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Aula 07

Serviço Social p/ INSS - Analista do Seguro Social - Serviço Social - 2016

Professor: Ana Paula de Oliveira

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AULA 07: Políticas sociais setoriais: Política de Educação e Trabalho e


Emprego no Brasil. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 - cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei Maria da
Penha).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 01
2. Política de Educação e trabalho e emprego no Brasil 02
2.1 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – Lei n. 9394/1996 e 13
atualizações
2.2 - Política de Trabalho e Emprego no Brasil 17
3. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (cria mecanismos para coibir a 27
violência doméstica e familiar contra a mulher).
4. Resumo d@ Concurseir@ 37
5. Questões Comentadas 41
6. Lista de Questões 45
7. Gabarito 48
8. Indicação de Conteúdo Complementar 48

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1. INTRODUÇÃO

Olá querid@ alun@, pront@ para mais uma aula? Como consta no nosso cronograma,
no encontro de hoje trataremos da Política de Educação, Trabalho e Emprego, bem como da
Lei 11.340/2006 - a Lei Maria da Penha.
Embora não sejam temas diretamente tratados pela Previdência Social, é essencial que
você, enquanto futur@ assistente social do INSS, tenha clareza e domínio dessas legislações
e programas, tendo em vista que a orientação acerca de recursos e de direitos sociais é uma de
nossas competências profissionais. Lembre-se ainda que todas as políticas sociais devem ser
apreendidas e trabalhadas de modo intersetorial, assim, é um dever profissional compreendê-
las em sua totalidade.

Bom, não percamos mais tempo, aos estudos!!!!

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2. POLÍTICA DE EDUCAÇÃO, TRABALHO E EMPREGO NO BRASIL

2.1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – Lei n. 9394/1996 e atualizações

Iniciaremos este tópico tratando sobre a lei que estabelece as diretrizes gerais para a
área da Educação no Brasil, a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação. Todos os programas e ações, sejam em âmbito estadual, municipal e/ou
distrital, devem levar em consideração o exposto na LDB.
A LDB foi sancionada no ano de 1996 pelo então presidente da República Fernando
Henrique Cardoso e objetiva estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional.

A LDB considera como Educação – “os processos formativos que se desenvolvem


na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais”. (Art. 1º)
Portanto, o conceito de Educação que a legislação apresenta é muito mais abrangente
que apenas a inserção educacional formal em uma instituição regular de ensino, na medida
em que considera todos os demais espaços da vida social, nos quais o sujeito passa por
processos formativos. Todavia, o objetivo desta Lei é “disciplinar a educação escolar, que
se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias”.

Princípios e Fins da Educação Nacional: Art. 2º “A educação, dever da família e do


Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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PRINCÍPIOS DO ENSINO

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Art. 3)

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DEVER DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO PÚBLICA:

I – Educação básica obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de


idade:

a) pré-escola;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio;

II – Educação infantil gratuita às crianças de até 05 (cinco) ano de idade;

III – Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a
todos os níveis, etapas e modalidades, principalmente na rede regular de ensino;

IV– Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os
concluíram na idade própria;

V- Acesso aos níveis elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a


capacidade de cada um;

VI – Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII – Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que
forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

VIII– atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de


programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;

IX – Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade


mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem;

X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima


de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 04 (quatro) anos de
idade.

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Além disso, conforme ressalta o artigo 5º da LDB: “O acesso à educação básica


obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos,
associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente
constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo”.

Conforme o artigo 6º da LDB “É dever dos pais ou responsáveis efetuar a


matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade”. No
Brasil não é autorizado legalmente o ensino domiciliar, como ocorre em outros países, por
exemplo. Portanto, é obrigação dos pais a matrícula dos filhos.

Cabe sinalizar ainda que

O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:


I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do
respectivo sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder
Público;
III - capacidade de autofinanciamento (Art. 7º).

Quanto à ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL:

Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime


de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.

§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os


diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em
relação às demais instâncias educacionais.

§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei.

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COMPETÊNCIAS DE CADA ENTE FEDERATIVO

UNIÃO

I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios;

II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal


de ensino e o dos Territórios;

III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;

IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,


competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar
formação básica comum;

V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;

VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino


fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando
a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;

VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;

VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior,


com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de
ensino;

IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os


cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de
ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com


funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.

§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os
dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais.

§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao


Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior.

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ESTADOS

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas


de ensino;

II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino


fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros
disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;

III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as


diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as
dos seus Municípios;

IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os


cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de
ensino;

V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a


todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada
pela Lei nº 12.061, de 2009)

VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº
10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos


Estados e aos Municípios.

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MUNICÍPIOS

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de


ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;

II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;

V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino


fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem
atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima
dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento do ensino.

VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº
10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema


estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.

A EDUCAÇÃO ESCOLAR COMPÕE-SE DE:

I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino


fundamental e ensino médio;
II - educação superior. (Art. 21º)

EDUCAÇÃO BÁSICA - Art. 22º A educação básica tem por finalidades


desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.”

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Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de
acordo com as seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo
reservado aos exames finais, quando houver;
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino
fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola,
que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema
de ensino;

“Art. 26º - Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio


devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em
cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.”

Ressalta-se que o currículo escolar deve abranger obrigatoriamente, como exposto na


LDB, “o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico
e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil”, além disso, “o ensino
da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular

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obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o


desenvolvimento cultural dos alunos.”

