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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa Literatura/2022

Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras


1)
Texto 2
A área de linguagens

As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes


linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo
mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão
imbricados conhecimentos, atitudes e valoresd culturais, morais e éticos.

Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares:


Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua
Inglesa. A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem
diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações
artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas
linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil.

As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento


escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de
cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso,
é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam
desse processo de constante transformação.

No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os componentes curriculares tematizam diversas


práticas, considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e
contemporâneas. Nesse conjunto de práticas, nos dois primeiros anos desse segmento, o
processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Afinal, aprender a ler e
escrever oferece aos estudantes algo novo e surpreendente: amplia suas possibilidades de
construir conhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na cultura letrada,
e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social.

Por sua vez, no Ensino Fundamental – Anos Finais, as aprendizagens, nos componentes
curriculares dessa área, ampliam as práticas de linguagem conquistadas no Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse segmento,
a diversificação dos contextos permite o aprofundamento de práticas de linguagem
artísticas, corporais e linguísticasc que se constituem e constituemb a vida social.

É importante considerar, também, o aprofundamento da reflexão crítica sobre os


conhecimentos dos componentes da área, dada a maior capacidade de abstração dos
estudantes. Essa dimensão analíticaa é proposta não como fim, mas como meio para a
compreensão dos modos de se expressar e de participar no mundo, constituindo práticas
mais sistematizadas de formulação de questionamentos, seleção, organização, análise e
apresentação de descobertas e conclusões. Considerando esses pressupostos, e em
articulação com as competências gerais da Educação Básica, a área de Linguagens deve
garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.

(BRASIL. Base nacional comum curricular: educação é base. Brasília: MEC, 2017, p. 63-64. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> Acesso em: 27 de jun. de
2022).

O elemento mórfico destacado está corretamente classificado somente em qual item?

a) analítica - {a-} - prefixo

b) constituem - {constitu-} tema

c) linguísticas - {-a-} - desinência de gênero

d) valores - {-es} - desinência modo-temporal

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IMPARH - Sec Esc (SME)/Pref Fortaleza/2021

Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras


2)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.

‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.

O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:


‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:

– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).

De acordo com as regras ortográficas, na grafia da palavra “ressentimento”,


acrescenta-se um S por causa do prefixo re-, para que o som dessa letra permaneça o
mesmo [s], como em sentimento. Qual alternativa apresenta correção na ortografia de
uma palavra com esse prefixo?

a) Durante o tempo de seu castigo, o tigre, já conformado, aproveitou para re-hidratar


seus pelos.

b) Ante a injustiça do leão, o tigre, rerespirando profundamente, questionou a decisão


dele.

c) O burro tinha o firme propósito de ressignificar as diferentes cores da grama.

d) O leão, após profunda análise, decidiu re-editar os termos do castigo.

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Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras
3)
Texto

Para ser feliz, de verdade, ninguém...

Para ser feliz, de verdade, ninguém precisa necessariamente de roupas caras, conta gorda,
carro importado, amigos bajuladores (falsos), joias pesadas, perfumes de minifrascos,
casas exageradas, iates luxuosos, restaurantes caros com pratos minúsculos, risos falsos ou
todas as “grandes coisas”.

Para ser feliz, de verdade, se consegue mesmo com as roupas mais simples, mas cheias de
humildade por baixo delas, com dinheiro o suficiente para honrar os seus compromissos
com dignidade e ainda sobrar uma grana para uma rodada da bebida preferida com os
amigos do lado esquerdo, com um carrinho velho, mas pago e cheio de boas histórias para
contar, com amigos do lado que você realmente pode contar, tendo, no dedo, mesmo
como única joia, um de dois anéis de um casal realmente apaixonado, usando o perfume
que você gosta e chamar atenção do mesmo jeito, só pelo resultado da mistura da
fragrância com o suor de gente honesta ter sido perfeita, ter barquinho para pescar,
casinha para morar, geladeira cheia e prato farto, conviver com boas e sinceras
gargalhadas e ter todos os grandes detalhes da vida que são o que, no final das contas, faz
a diferença.

