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REFERÊNCIAS
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
ROHEN, Johannes W.; et al. Anatomia humana: atlas fotográfico de anatomia sistêmica e
regional. 7. Ed. Barueri: Manole, 2010.
VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6. Ed. São Paulo: Manole, 2003.
O coração tem dois tipos de células, as células miocárdicas, também denominadas células
funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células
marcapasso, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos.
O coração apresenta 4 câmaras que funcionam em pares. Duas superiores, que são os
átrios direito e esquerdo; e duas inferiores, os ventrículos direito e esquerdo. São como se
fossem duas bombas independentes. Uma delas empurra o sangue sem oxigênio para os
pulmões. Enquanto a outra envia o sangue com oxigênio, que veio dos pulmões, para todo o
corpo. As paredes das câmaras são puro músculo, que se contraem em sequência regular.
Uma parede, chamada septo interatrial em cima e septo interventricular embaixo, separa o
lado esquerdo do direito.
Músculos papilares são músculos que, relaxados, deixam frouxas as cordas tendíneas que
abrem as valvas mitral (bicúspide) e a tricúspide e, contraídos, retesam as cordas tendíneas
que fecham essas valvas.
Existem 4 válvulas que garantem que o sangue flua sempre num único sentido. A cada
contração do músculo, duas delas se abrem, permitindo que o sangue seja empurrado ou
para o pulmão, ou para o corpo. No mesmo momento, as outras duas se fecham evitando o
fluxo na direção errada. Quando as duas válvulas principais se fecham numa rápida
sucessão, gera-se o som duplo da batida do coração.
No desenvolvimento embrionário do coração, o septo atrioventricular é a primeira formação,
pois divide os átrios dos ventrículos.
Fisiologia do Coração
O coração é um órgão muscular oco, localizado no centro do tórax entre os dois pulmões,
imediatamente acima do diafragma e ligeiramente à esquerda da linha mediana do tórax. É
por isso que sentimos o seu batimento deste lado. Tem o tamanho ligeiramente maior que
um punho e a forma aproximada de um cone, de base voltada para cima, para trás e para a
direita e de ápice (ponta) voltado para baixo, para frente e ligeiramente para a esquerda.
A percepção de se encontrar no lado esquerdo é ainda ampliada pelo fato do lado esquerdo
inferior do coração (ventrículo esquerdo) ser a parte maior e mais desenvolvida, sendo mais
forte, dado que tem a função de bombear o sangue para todo o corpo por meio da aorta.
O sistema circulatório tem a função de fazer o sangue circular por todo o corpo. Para isto,
ele apresenta um complexo conjunto de órgãos. É constituído por tubos, por onde circula o
sangue, e pelo coração, que funciona como uma bomba, permitindo a circulação sanguínea.
CORAÇÃO - OBJETIVO TERCEIRO
O sistema nervoso autônomo é a parte do sistema nervoso que alimenta os órgãos internos,
incluindo os vasos sanguíneos, estômago, intestino, fígado, rins, bexiga, órgãos genitais,
pulmões, pupilas, coração e as glândulas digestivas, salivares e sudoríparas.
Embora o coração tenha um padrão de contração inato, também é inervado pelo sistema
nervoso autônomo a fim de responder às alterações fisiológicas necessárias do corpo. Os
nodos SA e AV possuem ambas as inervações simpáticas e parassimpáticas. A estimulação
simpática acelera a frequência cardíaca e dilata as artérias coronárias, permitindo ao
coração atender o aumento de suas próprias demandas metabólicas como também aquelas
do resto do corpo. A estimulação parassimpática possui efeito oposto. A inervação simpática
é feita através de fibras dos gânglios cervicais e torácicos superiores e a inervação
parassimpática é feita através de ramos dos nervos vagos. (VAN DE GRAAF, 2003).
Sobre despolarização:
A propagação de potenciais de ação por todo o coração exige a despolarização de uma
célula cardíaca de um estado de repouso para um estado excitado, durante o qual a
célula gera um potencial de ação. A corrente iônica que flui para dentro da célula durante
o potencial de ação é transferida de uma célula excitada para suas vizinhas não
excitadas, até que estas sejam, por sua vez, excitadas e propaguem potenciais de ação
para suas vizinhas. Por consequência, a propagação de potenciais de ação cardíacos
exige o fluxo de carga elétrica (corrente). A carga é transportada principalmente por
cátions (Na+ e K+).
