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a) rejeição, pois a emenda necessitava de 2/3 dos membros do Congresso e faltaram

22 votos para alcançar tal marca.

A emenda constitucional Dante de Oliveira, que previa as eleições diretas para


presidente, foi rejeitada na votação realizada na Câmara dos Deputados em 25 de
abril de 1984. A emenda precisava de dois terços dos votos favoráveis dos membros
do Congresso Nacional para ser aprovada, mas não obteve o número necessário de
votos, faltando 22 votos para alcançar a marca necessária. Com isso, a emenda foi
rejeitada e as eleições presidenciais de 1984 continuaram a ser realizadas de forma
indireta pelo Colégio Eleitoral, que acabou elegendo Tancredo Neves para a
presidência. No entanto, Tancredo Neves não chegou a assumir o cargo, pois faleceu
antes de sua posse, sendo substituído por José Sarney. As eleições diretas para
presidente só seriam realizadas novamente em 1989, já no processo de
redemocratização do país.

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c) A censura não liberou a letra, pois esta usava termos como "almirante" e
"marinheiro", que foram considerados inadequados.

A música "O Mestre-sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, foi censurada pela
ditadura militar devido ao seu conteúdo considerado inadequado pelos censores da
época. A letra original da música, intitulada "O Almirante Negro", fazia referência
a João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata em 1910. Os censores
consideraram os termos "almirante" e "marinheiro" como inadequados e suspeitos,
pois poderiam ser interpretados como referências à insatisfação dos militares com a
ditadura militar vigente.

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d) A demissão dos policiais que custodiaram a prisão de Vladimir Herzog.

A afirmativa d) é incorreta. Na realidade, após a morte de Vladimir Herzog, não


houve demissão dos policiais que custodiaram a prisão dele. Pelo contrário, a
versão oficial divulgada pelas autoridades da época apontava o suicídio como causa
da morte, e o laudo da polícia atestava isso. No entanto, essa versão foi
contestada e desmentida por diversos indícios e evidências que apontavam para a
tortura e a morte sob custódia dos órgãos de repressão do regime militar.

A morte de Vladimir Herzog desencadeou uma grande comoção na sociedade brasileira,


incluindo protestos e atos em repúdio à violência do regime militar. O caso teve
grande repercussão e tornou-se um dos símbolos das violações de direitos humanos
cometidas durante o período da ditadura. A versão oficial de que Herzog teria se
suicidado na prisão não convenceu a população e gerou intensa indignação,
contribuindo para aumentar a pressão por abertura política e pelo fim do regime
militar.

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A resposta correta é:

c) Na troca de informação sobre movimentos de oposição e até de sequestro de


pessoas consideradas subversivas nos países do Cone Sul.

A Operação Condor foi uma ação de coordenação e cooperação entre as ditaduras


militares de alguns países da América do Sul durante a década de 1970. Essa
operação visava principalmente combater a oposição política e eliminar supostos
elementos subversivos que eram vistos como ameaça ao regime militar em cada país
participante.
Através da Operação Condor, os governos militares do Brasil, Chile, Argentina,
Uruguai, Paraguai e outros países trocavam informações de inteligência, realizavam
vigilância e perseguição a opositores políticos em territórios estrangeiros e até
mesmo efetuavam sequestros, prisões ilegais e execuções extrajudiciais. A
cooperação entre as polícias e os serviços de inteligência desses países ampliou a
capacidade repressiva e violadora dos direitos humanos.

Essa operação ficou conhecida por sua brutalidade e pelos abusos cometidos contra
os direitos humanos, tendo resultado em inúmeras mortes, desaparecimentos forçados
e prisões arbitrárias. A Operação Condor foi uma das expressões mais violentas da
repressão política durante a época das ditaduras militares no Cone Sul da América
Latina.

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A Ponte Rio-Niterói é uma importante obra de engenharia localizada no estado do Rio


de Janeiro, no Brasil. Ela foi construída durante o período da ditadura militar,
sendo inaugurada em 4 de março de 1974. A ponte é uma importante ligação entre a
cidade do Rio de Janeiro e a cidade de Niterói, atravessando a Baía de Guanabara, e
se tornou uma das principais vias de acesso entre essas duas cidades. A construção
da Ponte Rio-Niterói foi uma das grandes obras de infraestrutura realizadas durante
o chamado "Milagre Econômico" brasileiro, um período de rápido crescimento
econômico durante a ditadura militar, especialmente na década de 1970.

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c) propiciou uma operação de propaganda do governo Médici, tentando associar a


conquista ao regime autoritário.

A vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 no México foi amplamente utilizada


pelo governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) como uma operação
de propaganda para tentar associar a conquista esportiva ao regime autoritário da
ditadura militar. O governo Médici usou o sucesso da seleção brasileira como uma
forma de exaltar o suposto desenvolvimento econômico e político alcançado durante a
ditadura militar, promovendo o slogan "Brasil: Ame-o ou Deixe-o". O objetivo era
criar uma imagem de que o regime autoritário trazia prosperidade e união ao país,
buscando legitimar o governo perante a população e minimizar os questionamentos e
críticas às violações dos direitos humanos e à repressão política que ocorriam
durante o período.