Quanto ao ensino de Educação Física, a LDB sinaliza que esta disciplina deve ser
integrada à proposta pedagógica da escola, enquanto componente curricular obrigatório da
educação básica, todavia, sua prática pode ser facultativa ao aluno, que apresente as seguintes
condições:

 que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;


 maior de trinta anos de idade;
 que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar,
estiver obrigado à prática da educação física;
 que tenha prole.

No tocante ao ensino de História, a LDB sinaliza que deverá ser considerada as


contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígena, africana e europeia. Cabe sinalizar que o conteúdo
programático acerca da história e cultura afro-brasileira e indígena

[...] incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a


formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais
como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos
povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o
índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições
nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Art.
26 – A)

Segundo a LDB, estes conteúdos deverão ser ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

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O ensino de uma Língua Estrangeira Moderna deverá ocorrer na parte diversificada


do currículo, sendo incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, cuja escolha ficará a
cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. Quanto à Música, esta
deverá ser de conteúdo obrigatório, porém não exclusivo, do componente curricular.

Ainda no artigo 26, a LDB sinaliza que “os currículos do ensino fundamental e
médio devem incluir os princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de
forma integrada aos conteúdos obrigatórios”. Ressalta-se ainda que os conteúdos
relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a
criança e o adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos
escolares.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Considerada “primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o


desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. (Art. 29º)

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;


II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.

ENSINO FUNDAMENTAL

Obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-


se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão.
(Art. 32º)

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ENSINO MÉDIO - É a etapa final da Educação Básica e possui duração de três


anos.

FINALIDADES (art. 35):

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino


fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar


aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação


ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos


produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO

“A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação


profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino
médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação
profissional.” (art. 36º)

Conforme a LDB, a “educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida


nas seguintes formas:

I - articulada com o ensino médio;


II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído
o ensino médio” (art. 36-B)

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Segundo a LDB, é destinada aqueles sujeitos que não tiveram acesso ou condições
de continuar os estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Conforme o artigo 39 da LDB, a educação profissional e tecnológica, integra-se aos


diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da
tecnologia. Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados
por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos.
A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos:

 Formação inicial e continuada ou qualificação profissional;


 Educação profissional técnica de nível médio;
 Educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. (art. 39)

EDUCAÇÃO SUPERIOR

FINALIDADE (art. 43):

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento


reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em


setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e
colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da


ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o
entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem


patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de
outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a


correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais


e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação
de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das


conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica
geradas na instituição.

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VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a


formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.

Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:

I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a


candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde
que tenham concluído o ensino médio ou equivalente;

II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou


equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de


especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de
graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada


caso pelas instituições de ensino.

Quanto às Universidades, segundo a LDB, “são instituições pluridisciplinares de


formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de
domínio e cultivo do saber humano” (art. 52).

As universidades se caracterizam por:

I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e


problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional
e nacional;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou
doutorado;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

Ademais, em parágrafo único, a LDB sinaliza que é “facultada a criação de


universidades especializadas por campo do saber”.

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Conforme o art. 54 da LDB “As universidades mantidas pelo Poder Público


gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de
sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus
planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal”.

EDUCAÇÃO ESPECIAL - Art. 58. [...] modalidade de educação escolar oferecida


preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para


atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para
a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para


atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em


sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,
intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis


para o respectivo nível do ensino regular.

Por fim, a LDB traz que os recursos financeiros para a Educação serão originários de
algumas fontes, a saber:

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 receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios;
 receita de transferências constitucionais e outras transferências;
 receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
 receita de incentivos fiscais;
 outros recursos previstos em lei.

2.2 Política de Trabalho e Emprego no Brasil

Car@ Alun@, para tratar das Políticas Públicas de Trabalho e Emprego no Brasil,
primeiramente vou realizar uma breve retomada histórica acerca da constituição destas
políticas em nosso país. Utilizaremos como principal referência o material produzido pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – “Políticas Públicas de Emprego,
Trabalho e Renda no Brasil” – publicado no ano de 2006.

Conforme o documento do IPEA (2006, p. 398),

As primeiras políticas de proteção ao trabalhador só começaram a ser


implantadas no Brasil na década de 1960. Nessa época, o crescimento
populacional, a migração rural e o crescimento dos grandes centros
urbanos provocaram uma expansão significativa da mão-de-obra
disponível nas cidades.

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Esta situação, aliada às altas taxas de crescimento econômico mundial do período e


com incidências no Brasil, possibilitaram a incorporação de parcelas expressivas da
População Economicamente Ativa (PEA) que se expressou no país com aumento
considerável do acesso ao mercado formal de trabalho, sobretudo no setor industrial e nas
instituições estatais.

Desse modo,

Em um período em que a economia mundial vivia um surto de


crescimento econômico sem precedentes, acreditava-se no Brasil que a
melhoria das condições de vida da população seria consequência direta
do crescimento econômico. O desemprego existente era entendido como
uma imperfeição decorrente do baixo nível de desenvolvimento
econômico que marcava o país. O predomínio dessa concepção parece
explicar a quase ausência no Brasil de programas públicos de emprego
e renda ainda no decorrer dos anos 1960 e 1970. (IPEA, 2006, p. 398)

Se você acessar o conteúdo da Constituição Federal de 1946 verá que esta já traz
em linhas gerais a assistência ao desempregado como um direito do trabalhador,
porém, efetivamente a primeira tentativa de criação de um seguro para o
trabalhador desempregado foi feita apenas em 1965, com a Lei 4.923/65, que criou
o Cadastro Permanente de Admissões e Dispensas de Empregados e instituiu um
plano de assistência ao desempregado. (IPEA, 2006)

Esse benefício datado de 1965 - “deveria ser custeado pelo Fundo de Assistência
ao Desempregado (FAD), com recursos provenientes da arrecadação de 1% da folha
salarial da empresa e de uma parcela das contribuições sindicais”. (IPEA, 2006, p. 398)

Para que o trabalhador pudesse ter acesso ao benefício era necessário que ele fosse
demitido sem justa causa ou então a empresa, onde estava trabalhando, ter fechado total ou
parcialmente. (IPEA)

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No ano de 1966 foi criado Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e os


recursos do Fundo de Assistência ao Desempregado, citado anteriormente, foram
drenados para esse novo fundo.

