Conceitos Gerais

Prof. Douglas José Mendonça

 Qual a primeira coisa
que lhe vem à cabeça
quando escuta a palavra
juros

2
 Objetivos

◉Apresentar os principais conceitos e fundamentos da

Matemática Financeira;

◉Conhecer as regras básicas da Matemática Financeira;

◉Discutir os regimes de capitalização;
◉Compreender o valor do dinheiro ao longo do tempo.

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 01 Definições Básicas

02 Diagrama do Fluxo de Caixa

SUMÁRIO 03 Regras Básicas

04 Regimes de Capitalização

05 Exercícios
2023 4
 Definições Básicas

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 6

Matemática Financeira
T r ata, em essência, do estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo.
O seu objetivo básico é o de efetuar análises e comparações dos vários
fluxos de entrada e saída de dinheiro de caixa verificados em
diferentes momentos. Receber uma quantia hoje ou no futuro não são
evidentemente a mesma coisa. Em princípio, uma unidade monetária
hoje é preferível à mesma unidade monetária disponível amanhã.
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Definições Básicas

◉ A matemática financeira trata, em essência, do

estudo do valor do dinheiro no tempo.

◉ O dinheiro cresce ao longo do tempo devido aos

juros.

◉ Nunca se devem somar valores monetários de

diferentes datas sem considerar o valor dos juros
do período.
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 Questões da Matemática Financeira

Qual será o valor de um Como comparar fluxos de

Capital de R$ caixa em diferentes
200.000,00 daqui um momentos do tempo: R$
ano? 70.000 hoje ou R$ 80.000
daqui a um ano?
Qual a melhor decisão Qual a melhor alternativa
de compra: à vista ou a de investimento?
prazo?
Qual o custo efetivo de
Como são formados uma operação de
os juros? empréstimo?
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 Definições básicas

◉ Capital (Valor Presente, Valor Atual, Principal):

valor principal de uma operação financeira.
○ Investimento: é o valor aplicado na operação;
○ Financiamento: valor do capital tomado
emprestado;
◉ Montante (Valor Futuro): é a soma do capital inicial
mais os juros calculados no período. Valor a
receber (Aplicação) ou a Pagar (Empréstimo).
M = C (Capital ) + J ( Juros )
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 10

A taxa de juro é o coeficiente que determina o valor

do juro, isto é, a remuneração do fator capital
utilizado durante certo período de tempo. As taxas
de juros se referem sempre a uma unidade de tempo
e podem ser representadas equivalentemente de
duas maneiras: taxa percentual e taxa unitária.
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Definições básicas

◉ A taxa percentual refere-se aos “centos” do capital, ou

seja, o valor dos juros para cada centésima parte do
capital.
◉ A taxa unitária centra-se na unidade de capital. Reflete o
rendimento de cada unidade de capital em certo período
de tempo.
◉ A transformação da taxa percentual em unitária se
processa simplesmente pela divisão da notação em
percentual por 100. Para a transformação inversa, basta
multiplicar a taxa unitária por 100.
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 Definições básicas

◉ Taxa de Juros (i): porcentagem a ser aplicada sobre

o Capital, resultando em um valor a ser pago
(custo do empréstimo) ou recebido (rendimento
de um investimento).
◉ Taxa de Juros representa do custo de
oportunidade.
Mon tan te ($) −Capital ($)
i= Juros ($)
Capital ($) i =[ Mon tan te ($)
Capital ($) ] −1 i = [ Capital ($) ]
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 Definições básicas

◉ Juro (J): remuneração do Capital investido ou o

Custo de um Capital tomado emprestado.
Expresso em unidades monetárias (R$, por
exemplo) e calculado para um certo capital por um
determinado período de tempo.
◉ Pode ser calculado pela diferença entre Montante
e Capital.
J = M ( Mon tan te) − C (Capital )
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 14

Os juros que efetivamente

induzem o adiamento do
consumo, permitindo a
formação de poupanças e
de novos investimentos na
economia.
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Definições básicas

◉ As taxas de juros devem ser eficientes de maneira

a remunerar:
○ o risco envolvido na operação (empréstimo ou aplicação),
representado genericamente pela incerteza com relação
ao futuro;
○ a perda do poder de compra do capital motivada pela
inflação;
○ Os juros devem gerar um lucro (ou ganho) ao proprietário
do capital como forma de compensar a sua privação por
determinado período de tempo.
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 Diagrama de Fluxo
de Caixa

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 17

A matemática financeira se preocupa com o

estudo das várias relações dos movimentos
monetários que se estabelecem em distintos
momentos no tempo. Estes movimentos
monetários são identificados temporalmente
através de um conjunto de entradas e saídas de
caixa definido como fluxo de caixa.
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Fluxo de caixa

◉ O fluxo de caixa é de grande utilidade para as

operações da matemática financeira,
permitindo que se visualize no tempo o que
Entradas ocorre com o capital.
de Caixa
(+)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo

Saídas de
Caixa (-)
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 Regras Básicas

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 Período de Capitalização

É intervalo de tempo em que os juros são incorporados

ao Capital (Principal).