Não é que o dinheiro seja a pior coisa do mundo. Neste mundo, ele é moeda e necessário
para facilitar a vida e, se o tivermos em abundância, não é uma coisa ruim, mas o
importante é entender que o que traz felicidade, realmente, não é esse tipo de
abundância, é a forma como a vida é encarada e vivida, como os valores são impressos
nesta mesma vida. Até pode-se ser feliz com muito dinheiro, mas é com pequenas coisas e
detalhes verdadeiros e carregados de Deus que o coração pode ficar cheio e pleno. Gente
rica tem mais possibilidade de ficar vazia, pela presença exagerada das grandes coisas e
ausência dos detalhes.

Adaptado de FURTADO, Clara. In https://www.pensador.com/frase/OTU4NDU2/(acesso em 11/08/2021).

Em “ter barquinho para pescar, casinha para morar”, o sufixo diminutivo -inho(a) foi
empregado pela autora para:

a) explicitar o fato de que, com pouco dinheiro, só se pode adquirir coisas pequenas.

b) agregar uma significação atenuada ou de teor afetivo e enfatizar o seu valor positivo.

c) demonstrar efetivamente a dimensão minúscula dos objetos desejados pelas pessoas.

d) suscitar a ideia de que esses desejos de consumo da maioria das pessoas não têm valor.

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Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras
4)
Ética profissional. ¹“Tendo essencialmente a mesma natureza da ética, disciplina
filosófica reflexiva e preocupada finalisticamente com o bem, a ética profissional pode ser
compreendida como uma reflexão pessoal do agente profissional, buscando definir
diretrizes lógicas e valorativas, orientadoras de seu procedimento laboral. Esse refletir
ético é também um dado subjetivo e apriorístico, verificado no íntimo da consciência do
profissional, visando perfectibilizar um comportamento condizente com os ideais de sua
profissão e a expectativa de seu cliente.” (Oscar D’Alva e Souza Filho). O mesmo que ética
do trabalho. Ver: ética, ética do trabalho, ética negocial, disciplina, profissional, valores,
profissão, expectativa, cliente e deontologia. Professional ethics (Ingl).

In DUARTE, Geraldo. Dicionário de administração. 3 ed. Fortaleza: Realce, 2009, p. 306.

A exemplo do verbo “perfectibilizar”, o qual apresenta o sufixo -izar, assinale a


alternativa em que os três verbos se grafam com esse sufixo.

a) avi___ar – fri___ar – pesqui___ar

b) anarqui___ar – bati___ar – mati___ar

c) catali___ar – desli___ar – flexibili___ar

d) mecani___ar – parali___ar – repri___ar

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Português/2013

Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras


5)
Marque a alternativa em que ocorre derivação parassintética.

a) Infelizmente.

b) Deslealdade.

c) Coautor.

d) Desfazer.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Português/2013

Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras


6)
LEIA O TEXTO
“Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que não esperava viver muito tempo
por ser um cardisplicente.

-O quê?

-Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.

Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.

- “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei.

- Mas se eu inventei como é que não existe? – espantou-se meu amigo.

Semanas depois deixou em saudades fundas companheiros, parentes e bem-amadas.

Homens de bom coração não deveriam ser cardisplicentes.” – Conforme sugere o texto,
“cardisplicente” é

Millor Fernandes – Ernani Terra Ed. Ática - pág. 78 - 2002

a) uma criação de palavras pelo processo de composição.

b) um jogo fonético curioso, mas arbitrário.

c) um neologismo desprovido de indícios de significação.

d) palavra técnica constante de dicionários especializados.

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Língua Portuguesa (Português) - Formação e Estrutura das Palavras


7)
“O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem.
Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão
afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o
usamos para desarmar certas palavras que, por sua forma original são ameaçadoras
demais.”

Luís Fernando Veríssimo – Ernani Terra – Ed. Ática, pág. 179 – 2002.

A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor para diminutivo é:

a) O iogurtinho que vale por um bifinho.

b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir inteiramente das mulheres.

c) Gosto muito de te ver, Leãozinho.


d) Vamos bater um papinho?

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Artes/2022

Língua Portuguesa (Português) - Substantivo


8)
"Il faut cultiver notre jardin." (Voltaire)

Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?

