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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Aluno(a): Thaís Santos Tavares

Matrícula: 201900001864

Professora: Paula Michele dos Santos Leite.

Atividade Unidade III – Disciplina Tópicos Especiais em Fisioterapia


(Fisioterapia em Queimados)

PARTE 1: Resumo aula Eletroterapia no paciente com sequela de


queimaduras e feridas.
A professora trouxe um estudo de caso sobre uma paciente que estava no
incêndio da boate kiss, foi feito o uso de laser terapia 3 vezes na semana, foi
visível a diminuição no comprimento e largura da lesão. Luigi galvani, em 94
forneceu a primeira evidência de que animais possuíam eletricidade, Emil Du-
Bois Reymond um fisiologista alemão fez o primeiro registro de correntes
elétricas em uma ferida, a bioeletricidade foi detectado em feridas de todos os
animais estudados, incluindo humanos, por isso que vemos bons resultados da
eletroterapia. Ainda não conseguiu medir o campo elétrico de uma queimadura,
a eletroterapia direciona as células para o ambiente da ferida e assim começa
a cicatrização, as células epiteliais humanas respondem ao estímulo e ela
melhora a perfusão cutânea, a eletro diminui as bactérias na ferida, diminui a
inflamação e direciona o retorno de células tronco. Foi apresentado um dado
de algumas revisões sistemáticas com meta análise, que demonstraram que a
estimulação elétrica diminuiu significativamente o tamanho das feridas e resulta
em taxas de recuperação mais altas.

Microcorrente, é uma estipulação elétrica neuromuscular bastante útil e eficaz


no início e na sustentação dos eventos elétricos e químicos que ocorrem no
processo de cicatrização das feridas, bioeletricidade tecidual, incremento da
síntese de ATP e da síntese proteica, aumento da permeabilidade das
membranas celulares e do transporte de aminoácidos, e estímulo ao
crescimento do tecido conjuntivo. Não apresenta efeitos adversos ou
complicações, pode ser utilizada junto aos curativos convencionais e outros
fármacos, intensidade varia de 1 a 20 mA e a duração da aplicação de 2 a 60
minutos. O primeiro artigo que a professora trouxe mostrou que a microcorrente
combinada com o ultrassom não causou a aceleração da cicatrização, só
diminuiu a inflamação. O segundo, usou outro tipo de microcorrente, que teve
um impacto significativo no processo de cicatrização e acelerou esse processo.

Outras correntes: estimulação elétrica, em 21 ensaios clínicos randomizaria


que usaram a estimulação elétrica, ela foi associada a uma redução mais
rápida da área da ferida ou a uma maior proporção de feridas que cicatrizaram
em 14 dos 16 ensaios. Foram usadas corrente contínua, alternada, pulsado de
alta tensão e direta de baixa intensidade, campo eletromagnético pulsado e
estimulação elétrica. Chegaram à conclusão que a estimulação elétrica diminui
a infecção bacteriana, aumenta a perfusão local e acelera a cicatrização de
feridas.

Dispositivos elétricos: curativo POSIFECT, dispositivo descartável, contém mini


circuito elétrico que fornecem microamperagem por corrente contínua na ferida,
eficaz para ativação da cicatrização de feridas crônicas. Curativo elétrico
Procellera, é seco, eletricamente inativo e suas baterias são ativadas quando
umedecidos com o exsudato da ferida ou com solução salina, segundo o
fabricante ele é capaz de gerar uma tensão sustentada por até 7 dias na
superfície da ferida. Wireless micro current stimulation, dispositivo de
estimulação elétrica, microcorrente sem fio que transfere 1,5 uA, indolor que
usa a capacidade de oxigênio e nitrogênio dos elétrons, as partículas criam
uma corrente contínua de intensidade muito baixa e não tem contato físico.

As limitações, pouco conhecimento da literatura existente, não tem parâmetros


específicos, medo de queimar o paciente.

PARTE 2: Resumo aula Abordagem multiprofissional ao paciente vítima


de queimadura.
Durante a pandemia houveram muitos casos de queimadura por uso
indiscriminado do álcool 70%, soda cáustica e ácidos de limpeza também são
responsáveis por essas queimaduras. As queimaduras de tipos de agentes
diferentes vão ter consequências diferentes, água tende a ser mais superficial,
óleo quente ou graxa podem causar queimaduras profundas imediatas, com
prófugos químicos alcalinos causam necrose coliquativa, onde o tecido é
transformado em uma massa viscosa e líquida, e a queimadura ácida causa
necrose de coagulação, onde a arquitetura do tecido morto pode ser
preservada, já as queimaduras elétricas podem causar danos profundos aos
tecidos, danos maiores do que a lesão que fica visível na pele.

Alguns dados sobre queimaduras é que são a 4ª maior causa de morte por
injúria unidirecional nos EUA, estima-se que ocorrem 1 milhão de acidentes
com queimaduras por ano no Brasil, 2/3 desses acidentes ocorrem dentro de
casa, 58% das vítimas são crianças e o principal agente causador é líquido ou
alimento superaquecido.

Os impactos que as queimaduras podem causar são graves deficiências


limitantes, reações psicológicas adversas com repercussões sociais,
desfiguração, perda parcial ou total do membro e perda de AVD’s.

Avaliação das queimaduras, é avaliado todo o paciente primeiro para depois


intervir na queimadura.

No tratamento das queimaduras são usados curativos, e o primeiro passo é a


interrupção do processo lesão e reposição de fluidos (através de pomadas, por
exemplo, ou líquidos e água), porque se o paciente desidratar pode aumentar a
gravidade da queimadura.

