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Aula 3 Parte 2

Serviço Social p/ INSS - Analista do Seguro Social - Serviço Social - 2016

Professor: Ana Paula de Oliveira

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AULA 03 (PARTE 2): 1.2.1.1 – Estratégias, instrumentos


e técnicas de intervenção: abordagem individual, técnica
de entrevista, abordagem coletiva, trabalho com grupos,
em redes e com famílias, atuação na equipe
multidisciplinar e profissional, visitas domiciliares e
institucionais. Pareceres, laudos e opiniões técnicas
conjuntas entre assistente social e outros profissionais
(Resolução CFESS nº557 de 15 de setembro de 2009).

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 03
2. Estratégias, instrumentos e técnicas de intervenção 04
profissional
2.1 Entrevista 04
2.2 Visita Domiciliar 06
2.3 Visita Institucional 07
2.4 Trabalho em Rede 09
2.5 Ação Socioeducativa com Indivíduos, Família e Grupos 09
2.6 Mobilização social 13
2.7 Abordagens individual e coletiva 13
2.8 Estudo Social 14
2.9 Perícia Social 16
2.10 Relatório Social 17
3.11 Laudo Social 18
3.12 Parecer Social 20
3.13 Projeto de Trabalho do assistente social 23
3.14 Atuação em equipe multi e interdisciplinar 27
3. Resumo d@ concurseir@ 29
4. Questões comentadas 36
5. Lista de questões 41
6. Gabarito 49

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1. INTRODUÇÃO

Olá querid@ alun@, o conteúdo da aula 3 é muito extenso. Por isso


decidimos dividi-la em duas partes. Nesta segunda parte aprofundaremos
o debate sobre as concepções, instrumentos e técnicas utilizados pelo
Assistente Social no INSS. Abordaremos com você os conceitos de
entrevista, visita domiciliar, visita institucional, trabalho em rede, ação
socioeducativa com indivíduos, grupos e família, abordagens individual e
coletiva, estudo social, perícia social, relatório social, laudo social, parecer
social, projeto de trabalho profissional, pesquisa social e atuação em
equipe multiprofissional e interdisciplinar. Ressaltamos que estes
instrumentos e técnicas são utilizados por assistentes sociais em seu
cotidiano de trabalho, independente da área de atuação.
Estudaremos então o seguinte item do edital:
 1.2.1.1 – Estratégias, instrumentos e técnicas de intervenção:
abordagem individual, técnica de entrevista, abordagem coletiva,
trabalho com grupos, em redes e com famílias, atuação na equipe
multidisciplinar e profissional, visitas domiciliares e institucionais.
Pareceres, laudos e opiniões técnicas conjuntas entre assistente
social e outros profissionais (Resolução CFESS nº557 de 15 de
setembro de 2009).

Aos estudos!!!

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2 – ESTRATÉGIAS, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE


INTERVENÇÃO PROFISSIONAL

Car@ alun@, a seguir trataremos dos instrumentais, realizando


breve explanação sobre cada um. Iniciaremos com uma discussão a
respeito da Entrevista.

2.1 Entrevista

A Professora Eunice Fávero (2009) menciona que para a realização


de uma Entrevista é necessário que o profissional tenha um
objetivo e uma finalidade a ser alcançada.
Segundo Fávero (2009) para a realização de uma Entrevista
é essencial que o assistente social tenha informações prévias da
situação a ser estudada para ter condições de obter elementos
que possibilitem o avanço do diálogo e a Entrevista não se torne
uma inquirição.

“O limite entre a busca do conhecimento para a


garantia e efetivação de direitos e a invasão de
privacidade de maneira arbitrária é tênue”
(FÁVERO, 2009, o. 628)

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A autora apresenta algumas indicações básicas para a realização da


Entrevista. Primeiramente é importante se apresentar ao sujeito
entrevistado informando o seu nome, cargo, o motivo pelo qual ele foi
chamado para a conversa com o profissional. A autora ressalta que esta
postura “faz parte dos deveres e da conduta ética profissional”. (p. 628)
Assim, a Entrevista pode ser entendida como um momento
extremamente rico do encontro entre o profissional e o usuário, na
medida em que o assistente social objetiva garantir os direitos, tendo por
pressuposto o nosso Código de Ética (1993); já para o usuário a
entrevista pode ser um momento de reflexão sobre a realidade
vivenciada.
Cabe ainda ressaltar que há tipos de Entrevista. Conforme nos
ensina Severino (2007)

Entrevista Não-Diretiva: Neste tipo de entrevista o relato do


sujeito ao pesquisador/assistente social ocorre por meio do discurso livre.

Entrevista Estruturada: Neste tipo de entrevista as questões são


direcionadas e foram previamente estabelecidas pelo profissional
responsável pela entrevista. O objetivo principal é obter do sujeito
entrevistado respostas diretas e que serão mais facilmente categorizadas
pelo entrevistador/assistente social. É muito comum o assistente social
fazer uso deste tipo de entrevista no seu cotidiano de trabalho, quando
precisa de informações precisas do usuário, como quando, por exemplo
realiza um estudo socioeconômico.

Entrevista Semi-Estruturada: Este tipo de entrevista circula


entre os dois tipos citados acima. Ela apresenta algumas questões
norteadoras para direcionar a conversa, mas abre possibilidades para que
o usuário traga outras informações. Pode-se dizer que esta é a
modalidade mais utilizada pelos assistentes sociais nos espaços de
trabalho, pois ela permite que o usuário responda as questões levantadas
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pelo profissional e também que ele complemente com informações que


possam auxiliá-lo na processo de apreensão da realidade social.

A entrevista está implícita em todas as demais técnicas, pois


é ela que permite que o profissional conheça a realidade
vivenciada pelos sujeitos, por meio do seu discurso, que pode ser
complementado com as outras modalidades, tais como a Visita.

2.2 Visita Domiciliar

Alun@, a Visita Domiciliar consiste no momento em que o


profissional realiza visita à residência dos sujeitos envolvidos no
Estudo/Perícia que ele está realizando. Importante assinalar que a Visita
se constitui em um instrumental utilizado pelo profissional em qualquer
área de atuação, mas com objetivos diferenciados em cada situação.
Fávero (2009, p. 629) entende a Visita Domiciliar “como mais
uma possibilidade de dialogar e conhecer a realidade sociocultural e
familiar dos sujeitos, a partir de seu espaço de vivência”.

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A Visita Domiciliar também é entendida como “mais uma


possibilidade de entrevista, de conhecimento do território onde os
sujeitos vivem, das possibilidades ou impossibilidades de acesso a
bens e serviços que efetivem direitos sociais, de outros espaços
relacionais” (FÁVERO, 2009, p. 629)

Visita Domiciliar – “Trata-se de um procedimento com o


objetivo de complementar o estudo, e não de fiscalizar ou de
invadir a privacidade da vida cotidiana dos sujeitos” (FÁVERO,
2009, p. 629)
Ainda, segundo Fávero (2009), é importante que o profissional
compreenda que sua atuação deve pautar-se por regras éticas e pela
capacidade de discernir que as informações obtidas em uma Entrevista,
realizada durante a Visita Domiciliar, pode contribuir para a proteção de
sujeitos ou apenas para a responsabilização destes.