Na era em que vivemos, é bastante complicado respondermos essas perguntas. É o bem


contra o mal, a sombra contra a luz, pessoas com anseio de “mudar o mundo” e não
mudam a si mesmas, revolução, extremismo, violência; o jardim do vizinho “mais verde”
que o seu; nas redes sociais, também podemos perceber muitos “jardins” maquiados de
photoshop e muita hipocrisia disfarçada em uma maçã bonita por fora e estragada por
dentro. Eu me pego pensando como seria diferente se cada um cuidasse do seu jardim com
a mesma intensidade e capacidade de cuidar do jardim do vizinho, imagina que mundo
maravilhoso teríamos!

Apenas acredito profundamente: é necessário cultivar o nosso jardim. Escolha


criteriosamente as sementes, seja de grandes árvores, seja de pequenas flores; tenho
certeza de que, se forem bem semeados e cuidados, os frutos e as flores serão lindos,
atrairão pássaros, borboletas e até olhares curiosos, querendo saber como conseguiu
florescer um jardim como esse.

Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes.
Entrarão no seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os
pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o
propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as
corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as
técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu jardim.

A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.

Adaptado de GONÇALVES, Carolina de Almeida. In


https://administradores.com.br/artigos/como-est%C3%A1-o-cultivo-do-seu-
jardim; acesso em 28/01/2022.
No último parágrafo, quanto ao uso-padrão da língua portuguesa e ao gênero dos
substantivos “alface” e “tomate”, observa-se que os dois substantivos:

a) apresentam o mesmo gênero, uma vez que ambos são masculinos.

b) pertencem a gêneros diferentes: este é masculino, e aquele, feminino.

c) têm gêneros distintos, sendo o primeiro masculino e o segundo feminino.

d) são classificados como femininos, pois se enquadram os dois nessa categoria.

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IMPARH - Sec Esc (SME)/Pref Fortaleza/2017

Língua Portuguesa (Português) - Substantivo


9)
O ursinho, não!

Um dia depois que a menina completou 10 anos, a mãe desconfiou de alguma coisa e
resolveu levá-la ao médico.

Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:

– O ursinho tem de ir comigo. Ele é o meu filho querido.

Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:

– Quem foi?

A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:

– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.

– E você vai ajudar?


Nova afirmativa. E aí ela fitou a mãe, os olhos cheios de lágrimas:

– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!

– Está bem! – disse a mãe. O ursinho é só seu!

Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.

Adaptado de SCLIAR, Moacir. In http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff05109809.htm. Acesso em


06/07/2017.
As palavras “baixinho”, “ursinho”, “irmãozinho” e “filhinho” são exemplos, de acordo
com a gramática normativa, de flexão de:

a) número.

b) gênero.

c) tempo.

d) grau.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa/2017

Língua Portuguesa (Português) - Substantivo


10)
Cada item desta questão apresenta a definição de substantivo. Aponte aquela que se
distancia mais dos postulados da gramática tradicional.

a) “Do ponto de vista da função textual, o substantivo, examinado na sua relação com a
proeminência sonora e com a posição do enunciado, é peça da organização da informação.
No nível da frase, tem vocação especial para tema, ou seja, para ponto de partida da
mensagem. No nível do texto, na organização entre informação nova e informação velha,
os nomes mapeiam uma rede de recuperações, remissões, projeções” (NEVES, 1997, p.
65).

b) “Todo nome (v.) ou pronome (v.) que designa um ser, caracterizando-se na frase pela
possibilidade de funcionar como sujeito ou objeto. Opõe-se ao adjetivo (v.), que com ele
se articula como seu adjunto ou predicativo, e, como o adjetivo, é uma divisão secundária
dos nomes e pronomes” (CÂMARA JUNIOR, 1986, p. 226).

c) “Substantivo é a palavra que nomeia os seres. O conceito de seres deve incluir os


nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de grupos, de indivíduos e de entes
maravilhosos”* (INFANTE, 2001, p. 282).
d) “Substantivo (nome substantivo) é a palavra que designa um ser, e sintaticamente pode
funcionar como núcleo de sujeito, predicado e objeto” (LUFT, 1989, p. 102).

* Grifos do autor.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogo/2015

Língua Portuguesa (Português) - Substantivo


11)
Leia o texto abaixo e responda à questão.