FGTS – quando foi criado (1966) “tinha por objetivo flexibilizar o processo
de demissão dos trabalhadores, já que a legislação da época impunha pesadas
indenizações para os empregadores que demitissem sem justa causa” (IPEA, 2006,
p. 399).

Segundo Ferrante (1978), o FGTS permitiu que o trabalhador, naquele período,


tivesse condições de receber indenização paga pela empresa na proporção do tempo de
serviço, ou seja, quanto maior era o tempo de serviço em determinada empresa, maior era o
valor indenizatório pago pela empresa ao trabalhador. Ademais, o trabalhador que trabalhasse
mais de dez anos na mesma empresa teria assegurada a sua estabilidade no emprego.

No ano de 1970 foram criados o Programa de Integração Social (PIS) e o


Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

OBJETIVOS DO PIS E PASEP – “formação de patrimônio para o trabalhador e


estímulo à poupança interna, sendo o PIS dirigido aos trabalhadores da iniciativa privada e o
Pasep aos servidores públicos nos três níveis de governo”.

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Alun@, não se esqueça que esses benefícios foram instituídos durante a Ditadura
Militar, portanto, os grupos organizados de trabalhadores e a maior parte da população
e não puderam participar das propostas para sua elaboração e implantação. Na história
do nosso país, não devemos esquecer que o dinheiro que esteve guardado nesses fundos
foi, muitas vezes, utilizado (de certa forma, desviado) pelos governantes para utilização
em outras áreas, sem o aval dos trabalhadores, assim como com os recursos da Política
de Previdência Social.

No ano de 1986 foi instituído o Seguro Desemprego (Decreto-Lei 2.284/ 86) como
parte do Plano Cruzado.

A finalidade era prover assistência financeira temporária ao


trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa ou
paralisação total ou parcial das empresas. A regulamentação do seguro
previa [...] a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho e a
requalificação do desempregado que estivesse recebendo o benefício.
(IPEA, 2006, p. 401)

Apesar da instituição do Seguro Desemprego, pode-se considerar que, à época da


Assembleia Nacional Constituinte (1986-1988) no Brasil, ainda não havia um sistema público
de emprego consolidado.

Conforme o documento do IPEA (2006),

A ausência de uma fonte estável para o financiamento das políticas de


emprego limitou muito o seu alcance até o início da década de 1990. A
definição das fontes financiadoras do seguro-desemprego e demais
políticas de emprego se consolidaria apenas na Constituição de 1988,
quando, nas Disposições Constitucionais Gerais, o artigo 239
possibilitou dar um formato mais acabado às iniciativas existentes,
estabelecendo o PIS e o Pasep como lastro para as políticas da área e

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criando as bases para a organização do SPETR (Sistema Público de


Emprego, Trabalho e Renda) tal como existe hoje. (IPEA, 2006, p. 402)

Ainda enquanto políticas direcionadas aos trabalhadores, tivemos no ano de 1990 a


instituição da Lei 7.998/90 que estendeu as atribuições do programa do Seguro Desemprego.
Com a extensão, o Seguro Desemprego passou a “prover a assistência financeira
temporária ao desempregado e auxiliá-lo na busca de um novo emprego, podendo, para
isso, promover a sua reciclagem profissional” (IPEA, 2006, p. 403). Ou seja, “pela
primeira vez adotava-se uma concepção de seguro-desemprego que ia além do auxílio
financeiro, incorporando também os serviços de intermediação de mão-de-obra e de
qualificação profissional”. (IPEA, 2006, p. 403).

Mas como está


organizado o Seguro-
Desemprego hoje e em
quais situações o
trabalhador pode
acessá-lo?

Segundo o Portal da Caixa Econômica Federal, o Seguro Desemprego é uma


“assistência financeira temporária para o trabalhador desempregado”. Consiste em um
“benefício que oferece auxílio em dinheiro por um período determinado”. O Seguro
Desemprego é pago de três a cinco parcelas de forma contínua ou alternada.

Quem são os trabalhadores que possuem direito a requerer o Seguro Desemprego??

 Trabalhador formal e doméstico, em virtude da dispensa sem justa causa,


inclusive dispensa indireta;
 Trabalhador formal com contrato de trabalho suspenso em virtude de
participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador;
 Pescador profissional durante o período do defeso;
 Trabalhador resgatado da condição semelhante à de escravo.

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Para definição do valor das parcelas do Seguro Desemprego é realizado o cálculo


da média dos salários dos últimos 3 meses anteriores à dispensa. Quanto ao Pescador
Artesanal, Empregado Doméstico e Trabalhador Resgatado, o valor é de 1 salário
mínimo, que desde o dia 01 de janeiro de 2016 está em R$ 880,00.