2.3 Visita Institucional

Outro instrumental comumente utilizado pelo assistente social nas


instituições do Sistema de Justiça (Ministério Público, Defensoria Pública e
Tribunal de Justiça) é a Visita Institucional.
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A Visita Institucional tem por objetivo subsidiar o profissional a


respeito das atividades realizadas por determinada instituição, com vistas
a realizar encaminhamentos qualificados e para a busca de maior
integração entre os profissionais dos equipamentos.

Outro objetivo da Visita Institucional é a fiscalização do


serviço ofertado por determinada instituição, no intuito de
identificar se há o oferecimento de serviços adequados aos
usuários.

Ressaltando as ideias apresentadas acima, para Toniolo (2008,


p.129)

Muitas podem ser as motivações para que o


Assistente Social realize uma visita institucional.
Enumeramos três delas: 1. Quando o Assistente Social
está trabalhando em uma determinada situação
singular, e resolve visitar uma instituição com a qual
o usuário mantém alguma espécie de vínculo; 2.
Quando o Assistente Social quer conhecer um
determinado trabalho desenvolvido por uma
instituição; 3. Quando o Assistente Social precisa
realizar uma avaliação da cobertura e da qualidade
dos serviços prestados por uma instituição.
Por fim, compreendemos que a realização de uma Visita
Institucional pode se dar por diversos motivos, mas, quaisquer que
sejam, ela possibilita ao profissional um conhecimento mais amplo dos
serviços ofertados pelas políticas públicas.

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2.4 Trabalho em Rede

Alun@, para o assistente social realizar um atendimento qualificado


ou apresentar um Estudo Social completo é essencial que ele conheça os
demais equipamentos das políticas públicas.
O conhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais
de outras instituições, a realização de contatos, reuniões,
encaminhamentos de usuários, pode ser compreendido como
Trabalho em Rede, pois, visa constituir um grupo de pessoas de
diferentes instituições, para fins de uma análise ampliada sobre as
necessidades apresentadas pelos sujeitos.

2.5 Ação Socioeducativa com Indivíduos, Família e Grupos

Segundo a Professora Regina Mioto (2009),

[...] as bases do pensamento crítico dialético no Serviço


Social permitiram compreender que as ações profissionais
estão profundamente condicionadas pelas relações entre as
classes na sociedade capitalista e que elas interferem na
reprodução material e social da força de trabalho, tanto por
meio das ações materiais como das ações de cunho
sociopolítico e ideocultural. (p. 498)

Mioto (2009), referenciando-se em diversos autores do Serviço


Social, afirma que o Assistente Social também participa das relações

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sociais que se faz por meio da reprodução de valores, assim, as ações


profissionais são dotadas de caráter educativo e são
desenvolvidas pela mediação das políticas sociais que devem
garantir o acesso aos serviços, programas e benefícios sociais.
Sobre o caráter sócio-educativo da profissão, Cardoso e
Maciel (2000, p. 142) afirmam que o Serviço Social se institucionaliza e
se desenvolve com caráter sócio-educativo, inscrito no campo político-
ideológico. Utilizando-se das ideias do teórico italiano Antônio Gramsci,
Abreu (2002) nos diz que as atividades que os assistentes sociais
desenvolvem possuem uma função pedagógica, em decorrência do
vínculo que a profissão estabelece com as classes sociais.

Para Mioto (2009), com base nas ideias assinaladas acima,


discutir orientação e acompanhamento de grupos, famílias e
indivíduos significa pensar no caráter educativo da atuação
profissional. A autora (2009, p. 499) afirma que “a orientação e o
acompanhamento como ações de natureza socioeducativa [...]
interferem diretamente na vida dos indivíduos, dos grupos e das famílias”.
Lima (2006, p. 137) nos traz que a orientação e o
acompanhamento, enquanto ações socioeducativas realizadas por um
assistente social e em consonância com o Projeto Ético Político da
Profissão

[...] podem contribuir para o fortalecimento de


processos emancipatórios, nos quais há a formação de
uma consciência crítica dos sujeitos frente à
apreensão e a vivência da realidade, sendo ela,

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também, facilitadora de processos democráticos,


garantidores de Direitos e de relações horizontais
entre profissionais e usuários, ao mesmo tempo que
projeta a sua emancipação e a transformação social.

Alun@, importante que você saiba que a orientação de


grupos, famílias e indivíduos, além de ser umas das atividades
comumente realizadas por assistentes sociais em diversos locais
de trabalho, é bastante efetivada pelos assistentes sociais que
atuam no Serviço Social do INSS.

De acordo com Mioto (2009), as ações socioeducativas podem ser


estruturadas em dois pilares, sendo eles: a socialização de
informações e o processo reflexivo na relação usuário e
profissional.
A “socialização de informações é um componente
fundamental para a viabilização de direitos, pois se apresenta
como uma ação de fortalecimento do usuário para acessar direitos
e para mudar a sua realidade”. (MIOTO, 2009, p. 502)
O Processo Reflexivo – constitui-se como característico das
ações socioeducativas, desenvolvendo-se durante o processo de
estabelecimento de vínculos entre o assistente social e o usuário,
onde juntos buscam respostas às demandas que chegam as
instituições. Importante frisar que estas demandas expressam as
desigualdades sociais, os processos de exploração, aviltamento
dos sujeitos. (Mioto, 2009)
Para Mioto (2009, p. 503)

espera-se que por meio do processo reflexivo, o


usuário – com informação e reflexão – ganhe mais
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autonomia para circular no espaço social, tomar


decisões sobre as formas de conduzir sua vida,
avançar na consciência de sua cidadania e ter
participação em diferentes instâncias da esfera
pública, especialmente nas de controle social.

Mioto (2009, p. 506) ainda destaca que “as ações socioeducativas


requerem também conhecimento das demandas/necessidades dos
usuários, tanto nas suas singularidades, como no conjunto dos usuários
ao longo do tempo (conhecimento cumulativo)”.
Esse conhecimento pode ser complementado por meio das
informações sobre o território de vivência dos usuários que buscam
atendimento nas instituições.

Nas ações socioeducativas participam tanto indivíduos,


famílias e grupos de indivíduos. Mas estes de forma direta ou
indireta se referenciam entre si. O que isto quer dizer? Que
mesmo que seja apenas um indivíduo que participe de encontros
com o assistente social, ele provavelmente pertence a uma
família, a um determinado grupo social.

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2.6 Mobilização social

As Professoras Marian Maciel Abreu e Francine Cardosos (2009) em


artigo entitulado “Mobilização social e práticas educativas” definem a
prática de mobilização social enquanto expressão das práticas
educativas desenvolvidas pelos profissionais de Serviço Social em
diferentes espaços sócio-ocupacionais, consubstanciam-se em processos
de participação social, formulados e implementados de formas
diferenciadas pelas classes sociais fundamentais – burguesia e
proletariado – na luta pela hegemonia na sociedade. A mobilização é,
portanto, elementos constitutivo e condição indispensável no trabalho do
assistente social. Entretanto, não é exclusivo desse profissional.

2.7 Abordagens individual e coletiva

Car@ Alun@, este item possui relação direta com os itens


anteriores 2.5 - Ações socioeducativas com indivíduos, famílias e grupos e
2.6 Mobilização social. As abordagens individual e coletiva são as
mais utilizadas no contexto das ações educativas.

