Você está na página 1de 10

Nome da aluna: Nathália Pinheiro Martins

Projeto de Pesquisa: Tecnologias e ensino de línguas na contemporaneidade


Orientadora: Camila G. dos Santos do Canto
Nº de matrícula: 1902150017

REFERÊNCIAS

GARRISON, D. R. Communities of Inquiry in Online Learning. Calgary, 2009.


Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/284740159>.

RESUMO

Donn Randy Garrison é um professor emérito da Universidade de Calgary, Canadá,


onde foi diretor do Centro de Ensino e Aprendizagem. Pesquisador na área de Educação
a Distância, ele possui graduação em Matemática com especialização em Psicologia e
mestrado no curso de Computação Aplicada à Educação. Seus livros mais recentes são
E-Learning in the 21st Century: A Community of Inquiry Framework for Research and
Practice (3rd Edition) e Thinking Collaboratively: Learning in a Community of Inquiry,
lançados em 2017 e 2016, respectivamente.

Numa Comunidade de Investigação (CoI, na sigla em inglês), todos os participantes são


incentivados a escutar uns aos outros de forma respeitosa, a construir ideias e a se
desafiarem na elaboração de justificativas para novas opiniões não fundamentadas. Os
questionamentos são seguidos em qualquer direção, desconsiderando os limites das
disciplinas. Para que exista uma Comunidade de Investigação, é preciso construir um
pensamento crítico como metodologia educacional. Ela possui três elementos princpais:
Presença Cognitiva, Presença Social e Presença de Ensino. Esse conceito foi cunhado
por Anderson e Garrison em 2003.

Em seu artigo, Communities of Inquiry in Online Learning (Comunidades de


Investigação no Aprendizado Online, em tradução livre), Garrison tem como objetivo
dar uma visão geral e fazer uma atualização no CoI com foco na presença cognitiva, na
social e na de ensino, explorando o que constitui cada uma delas e suas implicações
práticas.
FICHAMENTO EM PORTUGUÊS

INTRODUÇÃO

"Criar e sustentar uma Comunidade de Investigação requer um entendimento da


natureza progressiva ou desenvolvimentista de cada uma das presenças e como elas
interagem." (p. 02).

COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO

"Uma comunidade de investigação não é uma nova perspectiva no ensino superior. Ela
baseia-se em hipóteses colaborativas construtivistas de educação já existentes que estão
historicamente ligadas ao ensino superior." (p. 02).

"O conceito de comunidade de investigação está sendo usado extensivamente para


entender e guiar o design e a confecção de experiências de aprendizado online." (p. 02).

"Uma comunidade de investigação vai além de acessar informações, focando nos


elementos de uma experiência educacional que facilite a criação de comunidades de
aprendizes interessados em explorar, criar sentido e confirmar o entendimento." (p. 02).

"Construir conhecimento através do discurso e do compartilhamento do saber requer


mais do que disseminar informações através de uma lista de conteúdos ou de aulas." (p.
02).

"Requer comprometimento e participação na comunidade de aprendizes que apoiará a


reflexão crítica e o compromisso colaborativo." (p. 02).

"Esta abordagem profunda e significativa de aprendizagem é fundamental para uma


comunidade de investigação e está se tornando uma necessidade prática em uma era
onde a criação de conhecimento relevante e oportuno é de suma importância." (p. 02).

"Os elementos essenciais no processo são a presença social, a cognitiva e a de ensino. É


na sobreposição dessas três presenças que encontramos a essência de uma comunidade
de investigação, e é onde a colaboração ocorre de forma considerável." (p. 02).

PRESENÇA SOCIAL

"Das três presenças, a presença social foi a que mais evoluiu desde a sua conceituação
original". (p. 02).

"A definição aqui oferecida para a presença social é a capacidade dos participantes de se
identificarem com a comunidade (por exemplo, a comunidade de estudo), se
comunicarem com um propósito dentro de um ambiente confiável e desenvolverem suas
relações interpessoais de forma a projetar suas personalidades individuais". (p. 02).

2
"Tem sido demonstrado que a comunicação online baseada em texto, sem qualquer
comunicação não-verbal (como a linguagem corporal ou a presença física), não
restringe seriamente a presença social." (p. 02).

"Rogers e Lea (2005) provam, por meio de evidências, que é a identidade social
compartilhada com o grupo, e não a identidade pessoal, que é crucial para um
comportamento de grupo coeso. Na verdade, os laços interpessoais e objetivos pessoais
conflitantes podem prejudicar a coesão do grupo." (p. 02).

"Para construir a presença social e a comunidade num contexto educacional, é


importante começar com a identidade do grupo." (p. 02 e 03).