Cabe ressaltar ainda que o seguro-desemprego “é um benefício pessoal e só pode ser


pago diretamente ao beneficiário, com exceção para as seguintes situações”:

Morte do segurado, quando serão pagas aos sucessores parcelas


vencidas até a data do óbito;
Grave moléstia do segurado, quando serão pagas parcelas vencidas ao
seu curador legalmente designado ou representante legal;
Moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando serão
pagas parcelas vencidas ao procurador;
Ausência civil, quando serão pagas parcelas vencidas ao curador
designado pelo juiz;
Beneficiário preso, quando as parcelas vencidas serão pagas por meio
de procuração.

Neste universo das políticas de Trabalho e Emprego é importante que você ainda
tenha conhecimento sobre o SINE, o programa Aprendizagem, bem como o PRONATEC.
Vamos lá!!!!

SINE – SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO

O Sistema Nacional de Emprego objetiva manter um banco de vagas para o incentivo


à qualificação profissional de trabalhadores que perderam seus empregos. Conforme

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informações do Portal do Governo, o “SINE foi instituído pelo Decreto n.º 76.403, de 8 de
outubro de 1975, por intermédio da Secretaria de Políticas de Emprego e Salário. Sua
criação fundamenta-se na Convenção n.º 88 da Organização Internacional do Trabalho
– OIT”.

Cabe ao SINE,

A conexão com o Programa do Seguro-Desemprego, que contempla as


ações de pagamento do benefício do seguro-desemprego, apoio
operacional ao pagamento deste benefício, Intermediação de Mão-de-
Obra, qualificação profissional, geração de informações sobre o
mercado de trabalho e apoio operacional ao Programa de Geração de
Emprego e Renda.

Ainda conforme o Portal do Governo, com a criação do Programa do Seguro-


Desemprego, o SINE ampliou seu rol de atuação, passando a contemplar a rede de
atendimento em que as ações desse Programa são executadas, geralmente de forma integrada,
excetuando-se a ação de pagamento do benefício do seguro-desemprego, operacionalizada
pela Caixa Econômica Federal - CEF.

APRENDIZAGEM

Conforme estabelecido pelo Decreto nº. 5.598/2005, a Aprendizagem “estabelece


que todas as empresas de médio e grande porte estão obrigadas a contratarem
adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos”. Esta contratação deve ocorrer em caráter especial
de trabalho, sendo por tempo determinando, não excedendo dois anos.
Segundo expresso no Portal do Governo,

Os jovens beneficiários por este Decreto devem ser contratados


pelas empresas como aprendizes de ofício, condição prevista na
Classificação Brasileira de Ocupações - CBO do Ministério do
Trabalho e Emprego, ao mesmo tempo em que são matriculados
em cursos de aprendizagem, em instituições qualificadoras
reconhecidas, responsáveis pela certificação.

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O Decreto ressalta que a “carga horária estabelecida no contrato deverá somar o


tempo necessário à vivência das práticas do trabalho na empresa e ao aprendizado de
conteúdos teóricos ministrados na instituição de aprendizagem”.

De acordo com a legislação vigente, a cota de aprendizes está fixada


entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento,
calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem
formação profissional, cabendo ao empregador, dentro dos limites
fixados, contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas
necessidades.

Além do Decreto, há um Cadastro Nacional de Aprendizagem, “que tem como


objetivo registrar as entidades de formação técnico-profissional e estimular o
encaminhamento ao emprego”.

As Instituições qualificadas a ministrar cursos de aprendizagem são:

1. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI);


2. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC);
3. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);
4. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT);
5. Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP);

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PRONATEC – PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E


EMPREGO

O PRONATEC foi criado no ano de 2011 objetivando expandir e interiorizar a


educação profissional e tecnológica. Segundo informações do Portal do Governo, o
Programa “já atingiu mais de 3.200 cidades e munícipios de todo o Brasil e o objetivo é
chegar a marca de oito milhões de alunos matriculados em cursos técnicos
profissionalizantes, em mais de 400 áreas de conhecimento”.

OBJETIVOS DO PRONATEC

 Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional


técnica de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação
profissional presencial e a distância;
 Construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação profissional e
tecnológica nas redes estaduais;
 Aumentar as oportunidades educacionais aos trabalhadores por meio de cursos de
formação inicial e continuada ou qualificação profissional;
 Aumentar a quantidade de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de educação
profissional e tecnológica;
 Melhorar a qualidade do ensino médio.

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O Pronatec se desenvolve sobre três formas:

1 - Oferta de ensino técnico para estudantes do Ensino Médio;


2 - Oferta de qualificação profissional para jovens e adultos que
buscam a oportunidade de melhorar sua formação;
3 - Oferta de cursos de capacitação para o público do programa
Brasil Sem Miséria.

Conforme ainda assinalado no Portal do Governo, o Pronatec também “busca


ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos
jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda”.
Os cursos são financiados pelo Governo Federal e “ofertados de forma gratuita por
instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e das redes
estaduais, distritais e municipais de educação profissional e tecnológica”. Os cursos ainda
podem ser ofertados pelas instituições do Sistema S (SENAI, SENAT, SENAC e SENAR),
bem como por instituições privadas, devidamente habilitadas pelo Ministério da Educação -
MEC, também passaram a ser ofertantes dos cursos do PRONATEC a partir do ano de 2013.

Car@ Alun@, para que você compreenda melhor a condição atual das políticas de
trabalho e renda no Brasil, indico acesso ao link abaixo, pois ele traz os programas oferecidos
em âmbito do governo federal destinados à formação do brasileiro para inserção, reinserção
e/ou qualificação no mercado de trabalho, a saber:

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/05/politicas-publicas-asseguram-mais-
trabalho-e-renda-aos-brasileiros

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3. LEI Nº 11.340/2006 – LEI MARIA DA PENHA

Car@ alun@, antes de tratarmos especificamente do disposto na Lei Maria da Penha,


é importante que você compreenda em qual contexto esta lei foi sancionada e porque possui
esta nomenclatura.
De acordo com a pesquisadora Wânia Pasinato (2015), a aprovação da Lei Maria da
Penha é resultado de um amplo processo de discussão, iniciado na década de 1990, “[...]
quando o movimento de mulheres alertava para a necessidade de leis e políticas
especializadas no enfrentamento da violência doméstica e familiar [...]”.