Essa vitória na Copa do Mundo de 1970 também foi usada como uma forma de distrair a
população dos problemas e das questões políticas mais sérias, desviando a atenção
para o êxito esportivo do país. A Ditadura Militar utilizou a conquista do
tricampeonato mundial para promover uma imagem positiva do regime perante a
comunidade internacional, buscando projetar uma imagem de sucesso e estabilidade do
Brasil no cenário internacional.

No entanto, é importante destacar que o otimismo propagado pelo governo durante o


"Milagre Econômico" do período não refletia a realidade completa do país. Muitos
problemas sociais e políticos persistiam, e a ditadura militar estava longe de
representar um regime de liberdade e justiça para todos os brasileiros. A vitória
na Copa do Mundo foi usada como uma ferramenta de propaganda do regime, mas não
conseguiu apagar as questões mais profundas e controversas associadas ao período da
ditadura militar no Brasil.

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A Política de Distensão, levada a cabo pelo General Ernesto Geisel, visava acalmar
a tensão política entre o Governo e a Oposição. O objetivo dessa política era
reduzir a repressão política e promover uma abertura política controlada,
permitindo uma maior participação de setores da sociedade civil no processo
político.

Ernesto Geisel procurou diminuir a atuação repressiva do regime e conceder anistia


a alguns presos políticos. Além disso, durante seu governo, houve um relativo
afrouxamento da censura e uma maior tolerância a algumas manifestações de oposição.

A Política de Distensão tinha como objetivo acalmar a pressão interna e externa por
uma abertura política, mas sempre buscando manter o controle das Forças Armadas
sobre o governo e o processo de transição. Apesar das tentativas de abertura, a
Ditadura Militar ainda estava no poder e só haveria uma redemocratização mais ampla
nos anos seguintes.

Ernesto Geisel inaugurou uma nova era dentro do regime militar. Como o movimento
guerrilheiro urbano e rural já havia sido esmagado, Geisel passou a promover
políticas que garantissem uma saída ordenada dos militares da cena política. Dessa
maneira visava agradar tanto os setores militares como a oposição.

As demais opções não estão corretas. Fazem referência a fatos que não são realistas
como a sobrevivência do Milagre Econômico e anular as políticas do governo Médici.

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O AI-5, Ato Institucional nº 5, foi um dos atos mais repressivos do regime militar
no Brasil. Ele foi promulgado em 13 de dezembro de 1968 e conferiu amplos poderes
ao Poder Executivo, especialmente ao presidente da República. Com o AI-5, o governo
militar ampliou sua influência e autoridade, instituindo a censura, suspendendo
direitos e garantias individuais, e atribuindo-se funções próprias do Poder
Judiciário.

A suspensão da garantia de habeas corpus, conforme previsto no artigo 10 do AI-5,


era uma medida que permitia a prisão e detenção arbitrária de opositores políticos
e críticos do regime, sem a necessidade de ordem judicial, ampliando o poder do
Executivo sobre as liberdades individuais.

O artigo 11, por sua vez, excluía qualquer apreciação judicial sobre os atos
praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares, tornando esses atos
imunes a qualquer questionamento ou controle do poder judiciário.

O AI-5 representou um dos momentos mais repressivos e autoritários do regime


militar, ampliando significativamente os poderes nas mãos do Executivo e
restringindo os direitos e liberdades dos cidadãos brasileiros.

O AI-5 representava "o golpe dentro do golpe", porque o Poder Executivo ampliava
sua influência, instituindo a censura e atribuindo-se funções próprias do Poder
Judiciário.

A alternativa a) "a substituição da Constituição de 1967" é incorreta, pois o AI-5


não tinha intenção de substituir a Carta Magna. A alternativa b) "o início do
processo de distensão política" é falsa, pois a distensão só seria realizada no
final do governo Geisel.

A opção c) "a garantia legal para o autoritarismo dos juízes" não expressa a
realidade porque, na verdade, o AI-5 retirava poder dos juízes. Já a alternativa e)
"a revogação dos instrumentos jurídicos implantados durante o regime militar de
1964" também não é certa, porque tal fato não aconteceu.
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a) Aprovação do Ato Institucional nº 5, que limitou drasticamente a liberdade de


expressão e instituiu medidas que ampliaram a repressão aos opositores do governo
militar.

O texto faz referência à situação do país após a aprovação do Ato Institucional nº


5 (AI-5) em 13 de dezembro de 1968. O AI-5 foi o ato mais repressivo e autoritário
do regime militar no Brasil, e sua promulgação marcou um período ainda mais sombrio
e repressivo da ditadura.

O AI-5 conferiu amplos poderes ao Poder Executivo, especialmente ao presidente da


República, e suspendeu diversas garantias individuais, incluindo a suspensão da
garantia de habeas corpus e a possibilidade de intervenção federal nos estados e
municípios. Além disso, o AI-5 ampliou a repressão política, permitindo a prisão e
detenção arbitrária de opositores políticos, o fechamento do Congresso Nacional e
de assembleias legislativas estaduais e municipais, a cassação de mandatos
políticos, e a censura prévia nos meios de comunicação.