Como trabalhar as relações raciais na pré-escola

Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que


deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade

Preconceito, está no dicionário, é "qualquer opinião ou sentimento, favorável ou


desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão". Portanto, é coisa
pensada, raciocínio elaborado, restrito aos adultos, certo? Errado. Nem as crianças
pequenas estão imunes às múltiplas formas de discriminação.

Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".

— Por que feia?, perguntou a professora.

— Porque ela é igual a mim, respondeu a garota.

É por isso que o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os
primeiros anos da Educação Infantil. "O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E
esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola", destaca o
sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar).

No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.
Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.

No lead – “Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser
ensinada desde os primeiros anos de escolaridade ”, a maioria dos substantivos são:

a) derivados.

b) compostos.

c) concretos.

d) abstratos.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Matemática/2015

Língua Portuguesa (Português) - Substantivo


12)
Leia o texto abaixo e responda às questões.

No calor do momento

Este incidente ocorreu numa cidade australiana chamada Darwin – talvez porque a moça
mereça o Darwin Awards*. Já era noite quando a sujeita, de nome não revelado, resolveu
beber umas cervejas em seu trailer. Meio grogue, ela notou (ou imaginou, ninguém sabe ao
certo) que havia uma cobra na residência. Muito esperta, lembrou que cobras não gostam
de calor e chegou à solução perfeita: tacar fogo na casa! Era para ser só uma fogueirinha,
mas as madeiras do trailer resolveram entrar na dança e o veículo foi totalmente
incendiado. Pior: nem ela nem a polícia acharam a tal invasora depois. Quando as
autoridades saíram, ela ainda pensava em como se livrar da serpente.

Adaptado de No calor do momento. Mundo estranho, São Paulo, ed. 166, p. 66, maio 2015. *

São honras atribuídas de uma forma irônica, cujo nome provém de Charles Darwin, o
criador da teoria da evolução. Estes prêmios são atribuídos de forma simbólica àqueles
que cometeram erros altamente absurdos ou se descuidaram idioticamente, pondo fim à
própria vida ou causando a sua esterilização. Estes prêmios baseiam-se no pressuposto de
que estes indivíduos, ao se autodestruírem, contribuem para a melhoria do pool genético
humano ao eliminarem os seus "maus" genes
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Prémios_Darwin. Acesso em 12/07/15).

O substantivo “fogueirinha” está no grau diminutivo, na sua forma sintética; a forma


analítica desse termo é:

a) fogueira anã.

b) fogueira menor.

c) fogueira grande.

d) fogueira pequena.

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IMPARH - Sec Esc (SME)/Pref Fortaleza/2023

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


13)
Texto

Que mistério tem Clarice?

Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.

‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.

No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:

‒ Procuro viver rapidamente os fatos, porque a meditação profunda me espera!”

CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.
O adjetivo, no termo “sua grande amiga”, tem o seguinte significado:

a) “pessoa de influência e poder, por ter condição social ou política elevada”.

b) “de qualidade superior; excelente; magnífico, soberbo”.

c) “de amplas qualidades morais, intelectuais etc.”.

d) “exímio naquilo que faz; notável, eminente”.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Artes/2022

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


14)
"Il faut cultiver notre jardin." (Voltaire)

Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?

Na era em que vivemos, é bastante complicado respondermos essas perguntas. É o bem


contra o mal, a sombra contra a luz, pessoas com anseio de “mudar o mundo” e não
mudam a si mesmas, revolução, extremismo, violência; o jardim do vizinho “mais verde”
que o seu; nas redes sociais, também podemos perceber muitos “jardins” maquiados de
photoshop e muita hipocrisia disfarçada em uma maçã bonita por fora e estragada por
dentro. Eu me pego pensando como seria diferente se cada um cuidasse do seu jardim com
a mesma intensidade e capacidade de cuidar do jardim do vizinho, imagina que mundo
maravilhoso teríamos!

Apenas acredito profundamente: é necessário cultivar o nosso jardim. Escolha


criteriosamente as sementes, seja de grandes árvores, seja de pequenas flores; tenho
certeza de que, se forem bem semeados e cuidados, os frutos e as flores serão lindos,
atrairão pássaros, borboletas e até olhares curiosos, querendo saber como conseguiu
florescer um jardim como esse.

Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes.
Entrarão no seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os
pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o
propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as
corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as
técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu jardim.
A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.

