestrutura, e, que por muitas vezes se torna inatin-
gível.
Esse anseio de conquistar a casa própria não é apenas um desejo
individual mas um direito, que além de estar previsto na nossa Constitui-
ção Federal, está garantido no Documento da Organização das Nações
Unidas (ONU), onde ressalta que a moradia adequada ao ser humano
precisa ter:
142
Liberdades: ser livre contra despejos arbitrários, livre para viver sem inter-
ferências e deve garantir a privacidade da família e a liberdade de escolher
onde ela quer morar.
Direitos: segurança e propriedade acessam a todos e participação
nas decisões sobre a habitação comunitária e nacional.
Mais que quatro paredes e um telhado: precisa atender um gru-
po de condições básicas, tais como: posse da propriedade; infraestrutura
pública mínima como saneamento básico e iluminação; acessibilidade; ha-
bitabilidade – entendida como o espaço adequado e suficiente a família;
localização – que não impeça de se deslocar ao trabalho ou a escola; ade-
quação cultural – precisa respeitar a cultura da família.
A partir do desenvolvimento deste trabalho podemos perceber o
quanto a COOPERCHAP é importante para o desenvolvimento econô-
mico e social de nossa região, possibilitando acesso à moradia com baixo
preço de aquisição para inúmeras famílias tornando o sonho de adquirir a
casa própria em realidade.
143
COOPER CASA NOVA: CONSTRUINDO CASA,
ORGANIZANDO GENTE
Deveres
Cooperativa Habitacional
Características:
147
“Pelas boas informações, ter preços compatíveis com o mercado, além dos tra-
balhadores cooperados serem educados, de fácil relacionamento e realizarem
serviços de boa qualidade”.
Roberto Menta – Metalúrgica Carléo
“Pelo histórico da Cooper Casa Nova, pelas referências obtidas e pela facilidade
de negociação”.
Wilson Régis Marinelli – Ponto Final
Referência
148
SITRACARNES: MORADIA PARA OS TRABALHADORES
Alisson Richter
Everton Luiz Boeri
Hérculis Klein Matté
História
Referências
152
PARTE 5
COOPERATIVAS DE
TRABALHO E SERVIÇO
COSERPRO
155
3) Participação econômica dos membros - Os membros contribuem para
o capital da sua cooperativa e controlam-no democraticamente. Parte des-
se capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. O capital
recebe uma compensação limitada. As sobras (diferença entre receitas e
despesas) são destinadas parte para reservas, benefícios aos cooperados na
proporção de suas transações com a cooperativa e outras destinações apro-
vadas em Assembléia Geral.
156
REFERÊNCIAS
157
COOPERSOL CONFECÇÕES
Histórico
1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D22239impressao.htm
158
anos após o funcionamento da empresa surgiu a idéia de formar uma coo-
perativa, que hoje á a Coopersol. A necessidade de aumentar o quadro de
colaboradoras surgiu juntamente à demanda de encomendas que aumen-
tava cada vez mais.
Antônia era professora, uma pessoa politizada, tinha sonhos e vi-
sava transformações, acreditando na idéia da cooperativa. Convidou cos-
tureiras do bairro para participarem de uma reunião, e a partir deste mo-
mento relatou que seu sonho era construir uma cooperativa.
Foi então, no ano de 2004, que se deu início ao processo de for-
mação, discussão e organização social, com costureiras, donas de casa e
trabalhadoras domésticas, para a criação e formação do sonho de Antônia.
Durante o ano de 2005, foi desenvolvido um processo de for-
mação a respeito do que era cooperativismo com o apoio de programas
e instituições como a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
(ITCP) da Unochapecó, a Unisol Brasil e a Credi Chapecó. Compreendia-
se a importância das mulheres que estavam inseridas na cooperativa, de
entenderem o significado de seu papel dentro da instituição, qual a impor-
tância, seus deveres e seus direitos.
Na época eram necessárias vinte e quatro pessoas para fundar a co-
operativa, o que não foi uma tarefa fácil. No início as mulheres precisaram
colocar o nome de seus familiares como cooperados não atuantes.
