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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE ARTES- DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS


TÓPICOS ESPECIAL ESCULTURA: OBJETO E MULTIMÍDIA

Nome: Amanda Moreira Ferreira


Análise de uma obra da Bienal do Mercosul 2018

Estive presente na Bienal, nos museus que ficam na Praça da


Alfândega, por três vezes. E durante todas estas vezes, as obras que mais me
instigaram foram as que faziam referência à África, à negritude ou à
escravidão. Dentre estas obras eu escolhi as do fotógrafo senegalês Omar
Victor Diop. Escolha feita por, além de ser de uma temática de meu interesse,
também se utilizar da fotografia, da fotomontagem, que são áreas que eu
busco trabalhar.

Figura 1- Thiaroye- 1944 Série Liberty – Uma Cronologia Universal


dos Protestos Negros, de Omar Victor Diop. Fonte: site do artista

Sobre o artista:

“Omar Victor Diop nasceu em Dakar em 1980. Desde a sua


infância, Omar Victor Diop desenvolveu um interesse por
Fotografia e Design, essencialmente como meio de captura da
diversidade das sociedades e estilos de vida africanos
1
modernos.”

1
Biografia Omar Victor Diop. Site do artista. Disponível: https://www.omarviktor.com/about. Acessado
em 18 jun de 2018.

PORTO ALEGRE, 26 DE JUNHO DE 2018.


O fotógrafo senegalês se utiliza da fotografia e do design como
ferramenta de trabalho. E seu trabalho serve como um resgate da história de
seus antepassados. Nas suas diversas obras vemos a história recontada com
um toque de modernidade, utilizando a fotografia para recriar momentos do
passado.

Análise da obra:

A Série “Liberty” retrata, resgata momentos históricos de protestos, ao


longo do mundo, a favor da liberdade do povo negro. E trazendo junto, em
cada obra, o patrimônio visual africano.
Estas obras tratam de identidade, em primeiro lugar. Identidade do
artista, que retrata a ele mesmo no papel desses manifestantes. E identidade
de uma etnia que ele retrata através de momentos históricos, que embora
separados geograficamente, têm a mesma origem ancestral.
O resultado estético e visual da obra é uma fotomontagem que no
primeiro momento é sutil de observar e que tem uma linguagem que remete a
estética africana logo na primeira observação. Releitura de um passado
utilizando uma linguagem atual.
Dentre as outras obras do artista, além da exposta na Bienal, temos
releituras de cenas do cinema norte-americano, na série “Onomolliwood”
(2013) onde o artista traz elementos nativos e modelos negros nestas cenas
consagradas. E a série “Diáspora” (2014) que trata da imigração africana para
a Europa. Ambas com a mesma linguagem visual e busca pelo história negra.

Referências bibliográficas:

- Site do artista. Disponível: https://www.omarviktor.com/about. Acessado em 18 jun de 2018.

-Por dentro da Bienal: as revoluções de Omar Victor Diop. Site Bienal do Mercosul
2018.Disponível em:<http://fundacaobienal.art.br/site/pt/noticias/1283> . Acessado em 23 jun
de 2018.

- Omar Victor Diop: A beleza africana em filmes de Hollywood, 2013.Gelédes, Instituto da


Mulher Negra. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/omar-victor-diop-a-beleza-africana-
em-filmes-de-hollywood/>. Acessado em 23 jun de 2018.

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