Segundo Mioto (2009, p. 507), “a formação de grupos é


altamente recomendável porque permite, por meio da reunião de

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diferentes sujeitos, a realização do processo educativo de forma


coletiva”.

Acerca deste tema, necessário ainda que você compreenda


que “as ações socioeducativas se constituem como processos que
se constroem e se reconstroem continuamente, não existindo
modelos pré-definidos”. (2009, p. 507)

2.8 Estudo Social

Car@ alun@! Este item não está discriminado no edital. Mas, na análise
da tendência do CESPE, identificamos que este é um dos conteúdos mais
cobrados quando falamos da dimensão técnico-operativa, juntamente
com os itens relatório social, parecer social e laudo social. Assim, realize
uma leitura atenta.
Para estudar este item tomamos como referência o livro organizado
pelo CFESS e publicado pela Cortez Editora “O Estudo Social em
Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos: contribuição ao debate no
Judiciário, Penitenciário e na Previdência Social”. Importante
ressaltarmos que este livro contribui para se pensar os instrumentais
utilizados pelos assistentes sociais em qualquer área de atuação.

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Este livro é sempre citado em provas de
concurso quando a temática de Estudos
Sociais, Laudos, Pareceres é solicitada.

A Professora Eunice Fávero (2007) nos auxilia a


compreender o conceito de Estudo Social e traz reflexões
essenciais para elaboração deste importante documento no
âmbito da Defensoria Pública da União.
Para a autora, o Estudo Social constitui-se como instrumental
presente no cotidiano da intervenção profissional do assistente social ao
longo do processo histórico, especialmente para os profissionais que
atuam na área sociojurídica. Porém, o que se verifica nos últimos anos é
um questionamento acerca da forma como se constrói o Estudo Social,
seus objetivos, referencial teórico e a relação com o Projeto Ético-Político
do Serviço Social – PEPSS.

Alun@, caso tenha dificuldades quanto aos princípios de


nosso PEPSS, retomar as aulas anteriores de nosso curso.

Fávero (2009) nos ensina que o estudo social é um instrumento


de competência do assistente social

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Tem como finalidade conhecer e interpretar a


realidade social na qual está inserido o objeto da ação
profissional, ou seja, a expressão da questão social ou
o acontecimento ou situação que dá motivo à
intervenção. (FÁVERO, 2009, p. 625)

Querid@ Alun@, a escolha dos instrumentais técnico-


operativos para a elaboração do Estudo Social é de sua total
prerrogativa. Portanto, cabe ao assistente social decidir se
realizará Entrevista, Visita Domiciliar/Institucional, dentre outros.

Conforme Fávero (2009)

É esse profissional que, por uma ação refletida e


planejada, define quais conhecimentos deve acessar e
em que nível vai aprofundá-los; se necessita realizar
entrevistas, com quem e quantas pessoas (por
exemplo, com a criança, o adolescente, o pai, a mãe,
outro adulto, responsáveis por escola ou outro
equipamento social que frequentam, etc), se deve
realizar visitas domiciliares e/ou institucionais, se
precisa estabelecer contatos variados com a rede
familiar e a rede social, se deve consultar material
documental e bibliográfico e quais, etc. (p. 626)

2.9 Perícia Social

Para Fávero (2009) a diferença entre o Estudo Social e a Perícia


Social decorre do local de atuação do Assistente Social. Segundo esta
autora, o Estudo Social constitui-se como Perícia Social, quando
aquele é solicitado no âmbito do Poder Judiciário, lócus onde o
assistente social atua como perito do Juiz.

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Para Fávero (2009) Perito é aquele profissional especializado


em determinada área do conhecimento. Tal concepção está
assinalada no artigo 145 do Código de Processo Civil.

Perícia Social – é um Estudo Social realizado com a


finalidade de instruir um processo judicial com conhecimentos da
área de Serviço Social. Para a elaboração da Perícia, o assistente
social é nomeado para realizar um estudo e emitir um Parecer.
(FÁVERO, 2009, p. 625)

Ainda iremos trabalhar a concepção de Parecer Social.

2.10 Relatório Social

O Relatório Social trata-se da descrição do trabalho realizado pelo


assistente social e das informações obtidas por meio de Entrevistas,
Contatos Telefônicos, Visitas domiciliares, Visitas institucionais.
Para Toniolo (2008), o Relatório Social

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Semanticamente falando, é o relato dos dados


coletados e das intervenções realizadas pelo
Assistente Social. O relatório social pode ser referente
a qualquer um dos instrumentos face a face, bem
como pode descrever todas as atividades
desenvolvidas pelo profissional (relatório de
atividades). (p. 130)

Fávero (2007, p.44), nos ensina que o Relatório Social é o


documento que deve ser elaborado pelo assistente social e se “traduz na
expressão descritiva e interpretativa de uma situação ou
expressão da questão social, enquanto objeto da intervenção
desse profissional, no seu cotidiano laborativo”.
A autora ressalta ainda que o documento, como qualquer outra
documentação no âmbito da profissão, deve ter os princípios éticos como
pressupostos para decidir o que deve ou não ser relatado no documento,
independente dele ficar arquivado em prontuário do Serviço Social, ou ser
encaminhado a outro profissional.

2.11 Laudo Social

Laudo Social é a denominação dada ao Relatório Social, quando


este documento é anexado ao processo judicial. Além disso, Fávero
(2007) esclarece que o Laudo é bastante utilizado no meio judiciário
como mais um elemento que, ao ser incluído em um processo judicial,
passa a ser considerado como prova para os autos do processo.

Quando um assistente social elabora um Estudo Social e este


é anexado a um processo, passa a se constituir como prova nos

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autos. Porém, é importante que você compreenda que não é


atribuição profissional produzir prova, mas análises sobre a
realidade concreta.
Conforme nos ensina Borgianni (2013) o assistente social produz
Estudos Sociais/Laudos, por meio dos instrumentais de Entrevista, Visitas,
dentre outros. Portanto, a produção de provas não é atribuição ou
competência profissional, mas sim a elaboração de estudos sobre a
realidade apresentada, objetivando desvendar o real.
Borgianni (2013, p. 423) ainda nos diz que é tarefa do assistente
social

[...] trazer aos autos de um processo ou a uma


decisão judicial os resultados de uma rica
aproximação à totalidade dos fatos que formam a
tessitura contraditória das relações sociais nessa
sociedade, em que predominam os interesses
privados e de acumulação, buscando, a cada
momento, revelar o real, que é expressão do
movimento instaurado pelas negatividades
intrínsecas e por processos contraditórios, mas que
aparece como "coleção de fenômenos" nos
quais estão presentes as formas mistificadoras e
fetichizantes que operam também no universo
jurídico no sentido de obscurecer o que tensiona, de
fato, a sociedade de classes.

O Laudo Social tem o papel de auxiliar o Juiz na formulação


de juízo sobre determinada situação analisada. Esse juízo é a
decisão do Juiz perante uma situação singular, como, por exemplo, a
destituição de um poder familiar.

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Importante frisar que o Assistente Social não é o


responsável por tomar a decisão, indicando, por exemplo, se deve
ou não ser retirado o poder familiar, mas sim apresentar
elementos sobre a realidade analisada, visando subsidiar o Juiz
para a tomada da decisão.

