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Os fluidos não-newtonianos se classificam de acordo com as suas propriedades físicas, que podem:
1. Ser independentes do tempo de cisalhamento
2. Ser dependentes do tempo de cisalhamento
3. Exibir características de sólido
Fluidos não-newtonianos
Fluidos para os quais a tensão de cisalhamento não é diretamente proporcional à taxa de deformação, não linear,
são não newtonianos.
Para muitas aplicações da engenharia, essas relações podem ser adequadamente representadas pelo modelo
exponencial, para o escoamento unidimensional.
Equações gerais simplificadas
Viscosidade
Fluido
Pseudoplásticos newtoniano
n<1
µ Newtonianos
Modelo de Herschel-Bulkley
Dilatantes
n >1 Índice de escoamento:
Fluido não associado à não-linearidade
newtoniano
Índice de consistência:
proporcionalidade entre a t e dv/dy
Fluidos não-newtonianos
Viscosidade aparente (η)
• A ideia por trás da Eq. 1 é usar uma viscosidade η em uma equação cujo formato seja idêntico ao da Eq. 2, em que
a viscosidade newtoniana μ é aplicada.
• A grande diferença é que enquanto μ é constante (exceto para efeitos de temperatura), η muda em função da taxa
de deformação.
(1)
(2)
Fluidos não-newtonianos
Viscosidade aparente (η)
• Os fluidos em que a viscosidade aparente decresce conforme a taxa de deformação cresce (n < 1) são chamados de
fluidos pseudoplásticos (tornam-se mais finos quando sujeitos a tensões cisalhantes).
• Se a viscosidade aparente cresce conforme a taxa de deformação cresce (n > 1), o fluido é chamado dilatante.
• Um “fluido” que se comporta como um sólido até que uma tensão limite, τy, seja excedida e, subsequentemente,
exibe uma relação linear entre tensão de cisalhamento e taxa de deformação é denominado plástico de Bingham
ou plástico ideal.
Modelo de Herschel-Bulkley
n
Fluidos não-newtonianos
y
n<1
Devagar
n >1 ν
Rápido
Fluidos não-newtonianos
Fluidos não-newtonianos – Plásticos de Binghan
Este tipo de fluido apresenta uma relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação, a partir do
momento em que se atinge uma tensão de cisalhamento inicial.
Modelo de Herschel-Bulkley
n
Fluidos não-newtonianos – Herschel-Bulkley (HB)
Este tipo de fluido também necessita de uma tensão inicial para
começar a escoar.
Viscosidade diminuída com o tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, voltando a ficar mais viscosos
quando esta cessa.
Reopéticos
Comportamento inverso ao dos tixotrópicos. Desta forma, a viscosidade destes fluidos aumenta com o tempo de
aplicação da tensão, retornando à viscosidade inicial quando esta força cessa.
Líquidos Gases
Tipos de Escoamento – Laminar e Turbulento (Re)
Laminar: como não há flutuação de velocidades aleatórias a
velocidade do escoamento laminar é v.
Turbulento: podemos pensar da velocidade sendo composta pela
velocidade média + as componentes das flutuações aleatórias de
velocidade.
Quanto maior as componentes flutuantes mais turbulento será o fluxo.
Tipos de Escoamento – Laminar e Turbulento (Re)
Regime de escoamento em uma tubulação poderia ser modificado se fossem alterados:
diâmetro do tubo, velocidade do escoamento, massa específica ou viscosidade.
v
D ρ, µ
𝑉𝐿 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
𝑅𝑒 = 𝜌 𝑅𝑒 =
µ 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎𝑠
Osborne Reynolds
(1842-1912) 𝑉𝐿
𝑅𝑒 =
ν
Re < 2100 – Laminar
µ
ν= 2100 < Re < 4000 – Transição
𝜌 Re > 4000 – Turbulento
Tipos de Escoamento – Laminar e Turbulento (Re)
Número de Reynolds (Re) – Fluidos Internos (limitados por paredes)
Re “grande” efeitos
viscosos desprezíveis
Re “pequeno” efeitos
viscosos predominantes
Tipos de Escoamento – Laminar e Turbulento (Re)
Número de Reynolds (Re) – Fluidos Internos (limitados por paredes)
𝑉𝐿 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
𝑅𝑒 = 𝜌 𝑅𝑒 =
µ 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎𝑠
Re “grande” efeitos
viscosos desprezíveis
Re “pequeno” efeitos
viscosos predominantes
Viscosidade absoluta - µ x T & p
Em geral, a viscosidade de um fluido depende da temperatura
e da pressão, embora a dependência da pressão seja bastante
fraca.
Para líquidos, tanto a viscosidade dinâmica como a cinemática
são praticamente independentes da pressão e qualquer variação
pequena de pressão é normalmente desprezada, exceto nos casos
de pressões extremamente altas.
Para gases, este também é o caso para a viscosidade dinâmica
(para pressões baixas e moderadas), mas não para a viscosidade
cinemática, uma vez que a densidade de um gás é proporcional à
sua pressão.