A despolarização é a primeira fase do potencial de ação. Durante essa fase, ocorre um
significativo aumento na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular. Isso
propicia um grande fluxo de íons sódio de fora para dentro da célula por meio de sua
membrana por um processo de difusão simples (o soluto se desloca do local mais
concentrado para o menos concentrado).
O ritmo cardíaco é controlado pelo sistema nervoso, mais especificamente, pelo sistema
nervoso autônomo simpático (SNAS) e parassimpático (SNAP).
O Sistema Nervoso atua sobre uma célula localizada no nodo sinoatrial, entre as artérias e
os átrios, chamada de célula marca-passo. Estas células têm a incrível capacidade de se
despolarizar sozinhas, isto é, sem a chegada de um potencial de ação. E pela facilidade de
condução elétrica no coração se apenas uma dessas células se despolariza já desencadeia
a contração do músculo cardíaco. Nessas células a permeabilidade ao potássio é reduzida
associada a um aumento na permeabilidade ao sódio. Com uma entrada maior de sódio e
uma saída mais lenta de potássio a célula atinge seu limiar de despolarização.
Essas células são alvo do SNAP e SNAS. O simpático, pela sua característica geral, tem a
finalidade de estimular, tornar os processos fisiológicos mais rápidos. Em uma situação de
exercício físico, estresse, etc.; o SNAS, através da noradrenalina torna a membrana da
célula marca-passo mais permeável ao potássio. Com uma saída mais rápida de potássio, a
célula retorna ao seu potencial de repouso mais rapidamente tornando-a apta a
desencadear um novo potencial de ação. Este processo acelera os batimentos cardíacos.
Por outro lado, o SNAP vai se utilizar de outro neurotransmissor, a acetilcolina que por sua
vez vai reduzir ainda mais a permeabilidade da membrana da célula marca-passo ao
potássio, fazendo com que leve mais tempo para que a célula retorne ao seu potencial de
repouso e consequentemente demore mais tempo a desencadear um novo potencial, o que
reduz a frequência cardíaca.
O coração tem dois tipos de células: as células miocárdicas, também denominadas células
funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células
marca-passo, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos. Os tecidos
especializados que geram e conduzem impulsos elétricos através do coração, são o nodo
sinoatrial (nodo SA), nodo atrioventricular (nodo AV), feixe de His (fascículo atrioventricular)
e fibras de Purkinje (ramos subendocárdicos) (VAN DE GRAAF, 2003).
O nodo SA está localizado na parede posterior do átrio direito, onde a veia cava chega ao
coração. O nodo AV está na porção inferior do septo interatrial. O feixe de His está no topo
do septo interventricular, esse feixe se divide no interior da parede dos ventrículos
denominando-se fibras de Purkinje, causando a contração simultânea dos ventrículos.
Nodo Atrioventricular
Localização: região inferior do septo atrial, segundo GUYTON e VAN DER GRAFF. Segundo
NETTER fica no septo atrioventricular.
Função: É responsável pelo retardo na condução do impulso elétrico dos átrios para o
ventrículo, permitindo dessa forma que a sístole ventricular ocorra posteriormente à sístole
atrial. Tempo de despolarização intermediário em relação ao nodo sinoatrial e ao feixe de
His, em função de sua permeabilidade ao sódio. Esse retardo ocorre porque as fibras
condutores desse nodo são vagarosas e conduzem com lentidão, isso é importantíssimo
para que a sístole atrial ocorra uma fração de segundo antes da ventricular, permitindo,
assim, há o enchimento do ventrículo (que estava em diástole no momento da sístole atrial)
para que no momento da sístole ventricular ele bombeie sangue. Em geral, mantém a
frequência cardíaca entre 40 e 60 batimentos por minuto.
Nodo SA
Átrios
Nodo AV
Feixes de His
Sistema de Purkinje
Ventrículos
Septo interventricular: SIV.
Sons do coração
Primeiro som: fechamento das válvulas AV (atrioventriculares). Sístole ventricular.
Segundo som: fechamento das válvulas semilunares. Diástole ventricular.
PARA ESTUDAR:
pag 253 anatomia fotográfica e pag 207
pag 149 anatomia clínica e pag 552 van de graff
https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1033.html