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Resumos para Nutrição e Alimentação

Forragens e Pastagens
A sua importância:
● A valorização de recursos alimentares não utilizáveis
● directamente pelo Homem;
● A elevada valorização dos produtos animais na dieta
● Humana;
● A diversidade de produtos e funções obtidas com a
● produção animal, para além dos seus produtos
● alimentares;
● Estabilidade e sustentabilidade dos agroecossistemas.
Características Diferenciadas
● Porte das Plantas.
● Intensidade do cultivo.
● Duração do cultivo.
● Fertilização.
● Densidade do cultivo.
● Área disponível para cultivo.
Forragens ou culturas forrageiras – são culturas de plantas herbáceas de porte ereto, geralmente
anuais mas por vezes bienais ou vivazes, destinadas a serem colhidas pelo Homem antes da sua
maturação completa, para alimentação dos animais em verde ou após conservação.
Pastagens, pastos ou culturas pratenses – são culturas ou comunidades de plantas geralmente
herbáceas, de porte prostrado e semi-prostrado, aproveitadas predominantemente no próprio local
onde crescem por animais em pastoreio.

Principais sistemas agro-pecuários


● Sistema da pecuária leiteira intensiva do Noroeste;
● Sistema da pastorícia e pastagens permanentes das zonas de montanha do Norte e Centro
Interiores;
● Sistema da pecuária extensiva do montado alentejano;
● Sistema da pecuária leiteira dos Açores.
Sistema da pecuária leiteira intensiva do Noroeste
● Zona litoral e nos vales e cotas mais baixas das regiões Entre Douro e Minho e da Beira
Litoral
● 57,5% da produção leiteira do continente.
● Produção forrageira intensiva em regadio com duas culturas anuais para corte e
conservação - o milho silagem como cultura principal e uma cultura intercalar de Outono-
Inverno constituída pelo azevém ou pela sua mistura com cereais praganosos, cultivados com
intensas fertilizações e elevadas produções unitárias.
● Elevada produtividade.
Sistema da pastorícia e pastagens permanentes das zonas de montanha do Norte e
Centro Interiores
● A produção assenta no uso de “lameiros”, pastagens permanentes de vegetação espontânea.
● Regiões de Norte e Centro com altitude superior a 700 metros.
● Animais pastoreiam ao longo do ano.

Sistema da pecuária extensiva do montado alentejano


● Produção extensiva em sequeiro mediterrânico
● Manadas/Rebanhos reprodutores de bovinos e ovinos, mas também com um retorno recente
do porco de montado.
● Pastoreio em áreas extensas de azinheira e sobreiro, com pastagens naturais dominadas por
gramíneas ou com pastagens melhoradas por sementeira de misturas à base de leguminosas
anuais de ressementeira natural de mais elevada produtividade.

Sistema da pecuária leiteira dos Açores


● Especialização na produção leiteira – pastoreio ao longo do ano.
● Base de alimentação – pastoreio.
● Acréscimo de produção – corte de erva dos pastos na Primavera para ensilar e nas áreas
mais baixas como o azevém anual e o milho e silagem de PV.

1
1. Introdução

2. O Sistema de Weende

2
Princípio Imediato Princípio nutritivo segundo o Sistema de
Weende

Água Humidade

Elementos Minerais Cinzas

Lípidos Extrato Etéreo

Proteínas Proteína Bruta

Hidratos de carbono Fibra Bruta

Outros Compostos Orgânicos Extrativos não Azotados


Quadro 2.1. Correspondência entre princípios imediatos e princípios nutritivos

Figura 2.1. componentes das diferentes partes da análise imediata dos alimentos (Sistema de
Weende)
3. O Sistema de Van Soest

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Figura 3.1. Separação dos Hidratos de carbono e substâncias com eles relacionadas em Fibra
bruta e materiais extrativos não azotados segundo o Sistema de Weende (adaptado de De
Blas et al., 1987)
Quadro 3.1. Hidratos de Carbono do conteúdo celular e das paredes dos vegetais (adaptados
de Alvir et al., 1986).