“[...] o laudo oferece elementos de base social para a formação


de um juízo e tomada de decisões que envolve direitos
fundamentais e sociais”. (FÁVERO, 2007, p. 46)

2.12 Parecer Social

Segundo Toniolo (2008, p. 131),

Um parecer social é uma avaliação teórica e técnica


realizada pelo Assistente Social dos dados coletados.
Mais do que uma simples organização de informações
sob a forma de relatório, compete ao Assistente Social
avaliar essas informações, emitir uma opinião sobre
elas. Uma opinião que deve estar fundamentada, com
base em uma perspectiva teórica de análise. Assim, o
parecer social é crucial, pois é ele que dá ao
Assistente Social uma identidade profissional – a
inexistência de um parecer reduz o relatório a uma
simples descrição dos fatos, não permitindo nenhuma
análise profunda sobre os mesmos.

Importante frisar que para a elaboração do Parecer Social, é


necessário que o profissional tenha um posicionamento político claro e
que se fundamente nos princípios do Código de Ética Profissional e no
Projeto Ético Político do Serviço Social.

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Dúvidas quanto ao conteúdo sobre o nosso


Código de Ética e Projeto Ético Político?
Retome a aula 01 do nosso curso.

Para a elaboração do Parecer Social, é necessário que o assistente


social tenha elaborado um Relatório Social anteriormente, afinal, ele só
pode emitir uma opinião sobre algo que ele tenha contato anterior e
tenha relatado.

Podemos compreender o Parecer Social como a conclusão de um


determinado trabalho, e nesse caso, como a finalização de um Estudo
Social, onde possivelmente o profissional tenha utilizado os instrumentais
de Entrevista, Visita Domiciliar, Visita Institucional, Observação,
dentre outros.
Conforme Toniolo (2008, p. 131)

Apreender a realidade não é apenas descrevê-la. É um


produzir um conhecimento sobre a mesma. E é no momento
do parecer social que esse conhecimento é elaborado a
partir da reflexão racional do profissional – um
conhecimento prático, que visa compreender a singularidade
da situação estudada pelo Assistente Social, à luz da
universalidade dos fenômenos sociais (descobrindo então a
particularidade dos fenômenos) e assim, criar alternativas
visando sua transformação. Mas para além de uma
avaliação do passado, o parecer social também deve
realizar uma análise prospectiva, isto é, apontar que
desdobramentos determinada situação podem tomar.

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O Parecer Social deve também apresentar sugestões de


ações a serem desenvolvidas referentes àquela situação. Estas
ações podem ou não, necessariamente serem desenvolvidas pelo
próprio assistente social.

O Parecer Social não é só resultado da Perícia Social, ele


decorre da realização de um Estudo Social e como assinalamos no
item 3.10, a Perícia Social é o nome dado ao Estudo Social quando
elaborado especificamente no âmbito do Judiciário.
O Parecer Social, enquanto o momento em que o profissional
explicita seu posicionamento, as considerações sobre a realidade
estudada, não se restringe ao assistente social que atua na área
sociojurídica. Portanto, também cabe aos assistentes sociais que
atuam na área da saúde, na área da assistência social, educação,
habitação, dentre outros, a elaboração de Pareceres Sociais sobre
determinada situações.

Pois bem, não perca essa ideia, isso ajudará você a entender
melhor o conteúdo. Vamos lá!

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2.13 Projeto de Trabalho do Assistente Social

Para discutir esse topico usamos como referência o texto da


Professora Berenice Couto (2009) entitulado “O Projeto de Trabalho do
Assistente Social”, da Coletânea do CFESS/UnB.
O Projeto de Trabalho busca identificar o terreno sobre o
qual o assistente social vai trabalhar, e reconhecer de que forma
essa intervenção responderá às necessidades sociais que,
transformadas em demandas, serão privilegiadas nos processos
de trabalho nos quais o Serviço Social é requerido. Ele

[...] deve condensar as possibilidades e os limites


colocados ao profissional para executar suas tarefas e
deve iluminar sua constante avaliação da eficácia de
seus instrumentos, técnicas e conhecimentos para
atingir as metas propostas, que devem estar
articuladas aos elementos presentes no espaço sócio-
ocupacional, como também referendarem os
compromissos profissionais. (COUTO, 2009, p.04).

Vamos ressaltar três pontos importantes na formulação de projetos


de trabalho:

1) Elementos contitutivos do projeto de trabalho; 2) A


explicitação do projeto de trabalho: elemento fundamental
na relação profissional; 3) Os instrumentos jurídicos formais e
seu papel na formulação do projeto profissional

Vamos lá:
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1) Os elementos constitutivos do projeto de trabalho

- A identificação institucional é fundamental para o projeto


de trabalho. Que tipo de instituição é? Pública ou privada? Qual é a sua
finalidade? Como se organiza? Que recursos usa na sua manutenção?
Como se estabelecem as relações de poder? Por que requisitou o
assistente social? Em que medida presta serviços à população? Como
absorve os demandatários na órbita institucional? Quais são as
necessidades sociais da população que se propõe a atender e de que
forma? Há espaço institucional para alterações nessa organização? A
resposta a esses questionamentos fornece ao assistente social a
identificação mínima necessária para construir uma proposta que seja
exequível.
- O reconhecimeno dos usuários do serviço, quais são suas
características, quais refrações da questão social estão sendo objeto de
atendimento, como eles organizam seu modo de vida e de resistência.
- Também é necessário reconhecer as demais intervenções
profissionais que compartilham e/ou disputam o espaço com o
Serviço Social, buscando compreender a totalidade da proposta de
trabalho que se estabelece nesse espaço. A identificação de projetos
solidários ou antagônicos que partilham o mesmo espaço faz com que a
escolha de estratégias seja mais pertinente. Esse reconhecimento
poderá fornecer elementos para a conjugação de esforços, a identificação
de parcerias e também de resistências, o que é fundamental para a
proposta de intervenção.

- É preciso identificar esse espaço dentro da realidade


social onde o trabalho se inscreve, reiterando a compreensão de
que é necessário ter clareza dos impactos que o modo de organização
da sociedade causa sobre a realidade do espaço onde se desenvolve o
trabalho.

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- Um elemento fundamental e essencial a todo projeto diz


respeito à filiação teórica com a qual é construído o projeto de
trabalho. Embora seja de domínio público a identificação da profissão
com o referencial dialético-crítico, ainda é possível encontrar propostas
com outras filiações teóricas. Assim, é necessário clarificar quais
são os pressupostos teóricos que vão dar concretude ao trabalho.