O trecho do cabeçalho do Jornal do Brasil, mencionando o "Tempo negro" e a


"Temperatura sufocante" refere-se ao clima de medo, repressão e tensão que se
instalou no país após a promulgação do AI-5. O "ar irrespirável" indica a atmosfera
de restrição das liberdades civis e a perseguição política que se intensificou após
a implementação do ato.

Portanto, a opção a) é a resposta correta, fazendo referência à aprovação do Ato


Institucional nº 5 e suas consequências para a liberdade de expressão e a repressão
política durante a ditadura militar.

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O AI-2 foi um ato que instituiu a eleição indireta para presidente da República,
extinguindo a eleição direta que havia sido estabelecida na Constituição de 1946.
Com isso, o presidente passou a ser eleito por um colégio eleitoral composto por
parlamentares e representantes das assembleias legislativas estaduais.

Essa mudança no processo de escolha do presidente visava concentrar o poder


político nas mãos dos militares e evitar a possibilidade de candidatos considerados
indesejáveis pela cúpula militar serem eleitos por meio do voto popular.

O AI-2 foi mais um dos atos autoritários que contribuíram para consolidar o regime
militar no Brasil e para ampliar o controle do governo sobre o processo político do
país. Foi um passo importante na direção do endurecimento do regime e da
concentração do poder nas mãos dos militares durante a ditadura.

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O AI-1 foi promulgado em 9 de abril de 1964, logo após o golpe militar que depôs o
presidente João Goulart e instaurou o regime militar no país. Esse ato estabeleceu
algumas medidas que davam amplos poderes ao governo militar e restringiam
liberdades políticas e civis. Dentre as principais disposições do AI-1, destacam-
se:

Intervenção nos Estados: O AI-1 autorizava o presidente da República a decretar a


intervenção federal em estados e municípios, permitindo a destituição de
governadores e prefeitos e a nomeação de interventores militares.
Nomeação de Novo Presidente: O ato declarou a vacância do cargo de presidente da
República e estabeleceu que o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli,
assumisse a presidência interinamente, abrindo caminho para a posse do marechal
Humberto de Alencar Castelo Branco como presidente, no dia seguinte.

Suspendeu Imunidade Parlamentar: O AI-1 suspendeu o funcionamento do Congresso


Nacional e as imunidades parlamentares, dando ao presidente o poder de governar por
meio de decretos-lei.

Cassação de Mandatos: O ato cassou os mandatos de parlamentares e outros políticos


considerados incompatíveis com o regime militar.

Restrições a Liberdades Civis: O AI-1 deu poderes ao governo para restringir


direitos políticos e civis, bem como intervir em sindicatos e partidos políticos.

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a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de


esquerdismo e comunismo do governo João Goulart.

A "Marcha da Família com Deus pela Liberdade" foi uma manifestação que ocorreu em
março de 1964 na cidade de São Paulo, e foi um dos eventos que antecederam o golpe
militar de 1964 no Brasil. Essa marcha foi organizada por setores conservadores da
sociedade, incluindo grupos políticos, empresários, setores da Igreja Católica e
outras entidades de direita.

A marcha foi uma demonstração de forças contrárias ao governo do presidente João


Goulart, acusado por esses setores de promover um suposto "esquerdismo" e de estar
conduzindo o país ao comunismo. As manifestações de apoio ao governo Goulart, como
mencionado na alternativa b), não eram o cenário predominante naquele momento.

O evento também pode ser considerado uma resposta ao Comício da Central do Brasil,
realizado no Rio de Janeiro em março de 1964, onde João Goulart fez discursos
defendendo reformas sociais e políticas, o que acirrou ainda mais as tensões
políticas e contribuiu para o golpe militar.

Portanto, a resposta correta é a alternativa a), que destaca que a "Marcha da


Família com Deus pela Liberdade" foi uma manifestação de forças conservadoras de
direita contra o governo de João Goulart.
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c) no Rio Grande do Sul, junto ao então governador Leonel Brizola.

Ao saber da mobilização de setores das Forças Armadas com o intuito de depô-lo do


poder, o então Presidente da República, João Goulart, procurou apoio junto a
diferentes lideranças e grupos políticos para tentar resistir ao golpe militar de
1964. Uma das principais figuras que Goulart buscou apoio foi o governador do Rio
Grande do Sul, Leonel Brizola, que era seu cunhado.

Leonel Brizola, líder trabalhista e nacionalista, tinha uma posição de apoio ao


governo de João Goulart e se mostrava disposto a mobilizar grupos populares e
militantes para resistir ao golpe. Ele organizou esforços para formar uma
resistência ao movimento golpista e defender a legalidade do governo Goulart.

No entanto, apesar dos esforços de Goulart e de seus aliados, o golpe militar


acabou sendo bem-sucedido, e João Goulart foi deposto do cargo de presidente em 31
de março de 1964, sendo obrigado a se exilar no Uruguai e depois na Argentina. O
regime militar que se instalou no Brasil perdurou por mais de duas décadas, até o
processo de redemocratização na década de 1980.

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