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FACULDADE SANTA MARIA

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ESTÁGIO BÁSICO I Entrevista

Relatório de Estágio Básico


Escolha do Curso e Redes Sociais: Uma Perspectiva da Influência das
Redes Sociais nas Decisões Habituais.

Discentes: Maria Samara Ellen Formiga Querino; Maria Luiza Bezerra


Felix; Tárcilla Lauanne de Sousa Santos.
Docentes: Heloísa Cavalcante Lacerda; Leilane Cristina Oliveira Pereira

Cajazeiras – PB
2023
1. INTRODUÇÃO

O vigente relatório tem como objetivo discorrer acerca dos dados das
entrevistas efetuadas no Centro Universitário Santa Maria (UNIFSM), pelas
alunas: Maria Samara Ellen Formiga Querino, Maria Luiza Bezerra Felix e
Tárcilla Lauanne de Sousa Santos, do segundo período do curso de
bacharelado de psicologia em um curto espaço de tempo, todas as entrevistas
ocorrendo no ambiente interno do campus, próximo ao quiosque da cantina
principal na área de alimentação do referenciado Centro Universitário.
O estágio provido pela disciplina de Estagio Básico I – Habilidades Básicas
do Psicólogo, teve como intuito desenvolver as habilidades profissionais das
alunas ao designá-las para a realização de uma entrevista com pessoas
desconhecidas, vale ressaltar que, os entrevistados pertenciam ao curso de
psicologia, sendo de distintos períodos.
Sobretudo, o relatório vai expender detalhadamente quanto as perguntas
realizadas e acerca dos resultados coletados durante a atividade executada
pelas alunas aludidas. O tema da entrevista, bem como as perguntas, foram
determinadas em sala pela professora: Leilane Cristina Oliveira Pereira,
juntamente com os alunos que dialogaram em conjunto para analisar e
escolher entre as opções citadas que mais agregariam e se encaixariam no
atual contexto social. Realizada a discussão, a pauta decidida unanimemente
foi: “Escolha do Curso e Redes Socias”, visando coletar informações referentes
a influência das redes socias nas decisões dos jovens atinentes a escolha do
curso.
No que diz respeito ao ganho de conhecimento profissional das
entrevistadoras, é notório que, a entrevista deve ser usada como método de
pesquisa contribuindo para a coleta de dados, logo, ampliando nosso
entendimento do comportamento humano na aplicação da profissão em campo.
Essa pratica permite a formação de discentes de psicologia de maneira que
possam adentrar ao complexo mundo da mente humana, avançando assim na
função de pesquisadores e futuros profissionais na prática da área que
desejam atuar. Dessa forma, conclui-se que a entrevista é uma das mais
comuns e poderosas maneiras que utilizamos para tentar compreender nossa
condição humana. (FONTANA & FREY, 1994, pág. 361).
1.1. JUSTIFICATIVA

A entrevista consiste em uma relação humana na qual um dos integrantes


deve procurar saber o que está acontecendo e deve atuar segundo esse
conhecimento (BLEGER, 1998:1), entretanto, de acordo com o conceito
popular: Entrevista, consiste em uma conversa entre duas ou mais pessoas,
em que perguntas são executadas em busca de dados para esclarecer
determinado assunto. Essa atividade se faz necessária, para atender as
devidas competências que devem ser adquiridas pelo profissional de psicologia
durante a formação do indivíduo no curso.
Ademais, a escolha do tema se deu em decorrência a demanda da
discussão no que concerne a influência das redes sociais na escolha de um
curso, precisamente o curso de bacharelado de psicologia, tendo em vista que
os entrevistados eram pertencentes a referida formação. Assim sendo, o
estágio buscou a obtenção de informações sobre a temática, visto que,
atualmente as redes sociais são utilizadas em demasiado e possuem grande
influência e poder sobre as decisões e ações cotidianas da sociedade.
2. DESENVOLVIMENTO