Em 16 de dezembro de 2005, a Coopersol realizou então, a assembléia de
fundação da cooperativa das costureiras. Para tornar-se um cooperado, ha-
via uma cota a ser paga de R$ 150,00. Em alguns casos, quando as pessoas
não tinham dinheiro para investir, sugeria-se que levassem suas próprias
máquinas de costura como cota. A partir disso a cooperativa pôde aumen-
tar a quantidade de máquinas para melhor atender a demanda.
No início dos trabalhos, as cooperadas enfrentaram vários obs-
táculos. O espaço era inadequado, havia dificuldade em comprar matéria
prima, a falta de um veículo próprio da Cooperativa impedia a conquista
de mais clientes devido à distância, a falta de crédito e a impossibilidade de
conseguir financiamentos se tornaram barreiras para a Coopersol.
O sonho de Antônia era construir uma cooperativa de economia
solidária, e como ela fazia parte de fóruns estaduais e nacionais, como
o Conselho Estadual do Artesanato e Economia Solidária e o Conselho
Nacional de Economia Solidária tiveram conhecimento de que poderia
elaborar projetos, para adquirir máquinas, outros equipamentos e também
poderia convidar mais pessoas para fazerem parte da cooperativa.
Através de um projeto denominado “Viabilidade e fortalecimento
de empreendimentos econômicos solidários no setor têxtil de Santa Cata-
rina”, com patrocínio do Programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidada-
159
nia, encaminhou um de seus projetos, que para sua própria surpresa e das
demais cooperadas, foi um dos setenta e seis selecionados entre mais de
cinco mil projetos inscritos.
A conquista do projeto viabilizou a compra de um terreno, e de-
pois se deu início a construção do pavilhão, que ficou pronto para uso
cerca de três anos depois.
Após se estabelecerem na nova construção a situação melhorou. A
cooperativa começou a se expandir. Surgiram oportunidades de trabalho
dentro da própria cooperativa, como o exemplo de Ivanilde Terezinha que
iniciou como costureira e hoje está atuando como vendedora. Era clara a
satisfação das cooperadas, as oportunidades fazem as pessoas se sentirem
valorizadas.
Situação Atual
Projetos futuros
162
COOPERCARGA LOGÍSTICA
Paulo Simon – “(...) sempre que posso estou trazendo mais associados
para somar forças (...)”
Linor Gastmann – “(...) no início ela era pequena, mas hoje tem
proporções gigantescas (...).”
Marcos Simioni – “(...) Sozinho não estaria onde estou hoje (...).”
168
COTRAOCA: COOPERAR PARA GERAR
VANTAGEM COMPETITIVA
Geomara Balsanello
Mariane Graeff
História
Estatuto da Cooperativa.
175
COOPTRASC: REFORMANDO VIDAS
Cristiano Munslinger
Jéssica Senger
Jordana Romanelli
A COOPTRASC
Histórico
Características
179
O que ela vem fazendo até hoje e perspectivas para
o futuro
Percepções
181
PARTE 6
COOPERATIVAS DE
SAÚDE E ESPECIAL
COOPERDEF: BEM SOCIAL - UM ESTUDO SOBRE
HISTÓRIA E PRINCÍPIOS
CONVÍVIO
REABILITAÇÃO FORMAÇÃO
E TRABALHO
Com estes três fatores– convívio, reabilitação e formação e traba-
lho - temos um ciclo que promove a ascensão social, onde as pessoas por-
tadoras de deficiência são integradas ao ambiente corporativo, empresarial
e até mesmo operacional de muitas empresas, através da adequação de
sua realidade ao trabalho que será desenvolvido, promovendo o convívio
destes com a sociedade. Com a formação são inseridos no mercado de tra-
balho com qualificação e podem desenvolver as mais diversas atividades,
claro sempre trabalhando com as sias limitações, a reabilitação possibilita a
troca de informação entre todos os envolvidos, esclarecendo dúvidas e dis-
186
cutindo as dificuldades e conquistas de cada um, isso é uma ajuda mútua
entre todos, possibilitando uma melhor qualidade de vida, além da acei-
tação de sua condição, que não excluídos e sim seres tão capazes quanto
as pessoas que não possuem dificuldades, gerando assim o convívio social,
que representa o ápice de busca pela COOPERDEF.