2) A explicitação do projeto de trabalho: elemento


fundamental na relação profissional

Para que o assistente social possa ter o projeto de trabalho como


estratégia de reconhecimento profissional, o projeto deve ser
escrito, não pode estar apenas na cabeça do profissional, a
sua materialização é fundamental. É necessário que ele possa ser
acessado, acompanhado e entendido. Assim, a sua formulação deve
conter alguns elementos fundamentais, como:

a) a identificação, a delimitação e a justificativa, claras, do


objeto da ação;
b) a definição de seus objetivos com esse trabalho: o que
pretende fazer, quais objetivos pretende alcançar. Os objetivos devem
ser claros e exequíveis. A definição de objetivos dá a clareza
necessária para compreender a proposta de intervenção profissional;
c) a identificação das metas: é preciso quantificar e qualificar o
trabalho proposto;
d) o apontamento dos recursos: o projeto deve deixar muito
claro quais recursos serão necessários para a sua execução.
e) por fim, é necessário que o projeto indique os mecanismos
de controle social de seu trabalho, como os registros serão efetuados
e como o conhecimento produzido no trabalho será potencializado.
3) Os instrumentos jurídicos formais e seu papel na
formulação do projeto profissional

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A lei que regulamenta a profissão e o Código de Ética


profissional são elementos essenciais na formulação de um
projeto de trabalho. Todo assistente social deveria recorrer a esses
instrumentos na elaboração do projeto, procurando identificar o
cumprimento de seus preceitos, quando no exercício da profissão. Assim,
cabe lembrar que a Lei n. 8.662/1993 (BRASIL, 1993) coloca
como atribuições privativas do assistente social, dentre outras: a)
coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar
estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de
Serviço Social; e b) planejar, organizar e administrar programas
e projetos em unidade de Serviço Social. Além disso, são
competências do assistente social, segundo a lei, as tarefas de
elaborar, implementar, executar e avaliar planos, programas e
políticas sociais, ressalvando a importante participação da
sociedade civil nesse movimento (Lei n.8.662/1993, artigo
quarto). Como demonstrado no enunciado da Lei, são garantidos
ao assistente social os elementos para que se constitua em
profissional competente teórica e tecnicamente, tendo
asseguradas as tarefas de condução de seu projeto de trabalho.

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QUADRO RESUMO

PROJETO DE TRABALHO
CÓDIGO LEI N. Objeto Objetivos Metas Indicadores Avaliação
DE ÉTICA 8.662/93

Princípios Prerrogativas Manifestações Objetivos que Aonde se Identificação É fundamental


do Código da Lei que da questão indicam o busca chegar. dos explicitar a forma
que devem embasam a social que que pode ser É importante indicadores de avaliação do
balizar a proposta. deverão ser esperado quantificar, que serão projeto proposto.
proposta. enfrentadas no com a deixar claro utilizados para Lembrar-se da
projeto. intervenção quais metas a intervenção e importância do
profissional. deverão ser avaliação do espaço para a
atingidas. processo. participação da
população usuária.

2.14 Atuação em equipe multiprofissional e interprofissional

Car@ Aluno, vamos falar sucintamente sobre o trabalho


multiprofissional e interprofissional.
O trabalho multiprofissional pressupõe a composição de
equipes com diferentes modalidades profissionais. Isso não
significa que necessariamente haverá interações ou interseções
entre seus núcleos de conhecimento. Suas ações ou intervenções
podem ocorrer de maneira isolada. A proposta da
interdisciplinaridade é superar as limitações do conceito de
multiprofissionalidade. Neste sentido, o trabalho interdisciplinar

[...] é algo diferente, que reúne estudos


complementares de diversos especialistas em um
contexto de estudo de âmbito mais coletivo. A
interdisciplinaridade implica numa vontade e
compromisso de elaborar um contexto mais
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geral, na qual, cada uma das disciplinas em


contato são por sua vez modificadas e passam a
depender claramente umas das outras. Aqui se
estabelece uma interação entre duas ou mais
disciplinas, o que resultará em intercomunicação
e enriquecimento recíproco e,
consequentemente, em uma transformação de
suas metodologias de pesquisa, em uma
modificação de conceitos, de terminologias
fundamentais etc. Entre as diferentes matérias
ocorrem intercâmbios mútuos e recíprocas
interações; existe um equilíbrio de forças nas
relações estabelecidas (Jantsch apud Santomé,
1996, p 73).

No âmbito do trabalho profissional do Serviço Social em instituições,


é comum identificarmos a organização do trabalho na interação entre
duas ou mais áreas de saber. Conforme a Resolução 557/2009 do
Conselho Federal de Serviço Social a inserção do assistente social em
equipe multiprofissional, se dá objetivando em conjunto com outros
profissionais, a compreensão do indivíduo na sua dimensão de totalidade,
com vistas ao enfrentamento das diferentes expressões da questão social.
Alun@, preste bastante atenção agora no que dispõe a Resolução
acima citada, pois é um conteudo que comumente cai na prova.

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RESOLUÇÃO CFESS nº 557/2009

Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas conjuntos entre o


assistente social e outros profissionais.

Art. 4°. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a


especificidade de sua área de atuação.

Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o


objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe
multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente,
delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social
e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica.

Parágrafo segundo - O assistente social deverá emitir sua opinião técnica somente
sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição legal, para qual está habilitado
e autorizado a exercer, assinando e identificando seu número de inscrição no Conselho
Regional de Serviço Social.

3. RESUMO D@ CONCURSEIR@

- Estratégias, instrumentos e técnicas de intervenção profissional

 Segundo Fávero (2009) para a realização de uma Entrevista é


essencial que o assistente social tenha informações prévias da
situação a ser estudada para ter condições de obter elementos que
possibilitem o avanço do diálogo e a Entrevista não se torne uma
inquirição.

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 A Entrevista pode ser entendida como um momento extremamente


rico do encontro entre o profissional e o usuário, na medida em que
o assistente social objetiva garantir os direitos sociais, tendo por
pressuposto o nosso Código de Ética (1993); já para o usuário a
entrevista pode ser um momento de reflexão sobre a realidade
vivenciada.
 Entrevista Não-Diretiva: Neste tipo de entrevista o relato do
sujeito ao pesquisador/assistente social ocorre por meio do discurso
livre.
 Entrevista Estruturada: Neste tipo de entrevista as questões são
direcionadas e foram previamente estabelecidas pelo profissional
responsável pela entrevista. Seus objetivos apresentam-se mais
claros e diretos. O seu objetivo principal é obter do sujeito
entrevistado respostas diretas e que serão mais facilmente
categorizadas pelo entrevistador/assistente social.
 Entrevista Semi-Estruturada: Este tipo de entrevista circula
entre os dois tipos citados acima. Ela apresenta algumas questões
norteadoras para direcionar a conversa, mas abre possibilidades
para que o usuário traga outras informações.
 A Visita Domiciliar consiste no momento que o profissional realiza
visita à residência dos sujeitos envolvidos no Estudo/Perícia que ele
está realizando.
 Fávero (2009, p. 629) entende a Visita Domiciliar “como mais
uma possibilidade de dialogar e conhecer a realidade sociocultural e
familiar dos sujeitos, a partir de seu espaço de vivência”.
 A Visita Domiciliar também é entendida como “mais uma
possibilidade de entrevista, de conhecimento do território onde os
sujeitos vivem, das possibilidades ou impossibilidades de acesso a
bens e serviços que efetivem direitos sociais, de outros espaços
relacionais.” (FÁVERO, 2009, p. 629)
 A Visita Institucional tem por objetivo subsidiar o profissional a
respeito das atividades realizadas por determinada instituição com
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vistas a realizar encaminhamentos qualificados e para a busca de