Primordialmente, foi abordado e discutido no ambiente de ensino pelos


alunos, em conjunto com a discente Leilane Cristina Oliveira Pereira, possíveis
temas que motivariam uma conversa leve perante o entrevistado para que
qualquer gatilho fosse evitado e não houvesse complicações. Dessa forma, foi
chegado a um consenso que o tema a ser a dissertado seria: “Escolha do
Curso e Influência das Redes Sociais”. Assim, os entrevistadores, seguido o
momento de decisão, procederam a realização do estágio consistindo na busca
por um estudante desconhecido do curso de psicologia, pois desse modo, o
indivíduo em questão estaria habituado, e de toda forma, apto para que a
entrevista fosse procedida de maneira correta.
Se faz de extrema importância pontuar que, a entrevista é e deve ser
utilizada como um método científico para diversas coletas de dados, de modo
que, seja possível uma clara compreensão da visão do participante para o
entrevistador. Nesse viés, graças ao uso da entrevista, pode-se observar um
grande crescimento e desenvolvimento no campo das ciências sociais nas
últimas décadas (GIL, 2008).
Ademais, a entrevista possui ao todo três dimensões que nos servem de
base para que possamos compreender suas diversas características, sendo
elas: a dimensão temporal, a dimensão espacial e a dimensão estrutural. A
dimensão temporal oferece à entrevista sua definição mais geral e
idiossincrática, em que se torna uma comunicação direta entre pesquisador e
participante, se configurando necessariamente como um contato síncrono. A
dimensão espacial caracteriza a posição dos interlocutores (pesquisador e
entrevistado) em relação ao ambiente no qual a entrevista é realizada, dessa
maneira, podendo ser dividida em entrevista à distância e entrevista presencial.
Partindo desse ponto temos a dimensão estrutural, definida pela existência ou
não de um roteiro que guie a condução da entrevista pelo pesquisador,
podendo assim ser dividida entre não-estruturada, semiestruturada e
estruturada.
De acordo com Nicolaci-da-Costa (2005, p. 72), “a internet vem trazendo
profundos impactos em praticamente todos os setores da vida social e pessoal
de milhões de pessoas ao redor do mundo, mesmo aquelas que jamais usaram
um computador”. No contexto atual não é diferente, é de conhecimento geral
que a internet impõe padrões e demandas a serem cumpridas pela sociedade,
além disso, atualmente o uso das redes sociais por indivíduos de diferentes
faixas etárias é recorrente e significativo tendo em vista que todo o conteúdo
consumido reflete e influencia no cotidiano dos usuários. Outrossim, é notório
que a utilização contínua das redes sociais é causadora de consequências
maléficas, todavia, é substancial dizer que igualmente pode ocasionar
consequências benéficas, de modo que, as redes sociais influenciam em
escolhas que agregam na vida pessoal do indivíduo, como a decisão de qual
faculdade cursar ou qual pós graduação escolher, principalmente se levado em
conta o cenário atual pós pandêmico, posterior a um período onde as redes
sociais eram refúgio e foram em demasiado utilizadas.
Vale ressaltar, a relevância do estágio na futura atuação de um psicólogo,
afinal pode ser reconhecido como um processo imprescindível para o
alinhamento entre a prática e a teoria, de todo modo desenvolvendo o caminho
para a aprendizagem e a atuação dela após a graduação (ANDRADE, 2020).
Sendo assim, primordial, a insistência dessa experiência para a formação dos
profissionais de psicologia, visto que as competências necessárias são obtidas
através de vivências da prática profissional ao decorrer do período do curso,
essencialmente os domínios de conversação e improvisação que serão
necessários em âmbitos profissionais, os pondo em execução e os
aperfeiçoando. É indispensável que seja pontuado, a construção de uma
reflexão e formação de identidade por operações desenvolvidas e realizadas
pelos alunos, deixando claro a finalidade crítica no contexto em que se vivencia
o estágio proposto durante a graduação. (BARREIRO & GEBRAN, 2006, p.
20).
3. METODOLOGIA