Adaptado de GONÇALVES, Carolina de Almeida. In


https://administradores.com.br/artigos/como-est%C3%A1-o-cultivo-do-seu-
jardim; acesso em 28/01/2022.

Em “a frase fica muito clara”, a forma adjetival em destaque está flexionada no grau:

a) comparativo de superioridade.

b) superlativo absoluto sintético.

c) superlativo absoluto analítico.

d) relativo de superioridade.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogo/2022

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


15)
Dia Mundial de Alfabetização reforça a importância da temática em meio as
consequências da pandemia

No dia 08 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada


pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1966.

Essa celebração foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à
alfabetização fossem discutidos no mundo todo, promovendo o amplo debate sobre a
importância da alfabetização, principalmente em países que ainda possuem índice de
analfabetismo considerável.

A alfabetização de crianças e adultos podem mudar de maneira significativa os rumos de


um país, uma vez que, quanto maior o acesso do indivíduo a tudo o que a leitura oferece,
seja por via cultural, lazer ou até mesmo pela própria educação, maiores são as chances
de conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho e, consequentemente, uma
melhor qualidade de vida e acesso a novos caminhos.

Assim sendo, esta data tem uma relevância muito grande, já que não só conscientiza sobre
a importância de saber ler e escrever, como também discute e propõe alternativas
possíveis para que a alfabetização seja acessível à todos.

Analfabetismo em números
Os esforços para erradicar o analfabetismo no mundo tem sido constantes. De acordo com
dados divulgados pela Unesco, em 2019, apesar dos progressos feitos ao longo dos anos,
cerca de 773 milhões de adultos em todo o mundo ainda não dominam as competências
básicas em escrita e leitura.

No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão
longe de serem ideais. O país ainda tem 11 milhões de analfabetos, segundo dados de 2019
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,3% (2016) para 6,6%
(2019). Segundo o levantamento, o analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à
idade. Isso quer dizer que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de
analfabetos.

A importância da alfabetização: mais que ler e escrever

A etapa mais importante do desenvolvimento infantil se inicia na primeira infância. Nesta


fase, a aprendizagem acontece inicialmente por meio das brincadeiras, musicalidade,
artes e tantas outras atividades que despertam a curiosidade das crianças.

A alfabetização é definida como o processo de aprendizagem onde se desenvolve a


habilidade de ler e escrever de maneira adequada e a utilizá-la como um código de
comunicação com o meio.

A professora e pesquisadora da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade


de São Paulo (USP) Silvia Colello comenta sobre o processo de alfabetização, a sua
importância e os desafios neste período de pandemia. A especialista é autora de seis
livros, incluindo, Alfabetização: O quê, Por quê e Como (2021) e A escola que (não) ensina
a escrever (2004).

Qual o significado deste Dia Mundial da Alfabetização?

A data foi criada para que seja um marco no processo de alfabetização. Ela [a
alfabetização] é importante em três sentidos:

Pessoal – A língua escrita é constitutiva do indivíduo. Aquele que tem o recurso de ler e
escrever, adquire, consequentemente, uma série de estratégias e modos de
comportamento. Sabe buscar uma informação ou transmitir uma ideia.

Pedagógico – A data nos faz refletir sobre a qualidade de ensino. No mundo de hoje, não
vale mais a pena somente aprender a ler e escrever no sentido restrito de dominar a
ortografia. É preciso qualificá-lo para promover a emancipação da pessoa.

Político – Não há democracia se não existir uma sociedade letrada, indivíduos que possam
transitar nas práticas de língua escrita do seu mundo.
Há uma idade indicada para iniciar a alfabetização da criança?

Desde que nasce, a criança já tem contato com situações nas quais o letramento está
presente, seja pelo contato com a literatura infantil, seja pelas brincadeiras cantadas,
trabalho com rimas e a consciência de palavras está bastante presente.

Os desafios aos educadores são vários, pois cada criança é um sujeito único, um ser
singular, que participa de práticas de letramento diferenciadas, de acordo com o seu
repertório cultural, adquirido na família e no ambiente social em que vive.