maior integração entre os profissionais dos equipamentos.
 Sobre o caráter sócio-educativo da profissão Cardoso e Maciel
(2000, p. 142) afirmam que o Serviço Social se institucionaliza e se
desenvolve com caráter sócio-educativo, inscrito no campo político-
ideológico. Utilizando-se das ideias do teórico italiano Antônio
Gramsci, Abreu (2002) nos diz que as atividades que os assistentes
sociais desenvolvem possuem uma função pedagógica, em
decorrência do vínculo que a profissão estabelece com as classes
sociais.
 Para Mioto (2009), discutir orientação e acompanhamento de
grupos, famílias e indivíduos significa discutir o caráter educativo da
atuação profissional.
 Para Mioto (2009, p. 499), “a orientação e o acompanhamento
como ações de natureza socioeducativa, [...] interferem
diretamente na vida dos indivíduos, dos grupos e das famílias”.
 Segundo Mioto (2009), as ações socioeducativas podem ser
estruturadas em dois pilares: a socialização de informações e o
processo reflexivo na relação usuário e profissional.
 A “socialização de informações é um componente fundamental para
a viabilização de direitos, pois se apresenta como uma ação de
fortalecimento do usuário para acessar direitos e para mudar a sua
realidade”. (MIOTO, 2009, p. 502)
 O Processo Reflexivo – constitui-se como característico das ações
socioeducativas, desenvolvendo-se durante o processo de
estabelecimento de vínculos entre o assistente social e o usuário,
onde juntos buscam respostas às demandas que chegam as
instituições. Importante frisar que estas demandas expressam as
desigualdades sociais, os processos de exploração, aviltamento dos
sujeitos. (Mioto, 2009)
 As abordagens individual e coletiva são as mais utilizadas no
contexto das ações educativas.
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 Segundo Mioto (2009, p. 507), “a formação de grupos é altamente


recomendável porque permite, por meio da reunião de diferentes
sujeitos, a realização do processo educativo de forma coletiva”.

 A mobilização social é expressão das práticas educativas


desenvolvidas pelos profissionais de Serviço Social em diferentes
espaços sócio-ocupacionais, consubstanciam-se em processos de
participação social, formulados e implementados de formas
diferenciadas pelas classes sociais fundamentais – burguesia e
proletariado – na luta pela hegemonia na sociedade. A mobilização
é, portanto, elementos constitutivo e condição indispensável no
trabalho do assistente social. Entretanto, não é exclusivo desse
profissional.

 O Estudo Social constitui-se como instrumental presente no


cotidiano da intervenção profissional do assistente social ao longo
do processo histórico, especialmente para os profissionais que
atuam na área sociojurídica. Porém, o que se verifica nos últimos
anos é um questionamento acerca da forma como se constrói o
Estudo Social, seus objetivos, referencial teórico e a relação com o
Projeto Ético-Político do Serviço Social – PEPSS.
 Importante que você saiba que a escolha dos instrumentais técnico-
operativos para a elaboração de seu Estudo Social é de sua total
prerrogativa. Portanto, cabe ao assistente social decidir se realizará
Entrevista, Visita Domiciliar/Institucional, dentre outros.
 Para Fávero (2009) a diferença entre o Estudo Social e a Perícia
Social decorre do local de atuação do Assistente Social.
 O Estudo Social constitui-se como Perícia Social, quando aquele é
solicitado no âmbito do Poder Judiciário, lócus onde o assistente
social atua como perito do Juiz.
 Perícia Social – é um Estudo Social realizado com a finalidade de
instruir um processo judicial com conhecimentos da área de Serviço
Social. Para a elaboração da Perícia, o assistente social é nomeado

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para realizar um estudo e emitir um Parecer. (FÁVERO, 2009, p.


625)
 O Relatório Social trata-se da descrição do trabalho realizado pelo
assistente social e das informações obtidas por meio de Entrevistas,
Contatos Telefônicos, Visitas domiciliares, Visitas institucionais.
 Fávero (2007, p.44), nos ensina que o Relatório Social é o
documento que deve ser elaborado pelo assistente social e se
“traduz na expressão descritiva e interpretativa de uma situação ou
expressão da questão social, enquanto objeto da intervenção desse
profissional, no seu cotidiano laborativo”.
 Para Fávero (2007), o Laudo é bastante utilizado no meio judiciário
como mais um elemento que, ao ser incluído em um processo
judicial, passa a ser considerado como prova para os autos do
processo.
 O Laudo Social tem o papel de auxiliar o Juiz na formulação de juízo
sobre determinada situação analisada. Esse juízo, é a decisão do
Juiz perante uma situação singular, como, por exemplo a
destituição de um poder familiar.
 Importante frisar que o Assistente Social não é o responsável por
tomar a decisão indicando se deve ou não ser retirado o poder
familiar, mas sim apresentar elementos sobre a realidade analisada
visando subsidiar o Juiz para a tomada da decisão.
 Podemos compreender o Parecer Social como a conclusão de um
determinado trabalho, e nesse caso, como a finalização de um
Estudo Social, onde possivelmente o profissional tenha utilizado os
instrumentais de Entrevista, Visita Domiciliar, Visita
Institucional, Observação, dentre outros.
 O Parecer Social não é só resultado da Perícia Social, ele decorre da
realização de um Estudo Social.
 O Projeto de Trabalho busca identificar o terreno sobre o qual o
assistente social vai trabalhar, e reconhecer de que forma essa
intervenção responderá às necessidades sociais que, transformadas
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em demandas, serão privilegiadas nos processos de trabalho nos


quais o Serviço Social é requerido.
Três pontos importantes na formulação de projetos de trabalho:
1) Elementos contitutivos do projeto de trabalho
2) A explicitação do projeto de trabalho: elemento
fundamental na relação profissional
3) Os instrumentos jurídicos formais e seu papel na formulação do
projeto profissional
 O trabalho multiprofissional pressupõe a composição de equipes
com diferentes modalidades profissionais. Isso não significa que
necessariamente haverá interações ou interseções entre seus
núcleos de conhecimento. Suas ações ou intervenções podem
ocorrer de maneira isolada.
 A proposta da interdisciplinaridade é superar as limitações do
conceito de multiprofissionalidade. Neste sentido, o trabalho
interdisciplinar [...] é algo diferente, que reúne estudos
complementares de diversos especialistas em um contexto de
estudo de âmbito mais coletivo. A interdisciplinaridade implica
numa vontade e compromisso de elaborar um contexto mais geral,
na qual, cada uma das disciplinas em contato são por sua vez
modificadas e passam a depender claramente umas das outras.
Aqui se estabelece uma interação entre duas ou mais disciplinas, o
que resultará em intercomunicação e enriquecimento recíproco e,
consequentemente, em uma transformação de suas metodologias
de pesquisa, em uma modificação de conceitos, de terminologias
fundamentais etc. Entre as diferentes matérias ocorrem
intercâmbios mútuos e recíprocas interações; existe um equilíbrio
de forças nas relações estabelecidas (Jantsch apud Santomé, 1996,
p 73).

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 Resolução CFESS nº 557/2009

RESOLUÇÃO CFESS nº 557/2009

Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas conjuntos entre o


assistente social e outros profissionais.

Art. 4°. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a


especificidade de sua área de atuação.

Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o


objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe
multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente,
delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social
e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica.