Quadro 3.2. Divisão da matéria orgânica dos alimentos segundo o Sistema de Van Soest
(1996).

Fração Componentes Utilização Digestiva Categ.

Ruminantes Não ruminantes

Conteúdos celulares Lípidos Açúcares, Virtualmente Muito elevada A


(solúveis na sol. det. ác.gordos e subst. Sol. completa
Neutra) na água. Amido Subst.
Azot. não proteicas.
Proteína solúvel
Pectina (1)

Const. da parede Celuloses; Comp. Parcial Muito baixa B


Celular (insol. na sol. Azotados ligados à Parcial Muito baixa
det. neutra) lenhina; Proteína
alterada pelo calor;
Cutina (2) Indigestível Indigestível

Sílica
1. A pectina, embora fazendo parte das paredes celulares, é solubilizada pela solução
detergente neutra.
2. Nem toda a sílica faz parte das paredes celulares, alguma está no citoplasma e é solubilizada
pela solução detergente neutra.

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● A categoria A inclui um conjunto de substâncias para a digestão das quais existe um
equipamento enzimático no organismo de todos os animais.
● A categoria B inclui substâncias digestíveis em extensão apreciável apenas naquelas
espécies que possuem capacidade fermentativa gastro-intestinal. Esta categoria inclui
também substâncias essencialmente indigestíveis para todas as espécies animais: lenhina,
cutina e uma fracção da sílica.
Marcha analítica do fraccionamento da matéria orgânica pelo sistema de Van Soest (Van
Soest, 1963 e Van Soest e Wine, 1967).

Quadro 3.3. Equivalência entre os grupos analíticos dos sistemas de Weende e de Van Soest
(adaptado de Maynard e Loosli, 1969).

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Diferentes formas de Azoto Alimentar

Composição de alguns alimentos correntes expressa em % de M.S.

Alimento Fibra Bruta NDF ADF ADL

Aveias, grão 13 31 17 -

Bagaço de soja 6,7 14 10 -

Cevada, grão 7,0 27 9 -

Feno de Luzerna, floração avançada 40 59 45 10

Luzerna desidratada 28 48 34 8

Milho, grão 2,5 13 3,0 -

Palha de aveia 40 70 47 13

Palha de cevada 42 80 59 8

Palha de trigo 41 85 54 15

Trevo Branco 18 36 32 -

Trevo Violeta 30 56 41 8

Trigo. grão 2,9 14 3,6 -

Silagem de milho 25 45 27 4

Sorgo (forragem verde) 28 62 38 6

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● Palha de cevada e de trigo - a fibra bruta representa apenas metade dos componentes da
parede celular.
● Feno de Luzerna e a palha de trigo - mesma percentagem de fibra bruta mas com teores
substancialmente diferentes de glúcidos membranários e de lenhina.
● Farinha de luzerna desidratada, palha de cevada e trevo violeta - mesmo teor de lenhina
com teores de fibra bruta muito diversos.
Tabela 1.2. composição do corpo animal* (%) sem o conteúdo do tracto digestivo (Maynard et
al., Animal Nutrition, 7 nª ed. 1979, p10)

Espécies Água Proteína Grasa Cinzas Proteína Cinzas

Bezerro, recém nascido 74 19 3 4,1 82,2 17,8

Bezerro, gordo 68 18 10 4,0 81,6 18,4

Novilho, magro 64 19 12 5,1 79,1 20,9

Novilho, gordo 43 13 41 3,3 79,5 20,5

Cordeiro, magro 74 16 5 4,4 78,2 21,8

Porco, 8kg 40 11 46 2,8 79,3 20,7

Porco, 30kg 73 17 6 3,4 83,3 16,7

Porco, 100kg 60 13 24 2,5 84,3 15,7

Galinha 49 12 36 2,6 82,4 17,6

Cavalo 56 21 19 3,2 86,8 13,2

Homem 61 17 17 4,5 79,2 20,8


*Menos o conteúdo do aparelho digestivo
Figura 1.2. trocas na composição corporal de uma vaca durante o crescimento (segundo
KolbY Gurtler, 1971). Nutritive Physiology of Farm Animals (em alemão). Reproduzida com
autorização de Gustav Fischer Verlag.