"Se o resultado pretendido da presença social é dar uma maior capacidade de se


comunicar e colaborar, então o grupo trabalhará com maior produtividade a medida que
os membros se identificarem uns com os outros, se tornando assim mais coeso." (p. 03).

"Se a colaboração e a comunidade são os objetivos, como acontece na maioria dos


contextos do ensino superior, então a identidade do grupo e a coesão são criticamente
importantes para a comunicação aberta e colaborativa de atividades de aprendizado." (p.
03).

"O desafio desse método é integrar e balancear o desenvolvimento do grupo e a


identidade pessoal." (p. 03).

"A presença social se desenvolve de forma gradual, começando por focar primeiro na
comunicação aberta e na coesão (identidade do grupo) e, com o tempo, na afiliação
afetiva e pessoal (identidade pessoal)." (p. 03).

"Isso significa que instrutores não devem enfatizar demais o aspecto socioemocional ou
a identidade pessoal no começo. Atividades iniciais devem ser construídas tendo em
mente o curso e questões da identidade do grupo, como explorar e negociar as
expectativas e criar um clima de comunicação aberta." (p. 03).

"Estudantes deveriam ter a oportunidade de se apresentar e conhecer uns aos outros por
meio de interações focadas nos objetivos em comum do curso e do grupo." (p. 03).

"Desenvolver a comunicação aberta, a coesão e o conhecimento interpessoal é mais


fácil em grupos pequenos." (p. 03).

PRESENÇA COGNITIVA

"A presença cognitiva está no coração da comunidade de investigação. É definida pelo


processo de investigação onde os aprendizes são confrontados com um problema ou
uma questão e, através de interação entre o discurso e a reflexão, constroem o
significado e confirmam o entendimento." (p. 03).

3
"A essência da presença cognitiva é o ciclo de questionamento prático derivado do
trabalho de John Dewey. Ela é aplicada através do Modelo de Investigação Prática que
reflete as fases do processo educacional." (p. 03).

"A primeira fase é o reconhecimento e a definição do problema ou da questão. A


segunda fase é a exploração do problema ou da questão por meio da coleta de
informações relevantes e de perspectivas através de buscas e discursos individuais. A
terceira fase é fazer com que a informação existente seja compreendida, com o objetivo
de alcançar uma solução por meio de reflexão, compartilhando e analisando de forma
crítica as melhores ideias. A quarta fase é testar a melhor solução através de uma
aplicação direta ou indireta. Inevitavelmente, a fase de aplicação é catalizadora para
recomeçar o processo de investigação para repensar, refinar ou construir uma solução
melhor." (p. 03 e 04).

"Reflexão com propósito e uma discussão focada em objetivos educacionais válidos são
a essência da presença cognitiva." (p. 04).

"Outro aspecto chave da presença cognitiva é a importância da consciência


metacognitiva. O progresso nas fases da investigação pode ser facilitado se os
aprendizes tiverem o entendimento das expectativas e do ciclo de investigação. Isso irá
ajudar a manter o foco e garantir que a investigação vá em direção de sua resolução." (p.
04).

"Assegurar que a presença cognitiva inclua integração e resolução depende do


desenvolvimento de tarefas apropriadas, de facilitação e direção – as três categorias da
presença de ensino." (p. 04).

PRESENÇA DE ENSINO

"O papel da presença de ensino é crucial no desenvolvimento e na manutenção de uma


comunidade de investigação." (p. 04).

"As evididências da importância da presença de ensino estão se tornando cada vez mais
aparentes como um fator determinante da satisfação estudantil, percebida pelo
aprendizado e o senso de comunidade." (p. 04).

"Presença de ensino é hipotetizada tendo três responsabilidades – design, facilitação e


instrução direta." (p. 04).

"O primeiro aspecto da presença de ensino é desenvolver o currículo, as tarefas e


estabelecer um cronograma." (p. 04).

"Desenvolver uma experiência online de aprendizado é uma tarefa desafiadora porque


deve considerar simultaneamente a presença social e a cognitiva. Deve-se tomar
cuidado para planejar a criação de um clima acolhedor, assim como atividades
colaborativas, que interessem aos estudantes, e reflexivas, que tenham soluções claras."
(p. 04).

4
"A segunda categoria da presença de ensino é facilitar várias atividades de aprendizado.
Uma atividade comum e potencialmente significativa no aprendizado online é o fórum
de discussões. Aqui, a responsabilidade primária da presença de ensino é monitorar e
fiscalizar o discurso para garantir que seja produtivo e queos aprendizes se mantenham
engajados." (p. 04).

"Presença de ensino excessiva ou reduzida na forma de facilitação pode ter efeitos


adversos na hora de manter o foco na discussão e de buscar por resultados construtivos."
(p. 04).

