Você está na página 1de 2

“Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a

amar”

A frase anterior é pertencente ao livro “Long walk to freedom” - Nelson Mandela edição de 95,

Nelson Rolihlahla Mandela foi o principal líder político da história da África do Sul e um dos
grandes nomes mundiais da luta contra a opressão racial. Também conhecido como Madiba, ele
lutou durante grande parte de sua vida contra o regime racista e segregacionista do apartheid na
África do Sul.

Casos de ações hodiondas motivadas pelo preconceito racial é algo que já virou rotina em diversos
lugares do mundo. Aquilo que no Brasil, deveria ter ficado enterrado no passado, com a lei aurea
assinada pela Princesa Dona Isabel, que foi sancionada no dia 13 de maio de 1888, acabou
ressurgindo com mais força nos últimos tempos.

Até nos esportes, que por muitas vezes foi palco para manisfestações de combate ao preconceito
racial e que se tornou uma grande fábrica de idolos negros, tem tido um aumento preocupante de
casos de racismo. Só em 2019, no esporte brasiileiro cresceu o suficiente para atingir o maior índice
em cinco anos. Sendo estes dados do futebol, mas tem as mesmas atitudes ocorrendo em outras
modalidade.

Tais atitudes vão além de ofensas verbais, como chamar atletas de macacos, e atitudes depreciativas
de tacar bananas nos estádios fazendo referencia ao alimento favorito dos macacos, por muitas
vezes estes ataques podem vir até mesmo dos seus companheiros, técnico e comissão técnica.
Afinal, as atitutes racistas não estão restritas aos torcedores e nem as arquibancadas.

Falando agora, sobre o racismo no esporte do mundo em geral, podemos observar algumas
situações de grandes atletas, como um dos maiores do BASQUETEBOL como leBron James que em
2017 teve sua casa pichada na véspera da abertura das finais da NBA, a liga americana de basquete,
contra o Golden State Warriors, ou até Lewis Hamilton, que sofreu racismo pelos internautas por um
grande tempo de sua vida, mas especificando ao dia 18 de julho de 2021, aonde o piloto da formula
1 sofreu ataques racistas online depois de vencer o Grande Prêmio da Grã-Bretanha. O
heptacampeão comemorou a oitava vitória recorde na corrida depois de revidar uma penalidade de
10 segundos por uma colisão na primeira volta que mandou o rival Max Verstappen ao hospital.

Trazendo um pouco mais pro futebol, contituido por duas situações em diferentes continentes; O
primeiro no continete Americano, no campeonato da Conmebol Libertadores, um jogo do Flamengo
contra a Universidad Católica na vitória por 3 a 2 em Santiago, pela terceira rodada de fase de
grupos. Onde aconteceu cenas lamentáveis de racismo, lançamento de pedras, garradas e
sinalizadores aonde uma criança foi ferida, direcionada da torcida adversária aos torcedores rubro-
negros.
O segundo foi no continente europeu, mais precisamente na espanha, no clube do Real Madrid, com
o atacante Vinicius Jr, jogador brasileiro de maior destaque no futebol europeu, vem sendo agredido
com ofensas racistas há meses, é frequentemente chamado de mono e já teve até mesmo um
boneco enforcado por torcedores do Atlético de Madrid em uma ponte na capital espanhola. Outros
jogadores como Daniel Alves e Neymar Jr foram vítimas de racismo enquanto defendiam o
Barcelona. Em razão dos constantes ataques racistas, a CBF se pronunciou antes de um jogo contra a
tunísia, com um cartaz com a seguinte frase: “ Sem nossos jogadores negros, não teríamos estrelas
na nossa camisa”

Ao longos dos anos, o racismo se tornou um elemento presente na maioria dos esportes, com
diversas manifestações de ódio a jogadores de diferentes etnias, fruto da crença na superioridade
racial.

Nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, Jesse Owens, um atleta afrodescendente, ganhou quatro
medalhas de ouro em uma competição contra diversos atletas arianos, em pleno regime Nazista.
Jesse entrou para história, chegando a surpreender o próprio Adolf Hitler.

O feito de Owens provou na prática como tal ideologia de superioridade étnica é errada, e a revolta
que se deu por conta disso, provou que muitos não aceitam o sucesso de minorias em esportes - e
em outras áreas.

Há esportes cujos melhores atletas pertencem às minorias, o que só aumenta o ódio por parte de
pessoas preconceituosas. O Boxe, por exemplo, a maioria dos grandes atletas eram negros, como
Muhammad Ali, Mike Tyson, Floydweather Jr.

Além de afrodescendentes, atletas de outras etnias também sofrem com o preconceito nos
esportes, sendo muitas vezes alvos de ataques, seja por parte de internautas em redes sociais, ou
em campo.

Você também pode gostar