Emília Ferreiro, pesquisadora argentina, diz que a criança não pede autorização para
aprender. Ela [a criança] é um ser curioso e se apropria das práticas do seu mundo. Um
exemplo: uma mãe que conta histórias para seu filho. Este, irá se apropriando da ideia de
gênero, ou seja, um conto de fadas é diferente de uma notícia de jornal, ou de uma
receita de cozinha, e a maneira como são escritas, são diferentes da maneira com que a
gente fala. Este aprendizado é a chave para poder se alfabetizar.

A criança que convive com as práticas de leitura e escrita desde muito cedo, quando chega
a escola, manifesta o desejo de aprender a ler e escrever e este aprendizado,
consequentemente, acontece de forma rápida e natural. Já aquelas que convivem em
ambientes menos letrados e não têm contato com gibis e livros em casa, acabam por levar
mais tempo neste processo de aprendizagem ou, às vezes, não conseguem aprender a ler e
escrever.

Como incentivar este processo de forma natural?

O ideal é termos políticas públicas de distribuição, não só de livros, gibis e materiais


escritos, mas também no sentido de promoção do acesso aos bens culturais (cinema,
teatro, exposição), estímulo às campanhas de orientação aos pais de incentivo à leitura
infantil e disponibilização de bibliotecas acessíveis às crianças e suas famílias.

Países como Espanha e Estados Unidos desenvolveram programas de distribuição de livros,


de orientação aos pais, como incentivo às práticas de leitura e escrita, possibilitando um
desempenho melhor destas crianças, num processo de alfabetização futuro.

Uma dica aos pais é que estimulem as crianças à uma experiência cotidiana de leitura,
promovendo acesso a livros coloridos e histórias contadas de forma que incentivem a
criatividade e a imaginação.

Como a interrupção no ensino e, posteriormente, a mudança no modelo de Educação,


ambas circunstâncias causadas pela pandemia, podem impactar no ensino das crianças?

O contexto da pandemia tende a acentuar não somente as desigualdades econômicas e


sociais, mas também as desigualdades educacionais. É preciso considerar que a questão
não é somente a oferta de aulas não presenciais, mas o acesso dos estudantes aos meios
tecnológicos.
Neste momento que é o ingresso no ensino fundamental, as crianças vivem quase que um
rito de passagem, são contagiadas pela magia e as experiências da escrita.
[...]
Em relação às etapas de ensino mais prejudicadas, poderíamos destacar o 1º ano do ensino
fundamental e o 3º ano do ensino médio, as duas pontas. Nestas etapas, o
acompanhamento docente faz-se amplamente necessário para que os estudantes
aprendam e se desenvolvam.

No caso do ensino médio, o maior risco e preocupação que este contexto apresenta é em
relação à evasão e fracasso escolar. Com a falta de acesso aos meios tecnológicos, pouco
acompanhamento familiar e dificuldade em acessar a escola, as crianças são impulsionadas
a um processo de exclusão escolar.

(Disponível em: <https://www.fadc.org.br/noticias/dia-mundial-da-alfabetizacao> Acesso em: 23 de jun. de 2022 –


com adaptações).

A palavra destacada está corretamente classificada em qual item?

a) “O ideal é termos políticas públicas de distribuição, não só de livros, gibis e materiais


escritos, mas também no sentido de promoção do acesso aos bens culturais” (advérbio).

b) “[...] possibilitando um desempenho melhor destas crianças, num processo de


alfabetização futuro.” (adjetivo).

c) “estímulo às campanhas de orientação aos pais de incentivo à leitura infantil e


disponibilização de bibliotecas acessíveis às crianças e suas famílias.” (verbo).

d) “[...] possibilitando um desempenho melhor destas crianças, num processo de


alfabetização futuro.” (substantivo).

www.tecconcursos.com.br/questoes/1709018

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


16)
A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

No seguinte trecho “Por que a depressão é o mal do século e suicídio, com a


banalização da vida, já é a maior causa de morte?”, quanto à flexão de grau do adjetivo,
a forma adjetival está flexionada no grau:

a) superlativo relativo.

b) superlativo absoluto.

c) comparativo de igualdade

d) comparativo de superioridade.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2027158

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogia/2021

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


17)
Texto
A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

No seguinte trecho “Por que a depressão é o mal do século e suicídio, com a


banalização da vida, já é a maior causa de morte?”, quanto à flexão de grau do adjetivo,
a forma adjetival está flexionada no grau:

a) superlativo relativo.

b) superlativo absoluto.

c) comparativo de igualdade
d) comparativo de superioridade.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2027250

IMPARH - Sup Esc (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2021

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


18)
Texto

Para ser feliz, de verdade, ninguém...