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Sistema de Weende
● A análise química dos alimentos é um meio indispensável para a apreciação do seu valor
nutritivo e para o controlo da sua qualidade;
● O esquema de fracionamento da matéria orgânica dos alimentos para animais mais
conhecido e utilizado foi introduzido em 1863 por Henneberg e Stohmann, cientistas da
estação experimental de Weende, na Alemanha, ficando conhecido como o Sistema de
Weende;
● Não permite isolar compostos químicos mas sim grupos analíticos que inicialmente se admitiu
serem homogéneos do ponto de vista nutritivo para todas as espécies zootécnicas ( a
evolução da ciência da nutrição veio contrariar essa ideia da homogeneidade).

Críticas ao Sistema de Weende:


a) Proteína Bruta
● A Proteína Bruta integra substâncias proteicas e não proteicas em proporção variável
consoante os alimentos. A capacidade de utilização de uma e de outra forma de azoto pelos
ruminantes e pelos não ruminantes não é a mesma ( os não ruminantes não possuem a
notável capacidade dos ruminantes de aproveitar a extensão maior ou menor substâncias
azotadas não proteicas;
● O fator 6,25 para converter o azoto total em proteína bruta assenta no pressuposto de um teor
médio em azoto das proteínas de 16%. Sabe-se perfeitamente que por vezes o teor em azoto
se afasta muito deste valor.
b) Fibra Bruta e extractivo não azotado
● No doseamento dos glúcidos. A quase totalidade de celulose está efetivamente contida na
fibra bruta mas a maior parte da hemicelulose é solubilizada no doseamento da fibra bruta
bem como uma fração variável da lenhina, fazendo parte do grupo das substâncias
extractivas não azotadas. Por esta razão este grupo analítico constitui uma fracção
marcadamente heterogénea e, sobretudo nas forragens, não representa por vezes a fracção
mais digestiva do alimento, como seria, em princípio, de esperar.

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Tipo de Alimento Nº de ensaios de CUD (%) % de Casos
digestibilidade em que (1) >
Fibra Bruta Extract. (2) (2)
(1)

Alimentos secos 110 52,4 59,5 30

Alimentos 61 63,5 76,3 20


suculentos

Silagens 25 58,2 64,6 28

Concentrados 88 53,3 78,5 10

Pode-se concluir:
● A fibra bruta representa razoavelmente para não ruminantes uma fracção de digestibilidade
baixa ou muito baixa. Para ruminantes a fibra bruta apresenta uma digestibilidade muito
variável em geral média ou alta.
● Os extrativos não azotados dos alimentos concentrados têm uma digestibilidade alta para
ruminantes e não ruminantes. Nas forragens esta fração apresenta digestibilidades muito
variáveis quer para ruminantes quer, naturalmente, para não ruminantes.
Sistema de Van Soest
● Procura de sistemas mais correntes de fraccionamento da matéria orgânica dos alimentos
vegetais designadamente da sua fração glucídica;
● Van Soest estruturou um sistema coerente, simples, relativamente rápido e rigoroso. No
esquema de fracionamento da matéria orgânica, Van Soest considerou fundamentalmente
duas grandes categorias de compostos:
● A categoria A que inclui um conjunto de substâncias para a digestão das quais existe
equipamento enzimático no organismo de todos os animais;
● A categoria B que inclui substâncias digestíveis em extensão apreciável apenas naquelas
espécies que possuem capacidade fermentativa gastrointestinal. Esta categoria inclui também
substâncias essencialmente indigestíveis para todas as espécies animais (lenhina, cutina e
uma fracção da sílica).