Parágrafo segundo - O assistente social deverá emitir sua opinião técnica somente
sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição legal, para qual está habilitado
e autorizado a exercer, assinando e identificando seu número de inscrição no Conselho
Regional de Serviço Social.

Caro alun@! Vamos agora treinar o seu conhecimento. Primeiro


apresentamos as questões comentadas, e depois um mini-simulado para
você avaliar o que aprendeu, e em que temas precisa aprofundar seus
estudos. Lembrando que qualquer dúvida, estamos à disposição no
fórum.

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4. QUESTÕES COMENTADAS

1) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


No que se refere à elaboração de propostas de intervenção na área social
e ao trabalho com famílias, julgue o item seguinte.

O projeto de trabalho materializa o compromisso assumido pelo


profissional de serviço social junto à instituição e à população usuária
desse serviço, assim como lhe confere substância política, contribuindo
para consolidar uma identidade profissional capaz de responder pela
tarefa de planejar, assessorar e propor intervenções na realidade social.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários: Car@ alun@! Esse foi o último item trabalhado nesta aula.
Assim, ainda deve estar fresquinho na sua cabeça. Veja, está questão
está correta. A Professora Berenice Rojas Couto afirma que o Projeto de
Trabalho busca identificar o terreno sobre o qual o assistente social vai
trabalhar, e reconhecer de que forma essa intervenção responderá às
necessidades sociais que, transformadas em demandas, serão
privilegiadas nos processos de trabalho nos quais o Serviço Social é
requerido. Ele

[...] deve condensar as possibilidades e os limites colocados


ao profissional para executar suas tarefas e deve iluminar
sua constante avaliação da eficácia de seus instrumentos,
técnicas e conhecimentos para atingir as metas propostas,
que devem estar articuladas aos elementos presentes no
espaço sócio-ocupacional, como também referendarem os
compromissos profissionais. (COUTO, 2009, p.04).

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Neste sentido, estabelece 3 pontos importantes na discussão sobre


Projeto de Trabalho do Assistente Social, a saber: 1) Os elementos
constitutivos do projeto de trabalho; 2) A explicitação do projeto de
trabalho: elemento fundamental na relação profissional; e 3) Os
instrumentos jurídicos formais e seu papel na formulação do projeto
profissional. Vamos relembrar com detalhes o primeiro ponto, pois nele
está a resposta à questão.

1) Os elementos constitutivos do projeto de trabalho

- A identificação institucional é fundamental para o projeto


de trabalho;
- O reconhecimeno dos usuários do serviço;
- Também é necessário reconhecer as demais intervenções
profissionais que compartilham e/ou disputam o espaço com o Serviço
Social, buscando compreender a totalidade da proposta de trabalho que
se estabelece nesse espaço.

- É preciso identificar esse espaço dentro da realidade


social onde o trabalho se inscreve;
- Um elemento fundamental e essencial a todo projeto diz respeito
à filiação teórica com a qual é construído o projeto de trabalho..

Gabarito: Certo

2) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.


A respeito de estudo social, laudo social e parecer social, julgue
o item que se segue.

O estudo social é um instrumento empregado pelo assistente social para


conhecer e interpretar a situação que motiva sua intervenção profissional,
que pode se utilizar, ainda, de dados obtidos em visita domiciliar.

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( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: Conforme trabalhamos ao longo da aula, o estudo social é


um instrumento de competência do assistente social, cuja finalidade é
“[...] conhecer e interpretar a realidade social na qual está inserido o
objeto da ação profissional, ou seja, a expressão da questão social ou o
acontecimento ou situação que dá motivo à intervenção” (FÁVERO, 2009,
p. 625). Desse modo, comparando esta definição de Fávero com o
conteúdo da questão, observamos tratar-se de afirmativa correta.
Lembre-se que no estudo social podem ser utilizados outros
instrumentos, tais como a visita domiciliar e entrevistas.

Gabarito: Certo

3) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.


A respeito de estudo social, laudo social e parecer social, julgue
o item que se segue.

Apesar de o laudo social ser um documento elaborado de modo


detalhado, consistente e fundamentado, ele não pode ser usado como um
meio de prova.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: Car@ alun@, esta afirmação está errada, pois, o laudo


social é um documento resultante de perícia social, a qual “[...] é
produzida por profissional detentor de conhecimentos especializados de
uma determinada área do saber, os quais possibilitam elementos de
informação e de explicação da situação, de maneira a subsidiar o
magistrado na tomada de decisão e/ou no proferimento de uma sentença”
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(FÁVERO, 2009, p. 611); logo, ao ser incluído em um processo judicial, o


laudo passa a ser considerado como um meio de prova.

Gabarito: Errado

4) TJ/AC – Analista Judiciário - Assistência Social – 2012 – CESPE.


Em referência a estudo social, perícia social e emissão de laudos e
pareceres, julgue os próximos itens.
O parecer social é constituído por relatório detalhado elaborado pelo
assistente social, cuja emissão dependerá de determinação judicial.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: Alun@, o parecer social consiste em uma conclusão do


estudo efetuado, na qual o assistente social emite uma opinião acerca das
informações coletadas, portanto, não é um relatório detalhado. Em
relação à emissão do parecer estar associada a uma determinação
judicial, isso depende de cada espaço de trabalho; por exemplo, no
contexto dos Tribunais de Justiça a realização e emissão de estudo e
parecer social depende da solicitação de um juiz. Já na Defensoria não
depende de determinação judicial, mas sim de um requerimento
administrativo do Defensor Público.

Gabarito: Errado

5) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Acerca das diferentes práticas exercidas pelo assistente social, julgue o
próximo item.
Ao assistente social que atue em equipe multiprofissional é facultado
assinar pareceres em conjunto com membros de outras categorias
profissionais.
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( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários: Para responder essa questão nos embasamos no


conteudo da Resolução CFESS Nº 557/2009 de 15 de setembro de 2009,
em seu artigo 4º, que estabelece:
“Art. 4°. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social
deverá garantir a especificidade de sua área de atuação.
Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente
social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria
profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve destacar a sua área de
conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu
objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que
devem estar contemplados na opinião técnica.
Parágrafo segundo - O assistente social deverá emitir sua opinião técnica
somente sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição legal,
para qual está habilitado e autorizado a exercer, assinando e identificando
seu número de inscrição no Conselho Regional de Serviço Social.
Parágrafo terceiro - No atendimento multiprofissional a avaliação e
discussão da situação poderá ser multiprofissional, respeitando a
conclusão manifestada por escrito pelo assistente social, que tem
seu âmbito de intervenção nas suas atribuições privativas.
Portanto, o assistente social não pode assinar parecer conjunto, de acordo
com orientação do Conselho Federal.

Gabarito: ERRADO

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5. LISTA DE QUESTÕES

1) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.

No que se refere à elaboração de propostas de intervenção na área social


e ao trabalho com famílias, julgue o item seguinte.

A identificação institucional insere-se entre os elementos constitutivos do


projeto de trabalho. Assim, as respostas aos questionamentos
relacionados ao tipo de instituição, à finalidade e ao modo como se
estabelecem as relações de poder fornecem ao assistente social a
identificação mínima necessária para construir uma proposta exequível.

( ) CERTO
( ) ERRADO

2) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Julgue o item seguinte , relativo ao trabalho em equipe como estratégia
para promover mudanças nos processos de trabalho.