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 Regras básicas

◉ Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da

operação como a taxa de juros devem necessariamente
estar expressos na mesma unidade de tempo.
◉ Por exemplo: um fundo de poupança que esteja
oferecendo juros de 2% ao mês e os rendimentos
creditados mensalmente.
◉ Se uma aplicação foi efetuada pelo prazo de um mês, mas
os juros definidos em taxa anual, não há coincidência nos
prazos e deve ocorrer necessariamente um “rateio”.

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 22

Os critérios de transformação do prazo e da

taxa para a mesma unidade de tempo podem ser
efetuados através das regras de juros simples
(média aritmética) e de juros compostos (média
geométrica), dependendo do regime de
capitalização definido para a operação.
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Regimes de
Capitalização

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 24

Os critérios (regimes) de capitalização demonstram

como os juros são formados e sucessivamente
incorporados ao capital no decorrer do tempo. Nesta
conceituação podem ser identificados dois regimes de
capitalização dos juros: simples (ou linear) e composto
(ou exponencial).
(ASSAF NETO, 2019)

“
 Regimes de capitalização

◉ O regime de capitalização simples comporta-se

como se fosse uma progressão aritmética,
crescendo os juros de forma linear ao longo do
tempo.

◉ Na capitalização simples, os juros somente

incidem sobre o capital inicial da operação
(aplicação ou empréstimo), não se registrando
juros sobre o saldo dos juros acumulados.
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 Regimes de capitalização

◉ O regime de capitalização composta incorpora ao

capital não somente os juros referentes a cada
período, mas também os juros sobre os juros
acumulados até o momento anterior.
◉ É um comportamento equivalente a uma
progressão geométrica no qual os juros incidem
sempre sobre o saldo apurado no início do período
correspondente (e não unicamente sobre o capital
inicial).
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 Comportamento dos juros
Capitalização Composta
(exponencial)

150
Capitalização Simples
140 (linear)
130

120

110

100

Tempo (ano)

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 Exercícios

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 Exercício 1

◉ Um Capital de R$ 30.000,00 é aplicado pelo prazo de

um ano na caderneta de poupança. O valor de resgate
da aplicação no vencimento é de R$ 32.250,00.
Encontre:
○ Valor (R$) dos juros; R$ 2.250,00
○ Taxa de juros da operação. 7,5%

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 Exercício 2

◉ Identifique as afirmativas correta:

a) Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da
operação como a taxa de juros devem estar sempre
expressos ao ano.
b) A taxa percentual de 9.385,67% equivale à taxa unitária
de 93,8567.
c) O juro pode ser entendido como o preço (recompensa)
exigido pela postergação de um recebimento de caixa.
d) Existe somente um critério (regime) de capitalização dos
juros.
Afirmativas corretas: b e c
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 Exercício 3

◉ Um empréstimo no valor de R$ 175.700 foi concedido

por um ano cobrando uma taxa de 7,2% a.a (ao ano).
Calcule:
○ Valor (R$) dos juros no período. R$ 12.650,40
○ Valor do montante a ser pago no vencimento. R$ 188.350,40

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 Exercício 4

◉ Uma aplicação de R$ 50.000,00 à taxa de

12% a.a produz um rendimento ao final de um
ano de:
a) R$ 600,00.
b) R$ 60.000,00.
c) R$ 56.000,00.
d) R$ 6.000,00
Letra d

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 Exercício 5

◉ Um aplicador investe R$ 120.000,00 na

expectativa de receber R$ 121.000,00 ao final
de um mês. A taxa de remuneração desta
aplicação é:
a) 1%.
b) 20%.
c) 0,833%.
d) 0,5%
Letra c

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 Bibliografia
➢ BÁSICA
- ASSAF NETO, A.; Matemática Financeira e suas Aplicações. 11. Ed. Atlas, SP.
2009.
- PUCCINI, A. L. Matemática Financeira Objetiva e Aplicada. Ed. Saraiva. 1998.
- TOSI, A. J. Matemática financeira com utilização do Excel 2000: aplicável Indicação principal:
também as versões 5.0, 7.0, 97, 2002 e 2003. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2008. estudar o capítulos 1 do
201 p. livro Matemática
Financeira e suas
➢ COMPLEMENTAR Aplicação. (ASSAF NETO,
- HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira 2009).
aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2009. 565 p.
- JACQUES, I. Matemática para Economia e Administração. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2010. (Biblioteca virtual Pearson).
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