Condições De Uma Boa Alimentação


O regime alimentar deverá fornecer aos animais quantidades adequadas de:
● Energia;
● Proteína (quantidade/ qualidade);
● Minerais (macro e microelementos);
● Vitaminas;
● Água.
E deverá ainda possuir características no que diz respeito a:
● Teor de gordura;
● Volume;
● Ausência de toxicidade;
● Apetência.
Particularidades Da Digestão Dos Coelhos
Tubo digestivo

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● A dentição é a de um roedor (2/2i, 0/0c, 5/6m) em que os dentes são de crescimento
contínuo;
● O ceco alberga uma microflora extremamente densa, constituída essencialmente por
bactérias celulolíticas.
Digestão no coelho
A principal originalidade da digestão no coelho reside no funcionamento do cólon proximal.
1- Da boca ao ceco
● As partículas alimentares chegam rapidamente ao estômago após a mastigação e
ensalivação, onde permanecem entre 3 a 6 horas e sofrem transformação por ação
proteolítica e pela pepsina.
● No intestino delgado entram em ação as enzimas intestinais, pancreáticas e a bílis, havendo
absorção.
2- Após o ceco
● À saída do ceco e á entrada do cólon há a possibilidade de selecção das partículas consoante
o seu tamanho;
● O cólon tem a capacidade de realizar dois tipos de actividades diferentes consoante o
momento do dia;
● Se o conteúdo do ceco chega ao cólon ao começo da manhã vai sofrer transformações. A
parede secreta um muco que envolve progressivamente as bolas de conteúdo que as
contrações da parede permitiram que se formassem, sendo eliminadas geralmente ao
meio-dia e são denominadas fezes moles. O coelho ingere-as diretamente do ânus. A este
processo denomina-se cecotrofia à coprofagia intermitente e selectiva do coelho.
● Se o conteúdo do ceco chega ao cólon noutro momento do dia, tem um destino diferente e é
fraccionado. A fracção líquida é em grande parte reenviada para o ceco. A fracção restante é
encaminhada pelo cólon e recto e forma as fezes duras ricas em glúcidos parietais que são
produzidas à noite.
Particularidades Da Digestão Das Aves
Aparelho digestivo
● A cavidade bucal não compreende nem lábios nem dentes, mas um bico que permite a
preensão e uma certa fragmentação dos alimentos. As glândulas salivares são pouco
desenvolvidas.
● O esófago contém um inchaço rico em glândulas, chamado papo, onde se pode armazenar o
alimento, ser humedecido e amolecido.
● O estômago compreende duas partes:
❖ Um estômago químico, o proventrículo em que a mucosa é rica em glândulas
secretoras de ácido clorídrico e de pepsinogênio, percursor da pepsina.
❖ Um estômago mecânico, a moela.
● O intestino delgado, bem equipado em glândulas secretoras.
● O intestino grosso, pouco desenvolvido e reduzindo-se praticamente a dois cecos onde
ocorrem as fermentações bacterianas. Após um curto recto surge a cloaca, onde se cruzam
as vias genital, urinária e intestinal.
Digestão nas aves
● Na boca os alimentos são pouco fragmentados e grosseiramente insalivados;
● O papo assegura o armazenamento e o amolecimento dos alimentos graças ao muco que é
secretado;
● O proventrículo secreta em abundância o ácido clorídrico e um pH não muito baixo (3 a 4,5);