Geração de renda e trabalho, eis aí a chave do sucesso desta co-
operativa, seus integrantes são treinados, instruídos e adquirem alto grau
de qualificação, desta forma consegue-se integrá-los ao trabalho, gerando
renda e o mais importante, desmistificando o pensamento de que, “sou
portador de deficiência, vou sobreviver através dos benefícios que tenho
direito e não vou perturbar a sociedade com a minha presença”, isso não
existe, eles são GUERREIROS que não querem ser somente um benefici-
ário, querem ganhar seu dinheiro, a sua renda através de seus esforços, de
seu trabalho, lutam por isso e através da cooperativa adquirem experiência,
incentivo e percebem que podem e devem modificar a sua realidade, pois
o maior direito que possuem é ao trabalho, como qualquer cidadão tem.
É visível a contribuição desta cooperativa para todos e podemos
ainda salientar que sem ela talvez muitos estariam desacreditados e sem
uma perspectiva de vida, de crescimento profissional ou mesmo não teriam
um trabalho. Além disso é um orgulho termos essa cooperativa em nosso
estado, pois ela visa responsabilidade social de uma forma surpreendente,
pois sua ideia é nada mais do que inovadora, pois vemos cooperativas que
visam ao lucro, que não se poderia chegar só, além de uma estrutura mais
poderosa através do cooperativismo, mas essa é diferente, ela quer promo-
ver uma sociedade de excelência.
Como é bom saber que existem projetos que instigam ao bem
comum, pois não está somente contribuindo para a integração destas pes-
soas, mas também para a humanização de todos nós, que cada dia nos
desviamos dos reais valores para os quais estudamos, o mundo capitalista
venda os nossos olhos para os reais problemas que se encontram em nossa
sociedade, temos que evoluir mentalmente, não somente financeiramente,
pois é indiscutível que dinheiro substitua pessoas, temos que manter as
pessoas felizes, essa sim é a real missão de todos e todas, temos que ser hu-
manos e pessoas capazes de promover o bem social, de sermos melhores a
cada dia, você está fazendo o que para que a pessoa que convive com você
possa sorrir? Você diz um bom dia, uma boa tarde? Simples gestos promo-
vem a alegria de viver, pense nisso e também organize sua vida, seja feliz,
pois quem tem maiores dificuldades que nós, que sofre com o desinteresse
social luta por seus direitos, por sua felicidade e por seu destino.
GOVERNANÇA COOPERATIVA
OBJETIVOS DA COOPERATIVA
PARTICIPAÇÃO DO COOPERADO
193
PARTE 7
ASSOCIAÇÕES
VERDE VIDA: SOLIDARIEDADE QUE SE RAMIFICA
Cassiano Simon
Josiane Albara
Rubia Ambrosini
Primeiros Anos
NOVOS OLHARES
201
CIA DO ARTESANATO: MULHERES ADEPTAS A GERAÇÃO
DA ECONOMIA SOLIDÁRIA
Juliana Capelezzo
Patricia Ines Schwab
Stela Goes
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
207
VIDA CIDADÃ
Camila Cigel
Juliana Soligo Calmon de Almeida
Histórico
Situação Atual
211
PARTE 8
NEGÓCIO SOCIAL
MANDALAH: A INOVAÇÃO É UM CÍRCULO
MÁGICO DO PODER!
Introdução
Trajetória
Considerações Finais
219
Sites visitados
http://revistatrip.uol.com.br/revista/216/perfis/lourenco-bustani.html
http://oglobo.globo.com/rio/duas-aguas-a-conta-com-lourenco-busta-
ni-7790475
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/mandalah-promove-a-i-
novacao-consciente_105732.html
220
PARTE 9
ROTEIRO DE
SISTEMATIZAÇÃO
221
SISTEMATIZAÇÃO DE PRÁTICA SOCIAL:
ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO
1. PREPARAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO.