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A função principal do sistema cardiovascular é levar A taxa com que o sangue é bombeado por um

sangue para os tecidos, disponibilizando os nutrientes ventrículo é chamada débito cardíaco; uma vez que
essenciais para o metabolismo celular e removendo os trabalham em série, o débito cardíaco do ventrículo
resíduos do metabolismo das células. O coração esquerdo é igual ao débito cardíaco do ventrículo
funciona como uma bomba que, ao se contrair, gera a direito em condições fisiológicas; a taxa de retorno do
pressão necessária para impulsionar o sangue por uma sangue das veias para os átrios é chamada retorno
série de vasos sanguíneos. Os vasos que transportam o venoso. Por fim, em condições fisiológicas, o débito
sangue do coração para os tecidos são artérias, as cardíaco do coração é igual ao retorno venoso para o
quais estão sob alta pressão, as veias carreiam o coração.
sangue dos tecidos para o coração, e estão sob baixa O débito cardíaco é distribuído entre os vários
pressão. Nos tecidos, vasos sanguíneos de paredes órgãos.
finas, chamados capilares, estão interpostos entre as Obs: Existem três mecanismos principais para regular o
artérias e as veias, a troca de nutrientes, de resíduos do fluxo sanguíneo para um sistema orgânico. No primeiro,
metabolismo e de líquido ocorre através das paredes o débito cardíaco continua constante, mas o fluxo
dos capilares. O sistema cardiovascular também participa sanguíneo é redistribuído entre os sistemas por meio
de diversas funções homeostáticas: atua na regulação da alteração seletiva da resistência arteriolar; nesse
da pressão arterial, transporta os hormônios reguladores caso, o fluxo sanguíneo para um órgão pode ser
das glândulas endócrinas para seus locais de ação nos aumentado às custas da redução do fluxo sanguíneo
tecidos alvos, participa na regulação da temperatura para os outros órgãos. No segundo, o débito cardíaco
corporal e está envolvido nos ajustes homeostáticos de aumenta ou diminui, mas a distribuição percentual do
estados fisiológicos alterados. fluxo sanguíneo entre os sistemas orgânicos se
mantém constante. Por fim, em um terceiro
• Circuitos do sistema cardiovascular mecanismo, há uma combinação dos dois primeiros,
- Lados esquerdo e direito do coração com alterações do débito cardíaco e da distribuição
porcentual do fluxo sanguíneo e é usado, por exemplo,
Cada lado do coração tem duas câmaras, um átrio e
na resposta ao exercício físico: o fluxo sanguíneo para
um ventrículo, conectadas por válvulas unidirecionais,
as musculaturas esquelética e cardíaca aumenta para
chamadas atrioventriculares (AV). As valvas são
atender à maior demanda.
projetadas de forma que o sangue flua apenas em uma
Obs2: O débito cardíaco do atleta é o mesmo do
direção: do átrio para o ventrículo. O coração esquerdo
sedentário, porém, a injeção sanguínea é maior, assim,
e o coração direito têm funções diferentes; o coração
necessitam de menos batimentos cardíacos do que o
esquerdo e as artérias, capilares e veias sistêmicas são
sedentário.
coletivamente chamados circulação sistêmica. O
ventrículo esquerdo bombeia sangue para todos os
Bases eletrofisiológicas
órgãos do corpo, exceto para os pulmões. O coração
No miocárdio, existem dois grupos de células
direito e a artéria pulmonar, capilares e veias
fundamentais para o desempenho da atividade cardíaca:
pulmonares são coletivamente chamados circulação
-Fibras musculares contráteis: responsáveis pela função
pulmonar. O ventrículo direito bombeia sangue para os
bomba
pulmões. O coração esquerdo e direito trabalham em
-Células do sistema elétrico, que apresentam duas
série, de maneira que o sangue é bombeado
funções principais: o automatismo, produção do
sequencialmente do coração esquerdo para a
estímulo elétrico, e a condução da corrente elétrica
circulação sistêmica, para o coração direito, para a
originada no coração.
circulação pulmonar e, então, de volta para o coração
As células do sistema elétrico dos átrios e dos
esquerdo.
ventrículos têm a propriedade de gerar impulso
elétrico, mas o automatismo cardíaco predomina no nó Parassimpático: Libera acetilcolina, que diminui a
sinusal pois suas células despolarizam-se com frequência frequência cardíaca e pressão arterial por conta da
maior e são moduladas pelo sistema nervoso vasodilatação. A ACH causa uma despolarização mais
autônomo, podendo elevar a frequência cardíaca lenta.
proporcionalmente às demandas fisiológicas do -O miocárdio possui automatismo, produz seus próprios
organismo. potenciais de ação. O responsável por isso é o tecido
Quando a fibra cardíaca recebe o estímulo elétrico pausário, que é composto por nodos sinoatrial e
produzido no nó sinusal, ela se despolariza. A atrioventricular, feixe de Hiss e fibras de Purkinje.
despolarização das fibras musculares produz a -> A contração ocorre sempre quando há potencial de
contração do miocárdio, primordial para a função ação no nodo sinoatrial, onde o potencial de ação se
bomba do coração. Assim, a corrente elétrica propaga- origina e controla a frequência cardíaca pelo potencial
se mais rapidamente nos átrios por meio de fibras marca-passo. O pré-potencial de ação determina a
diferenciadas (tratos intermodais) e nos ventrículos pelo velocidade de produção do PA; maior pré-potencial,
sistema de condução intraventricular (feixe de His, menor frequência cardíaca e, o pré-potencial é
divisões dos ramos e fibra de Purkinje). No sistema de determinado pelo SNA.
His-Purkinje, a velocidade de condução é seis vezes
maior do que nas fibras contráteis pois as células de →O nodo sinoatrial é responsável por comandar o
Purkinje apresentam maior densidade de canais de coração pois tem velocidade rápida de potencial de
sódio. No nó atrioventricular, entretanto, as células ação, produção e propagação. O nodo sinoatrial faz 70-
retardam a velocidade de condução do impulso elétrico 80bpm e, se ele parar, o nodo atrioventricular passa a
para que os átrios possam esvaziar-se completamente comandar, fazendo 35-40bpm; quando isso ocorre, é
antes da contração ventricular (átrios relaxar antes da necessário inserir um marca-passo artificial para
contração dos ventrículos) controlar a frequência cardíaca.

O eletrocardiograma é o registro elétrico gerado


durante a despolarização e repolarização, que podem
ser registrados por eletrodos colocados na superfície
do corpo, medindo a diferença de potencial.

Despolarização atrial
Como o nó sinusal localiza-se na porção superior do
átrio direito, próximo da desembocadura da veia cava
superior, o estímulo elétrico ativa inicialmente o átrio
→Os discos intercalares permitem a transmissão do direito e logo em seguida o átrio esquerdo. O vetor
potencial de ação de uma célula para outra através da resultante da somatória das forças elétricas dos átrios,
despolarização da membrana vizinha. O mecanismo denominado SAP, é, portanto, orientado para esquerda
tudo ou nada é importante para ativar todas as fibras e e para baixo; a onda P registrada no eletrocardiograma
o volume bombeado ser maior. é a soma das variações de potencial dos átrios.

•O coração é inervado pelo SNA simpático e Despolarização ventricular


parassimpático-nervo vago- que altera a força de Difere da atrial principalmente devido ao sistema
contração e frequência cardíaca. específico de condução intraventricular. A corrente
Simpático: Libera noradrenalina, que aumenta a elétrica, ultrapassando o nó atrioventricular, percorre
frequência e pressão arterial por conta da rapidamente os feixes de His, estimulando
vasoconstrição e causa bronquiodilatação. Também simultaneamente os dois ventrículos a partir do
causa a despolarização mais rápida; mobiliza Ca2+ para endocárdio em direção ao interior do miocárdio.
dentro da célula, permitindo sua estocagem e maior
liberação durante a chegada do potencial de ação, →A corrente elétrica proveniente do ramo direito do
aumentando a força da contração. feixe de His despolariza o septo do lado direito em
direção ao esquerdo, e a do ramo esquerdo, da
esquerda para a direita. Como a massa do ventrículo
esquerdo é cerca de 2 a 3 vezes maior que a do
ventrículo direito, as forças elétricas da parede septal
esquerda predominam sobre as do lado direito. Dessa
forma, o vetor teórico resultante da somatória vetorial
de todas as forças elétricas do septo, arbitrariamente
denominado vetor 1 ou septal, orienta-se para a direita.
Um eletrodo colocado à esquerda do coração registra
no eletrocardiograma uma onda inicial negativa (onda q),
correspondente à despolarização do septo Extrassístole: Quebra o ritmo cardíaco, perdendo um
Em seguida, ocorre a despolarização das paredes livres batimento normal a cada vez que ocorre. É quando
dos ventrículos, como são denominadas as paredes não acontece um potencial de ação durante o período
septais, que apresentam maior massa muscular. Nesse refratário relativo e, assim, o coração tem que fazer
momento, a soma das forças elétricas das paredes dos uma pausa compensatória por conta dessa sístole “a
dois ventrículos determina um vetor 2, ou vetor das mais”
paredes livres, agora orientado para o lado esquerdo. O
ECG registrado através do mesmo eletrodo exibe uma
onda positiva de maior magnitude (onda R), que
corresponde à despolarização predominante da parede
ventricular esquerda. Finalmente, a ativação das porções
basais dos ventrículos, aquelas próximas do sulco
atrioventricular, é responsável pelo vetor 3, que
inscreve uma pequena onda final negativa no ECG
(onda s). Relembrando o caminho do impulso: nó
→Essa variação do sentido da corrente elétrica é sinusal → vias internodais → Nó AV →
registrada no ECG como um complexo denominado feixe de His → Ramos esquerdo
QRS, no qual as porções iniciais correspondem à (anterossuperior ou posteroinferior) ou
ativação septal, as intermediárias resultam da direito → fibras de Purkinje → Miocárdio
despolarização das paredes livres dos ventrículos e as
finais ocorrem em razão das porções basais. O vetor
teórico SAQRS resultante da somatória de todas as
forças elétricas dos ventrículos orienta-se para Despolarização: do endocárdio ao epicárdio
esquerda e para trás, apontando para o ventrículo Repolarização: do epicárdio ao endocárdio
esquerdo.
Derivações bipolares padrão
-Para obtenção das derivações bipolares dos membros
(periféricas), coloca-se os eletrodos sobre os braços
direito e esquerdo e sobre a perna esquerda
Cada lado do triângulo (equilátero) corresponde a ventrículo e da aorta se igualam)-O volume de sangue
uma derivação diferente, sendo que cada uma é da artéria determina a pressão.
formada por dois eletrodos, um positivo e um negativo: 4. Protodiástole/Início da diástole: equilíbrio de pressões
→A derivação I é formada por eletrodos no braço entre artérias e ventrículos, dura até os ventrículos
esquerdo (+) e no braço direito (-), o que a torna uma ejetarem sangue (relaxamednto(, o que faz com que a
derivação horizontal (0º) pressão diminuía -> Fase de relaxamento isométrico:
→A derivação II é formada por um eletrodo no braço Pressão dos ventrículos menor do que das artérias,
direito (-) e outro no pé esquerdo (+), ficando na fazendo com que as válvulas arteriais e ventriculares se
diagonal (60º) fechem; as atrioventruculares apenas abrirão
→A derivação III é composta por eletrodos no braço novamente quando a pressão chegar em 0mmHg.
esquerdo (-) e no pé esquerdo (+), posicionando-se na Fase final da diástole: Todas as quatro cavidades
diagonal (120º) relaxadas, pressão de 0mmHg nos ventrículos, válvulas
Para se registrar essas derivações, deve-se amplificar atrioventriculares abertas e arteriais fechadas (inicia-se
a voltagem no eletrocardiógrafo novamente o enchimento ventricular -> sístole atrial)

Definições
Volume sistólico (VS): quantidade de sangue
injetada por uma sístole (70-90ml)
Volume sistólico final: residual de sangue que
permanece em cada ventrículo no final da
sístole (+- 50mL)
Volume minuto cardíaco (VMS)/Débito
cardíaco: Quantidade injetada de sangue pelo
coração em 1 minuto

VMS= VS x FC fc: freq. cardíaca em bpm


VMC= 5 a 6 L/min

Pressão arterial: Distensão das artérias devido à


Ciclo cardíaco injeção de sangue
1. Fase final da diástole: coração totalmente relaxado, Resistência periférica: Resistência existente nas
válvulas arteriais fechadas, válvulas atrioventriculares arteríolas e capilares.
abertas (é possível circulação do sangue pelas veias e Sístole: Aorta com volume sanguíneo máximo
ventrículos), pressão sendo 0mmHg nos ventrículos. Diástole: Aorta com volume sanguíneo mínimo
2. Sístole atrial: Aumento do sangue para dentro dos Pressão arterial média: média das pressões
ventrículos, redução do volume dos átrios, mas a durante ciclo cardíaco.
pressão ainda é mais ou menos 0mmHg. Refluxo de
sangue para dentro das veias Fechamento das válvulas PAM= Pdiastólica + 40% (Psistólica-Pdiastólica)
atrioventriculares por conta do refluxo.
3. Sístole ventricular: Potenciais de ação chegam ao Bulhas cardíacas
ventrículo. Obs: Contração isométrica: Fechamento das Sons produzidos no coração em cada ciclo
válvulas atrioventriculares e arteriais, pressão aumenta, cardíaco, mais perceptíveis no momento de
mas não há saída de sangue dentro do ventrículo; fechamento das válvulas cardíacas; podem ser
enquanto a pressão do ventrículo não chegar a ouvidos na região torácica com estetoscópio
80mmHg, não há abertura das válvulas. (não muda o 1ª Bulha: ocorre no momento de fechamento
tamanho do ventrículo). Quando se abrem as válvulas das válvulas atrioventriculares. Som mais grave
arteriais: Fase de ejeção -> saída de sangue dos 2ª Bulha: ocorre no momento de fechamento
ventrículos para as artérias, pressão maior que das válvulas arteriais. Som mais agudo.
80mmHg. Toda vez que aumenta a quantidade de Fonocardiograma: Registro das bulhas usando
sangue dentro das artérias, aumenta também a microfone sobre o tórax
pressão, que chega até a 120mmHg (pressão do
Mecanismos bulbares
-Vago: Núcleo Ambíguo (NA)
-Simpático: Excitatório
Bulbo rostroventrolateral (RVL)
Inibitório
Bulbo caudoventrolateral (CVL)
-O bulbo caudoventrolateral pode inibir a ação do bulbo
restroventrolateral, pois controla o funcionamento
desse. O CVL apresenta menor atividade com o
aumento do RVL, que faz com que haja aumento na
liberação de noradrenalina, causando vasoconstrição e
aumento da FC e PA.

Pressão arterial média – PAM Pressorreceptores/Barorreceptores


PAM= Pressão diastólica + 40% (pressão sistólica – -Respondem a aumentos ou diminuições da pressão
pressão diastólica) arterial (carotídeos), os aórticos respondem
-Mede a pressão média durante o ciclo cardíaco principalmente ao aumento da P.A
Esfigmomanômetro: mede a pressão arterial
Aórticos: crossa da aorta (arco aórtico)
1º Ruido: pressão sistólica ou máxima- 120mmHg
Carotídeos: seio carotídeo
2º Ruido: pressão diastólica ou mínima –
-São mecanorreceptores sensíveis à pressão ou
80mmHg
estiramento, assim, mudanças na pressão arterial
causam maior ou menor estiramento dos
Mecanismos neurais
mecanorreceptores, resultando em alterações no
Inervação dos vasos sanguíneos
potencial de membrana (potencial receptor) que
Controle da atividade vascular estão no Bulbo.
aumenta ou diminui a probabilidade de disparo de
O vago (parassimpático) é controlado pelo
potencial de ação nos nervos aferentes que cursam
núcleo ambíguo (inervação no coração e nos
dos barorreceptores até o tronco encefálico. A
nodos sinoatrial e atrioventricular), se
sensibilidade dos barorreceptores pode ser alterada por
descarregar demais pode causar um aumento
doenças, por ex, na hipertensão, os barorreceptores
na liberação de acetilcolina no coração que
não “veem” a pressão alta como anormal.
causa quedas na freq.. cardíaca
O número de impulsos transmitidos por esses
O simpático é controlado pelo Bulbo
receptores pode aumentar com a elevação da pressão
rostroventrolateral e inibido pelo bulbo
arterial e inibem o RVL, o que produz a dilatação dos
caudoventrolateral. As fibras do simpático parte
vasos sanguíneos e a redução da atividade cardíaca,
do Bumbo rostrov. E inervam o coração e os
que faz com que a pressão arterial baixe até seu valor
vasos sanguíneos. O simpático libera adrenalina
normal.
e noradrenalina e o parassimpático libera
acetilcolina.
Aumenta a pressão arterial -> Ativa o pressorreceptor
Quando aumenta a atividade no núcleo ambíguo:
-> Ativa o bulbo caudovent. -> Inibe o RVL -> Diminui a
Descarga do vago pressão arterial
Acetilcolina Quando a PA fica com valores anormalmente baixos,
Frequência cardíaca os barorreceptores deixam de ser estimulados, de
modo que ativa mais o RVL e ele faz com que a PA
Quando aumenta a atividade do bulbo aumente (aumento da atividade do simpático)
restroventrolateral:
Descarga no simpático Diminui O2 -> Ativa o quimiorreceptor -> Ativa o
Adrenalina núcleo ambíguo -> Libera acetilcolina -> Diminui a PA -
> Ativa o pressorreceptor -> Ativa RLV -> Libera
Frequência cardíaca
Noradrenalina -> Faz vasoconstrição p levar O2 pro
Vasoconstrição e pressão arterial cérebro.
aumento do músculo. Acidente Vascular Cerebral
Quimiorreceptores (AVC): rompimento de vasos cerebrais. Pressão
Aórticos: Corpúsculos aórticos, crossa da aorta próxima a 250mmHg por 120mmHg.
Carotídeos: Corpúsculo carotídeo, bifurcação
carotídea Efeitos do simpático sobre a circulação:
-São sensíveis à diminuição da pressão parcial de O2 e Aumentam a frequência cardíaca e a força de
ao aumento da pressão parcial de CO2. Quando a PO2 contração do coração
arterial diminui, ocorre um aumento na frequencia do Produz vasoconstrição, aumentando a PAM.
disparo dos nervos aferentes dos corpos carotídeos e
aórticos, o que ativa os vasoconstritores simpáticos Efeito do parassimpático:
(diminui freq.. cardíaca) Não participa do controle da circulação sistêmica
Faz com que a FC diminua, diminuindo a VMC.
-Ambos os receptores chegam através do
glossofaríngeo (carótida)P e vago sensitivo (aorta) no Vias aferentes:
CVL e no Núcleo ambíguo. A ativação do RVL ativa o Vago: receptores aórticos
simpático e a do CVL inibe o RVL, inibindo o simpático. Glossofaríngeo: receptores carotídeos (nervo de
Hering)
Pressão arterial:
Fluxo sanguíneo: Causado pela pressão nas artérias, a
intensidade do fluxo é determinada pela resistência total
(resistência periférica) em todos os vasos da rede
sistêmica
A pressão nas artérias é causada pelo bombeamento
do sangue pelo ventrículo esquerdo para a aorta.
A resistência ao fluxo sanguíneo na circulação
sistêmica é causada pelo atrito do sangue ao escoar ao
longo das superfícies das paredes, geralmente, vasos
com menos calibres (apresentam maiores resistências) Sistema Renina-Angiotensina II-Aldosterona
VMC/Débito cardíaco é o fluxo sanguíneo total, por Regula a PA principalmente por meio do controle do
toda a circulação sistêmica.. volume sanguíneo. É mais lento que o reflexo
-Relação da pressão com o fluxo sanguíneo: O sangue barorreceptor, por ser mediado por hormônios e não
tende a fluir da extremidade com pressão elevada para pelo sistema nervoso. É ativado em resposta a uma
extremidade com pressão baixa, com o objetivo de redução na PA e sua ativação produz uma série de
regularizar as pressões respostas que tentam normalizar a pressão arterial.
A intensidade do fluxo sanguíneo é proporcional á 1. A diminuição da Pa reduz a pressão de
diferença entre as pressões vigentes nas duas perfusão renal, que é detectada pelos
extremidades do corpo, e essa diferença determina a mecanorreceptores nas arteríolas aferentes do
velocidade do fluxo sanguíneo; A resistência do fluxo rim. Provoca a conversão de pró-renina em
sanguíneo é diretamente proporcional ao diâmetro do renina.
vaso. 2. A renina é uma enzima. No plasma, a renina
catalisa a conversão de angiotensinogênio
•Patologias: (substrato da renina) em angiotensina I, que
→Hipotensão: pressão muito baixa, tontura e moleza tem pouca atividade biológica além de ser
devido à queda na irrigação cerebral. No verão há mais precursor de angiotensina II.
crises, porque há vasodilatação (para trocar calor com a 3. Nos pulmões e nos rins, a angiotensina I é
pele) e perda de líquidos nos vasos. convertida em II.
→Hipertensão: pressão alta, alguns fatores são; maior 4. A Angiotensina II atua nas células da zona
descarga do simpático, retenção de líquido (sal entra na glomerulosa do córtex suprarrenal, estimulando
corrente sanguínea e retém líquidos, assim aumentando a síntese e a secreção de aldosterona.
a pressão nos vasos) e diminuição na luz do vaso por
5. A aldosterona, então, atua sobre as células ciclo do sistema renina-angiotensina, o que causará
principais do túbulo distal e do ducto coletor hipertensão. Nesse caso, deve-se ingerir bloqueadores
dos rins, aumentando a reabsorção de Na+ e, da enzima conversora.
consequentemente, aumentando o volume do
LEC e o volume sanguíneo. Mecanismos para controle do fluxo sanguíneo local
A angiotensina II também tem ação direta sobre o →Autorregulação: Manutenção do fluxo sanguíneo
rim, independente das ações mediadas pela aldosterona constante para um órgão na presença de alterações na
e no hipotálamo, aumentando a sede e ingestão de pressão arterial. Ex: Rins, cérebro, coração e
água. Ela também estimula a secreção do hormônio musculatura esquelética.
antidiurético (ADH), o qual aumenta a reabsorção de →Hiperemia ativa: O fluxo sanguíneo para um órgão é
água nos ductos coletores. Ao aumentar a água proporcional à sua atividade metabólica, órgão que
corporal total, complementa o aumento a reabsorção precisa de mais irrigação recebe mais irrigação.
de Na+, consequentemente, aumenta o volume do →Hiperemia reativa: Aumento do fluxo sanguíneo em
LEC, volume sanguíneo e a pressão arterial. reposta ou como reação a um período anterior de
diminuição do fluxo sanguíneo.