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● A moela apresenta um pH baixo(2 a 3,5) e é onde se dá verdadeiramente a proteólise pela
acção da pepsina;
● O intestino delgado é o local preferencial da digestão química pela acção das enzimas
intestinais e pancreáticas e da bílis;
● O ceco é o local das fermentações bacterianas permitindo uma utilização parcial dos glúcidos
parietais. Também há uma síntese de vitamina B e níveis importantes de absorção de água e
sais minerais.
Particularidades Da Digestão Dos Cavalos
Aparelho digestivo
1- Da boca ao ceco
● A cavidade bucal assegura a preensão dos alimentos graças aos seus lábios extremamente
móveis e à mastigação. A fórmula dentária é 3/3i, 1/1c (machos), 4/3pm, 3/3m.
● O estômago tem capacidade reduzida. O cárdia impede praticamente que o animal vomite;
inversamente, o piloro está muito aberto e os alimentos permanecem pouco tempo no
estômago.
● O intestino delgado representa 1/3 do volume do intestino;
● O intestino grosso tem uma grande capacidade e compreende essencialmente o ceco e o
cólon, ambos desprovidos de glândulas digestivas.
2- Glândulas anexas
São as mesmas que do porco e dos ruminantes. A saliva não contém a ptialina e o fígado é
desprovido de vesícula biliar.
Digestão do cavalo
● Na cavidade bucal a mastigação é extremamente grande com a finalidade de obter triturados
finos. A produção de saliva ronda os 40l/dia.
● O estômago apresenta as seguintes características:
❖ Um esvaziamento frequente e uma mistura fraca;
❖ No plano mecânico, a fraca mistura e a impossibilidade de eructação e de vomitar
aumentam a predisposição para indigestões e cólicas gástricas;
❖ No plano enzimático, a pepsina é capaz de iniciar a hidrólise das proteínas.
● O intestino delgado é o local de maior digestão enzimática:
❖ Os açúcares simples e o amido são largamente digeridos levando à absorção da
glucose;
❖ As proteínas são digeridas principalmente no intestino delgado e é o papel dominante
desta digestão que explica a dependência dos equinos da qualidade das proteínas
alimentares, ao contrário dos ruminantes. Esta dependência é marcante sobretudo em
fases de crescimento e lactação.
❖ Os lípidos são bem tolerados apesar da ausência de vesícula biliar;
❖ Os minerais e as vitaminas alimentares são absorvidos principalmente no intestino
delgado com excepção do fósforo em que a absorção definitiva ocorre no cólon.
● No intestino grosso as enzimas digestivas do intestino delgado são susceptíveis de
continuar a sua ação; entretanto, o essencial da digestão é proveniente de uma atividade
microbiana intensa extremamente semelhante à que se desenrola no retículo-rúmen dos
ruminantes.
❖ A população microbiana do ceco e do cólon apresenta uma densidade de micróbios
comparável àquela do retículo- rúmen (5 a 7 milhões de microrganismos/g de
conteúdo). Esta população é constituída principalmente por bactérias, sobretudo
celulolíticas sendo os protozoários relativamente raros.

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❖ O amido residual que escapou à digestão no intestino delgado e os glúcidos parietais
sofrem uma degradação microbiana formando-se ácidos gordos voláteis (AGV);
❖ À volta de 30% das matérias azotadas digestíveis chegam ao intestino grosso,
sofrendo, como nos ruminantes, uma degradação microbiana onde o principal
produto final é o amoníaco, podendo ser utilizado para a proteossíntese microbiana.
❖ Devido a uma fraca absorção de aminoácidos microbianos o cavalo tem um
aproveitamento modesto, logo, estão dependentes da qualidade das proteínas
alimentares.
❖ A microflora do intestino grosso sintetiza vitaminas do complexo B.

A ingestão dos alimentos


● A água é o princípio nutritivo mais importante da vida do animal, o que é preciso em maiores
quantidades e com maior frequência.

Factores que afectam o consumo de água


1. Factores ligados ao animal
● a) idade: em poedeiras o consumo de água aumenta de forma suave de 1 mês a 16 semanas,
com início da atividade sexual sofre um aumento brusco e estabiliza com o pico da postura.
● b) estado produtivo: quanto maior é a produção de leite ou ovos maiores são as
necessidades.
● c) tamanho, linhagem genética, etc.
2. Factores ligados ao alimento
● a) quantidade de alimento consumido: os animais bebem entre 2 a 3 vezes o que consomem.
● b) quantidade de matéria seca: quanto menor, menor o consumo de água.
● c) composição do alimento: aumenta o consumo de água com alimentos ricos em proteína,
sal, K, etc
3. Factores ligados ao meio ambiente
● a) o consumo de água aumenta com a temperatura ambiental.
● b) estado sanitário.
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● c) disponibilidade e tipo de bebedouros.
4. Factores ligados à água
● a) a ingestão diminui com água fria (<6ºC) ou quente (>36ºC).
● b) quando não está limpa e quando apresenta sabores ou odores anormais.