"Atividades de aprendizado colaborativo, como projetos de trabalho, demandarão um


nível diferente de facilitação. Embora a orientação deva estar prontamente acessível
quando o grupo precisa dela, cuidado deve ser tomado para garantir que estudantes
tenham o controle e a responsabilidade necessários." (p. 04).

"Há momentos, entretanto, em que uma abordagem de ensino mais direta é necessária.
Essa é a terceira categoria da presença de ensino. Há momentos no contexto da
educação formal em que a autoridade disciplinar de um professor experiente é
necessária para prover ideias específicas, diagnosticar equívocos, ou sumarizar a
discussão. Outros exemplos são moderar conflitos ou fornecer uma aula introdutória."
(p. 04).

"Instruções diretas não devem sabotar o ato do estudante de tomar a responsabilidade


por construir o saber e compartilhá-lo em uma comunidade de investigação." (p. 04).

"De uma perspectiva teórica, há dúvidas sobre se a construção da presença de ensino é


composta de duas ou três categorias. Embora haja a evidência de três categorias
(Arbaugh & Hwang, 2006), trabalhos empíricos recentes criaram alguma confusão." (p.
04).

"Um estudo com alunos da educação superior pareceu sugerir que estudantes tiveram
dificuldade de distinguir a diferença entre facilitação e instrução direta. Da mesma
forma, os resultados iniciais de um grupo desenvolvendo um instrumento de CoI
validou a existência das três presenças, mas chegou a conclusão de que a presença de
ensino pode ter apenas dois fatores. Entretanto, eles descobriram que o design e a
instrução direta podem ser vistos como algo similar pelos estudantes." (p. 04).

CONCLUSÃO

"O foco crescente no construtivismo colaborativo para a aprendizagem no ensino


superior acelerou o crescimento do interesse em comunidades de aprendizagem online."
(p. 05).

"A comunidade é considerada essencial para engajar os aprendizes nas atividades de


aprendizado colaborativas." (p. 05).

5
"O método da Comunidade de Investigação foi criado para estudar as dinâmicas das
comunidades de aprendizado online e foi amplamente adotado." (p. 05).

"A chave para entender a complexa dinâmica de uma Comunidade de Investigação é a


composição e a interação da presença social, da cognitiva e de ensino." (p. 05).

6
FICHAMENTO EM INGLÊS

INTRODUCTION

"Creating and sustaining a community of inquiry requires an understanding of the


progressive or developmental nature of each of the presences and how they interact." (p.
02).

COMMUNITY OF INQUIRY

"A community of inquiry is not a new perspective in higher education. It builds upon
existing collaborativeconstructivist educational assumptions that have historically been
identified with higher education." (p. 02).

"The concept of a community of inquiry is being used extensively to understand and


guide the design and delivery of online learning experiences." (p. 02).

"A community of inquiry goes beyond accessing information and focuses on the
elements of an educational experience that facilitate the creation of communities of
learners actively and collaboratively engaged in exploring, creating meaning, and
confirming understanding." (p. 02).

"Constructing knowledge through discourse and shared understanding requires more


than disseminating information either through a study package or lecturing." (p. 02).

"It requires a commitment to and participation in a community of learners that will


support critical reflection and collaborative engagement." (p. 02).

"This deep and meaningful approach to learning is core to a community of inquiry and
is becoming a practical necessity in an era where the creation of relevant and timely
knowledge is of paramount importance." (p. 02).

"The essential elements in this process are social, cognitive and teaching presence. It is
in the overlap of the three presences where the essence of a community of inquiry exists
and meaningful collaboration occurs." (p. 02).

SOCIAL PRESENCE

"Of the three presences, social presence has evolved the most from the original
conceptualization." (p. 02).

"The definition offered here for social presence is the ability of participants to identify
with the community (e.g., course of study), communicate purposefully in a trusting
environment, and develop inter-personal relationships by way of projecting their
individual personalities." (p. 02).

7
"It has been shown that text-based online communication, lacking in nonverbal
communication cues (i.e., body language or physical presence), does not seriously
restrict social presence." (p. 02).

"Rogers and Lea (2005) provide evidence that it is shared social identity with the group
and not personal identity that is crucial for cohesive group behavior. In fact,
interpersonal bonds and conflicting personal goals could undermine the cohesion of the
group." (p. 02).

"To build social presence and community in an educational context, it is important to


begin with group identity." (p. 02 e 03).

"If the intended result of social presence is to confer on the group greater capacity to
communicate and collaborate, then the group will work more productively to the extent
that group members identify with the group, thus making the group more cohesive." (p.
03).

"If collaboration and community are the goals, as they are in most higher educational
contexts, then group identity and cohesion are critically important for open
communication and collaborative learning activities." (p. 03).

"The design challenge is to integrate and balance the development of group and
personal identity." (p. 03).

"Social presence develops incrementally that begins by focusing first on open


communication and cohesion (group identity) and, over time, personal and affective
affiliations (personal identity)." (p. 03).