PRIMEIRAS FORMAS IDEALIZADAS DE ATENDIMENTO


ESPECIALIZADO PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA:

 Anos 1980

SOS-Mulher: grupos constituídos por organizações feministas que tinham o objetivo de


ajudar as mulheres a saírem da situação de violência, a partir da reflexão crítica sobre a
condição feminina; também tinham o intuito de oferecer atendimento psicológico e
orientação jurídica para que essas mulheres pudessem buscar ajuda institucional;

Delegacias da Mulher: primeira política pública especializada neste segmento.

 Anos 1990

Surgem as casas-abrigo; centros de referência especializados para o atendimento


de mulheres; serviços especializados na área da saúde e organismos de políticas
para mulheres nos executivos municipais – ações subordinadas às agendas político-
partidárias e aos programas de governo, portanto, não se configuravam como política de
Estado para enfrentar o problema da violência contra as mulheres.

 Anos 2000

Criação, em 2003, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) no Governo


Federal - ganha força a proposta de uma Política Nacional de Enfrentamento à
Violência Contra as Mulheres. (PASINATO, 2015)

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Pasinato (2015) ainda esclarece que a Secretaria de Políticas para Mulheres adotou,
como um de seus paradigmas, o conceito de transversalidade de gênero, o qual reconhece
as mulheres como sujeitos de direitos, “[...] exigindo que os governos adotem estratégias
para a formulação de políticas que levem em consideração as diferenças e desigualdades
que caracterizam as experiências de homens e mulheres na sociedade e refletem no
acesso aos direitos e no exercício da cidadania”.
Neste percurso, a pesquisadora afirma que “[...] de todas as ações que foram
desenvolvidas nas últimas décadas para a promoção dos direitos das mulheres, a aprovação
da Lei no11.340/2006 - Lei Maria da Penha - representa um marco no enfrentamento da
violência doméstica e familiar contra a mulher.

Por que Lei Maria da Penha?

A Lei nº 11.340/2006 é conhecida como Maria da Penha, visto ser uma


homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearense,
que por vinte anos sofreu violência doméstica, praticada pelo então marido.
O caso foi denunciado e investigado, mas, não houve manifestação da
justiça brasileira, tampouco justificava acerca da demora. Assim, neste
percurso de aproximados 15 anos de luta, Maria da Penha, com a ajuda de
organizações sociais, conseguiu enviar a sua história para a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou
uma denúncia de violência doméstica.
Além da condenação do agressor, que culminou em sua prisão no ano
de 2002, o processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e
omissão em relação à violência doméstica. Como punição foi recomendado ao
país a criação de legislação específica para este tipo de violência, o que
resultou na Lei Maria da Penha.

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Agora querid@ alun@,


vamos apresentar os
principais pontos da
Lei Maria da Penha!

Inicialmente observamos que os artigos 1º, 2º e 3º contemplam o Título I e


apresentam as Disposições Preliminares. Aqui você deve estar atento aos seguintes pontos: a
Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra
a mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal;
e dá outras providências.
Cabe destacarmos que essas disposições têm como referência a Constituição Federal
de 1988 (§8º do Art. 226), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência
contra a Mulher, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência
contra a Mulher, bem como outros tratados internacionais ratificados pela República
Federativa do Brasil.
Nestas disposições preliminares ainda consta que toda mulher goza dos direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana – direito à vida, à segurança, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer,
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária - sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem
violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
social.
Para tanto, o poder público deve desenvolver políticas que visem à garantia desses
direitos. Assim, para além da esfera pública, a família e a sociedade também são
responsáveis na criação de condições necessárias para o efetivo exercício desses direitos.

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O que é violência doméstica e familiar contra a mulher?

Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos


que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha


convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Essas relações pessoais independem de


orientação sexual!!!

Violência doméstica e familiar contra a


mulher é violação de direitos humanos

A Lei complementar nº 50/2015, que dispõe


sobre o contrato de trabalho doméstico,
entende que a violência doméstica ou familiar
contra mulheres também pode ser praticada
pelos empregadores.

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FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E


FAMILIAR CONTRA A MULHER (Art. 7º)

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar,
a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,


subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,


difamação ou injúria.

A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar é composta por


medidas integradas de prevenção, por ações assistenciais e pelo atendimento da
autoridade policial

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MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

Conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:

I- a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria


Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação,
trabalho e habitação;
Determinantes e condicionantes: a
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes,
com a perspectiva de gênero e de alimentação, a moradia,
raça ou etnia, o saneamento
concernentes às causas, às
consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a
básico, o meio ambiente, o trabalho, mulher,
a para a
sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos
resultados das medidas adotadas; renda, a educação, a atividade física, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa
serviços que
e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados essenciais.
legitimem ou exacerbem a
violência doméstica e familiar;

IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em


particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência


doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em
geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das
mulheres;

VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de


promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da
violência doméstica e familiar contra a mulher;

VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do


Corpo de Bombeiros e dos profissionais de outros órgãos e áreas quanto às questões de
gênero e de raça ou etnia;

VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de


irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça
ou etnia;

IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os


conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao
problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

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ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

 Prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na


Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único
de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso;

 Compreende o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e


tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos
casos de violência sexual.