• Maior temperatura corporal -> vasodilatação -> maior


contato com o meio externo.
• Menor temperatura corporal -> vasoconstrição ->
menor contato com o meio externo.
No caso de febre, as células infectantes modificam a
comunicação com o hipotálamo, assim este passa a
considerar normal a temperatura de 40ºC, fazendo
constrição dos vasos de periferia, desse modo o corpo
se mantém quente, mas ao mesmo tempo frio.
Inervação cardíaca: parassimpático (vago) inerva nodos
Sinoatrial e Atrioventricular, e o simpático inerva tudo,
→Resumindo: A diminuição na Pa ativa o sistema inclusive os nodos.
renina-angiotensina II-aldosterona, produzindo um Inervação dos Vasos: os vasos sanguíneos são
conjunto de respostas que tenta aumentar e normalizar músculos lisos inervados exclusivamente pelo simpático,
a Pa. A mais importante destas respostas é o efeito da que controla a vasoconstrição e dilatação.
aldosterona no aumento da reabsorção renal de Na+, -Simpático – adrenérgico (adrenalina e noradrenalina):
quando a reabsorção de Na+ é maior, o conteúdo vasoconstrição, exceto no músculo esquelético, que há
corporal total de Na+ aumenta, o que aumenta o vasodilatação.
volume do LEC e o volume sanguíneo, que por sua -Simpático – colinérgico (acetilcolina): vasodilatação no
vez aumenta o retorno venoso e o débito cardíaco, músculo esquelético, exclusivo para atividade física.
que aumenta a Pa..
Obs: Por isso pessoas com hemorragia não podem Controle nervoso e hormonal do fluxo sanguíneo
beber água, pois ela aumenta a Pa.. Envolve a inervação simpática da musculatura lisa
vascular de alguns tecidos. Na musculatura esquelética, a
-A aldosterona é secretada pelo córtex das suprarrenais ativação do sistema nervoso simpático pode provocar
e controla o débito renal de água e sal, o teor deles vasoconstrição ou vasodilatação.
irão determinar o fluxo sanguíneo e líquido intersticial, a Outras substâncias vasoativas incluem a histamina,
falta de fluxo sanguíneo adequado para os tecidos faz bradinicina, serotonina e prostaglandias.
com que a aldosterona seja secretada pela angiotensina → Histamina: liberada em resposta a traumatismos e
II. Aldosterona faz com que o rim diminua a excreção provoca dilatação de arteríolas e constrição de vênulas.
de água e sódio pela urina, ficando retidos no sangue, o → Bradicinina também causa dilatação de arteríolas e
que aumenta o volume sanguíneo, fazendo com que a constrição de vênulas, aumentando a filtração por dora
PAM retorne ao normal; se o indivíduo tiver obstrução dos capilares.
na artéria renal, diminuirá a perfusão renal e ocorrerá o
→ Serotonina: liberada em resposta a danos nos vasos •KCN: atua em todas as células, bloqueia o ciclo de
sanguíneos, causa vasocontrição local em uma tentativa Krebs, impedindo o uso de O2 e produção de ATP, o
de redução do fluxo sanguíneo e da perda de sangue. que provoca apoptose. -> Quando falta O2 no
organismo, ativa os quimiorreceptores: Maior PA,
Retorno venoso menor BPM
O VMC é controlado na maioria das vezes pelo •Quanto maior a atividade do RVL, mais atuação do
