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DESENVOLVIMENTO VEGETAL E SINALIZAÇÃO CELULAR

- Crescimento:
• O crescimento é um termo quantitativo, relacionado a mudanças de tamanho
e/ou massa
• Exemplo: aumento em volume, massa, número de células, quantidade de
protoplasto, além do aumento em complexidade >>> divisão e expansão
celular

- Desenvolvimento:
• O desenvolvimento se aplica às mudanças na forma do organismo ou órgão,
tal como ocorre durante a transição da fase vegetativa (desenvolvimento
vegetativo) para a reprodutiva (desenvolvimento reprodutivo ou florescimento)
ou durante o desenvolvimento de uma folha a partir de um primórdio foliar
• Morfogênese: se refere à aparência ou desenvolvimento estrutural da planta
(formação dos diferentes órgãos)

- Desenvolvimento pós-embrionário: o embrião de uma planta é um eixo


polarizado rudimentar tendo em suas extremidades os meristemas apical e
radicular. Com exceção das folhas cotiledonares, nenhum órgão da planta se
forma na embriogênese vegetal e sim após a germinação das sementes.

- Visão geral do crescimento e desenvolvimento do esporófito de uma


angiosperma:
1. Durante a embriogênese, o zigoto unicelular dá origem a uma organização
rudimentar que exibe grupos de células indeterminadas contidas nos
meristemas apicais do caule e da raiz
2. Durante o desenvolvimento vegetativo, padrões de crescimento
indeterminado, que refletem aportes (inputs) de programas intrínsecos e de
fatores ambientais, produzem uma arquitetura variável de caule e raiz
3. Durante o desenvolvimento reprodutivo, os meristemas apicais do caule
(MACs), vegetativos, são reprogramados para produzir uma série de
características de órgãos florais, incluindo carpelos e estames, iniciando a
geração gametofítica

- Embriogênese:
• Processo pelo qual uma única célula (zigoto) é transformada em uma
entidade multicelular com uma organização característica, mas normalmente
rudimentar
• O desenvolvimento embrionário ocorre dentro dos tegumentos,
maternalmente derivados, que formam a semente
• Durante a embriogênese ocorre o estabelecimento da polaridade propor
(proporciona a estrutura na qual as células se diferenciam de acordo com suas
posições no embrião). Dentro dessa estrutura, grupos de células tornam-se
funcionalmente especializadas para formar tecidos epidérmicos, corticais e
vasculares
• Certos grupos de células, conhecidos como meristemas apicais, são
estabelecidos nas extremidades em crescimento do caule e da raiz e
possibilitam, após a germinação, a formação contínua de tecidos e órgãos
adicionais durante o crescimento vegetativo subsequente

- Desenvolvimento vegetativo e reprodutivo:


• Desenvolvimento: a germinação ocorre quando o embrião supera seu
estado de quiescência ou dormência e, se tornando capaz de mobilizar as
reservas armazenadas, dando início a um período de crescimento vegetativo
• Dependendo da espécie, a germinação ocorre em resposta
a uma combinação de fatores ambientais
• Mobilizando as reservas armazenadas em seus cotilédones
(ex. feijão) ou no endosperma (ex. gramíneas), a plântula constrói sua forma
rudimentar, mediante a atividade dos meristemas apicais da raiz e do caule

- Meristemas:
• Meristemas primários e secundários: regiões que permanecem embriogênicas
ao longo da vida da planta, gerando continuamente células que se
diferenciarão e formarão folhas, caules, tecidos vasculares, raízes, flores e
frutos das plantas
• Meristemas secundários: são responsáveis pelo crescimento radial da planta,
gerando tecidos do lenho e da casca
• Crescimento primário: resulta na formação e no alongamento de brotos e
raízes. Os meristemas apicais produzem crescimento primário, dando origem
ao corpo da planta primária. Todas as plantas com sementes têm um corpo de
planta primário
• Crescimento secundário: aumenta a espessura da planta. Os meristemas
laterais crescimento secundário ocorre em eudicotiledôneas lenhosas, como
árvores e arbustos. Monocotiledôneas normalmente não sofrem crescimento
secundário.

- Tipos de meristemas:
• Apical caulinar
• Axilar
• Intercalar
• Apical radicular
- Os processos básicos envolvidos no crescimento e desenvolvimento de
órgãos (morfogênese) e das plantas como um todo, que precisam ser
estritamente coordenados, são a divisão, a expansão e a diferenciação
celular.
- Diferenciação celular: é um termo qualitativo, que reflete um processo de
especialização celular. A diferenciação ocorre quando uma célula em divisão
produz duas novas células que serão destinadas a assumir diferentes
características anatômicas e diferentes funções.
• Células totipotentes (do latim totus, inteiro); ou seja, elas têm a capacidade de
produzir todo o espectro de tipos de células, mesmo para se desenvolver em
plantas completas.
• A determinação do destino das células (diferenciação), oriundas da atividade
mitótica dos meristemas, é dependente da posição de cada célula após a
divisão celular.

- Controle do crescimento e do desenvolvimento: o crescimento e o


desenvolvimento ordenados de um organismo multicelular requerem uma
coordenação, a qual apresenta controles endógenos e exógenos
• Controle endógeno: opera tanto no nível intracelular como no nível intercelular
• Controle intracelular: envolve MUDANÇAS NO PADRÃO DE EXPRESSÃO
GÊNICA que influenciam as atividades celulares, alterando os tipos de
proteínas feitas pelas células > está associado aos HORMÔNIOS e seus
papéis na coordenação da atividade de grupos de células
• Controles exógenos: se originam de fatores externos ao organismo,
principalmente de FATORES AMBIENTAIS
• Estes três tipos de controle interagem de várias maneiras para determinar o
desenvolvimento global da planta

- Percepção e respostas à sinalização endógena e ambiental: a sequência de


eventos iniciada pelos hormônios pode geralmente ser apresentada em três
estágios:
1. Percepção do sinal
2. Via de transdução e amplificação do sinal
3. Resposta final

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