Cabe ao juiz:

- inclusão, por prazo determinado, da mulher em situação de violência doméstica e


familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e
municipal;

- acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração


direta ou indireta;

- manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de


trabalho, por até seis meses.

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ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL

I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao


Ministério Público e ao Poder Judiciário;

II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto


Médico Legal;

III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou


local seguro, quando houver risco de vida;

IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus


pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;

V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços


disponíveis.

Conforme indicamos anteriormente, a Lei Maria da Penha dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, os quais têm competência
cível e criminal, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da
prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Cabe pontuarmos que nesses
Juizados há equipe multidisciplinar, integrada por profissionais especializados nas áreas
psicossocial, jurídica e de saúde

É vedada a aplicação de penas de cesta básica


ou outras de prestação pecuniária, bem como
a substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.
(Art. 17)

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MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

- Concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.


Há medidas que dizem respeito à conduta do agressor e outras que se direcionam para
as vítimas, podendo ser aplicadas em conjunto ou separadamente

 Medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor:

- suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão


competente;

- afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

- proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, de


seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o
agressor; contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de
comunicação; frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade
física e psicológica da ofendida;

- restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de


atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

- prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

 Medidas protetivas de urgência à ofendida:

- encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de


proteção ou de atendimento;

- determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo


domicílio, após afastamento do agressor;

- determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a


bens, guarda dos filhos e alimentos;

- determinar a separação de corpos;

- restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;

- proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e


locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;

- suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;

- prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos


materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.

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ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

 Cabe ao Ministério Público:

- requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência


social e de segurança, entre outros;

- fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em


situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas
administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades
constatadas;

- cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o


acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita
em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.

Car@ alun@

É importante que você leia a Lei Maria da


Penha!!! Aqui trouxemos apenas os
principais pontos!!!

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4. RESUM@ DO CONCURSEIR@

- Política de Educação, Trabalho e Emprego no Brasil

 “As primeiras políticas de proteção ao trabalhador só começaram a ser implantadas no


Brasil na década de 1960. Nessa época, o crescimento populacional, a migração rural
e o crescimento dos grandes centros urbanos provocaram uma expansão significativa
da mão-de-obra disponível nas cidades”.
 FGTS – quando foi criado (1966) “tinha por objetivo flexibilizar o processo de
demissão dos trabalhadores, já que a legislação da época impunha pesadas
indenizações para os empregadores que demitissem sem justa causa” (IPEA, 2006, p.
399).
 Segundo Ferrante (1978), o FGTS permitiu que o trabalhador naquele período tivesse
condições de receber indenização paga pela empresa na proporção do tempo de
serviço, ou seja, quanto maior era o tempo de serviço em determinada empresa, maior
era o valor indenizatório pago pela empresa ao trabalhador. Ademais, o trabalhador
que trabalhasse mais de dez anos na mesma empresa teria assegurada a sua
estabilidade no emprego.
 OBJETIVOS DO PIS E PASEP – “formação de patrimônio para o trabalhador e
estímulo à poupança interna, sendo o PIS dirigido aos trabalhadores da iniciativa
privada e o Pasep aos servidores públicos nos três níveis de governo”.
 No ano de 1986 foi instituído o Seguro Desemprego (Decreto-Lei 2.284/ 86) como
parte do Plano Cruzado – “A finalidade era prover assistência financeira temporária
ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa ou paralisação
total ou parcial das empresas. A regulamentação do seguro previa, como atribuição do
Sine, a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho e a requalificação do
desempregado que estivesse recebendo o benefício”. (IPEA, 2006, p. 401)
 O PRONATEC foi criado no ano de 2011 objetivando expandir e interiorizar a
educação profissional e tecnológica.
 O Pronatec se desenvolve sobre três formas: “1 - Oferta de ensino técnico para
estudantes do Ensino Médio; 2 - Oferta de qualificação profissional para jovens e
adultos que buscam a oportunidade de melhorar sua formação; 3 - Oferta de cursos de
capacitação para o público do programa Brasil Sem Miséria”.

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 O Pronatec também “busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação


profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de
transferência de renda”.
 Os cursos do PRONATEC também podem ser ofertados pelas instituições do Sistema S,
como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte - SENAT, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial -
SENAC e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR. E as instituições privadas,
devidamente habilitadas pelo Ministério da Educação - MEC, também passaram a ser
ofertantes dos cursos do PRONATEC a partir do ano de 2013.
 O Sistema Nacional de Emprego - SINE objetiva manter um banco de vagas para o incentivo
à qualificação profissional de trabalhadores que perderam seus empregos;
 O “SINE foi instituído pelo Decreto n.º 76.403, de 8 de outubro de 1975, por
intermédio da Secretaria de Políticas de Emprego e Salário. Sua criação fundamenta-
se na Convenção n.º 88 da Organização Internacional do Trabalho – OIT”.
 A Aprendizagem “estabelece que todas as empresas de médio e grande porte estão
obrigadas a contratarem adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos”. Esta contratação
deve ocorrer em caráter especial de trabalho, sendo por tempo determinando, não
excedendo dois anos.
 “os jovens beneficiários por este Decreto devem ser contratados pelas empresas como
aprendizes de ofício, condição prevista na Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO do Ministério do Trabalho e Emprego, ao mesmo tempo em que são
matriculados em cursos de aprendizagem, em instituições qualificadoras
reconhecidas, responsáveis pela certificação”.
 O Seguro Desemprego é uma “Assistência financeira temporária para o trabalhador
desempregado”.
 O Seguro Desemprego consiste em um “benefício que oferece auxílio em dinheiro por
um período determinado”. O Seguro Desemprego é pago de três a cinco parcelas de
forma contínua ou alternada.

- Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB

 A LDB foi sancionada no ano de 1996 pelo então presidente da República Fernando
Henrique Cardoso e objetiva estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional.

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 A LDB considera como Educação – “os processos formativos que se desenvolvem na


vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais”. (art. 1º)
 O objetivo desta Lei de Diretrizes e Bases da Educação é “disciplinar a educação
escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições
próprias”.
 Art. 2º “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
 A educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade: a)
pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio;
 “O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer
cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de
classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder
público para exigi-lo”.
 Conforme o artigo 6º da LDB é “É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula
das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade”.
 Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em
regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
 “A educação é formada pela educação básica que constitui a educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio; educação superior.” (art. 21º)
 “Art. 22º A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
 “Art. 26º Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino
médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de
ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos
educandos.”
 Educação Infantil é considerada “primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus

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aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e


da comunidade. (Art. 29º)
 O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do
cidadão. (art. 32º)
 Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica e possui duração de três anos.
 Segundo a LDB, a educação de jovens e adultos é destinada aqueles sujeitos que não
tiveram acesso ou condições de continuar os estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria.
 Quanto às Universidades, segundo a LDB, elas “são instituições pluridisciplinares de
formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de
domínio e cultivo do saber humano” (art. 52).
 Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação.

- LEI Nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha

 Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha - representa um marco no enfrentamento da


violência doméstica e familiar contra a mulher.
 Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar
contra a mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei
de Execução Penal; e dá outras providências.
 Toda mulher goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana – direito à
vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso
à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar e comunitária - sendo-lhe asseguradas as
oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
 A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar é composta por
medidas integradas de prevenção, por ações assistenciais e pelo atendimento da
autoridade policial.

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 A Lei Maria da Penha dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a mulher, os quais têm competência cível e criminal, para o processo,
o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e
familiar contra a mulher. Cabe pontuarmos que nesses Juizados há equipe
multidisciplinar, integrada por profissionais especializados nas áreas psicossocial,
jurídica e de saúde.

5. QUESTÕES COMENTADAS

1) SEDUC/AM - Assistente Social - 2011 – CESPE.


Dependendo da situação, o juiz pode conceder medidas protetivas de urgência à mulher
vítima de violência, entre elas, o afastamento do agressor do lar.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários: Car@ Alun@. Vamos ver porque esta questão está certa? Para respondê-la
você é necessário que você tenha lido a Lei Maria da Penha na íntegra. Vejamos, o artigo 23
da Lei Maria da Penha estabelece:

“Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou
comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao
respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.

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Gabarito: CERTO

2) MPE/PI - Analista Ministerial - Serviço Social - 2012 – CESPE.


De acordo com a Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher caracteriza-se pela lesão
corporal, de modo que um dano patrimonial, por exemplo, não pode caracterizar ato de
violência doméstica e familiar contra a mulher.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários: A Lei Maria da Penha é abrangente, e define como violência contra a mulher,
de acordo com o seu artigo 5º “ Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei
complementar nº 150, de 2015)”. Portanto, a resposta está errada.

Gabarito: ERRADO

3) DPU - Assistente Social - 2010 – CESPE. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação (LBD), a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A
respeito desse assunto, assinale a opção correta.

a) A educação escolar, ao vincular-se à prática social, renega o mundo do trabalho.


b) A educação como dimensão da vida social possui caráter ontológico.
c) A educação emancipadora está condicionada à educação escolarizada.
d) A atuação dos assistentes sociais na política educacional volta-se, exclusivamente, para o
interior dos estabelecimentos educacionais mais tradicionais.
e) A escola como espaço estratégico no acesso às políticas sociais tem resultado em um
processo tranquilo, principalmente no âmbito do ensino fundamental.

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COMENTÁRIOS: Car@ Alun@, com base no conteúdo apresentado nesta aula, a Educação
escolar deve vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social, conforme exposto no inciso
2 do artigo 1º da LDB. Portanto, a alternativa “a” está incorreta. Em momento algum a LDB
traz o entendimento de que a educação emancipadora deve estar condicionada à educação
escolarizada. Aliás, no primeiro artigo da Lei, ela amplia o conceito de educação para além
da formação escolarizada. Ou seja, “Art. 1º A educação abrange os processos formativos
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais”. Portanto, a alternativa “c” apresenta-se errada.
Considerando o processo vivenciado pelo Serviço Social no que tange à reformulação de suas
bases tradicionais, a defesa pelo trabalho do Assistente Social em espaços educacionais tem-
se pautado pelo entendimento que as questões pedagógicas e as expressões da questão social
encontram-se cotidianamente imbricadas, portanto, cabe ao assistente social que atua no
âmbito escolar ter uma visão de totalidade das demandas que ali aportam, ou seja, deve ser
capaz de conhecer as famílias dos alunos que atende, os serviços das políticas públicas do
território, a fim de atender as necessidades dos sujeitos. Portanto, a alternativa “d” está
errada. A escola tem historicamente se apresentado como um local de tensões, em virtude da
heterogeneidade de sujeitos que ali aportam, e, atualmente, com a intensificação das
expressões da questão social, demandas que anteriormente não chegavam à escola, como por
exemplo, a drogadição, tem sido comum em muitos espaços, novas tecnologias, exigindo
cada vez mais, qualificação maior dos sujeitos para atuar com as diversas questões ali
presentes. Portanto, a alternativa “e” apresenta-se errada. Desse modo, a alternativa correta é
a letra “b”.