débito cardíaco, pela quantidade de sangue que simpático, maior liberação de noradrenalina, aumenta a
retorna ao coração. Grande parte do sangue vasoconstrição, aumenta a PA e abaixa os BPM. O
que retorna fica mantido nas veias, ao invés de núcleo ambíguo também é ativado e libera acetilcolina,
ser bombeado para as artérias. que abaixa a freq.. cardíaca também
No exercício físico há um aumento do retorno •Para quimiorreceptores, atua os dois mecanismos ao
venoso, visto que os vasos dos músculos ficam mesmo tempo. Para pressorreceptores, ativa ou o
muito dilatados para suprir os tecidos. A simpático ou o parassimpático.
gravidade age contra o retorno venoso. •Vasoconstrição: menos [] de O2 nos tecidos,
reduzindo sua irrigação para mandá-la para o cérebro.
A pressão arterial média (PAM) depende da quantidade •Quando há oclusão das carótidas, não há sangue
de sangue ejetado no compartilhamento arterial (VMC) chegando nos pressorreceptores, pressão chega a
As arteríolas e capilares apresentam resistência 0atm; menor ativação dos pressorreceptores, menor
periférica para chegar ao lado venoso. Quanto mais ativação do CLV, maior do RVL -> maior ativação do
líquidos na artéria, maior a pressão e vice-versa. simpático, maior vasoconstrição, maior PA, menor BPM.
PAM = VMC x RP •Oclusão dos nervos vagos: Maior BPM, maior PA pois
VMC = VS x FC corta a comunicação com o núcleo ambíguo, assim,
Se mantivermos o VMC e aumentarmos a RP, aumenta não há liberação de acetilcolina no coração, fazendo a
a pressão, ou seja, aumenta a quantidade de líquido. Já freq.. cardíaca aumentar
se diminuirmos a RP, a pressão cai, pois diminui a •Estimulação do nervo vago: menor débito cardíaco,
quantidade de líquido. menor freq.. cardíaca
A pressão depende da quantidade de líquido presente •Embolia gasosa: ocorre quando bolhas de gás entram
nas artérias e isso depende de quanto o coração está ou se formam nos vasos e ocluem o fluxo sanguíneo; o
ejetado nelas. tratamento é feito colocando-as em ambientes de alta
Pode-se alterar o PAM alterando o VMC ou a RP. O pressão para que as bolhas de ar sejam comprimidas e
VMC depende do retorno venoso. Quando a pessoa dissolvidas no sangue
está deitada, não há influência da gravidade, então a
pressão distribui-se igualmente pelo corpo. Quando a
pessoa está em pé, sofre influência da gravidade, que
age contra o retorno venoso e há comprometimento
da pressão. O ajuste cardiovascular em pé e sentado é
diferente.

Anotações aula
•Quando maior a vasoconstrição, maior PA e menor
BPM (Maior atividade de pressorreceptores, maior
ativação do nervo vago e maior liberação de
acetilcolina, que reduz os batimentos) -> Redução de
atividade do simpático, para compensar o aumento da
PA pela angiotensina.
•Acetilcolina quando injetada provoca queda de
pressão, aumentando o bpm, maior [] de acetilcolina no
coração, menor atividade do núcleo ambíguo causada
pela menor atividade de pressorreceptores e maior
atividade do simpático, maior RVL

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