"In practical terms, this means that instructors should not over-emphasize socio-
emotional or interpersonal identity at the outset. Initial activities should be built around
course and group identity issues such as exploring and negotiating expectations and
creating a climate for open communication." (p. 03).

"Students should be given an opportunity to introduce themselves and get to know


others through interactions focused on the common goals of the course and group." (p.
03).

"Developing open communication, cohesion and interpersonal knowledge is best done


in small groups." (p. 03).

COGNITIVE PRESENCE

"Cognitive presence goes to the heart of the community of inquiry. It is defined by the
inquiry process where learners are tasked with a problem or issue and, through iteration
between discourse and reflection (public and private worlds), construct meaning and
confirm understanding." (p. 03).

8
"The essence of cognitive presence is the practical inquiry cycle derived from the work
of John Dewey. Cognitive presence is operationalized through the Practical Inquiry
Model that reflects the phases of the educational process." (p. 03).

"The first phase is the recognition and definition of the problem or issue. The second
phase is the exploration of the problem or issue through the gathering of relevant
information and perspectives through individual searches and discourse. The third phase
is making sense of the existing information with the goal to reach resolution through
reflection, sharing and critically analyzing the best ideas. The fourth phase is to test the
best solution through application either vicariously or directly. Inevitably, the
application phase is a catalyst to restart the inquiry process again to rethink, refine or
construct a better solution." (p. 03 e 04).

"Purposeful reflection and discussion focused on worthwhile educational goals is the


essence of cognitive presence." (p. 04).

"Another key aspect of cognitive presence is the importance of metacognitive


awareness. Progressing through the phases of inquiry can be greatly facilitated by
learners having an understanding of the expectations and the inquiry cycle. This will
help focus activities while ensuring that the inquiry moves to resolution." (p. 04).

"Ensuring that cognitive presence includes integration and resolution is dependent upon
the design of appropriate tasks, facilitation and direction – the three categories of
teaching presence." (p. 04).

TEACHING PRESENCE

"The role of teaching presence is crucial in developing and sustaining a community of


inquiry." (p. 04).

"The evidence is growing rapidly of the importance of teaching presence as a significant


determinant of student satisfaction, perceived learning, and sense of community." (p.
04).

"Teaching presence is hypothesized as having three responsibilities – design, facilitation


and direct instruction." (p. 04).

"The first aspect of teaching presence is designing the curriculum, tasks and timelines."
(p. 04).

"Designing an online learning experience is a challenging task as it must concurrently


consider social and cognitive presence concerns. Care must be taken to plan for the
creation of a welcoming climate as well as activities that engage students in
collaborative and reflective activities that have clear outcomes." (p. 04).

"The second category of teaching presence is facilitating various learning activities. A


common and potentially meaningful activity in online learning is the discussion forum.

9
Here the primary responsibility of teaching presence is to monitor and manage discourse
to ensure that it is productive and learners stay engaged." (p. 04).

"Too much or too little teaching presence in the form of facilitation can have adverse
effects on keeping the discussion focused and realizing constructive outcomes." (p. 04).

"Collaborative learning activities such as project work will demand a different level of
facilitation. While guidance must be readily available when the group needs it, care
must be given to provide students with the necessary control and responsibility." (p. 04).

"There are times, however, when a more direct instructional approach is required. This
is the third category of teaching presence. There are times in a formal educational
context when the disciplinary authority of an experienced teacher is necessary to
provide specific ideas, diagnose misconceptions, or summarize the discussion. Other
examples are to manage conflict or provide an introductory mini-lecture or lesson." (p.
04).

"Direct instruction must not undermine students taking responsibility for constructing
meaning and sharing in a community of inquiry." (p. 04).

"From a theoretical perspective, there is some question as to whether the teaching


presence construct is composed of two or three categories. While there is evidence of
three categories (Arbaugh & Hwang, 2006), recent empirical work has created some
confusion." (p. 04).

"One study of higher education students seemed to suggest that students had difficulty
distinguishing between facilitation and direct instruction. Similarly, the initial findings
of a group developing a CoI instrument validated the existence of the three presences,
but did find that teaching presence may only have two factors. However, they found
that design and direct instruction may be viewed by students as similar." (p. 04).

CONCLUSION

"The increased focus on collaborative-constructivist approaches to learning in higher


education has precipitated a growing interest in online learning communities." (p. 05).

"Community is considered essential to engage learners in collaborative learning


activities." (p. 05).

"The Community of Inquiry Framework was create to study the dynamics of online
learning communities and has been widely adopted." (p. 05).

"The key to understanding the complex dynamics of a community of inquiry is the


composition and interaction of social, cognitive and teaching presence." (p. 05).

10

Você também pode gostar