O estágio foi executado no Centro Universitário Santa Maria, uma


instituição privada sediada na cidade de Cajazeiras, Paraíba. Em seu interior
as três discentes Maria Samara Ellen Formiga Querino, Tárcilla Lauanne de
Sousa Santos, Maria Luiza Bezerra Felix, realizaram a entrevista proposta
utilizando o aparelho telefônico como instrumento de gravação com o
consentimento dos entrevistados, de modo respectivo pertencentes ao décimo
período, quarto período e quinto período.
Participantes I: Joey Tribbiani, estudante do curso de psicologia do
Centro Universitário Santa Maria.
Local: próximo ao quiosque principal na área de alimentação do
campus.
Participantes II: Katherine Pierce, estudante do curso de psicologia do
Centro Universitário Santa Maria.
Local: nas mesas situadas nas proximidades da biblioteca.
Participante III: Aaron Warner, estudante do curso de psicologia do
Centro Universitário Santa Maria.
Local: na área de lazer próximo ao caixa.
Procedimento: Posteriormente a finalização da aula, no dia 27 de
setembro de 2023, ao se deslocarem em direção ao quiosque principal do
Centro Universitário Santa Maria, duas das entrevistadoras visualizaram alunos
seguindo na mesma direção e se aproximaram para que a abordagem fosse
realizada, em seguida foi feita uma explicação de como funcionaria e após a
resposta afirmativa seguiram para locais distintos onde a gravação foi iniciada,
ambas durando, respectivamente, 04:51 e 03:20 minutos. Em contrapartida, a
terceira aluna conseguiu marcar a entrevista por intercessão de terceiros que
possuíam contato com a entrevistada, a realização da atividade ocorreu como
previsto e teve a duração de 02:48 minutos.
Técnica e instrumento de coleta de dados: O tipo de entrevista
utilizada é definida como “Entrevista semiestruturada”. Apesar de ter sido
definido um roteiro de perguntas por toda a turma, o entrevistado teve total
liberdade e espontaneidade em suas respostas e o entrevistador tinha o direito
de adicionar perguntas se fosse necessário obter mais alguma informação do
participante.
O roteiro da entrevista foi definido em consenso na sala de aula com
participação da turma e auxílio da professora Leilane Cristina, as perguntas
definidas foram:
1. Como você escolheu o curso de psicologia?
2. As redes sociais influenciaram sua escolha de curso ou de faculdade?
3. Qual área de psicologia você pretende seguir após a finalização do
curso?
4. O que está cursando psicologia te modificou?
4. RESULTADO

Na presente seção, serão apresentados os resultados obtidos a partir das


entrevistas conduzidas no âmbito do estágio básico I. Os dados foram
analisados com o intuito de compreender as percepções individuais dos
entrevistados sobre a escolha do curso e a influência das redes sociais. A
seguir, serão apresentadas as principais conclusões e tendências identificadas
nas respostas dos participantes.
As respostas dos entrevistados enquanto à questão “Como você escolheu o
curso de psicologia?”, proporcionam informações distintas quanto às
motivações e influências que os levaram a optar por essa área de estudo.
Dentre os três entrevistados, dois destacaram que estão satisfeitos com a
escolha, entretanto, enquanto um no primeiro momento tinha a psicologia como
segunda opção de curso, o outro sabia desde o ensino médio que essa seria a
escolha. Em contrapartida, o terceiro entrevistado afirma que recebeu
influência do YouTube, mas que apesar disso a área sempre lhe chamou
atenção pois sempre teve facilidade em escutar e conversar com pessoas.
Em segundo viés, destaca-se que todos os participantes disseram não ter
influência das redes sociais para a escolha do curso, porém apenas um
determinou que o uso do YouTube e Instagram, mesmo que indiretamente
causou uma certa motivação para a ingressão no curso, toda via, em relação a
faculdade, assim como os demais, não houve interferência de redes ou sites
em vínculo à universidade.
Se faz de extrema importância, pontuar a identificação de cada entrevistado em
vínculo a área de interesse após a finalização do curso, respectivamente, Joey
Tribbiani (Nome fictício para preservar a identidade do participante) possui
identificação com a área clínica e a área de assistência social, ele deixou claro
em sua resposta que tem desejo de atender pessoas da comunidade
LGBTQIA+. Aaron Warner (Nome fictício para preservar a identidade do
participante) demonstrou interesse, apesar do pouco tempo cursando
psicologia, em psicanálise, a área humanista e a CP. Katherine Pierce (Nome
fictício para preservar a identidade do participante), não mostrou uma certeza
ao que pretende seguir, mas realiza estágio extra curricular no CAPS atuando
na área infantil, além de executar atendimentos a domicílio como atendente
terapêutica.
Em conclusão, foi questionado às mudanças internas de cada estudante em
relação ao que se foi experienciado durante o curso, sendo sempre ressaltado
a diferença sentimental de antes e depois de ter iniciado os estudos, relataram
a elevação da autoestima, diminuição da ansiedade, o aumento empatia ao ver
o ser humano como indivíduo, modificação significativa da visão do mundo no
dia-a-dia e principalmente de como agir de maneira que não afete a si e aos
outros em sua volta.
5. CONCLUSÃO