Gabarito: B

4) DPU - Assistente Social - 2010 – CESPE. A respeito da LDB, assinale a opção correta.

a) Essa lei determina que os sistemas de ensino devem definir as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica e a participação da comunidade local na
elaboração do projeto pedagógico da escola.
b) Essa lei tem, como princípio, o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas assim como
o respeito à liberdade e o apreço à tolerância.

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c) A lei supramencionada garante padrão máximo de qualidade de ensino, definido como a


variedade e quantidade máxima de insumos indispensáveis ao processo de ensino-
aprendizagem.
d) A referida lei garante vaga na escola pública de educação infantil mais próxima da
residência a toda criança a partir do dia em que completar três anos de idade.
e) Segundo essa lei, é dever da União assumir o transporte escolar dos alunos.

COMENTÁRIOS: Car@ Alun@, no tocante a alternativa “a”, importante compreender com


base no artigo 14 da LDB que “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; participação das comunidades
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. Portanto, esta alternativa
apresenta-se incorreta, pois está incompleta. A alternativa “c” refere-se ao dever do Estado
para com a oferta da política de educação, e, conforme este preceito, os padrões mínimos de
qualidade de ensino, são definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Desse
modo, esta alternativa está errada. Quanto à vaga em escola pública (creche) referente à
educação infantil, esta deve ser ofertada à criança em escola mais próxima de sua residência
até os 03 anos de idade, portanto, a alternativa “d” apresenta-se incorreta. Conforme as
competências de cada ente federativo, verifica-se no artigo 11 da LDB que a responsabilidade
quanto ao transporte escolar dos alunos é do Município, portanto, a alternativa “e” está
incorreta. Assim, a alternativa correta é a referente a letra “b”.

Gabarito: B

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6. LISTA DE QUESTÕES

1) SEDUC/AM - Assistente Social - 2011 – CESPE.

A Lei Maria da Penha, que alterou o Código Penal, não possibilita que agressores de
mulheres no âmbito doméstico ou familiar tenham a prisão preventiva decretada.

( ) Certo

( ) Errado

2) FUB - Assistente Social - 2009 – CESPE.

A violência doméstica decorre da interação de fatores psicológicos, socioeconômicos e


culturais nas relações familiares e desdobra-se em tipos específicos de violência doméstica
física, sexual, psicológica e da negligência.

( ) Certo

( ) Errado

3) DEPEN - Serviço Social - 2015 – CESPE.

A efetividade da Lei Maria da Penha não ocorre da mesma maneira em todos os estados
brasileiros, pois depende, entre outros fatores, dos graus de institucionalização dos serviços
de proteção a vítimas de violência doméstica.

( ) Certo

( ) Errado

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4) MPE-PI - Analista Ministerial - Serviço Social - 2012 – CESPE. De acordo com a Lei
Maria da Penha, a violência contra a mulher caracteriza-se pela lesão corporal, de modo que
um dano patrimonial, por exemplo, não pode caracterizar ato de violência doméstica e
familiar contra a mulher.

( ) Certo

( ) Errado

5) SEDUC-AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. A Lei Maria da Penha, que alterou o
Código Penal, não possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar
tenham a prisão preventiva decretada.

( ) Certo

( ) Errado

6) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. Compete aos estados e aos


municípios, com o apoio da União, realizar recenseamento da população em idade escolar
para o ensino fundamental, bem como dos jovens e adultos que não tiveram acesso a esse
nível de ensino.

( ) Certo

( ) Errado

7) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. A educação infantil deve ter a


proposta pedagógica baseada em avaliação sistemática com finalidade de ascensão e acesso
ao ensino fundamental.

( ) Certo

( ) Errado

8) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. Nos estabelecimentos de ensino


fundamental e de ensino médio, é obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena, resgatando as contribuições desses dois grupos étnicos na formação da sociedade

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nacional.

( ) Certo

( ) Errado

9) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. O atendimento educacional dos


alunos com necessidades especiais deve ser realizado preferencialmente em escolas ou
classes especiais, independentemente do nível de complexidade da situação do aluno.

( ) Certo

( ) Errado

10) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. Cabe ao Estado garantir a oferta de
educação especial à criança a partir dos dois anos de idade.

( ) Certo

( ) Errado

11) SEDUC – AM - Assistente Social - 2011 – CESPE. Os cursos e exames supletivos são
exclusivamente realizados no nível de conclusão do ensino médio e por adolescentes com
mais de quinze anos de idade.

( ) Certo

( ) Errado

12) SERPRO - Analista - Serviço Social - 2010 – CESPE. Reflexões a respeito da LDB
apontam para a autonomia das escolas e para uma maior flexibilização de sua estrutura
administrativa e pedagógica.

( ) Certo
( ) Errado

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7. GABARITO

Questão Resposta Questão Resposta


1. ERRADO 8. CERTO
2. CERTO 9. ERRADO
3. CERTO 10. ERRADO
4. ERRADO 11. ERRADO
5. ERRADO 12. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO

8. INDICAÇÃO DE CONTEÚDO COMPLEMENTAR

Car@ alun@!!! Apesar de ser uma leitura um pouco trabalhosa, importante que você
não deixe de ler a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, além da Lei Maria da
Penha.
Ah, e não deixe de dar uma “passeada” no site do Ministério do Trabalho e Emprego,
no seguinte link:

http://mte.gov.br/

Até a semana que vem!!! Bons estudos!!!

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