Em geral, a viscosidade dinâmica
não depende da pressão, mas a
viscosidade cinemática depende.
Viscosidade absoluta - µ x T
A viscosidade do fluido é uma medida de sua “resistência à deformação”. A viscosidade
resulta da força de atrito interno que se desenvolve entre as diferentes camadas dos fluidos, à
medida que são forçadas a mover-se uma em relação às outras.
Líquidos
Os espaçamentos entre as moléculas dos líquidos são pequenos (em relação aos gases). As
forças de coesão entre as moléculas estão relacionadas com as forças intermoleculares.
No líquido ao aumentar a temperatura há diminuição da interação molecular (reduz o atrito
coletivo), fazendo com que as moléculas mudem de camadas, não ficando próximas uma das
outras.
Quando um fluido líquido está em baixa temperatura há maior atrito do líquido, pois está
mais estático, pela proximidade intermolecular.
Quando a temperatura aumenta, estas forças de coesão são reduzidas (reduzindo o atrito) e
isto provoca a redução da resistência ao movimento entre as camadas. Sendo a viscosidade
dinâmica um índice desta resistência, há redução de viscosidade dinâmica ao aumentar a
temperatura.
Viscosidade absoluta - µ x T
Líquidos
A influência das variações de temperatura na viscosidade dinâmica pode ser estimada com equações empíricas.
Para líquidos, uma equação empírica que tem sido utilizada é a de Andrade:
µ = 𝐷𝑒 𝐵/𝑇
µ = 𝑎10𝑏/(𝑇−𝑐)
Onde a, b e c são constantes determinadas experimentalmente e T é a temperatura absoluta.
Viscosidade absoluta - µ x T
Líquidos
Macroscópico
A viscosidade dos líquidos diminui com a temperatura, ao passo que a dos gases aumenta
com a temperatura. Isso ocorre porque nos líquidos as moléculas possuem mais energia a
temperaturas mais altas e nesse caso podem opor-se mais intensamente às forças
intermoleculares coesivas. O resultado é que as moléculas energizadas do líquido
movem-se mais livremente.
Microscópico
O aumento no grau de agitação das partículas associado com o aumento da temperatura,
facilita que uma partícula escape da esfera de influência de uma partícula vizinha.
Não há tanto atrito.
As partículas interagem menos umas com as outras de maneira individual.
Isso gera uma diminuição na viscosidade do fluido.
Em temperatura baixa há mais atrito entre as partículas, entre as camadas do fluido.
Viscosidade absoluta - µ x T
Gases:
Para os gases, as moléculas estão mais distantes. Ao aumentar a temperatura há maior
interação entre as moléculas, transmitindo movimento e energia, aumentando o
atrito, devido as moléculas estarem mais próximas.
As forças moleculares são desprezíveis (pela maior distância) e a resistência ao
movimento relativo é devida às forças de colisão.
As moléculas podem ser transportadas pelo movimento aleatório de uma região que
apresenta velocidade baixa para outra que apresenta mais alta.
Esse movimento molecular proporciona uma troca efetiva de quantidade de
movimento que impõe uma resistência ao movimento relativo das camadas.
Quando a temperatura do meio cresce, a atividade molecular aumenta (as velocidades
aleatórias aumentam) e aumenta viscosidade dinâmica (o atrito do fluido gasoso).
Viscosidade absoluta - µ x T
Gases
A influência das variações de temperatura na viscosidade dinâmica pode ser estimada com equações empíricas.
A equação de Sutherland, adequada para os gases, pode ser expressa dos seguintes modos:
𝐶𝑇 3/2
µ=
𝑇+𝑆
Onde C e S são constantes e T é a temperatura absoluta.
Çengel (Touloukian, 1975) trás outra equação:
𝑎𝑇1/2
µ=
1 + 𝑏/𝑇
Onde a e b são constantes determinadas experimentalmente e T é a temperatura absoluta.
A viscosidade dos gases é independente da pressão sob pressões baixas a moderadas (de alguns poucos por centos
de 1 atm a vários atm). Mas a viscosidade aumenta sob altas pressões devido ao aumento da densidade.
Viscosidade absoluta - µ x T
Num gás, por outro lado, as forças intermoleculares são desprezíveis e as moléculas
em temperaturas altas movem-se aleatoriamente a velocidades mais altas. Isso resulta
em mais colisões moleculares por unidade de volume e por unidade de tempo e,
portanto, em maior resistência ao escoamento.
Microscópico
As partículas estão muito distantes que não há interação por forças intermoleculares.
A interação acontecerá quando uma partícula colidir com outra.
No aumento da temperatura do gás aumenta-se o nível de agitação das moléculas
favorecendo essas colisões, aumentando a probabilidade da interação por colisão
acontecer.
Enquanto nos líquidos ao aumentar a temperatura se diminui a interação entre duas
partículas, em um gás se favorece essa interação.
As partículas tem mais energia, se movem de maneira mais rápida, então em colisão
elas trocam muito mais energia entre elas.