Em síntese, a entrevista tem um papel fundamental na pesquisa e na


prática da psicologia, como profissional e como discente. Através dela, somos
capazes de analisar dados valiosos sobre o comportamento humano. Porém, é
de extrema importância sinalizar suas vantagens e desafios, tanto no estágio
básico, quanto na vivência profissional.
Além disso, a experiência proporcionada pelo estágio demonstra a
relevância da entrevista como ferramenta fundamental para a compreensão do
comportamento humano. Este momento inicial de contato com a prática
profissional enriqueceu a formação das alunas, permitindo a aplicação dos
conhecimentos teóricos de sala de aula em um contexto real.
Diante disso, é notório salientar que a principal adversidade, de acordo com
todas as pertencentes do grupo, se trata da exposição em dialogar com
indivíduos que não fazem parte do seu campo social, logo pode ser gerada
uma certa limitação no momento do estágio. Entretanto, salienta-se que o
nervosismo descrito pelas estagiárias foi um sentimento momentâneo, sem que
interferisse na ação efetivada, se caracterizando por uma atividade tranquila e
de fácil desenvoltura, estabelecendo um vínculo necessário, de entrevistador e
entrevistado, gerando assim uma competência imprescindível para as alunas
enquanto futuras psicólogas.
Em suma, este relatório reflete não apenas o comprometimento das alunas
com a execução do estágio, mas também a importância da entrevista como
instrumento valioso para a pesquisa e prática psicológica. Os dados aqui
apresentados contribuem para o acervo de conhecimento no campo da
psicologia, evidenciando a relevância e eficácia desta abordagem
metodológica.
Neste viés, pode-se concluir que a ação de entrevistar, mesmo com uma
certa inexperiência das discentes, permitiu explorar a improvisação e a maneira
de discorrer um diálogo de modo simples, focando no participante e na coleta
de dados. Sendo assim, essa execução é de importante demanda, quando
realizada com rigor científico e comprometimento do pesquisador contribui
significativamente para as pesquisas e o avanço do conhecimento na área da
psicologia.

APÊNDICE

Entrevista I (Entrevistadora: Maria Samara Ellen Formiga Querino)


- Como você escolheu o curso de psicologia?
“Então assim, psicologia sempre foi uma das minhas opções, mas ela nunca foi
minha primeira opção, sabe? Mudei muito as primeiras opções, só que a
segunda opção sempre ficava lá que era psicologia, aí eu fiquei pensando: se é
a primeira opção eu nunca sei qual é, por que eu não vou testar a segunda
opção que é a de certeza, aí eu decidi colocar ela como primeira opção, sabe?
E eu vi que eu tenho mais perfil pra psicologia do os outros cursos que eu tinha
em mente.”

- As redes sociais influenciaram na sua escolha de curso?


“Não, na verdade não, foi uma escolha mais por curiosidade, mas eu já gostava
de muito tema relacionado a psicologia, sabe? Sobre a questão mental, é, a
questão também da assistência, essas questões sempre me instigaram. Ah eu
conhecia algumas pessoas da psiquiatria na verdade, mas seguir
alguém...dizer: aí essa pessoa aqui que eu gosto por entretenimento, não,
sabe? Foram mais questão de autores mesmo, tipo Freud, vamos dizer alguma
coisa assim. Pronto, eu gostava de acompanhar frase, alguma coisa desse
sentido.”

- Qual a área que você pretende seguir depois que finalizar o curso? E por
que?
“Assim, eu gosto da área clínica, mas também tenho muito atesão, assim muita
identificação pela área, é, da assistência social, gostaria também de me inserir
no CAPS, porque eu gosto bastante da questão da saúde mental, como eu já
disse. Pretendo me especializar também na questão da sexualidade, também é
um, até um público que também que me chama atenção que é a questão dos
LGBTQIA+. Não é só aquilo, pra mim eu tenho certeza que gosto da área
clínica, sabe? É uma área que eu quero, a questão da saúde mental.”

- O que estar cursando psicologia te modificou?


“Nossa se for elencar tem tanta coisa, mas eu acho que a principal delas é a ter
uma visão mais humanizada, sabe? Porque as vezes as gente enxerga muito o
outro como um problema ou só aquilo, esquece que ali também tem uma
pessoa, eu acho que essa questão de separar o que é a doença mental e o
que é uma pessoa, me fez...enfim, me fez pensar muito, sabe?”

Entrevista II (Entrevistadora: Tárcilla Lauanne de Sousa Santos)


- Como você escolheu o curso de psicologia?
"Primeiramente eu tive um contato bem pequeno pelo “YouTube”, mas sempre
foi uma área que me chamou atenção porque eu sempre gostei muito de
escutar pessoas e conversar, tentar ajudar de certa forma, nunca no sentido de
ajudar tipo só mais conselho mesmo, tentar entender ou só conversar, escutar,
nada muito, não necessariamente levado a psicologia."