Balanço hídrico
Numa vaca leiteira:
Ingestão Perdas

Água de bebida 90% Fezes 33%

Água dos alimentos 4% Urina 20%

Água metabólica 6% Suor, respiração 25%

Produção 22%
Qualidade da água
1. Qualidade química
● Normas de qualidade química da água para os animais.
pH >5; <8

Nitratos < 50 mg/1

Salinidade < 1000 mg/1

Sulfatos < 250 mg/ 1

Dureza < 2000 mg/1


2. Qualidade bacteriológica
● Presença de coliformes – contaminação fecal.
Regulação da ingestão de alimento

Gráfico: Efeito do consumo sobre (a) o nível de produção e (b) o índice de conservação do
alimento.
Factores que afectam a ingestão dos alimentos
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1. Factores ligados ao alimento
● Concentração energética

Gráfico: Influência da concentração energética da dieta sobre o consumo de energia e matéria seca
(a) em ruminantes (Montgomery y Baumgart, 1965) e (b) em monogástricos (Cole y Col, 1972).
● Substituição da forragem por concentrado

a) Efeito do aporte do concentrado sobre a ingestão de forragens de distinta digestibilidade.


b) Necessidades de concentrado para obter determinadas velocidades de crescimento de bezerros,
segundo a digestibilidade forrageira.
Gráfico: Relação de substituição forrageira: concentrado em dietas de vitelos Holstein frísia em
crescimento (3 a 6 meses de idade) (segundo Leaver, 1973).
● Técnica de conservação ou processamento dos alimentos
● Desequilíbrios nutritivos da dieta
Gráfico: Efeito de excesso ou défice de proteína na
dieta sobre o consumo de alimento e dos
rendimentos produtivos dos animais.

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2. Factores ligados ao meio
Efeitos da temperatura sobre o consumo e rendimento produtivos de porcos com 70-100 Kg de peso
(segundo Ames e Ray, 1983).

Temperatura Consumo Energia Digestível Ganho de peso Índice de


(Cº) (mcal/dia) (kg/dia) conversão

0 15,4 0,54 9,5

5 11,4 0,53 7,1

10 10,6 0,80 4,4

15 9,5 0,79 4,0

20 9,8 0,85 3,8

25 8,0 0,72 3,7

30 6,7 0,45 4,9

35 4,6 0,31 4,9


Temperaturas óptimas para uma máxima eficiência do alimento em diferentes espécies animais.

Suínos(1)
Coelhos
Leitões ao nascer: 29-31 ºC
Láparos, recém nascidos: 32 ºC
Porcos em engorda (recria): 20 – 30 ºC
Láparos em engorda: 12 – 15 ºC
Porcos em engorda (acabamento): 15- 25 ºC
Fêmeas reprodutoras: 15 – 18 ºC
Reprodutores: 10- 20 ºC

Aves
Bovinos Broilers (1dia): 33 ºC)
Vitelos estabulados, recém nascido: +9 ºC Broilers fim de engorda: 18 ºC
Vitelos estabulados, 150 Kg de peso: -12 ºC Poedeiras: 10 – 20 ºC(1)
Vitelos estabulados, 350 Kg de peso: -18 ºC
Ovinos
Bovino adulto, extensivo: -21 a +2 ºC(3)
Borregos: -100 a +23 ºC(3)
(2)
Vacas leiteiras estabuladas: -14 a -30 ºC
Ovino adulto: -273 a +14 ºC(3)
(1)
Intervalo de zona termoneutra.
(2)
A maior produção de leite tem menor temperatura crítica.
(3)
Variação segundo as condições do meio (vento, chuva e grau de exposição ao sol).
3. Factores ligados ao animal
● Peso
● Estado fisiológico
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● Nível de acabamento
● Raça
● Espécie
4. Factores ligados ao sistema de produção
● Pastoreio
● Estábulo

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