Agentes causais: Físicos- temperatura (vapor, objetos aquecidos, água quente,


chama), eletricidade (corrente elétrica, raio) e radiação (raio ultravioleta,
nucleares). Químicos- ácidos, bases, álcool e gasolina. Biológicos- animais
(lagarta de fogo, água viva, medusa), vegetais (látex, urtiga).

Queimaduras elétricas obrigatoriamente tem que ter um orifício de entrada e


saída.

Na prevenção é necessário conhecer a epidemiologia da região de atuação,


promover campanhas e cartilhas, nos primeiros socorros é preciso conhecer a
abordagem inicial, queimaduras, lavar o local com água corrente em
temperatura ambiente, retirar adornos e roupas excedentes, encaminhar ao
serviço especializado e conhecer ações que não devem ser realizadas.

Recursos fisioterapêuticos são a fisioterapia respiratória, drenagem postural,


desobstrução brônquica, reexpansão pulmonar e reeducação da função
muscular respiratória. O TENS e a laserterapia.

PARTE 3: Resumo aula Lesão inalatória: cuidados intensivos à


reabilitação cardiopulmonar

Existem alguns mecanismos que podem causar lesão nas vias inalatórias:

Térmica: inalação de ar seco e aquecido, pode gerar lesão na via aérea


superior, gera queimadura e edema da mucosa do nariz, boca, laringe e
faringe. Sintomas: rouquidão e tosse.

Inalação de monóxido de carbono pode gerar lesão da via aérea inferior,


irritação química por contato de substâncias tóxicas irão alterar o mecanismo
de transporte de oxigênio. Sintomas: broncoespasmo, tosse e broncorreia.

Formas de diagnóstico: é dado pelo histórico de exposição, sinais clínicos,


broncoscopia de fibra optica, radiografia do tórax após o terceiro dia de
queimadura.

Complicações sistêmicas: são mais frequentes durante a internação hospitalar,


que tem o índice de mortalidade aceitável de até 80%. Sonda e cateteres
aumentam diretamente os risco de infecção que podem levar as complicações.

Uma das complicações mais comuns é a pneumonia, broncoaspiração e lesão


inalatoria devido a ventilação prolongada.

Pode ocorrer tosse produtiva com expectoração de secreção purulenta e


deteriorização do estado geral.

Complicações sistêmicas da SARA (sdra): ocorrem de 2 a 7 dias depois da


inalação da fumaça, devido ao processo inflamatório com lesão em mucosa.
A sara tem vários níveis de leve a grave e é averiguado pelo sangue e com
relação da quantidade de oxigênio no sangue e a quantidade que o sangue
está recebendo.

Protocolo da avaliação do paciente: averiguar sinais vitais, sinais de dispnéia,


realizar ausculta pulmonar e identificar presença de secreção ou fuligem.

Indicações de oxigenoterapia: utilizar o oxímetro pra averiguar a saturação que


deve estar maior que 92% e se estiver menor que isso, o paciente precisará de
oxigênio.

Mecanismos para oxigenoterapia: cateter nasal, máscara facial com


reservatório, ventilação mecânica não invasiva e ventilação mecânica invasiva.

PARTE 4: Resumo do Caso Clínico.


Uma mulher estava em casa com seu ex namorado, ele sozinho foi fritar
comida e pegou uma panela pequena, encheu de óleo e deixou a comida
fritando e esqueceu lá, isso fez com que o óleo começasse a pegar fogo, a
mulher acordou no susto dele gritando muito e se deparou com uma labareda
muito grande, ai o na tentativa de apagar para que o fogo não chegasse na
tubulação de gás, ela pegou a panela e colocou na pia e ligou a torneira,
quando ela ligou a panela explodiu e ela começou a pegar fogo, assim que ela
percebeu se jogou no chão e começou a se debater para apagar. Mas a
queimadura tinha sido bem extensa, apesar disso ela conseguiu trocar de
roupa.

Assim que ela conseguiu, começou a corrida para o hospital mais próximo. Ao
chegar ao hospital ela começou a sentir muita dor e para sua surpresa ela
soube que naquele hospital nunca haviam tratado um paciente queimado, para
sua sorte tinha um dermatologista de plantão e com a ajuda desse profissional
a equipe começou a prestar os primeiros socorros nela. Usaram sulfadiazina de
prata em toda a extensão da queimadura e enrolaram ela em gaze, deram
sedativos para ela dormir.

Ela teve 40% do corpo queimado e foi transferida para outro hospital, pois o
que ela estava não tinha o suporte necessário. Foram realizadas 9 cirurgias, 4
delas foram de raspagem, esse procedimento é para retirar todo o tecido
queimado para não deixar pele morta, ela não fazia uso de morfina e por isso
toda vez que voltava da cirurgia ela sentia muita dor e a cada nova cirurgia de
raspagem a equipe descobria que uma maior quantidade das queimaduras
tinham sido de 3° grau, houveram algumas complicações e necrose, na ultima
cirurgia de raspagem ela descobriu que todas as queimaduras haviam sido de
3° grau, tinha afetado algumas tatuagens dela, o que afetou muito seu
emocional. Recebeu a noticia que iria precisar de transplante de pele em todo o
local queimado. Fez uma cirurgia para colocar a matriz dérmica, que é uma
camada de colágeno e elastina que fez a pele dela voltar com mais elasticidade
e mais lisa. Quando ela iria começar as cirurgias de transplante, ela acabou
pegando 3 infecções hospitalares, apesar de todos os seus cuidados, enquanto
ela tivesse com a infecção ela não poderia fazer os enxertos. Foi retirado
quase toda a pele da perna para fazer o enxerto e a cirurgia deu muito certo.
Ela ainda teve uma reação a um dos antibióticos que ela tomou durante as
infecções, demorou para sumir, mas ficou melhor. Ela se recuperou totalmente
das queimaduras e só restaram as cicatrizes.

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