- As redes sociais influenciaram na escolha do curso ou da faculdade em si?


"Bom da faculdade não porque eu não conhecia ela, não conhecia a faculdade
em si porque eu não sou daqui e quando, tipo, eu vim porque aqui era uma das
opções que tinha psicologia no caso, e era a mais viável pra mim, enfim, e
sobre a questão das redes sociais é, eu acho, assim influenciado eu não diria
mas talvez eu tenha visto um pouco se considerar o YouTube acho que talvez o
Instagram mas nada muito, não foi muito influência foi mais escolha particular
minha pelo que eu tinha dito.”

- Qual a área da psicologia você pretende seguir após a finalização do curso?


"Bom, fica um pouco complicado porque a gente ainda tá no p4, então a gente
não viu tipo, as abordagens em si todas, mas de todas que a gente viu eu
gosto um pouco de psicanálise e talvez humanista, mas humanista a gente viu
bem pouco e a CP, tipo, não sei muito o que a gente viu no caso, não sei dizer
tipo, mas psicanálise porque eu gosto um pouco dos conceitos eu li algumas
coisas, então é algo que assim, pelo que eu vi até agora é algo que eu tô
gostando mais que as outras áreas, tcc eu tive um pequeno contato quando eu
comecei a fazer terapia mas eu não sei dizer se eu iria pra TCC."

- O que estar cursando psicologia te modificou?


"Bom, assim como pessoa tá... não psicologia em si mas eu ter vindo pra cá
me ajuda a ter mais contato com outras pessoas, até porque a gente tá vindo
de uma pandemia então eu tinha perdido muito contato e psicologia tá me
ajudando tanto a me entender, entender coisas que eu passei por exemplo ou
entender situações melhor, aprender a lidar de certa forma com o que tiver
acontecendo, é sei lá relacionamento como minha professora fala, entre outras
coisas, então assim o que mais me ajudou mesmo é ter um olhar diferente
sobre coisas do dia a dia ou aprofundar em outros assuntos, outras
áreas então é isso."

Entrevista III (Entrevistadora: Maria Luiza Bezerra Felix)


- Como você escolheu o curso de psicologia?
“É eu sempre quis, desde o meu ensino médio eu sempre quis eu não sei
exatamente o porquê, mas eu sempre tive em mente que eu queria fazer
psicologia e até hoje eu não tenho dúvidas que essa foi a escolha certa é como
se sempre esteve dentro de mim é na verdade nunca tiveram outras opções.”

- Você acha que as redes sociais influenciaram na escolha de curso? Ou da


faculdade?
“No meu caso não, porque eu era muito nova quando eu já tinha esse
pensamento na minha cabeça, mas eu acho que no caso de outras pessoas
hoje em dia principalmente é uma coisa que influencia muito porque é, a gente
tá numa era digital né? todo mundo tem celular, todo mundo tem acesso as
redes sociais, criança desde muito cedo também, então eu acho que no meu
caso não mas atualmente com certeza sim as outras pessoas.”

- Qual a área da psicologia que você pretende seguir quando terminar a


faculdade?
“Eu ainda não decidi extremamente, porque eu ainda vou pra metade do curso
agora né e eu não quero ainda me direcionar pra um, ter um foco e aí acaba
excluindo outras áreas né? Mas eu sou muito voltada pra psicologia infantil e
eu já tô fazendo estágio extra curricular lá no caps, eu trabalho como atendente
domiciliar, atendente terapêutica né e aí eu sou mais voltada pra essa área,
mas pode ser que daqui pro final do curso eu consiga descobrir outros
interesses ne?”

- O que está cursando psicologia mudou você?


“Nossa mudou muito, eu sempre falo isso porque a gente muda totalmente a
visão de mundo que a gente tem né? Porque assim, eu por exemplo eu era
uma pessoa muito muito insegura, eu ainda sou um pouco, muito ansiosa e tal,
mas eu já melhorei muito e muita coisa foi por causa do curso, apesar de que
eu sempre estive muito em terapia, o curso me ajudou em muita coisa e de ver
as coisas de uma maneira diferente, de ter uma perspectiva diferente sabe? De
enxergar de outra forma, então isso ajuda muito e as pessoas dizem né... você
vai fazer psicologia e não é terapia, realmente não é, mas isso te ajuda muito a
melhorar nessas questões individuais, muito!”
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