A submissão às normas é secundária no trabalho em equipe, de modo a


impedir interferência na autonomia de seus integrantes.

( ) CERTO
( ) ERRADO
3) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.

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Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao projeto ético-


político da categoria, julgue o item .

Na perícia social, o profissional pode valer-se de instrumentos e técnicas


de interação direta e indireta.

( ) CERTO
( ) ERRADO

4) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao projeto ético-
político da categoria, julgue o item .

O parecer social deve prestar esclarecimentos e análises a fim de


subsidiar tomadas de decisões.

( ) CERTO
( ) ERRADO

5) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao projeto ético-
político da categoria, julgue o item .

O laudo social é resultante do processo de perícia social e deve conter o


registro das informações mais relevantes do estudo realizado e o parecer
social.

( ) CERTO
( ) ERRADO

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6) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Com relação às competências e atribuições privativas do assistente social,
julgue o item a seguir.

No âmbito da política de assistência social, a elaboração de laudos, o


estudo social e o parecer técnico individual ou familiar são instrumentos
técnico-operativos importantes na viabilização do acesso dos cidadãos aos
serviços socioassistenciais.

( ) CERTO
( ) ERRADO

7) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Com relação às competências do assistente social, julgue o item que se
segue.

A apropriação de novos espaços profissionais implica a consolidação do


saber profissional expresso pelo uso de instrumentos técnico-operativos,
tais como pareceres e laudos que, elaborados em conjunto, devem advir
do consenso entre os participantes da equipe, dispensando-se
posicionamento específico vinculado à sua atribuição.

( ) CERTO
( ) ERRADO

8) TJ/SE – Analista Judiciário -Serviço Social – 2014 – CESPE.


Com relação às disposições da legislação que regulamenta a profissão de
serviço social (Lei n.º 8.662/1993), e do código de Ética dos Assistentes
Sociais, de 1986, julgue o item seguinte.
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Apesar de o sigilo profissional constituir um direito do usuário a ser


defendido pelo assistente social, tal prerrogativa poderá ser dispensada
em caso de atuação em equipe multiprofissional, haja vista que todas as
informações relativas ao usuário devem ser transmitidas à equipe.
( ) CERTO
( ) ERRADO

9) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.

Com relação à dimensão técnico-operativa do serviço social, julgue


o item a seguir.

A realização de entrevistas familiares e de visitas domiciliares permite ao


assistente social conhecer a estrutura de relações das famílias e entender
sua organização e o modo como dispõem de seus próprios recursos e dos
advindos das redes sociais primária e secundária.

( ) CERTO
( ) ERRADO

10) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.


Com relação à dimensão técnico-operativa do serviço social, julgue
o item a seguir.

As ações socioeducativas fundamentam-se em dois pilares, socialização


das informações e o processo reflexivo, consistindo de ações planejadas e
conectadas ao conjunto de outras ações desenvolvidas no âmbito dos
processos socioassistenciais, político-organizativos e de planejamento e
gestão.

( ) CERTO
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( ) ERRADO

11) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.


Com relação à dimensão técnico-operativa do serviço social, julgue
o item a seguir.

O instrumental, o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que


permite a operacionalização da ação profissional, abrange o campo das
técnicas, dos conhecimentos e das habilidades.

( ) CERTO
( ) ERRADO

12) MPU– Analista -Serviço Social – 2013– CESPE.


A respeito da atuação profissional do assistente social, julgue o
item subsequente.

A emissão de pareceres conjuntos entre o assistente social e outros


profissionais é permitida apenas quando a situação for discutida pela
equipe multidisciplinar e encaminhada a outras instituições para
continuidade do atendimento.

( ) CERTO
( ) ERRADO

13) TJ/AC – Analista Judiciário - Assistência Social – 2012 –


CESPE.
Julgue os itens seguintes, a respeito do instrumental técnico-operativo do
serviço social.
A configuração do instrumental técnico-operativo acompanha as
transformações históricas do serviço social e compõe-se de tratamentos
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diferenciados conferidos pelos diversos projetos profissionais.

( ) CERTO
( ) ERRADO

14) TJ/AC – Analista Judiciário - Assistência Social – 2012 –


CESPE.
Em referência a estudo social, perícia social e emissão de laudos e
pareceres, julgue os próximos itens.
A efetivação de um estudo social requer clareza quanto à finalidade
pretendida, conhecimento do tema e escolha dos recursos para a
operacionalização do trabalho profissional, como entrevista, visita familiar,
observação e estudos bibliográficos.

( ) CERTO
( ) ERRADO

15) TJ/AC – Analista Judiciário - Assistência Social – 2012 –


CESPE.
Em referência a estudo social, perícia social e emissão de laudos e
pareceres, julgue os próximos itens.

O laudo social expressa a elaboração conclusiva do estudo social, com a


apresentação concisa e clara dos resultados.

( ) CERTO
( ) ERRADO

16) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Com referência aos processos de planejamento e de intervenção
profissional do assistente social e a instrumentos e técnicas de pesquisa
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nessa área profissional, julgue o item subsequente.


Em sua prática, o assistente social deve materializar o trabalho a ser
desenvolvido por meio da elaboração de um projeto pautado em
instrumentos jurídico-legais fundamentais no qual sejam identificados os
objetivos da intervenção profissional e o modo como essa intervenção
atenderá às demandas sociais.

( ) CERTO
( ) ERRADO

17) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Julgue o item subsecutivo, a respeito da dimensão técnico-operativa do
serviço social.
Em processos judiciais, instruções sociais na área de serviço social
limitam-se à dimensão técnico-operativa da profissão.

( ) CERTO
( ) ERRADO

18) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Julgue o item subsecutivo, a respeito da dimensão técnico-operativa do
serviço social.
A teorização crítico-dialética no serviço social desencadeou um processo
de radicalização no debate da categoria profissional e suprimiu a
possibilidade de se efetivar o instrumental técnico-operativo próprio do
serviço social.

( ) CERTO
( ) ERRADO

19) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Julgue o item subsecutivo, a respeito da dimensão técnico-operativa do
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serviço social.

As ações do assistente social incluem o desenvolvimento de processos de


participação social a partir da elaboração e implementação de práticas
educativas exercitadas em diferentes espaços sócio-ocupacionais.
Entretanto, o exercício dessas práticas cabe tanto ao assistente social
quanto a outras categorias profissionais.

( ) CERTO
( ) ERRADO

20) DEPEN -Serviço Social – 2015 – CESPE.


Julgue o item subsecutivo, a respeito da dimensão técnico-operativa do
serviço social.

No âmbito do serviço social, as ações de mobilização e organização social


incluem-se no corpo teórico-prático da profissão como elementos
constitutivos e traduzem formas de assimilação/recriação dessas ações na
prática profissional.

( ) CERTO
( ) ERRADO

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6. GABARITO

Questão Resposta Questão Resposta


1. CERTO 11. CERTO
2. ERRADO 12. ERRADO
3. CERTO 13. CERTO
4. CERTO 14. CERTO
5. CERTO 15. CERTO
6. CERTO 16. CERTO
7. ERRADO 17. ERRADO
8. ERRADO 18. ERRADO
9. CERTO 19. CERTO
10. CERTO 20. CERTO

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