Para ser feliz, de verdade, ninguém precisa necessariamente de roupas caras, conta gorda,
carro importado, amigos bajuladores (falsos), joias pesadas, perfumes de minifrascos,
casas exageradas, iates luxuosos, restaurantes caros com pratos minúsculos, risos falsos ou
todas as “grandes coisas”.

Para ser feliz, de verdade, se consegue mesmo com as roupas mais simples, mas cheias de
humildade por baixo delas, com dinheiro o suficiente para honrar os seus compromissos
com dignidade e ainda sobrar uma grana para uma rodada da bebida preferida com os
amigos do lado esquerdo, com um carrinho velho, mas pago e cheio de boas histórias para
contar, com amigos do lado que você realmente pode contar, tendo, no dedo, mesmo
como única joia, um de dois anéis de um casal realmente apaixonado, usando o perfume
que você gosta e chamar atenção do mesmo jeito, só pelo resultado da mistura da
fragrância com o suor de gente honesta ter sido perfeita, ter barquinho para pescar,
casinha para morar, geladeira cheia e prato farto, conviver com boas e sinceras
gargalhadas e ter todos os grandes detalhes da vida que são o que, no final das contas, faz
a diferença.

Não é que o dinheiro seja a pior coisa do mundo. Neste mundo, ele é moeda e necessário
para facilitar a vida e, se o tivermos em abundância, não é uma coisa ruim, mas o
importante é entender que o que traz felicidade, realmente, não é esse tipo de
abundância, é a forma como a vida é encarada e vivida, como os valores são impressos
nesta mesma vida. Até pode-se ser feliz com muito dinheiro, mas é com pequenas coisas e
detalhes verdadeiros e carregados de Deus que o coração pode ficar cheio e pleno. Gente
rica tem mais possibilidade de ficar vazia, pela presença exagerada das grandes coisas e
ausência dos detalhes.

Adaptado de FURTADO, Clara. In https://www.pensador.com/frase/OTU4NDU2/(acesso em 11/08/2021).

Com base unicamente no contexto em que se insere, no trecho “casas exageradas”, o


adjetivo apresenta o mesmo significado de:

a) desmedido.

b) necessário.

c) excedente.
d) essencial.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2030756

IMPARH - AEI (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2021

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


19)
O jatobá e os juncos

Um magnífico jatobá vivia a sua vida galhofeira1 cercado de uma multidão de juncos
farfalhantes, à beira de um riacho “riachante”. Orgulhoso de sua imensa copa, ele a
abanava a todos os ventos de todas as partes e, de vez em quando, é natural, aproveitava
para fazer uma sombra indevida aos juncos que lhe ficavam em volta2. Os juncos, às
vezes, querendo saber onde andava o sol para calcular em quanto tempo iriam se livrar do
destino sombrio, perguntavam ao imenso jatobá: “Que horas são, amigo?”. “Eu não sou
amigo e não digo horas pra juncos encharcados”, respondia invariavelmente o jatobá. Os
juncos, “humolhados”3, voltavam ao seu farfalho humilde, enquanto o jatobá apregoava
aos grandes companheiros das matas a glória de sua cabeleira centenária. A vida é assim.
Mas lá chega o dia... Esse dia foi de noite. Um vendaval daqueles de derrubar até torres
de arranhacéu, se arranha-céu já existisse. O jatobá, cuja imensa galhada oferecia uma
resistência gigantesca4 às forças da natureza, veio ao chão, num estrondo assustador. O
chefe dos juncos, vendo aquele desastre com o gigante, gritou sabiamente para o seu
grupo: “Não resistam! Agachem-se!”5.
Tombado, o jatobá foi arrastado pela corrente do riacho até uma serraria, onde
imediatamente o transformaram em magníficas cadeiras de jacarandá, mas os juncos, que
riam satisfeitos, dançando ao sol da manhã de abril, sem a cobertura do jatobá, foram
logo descobertos por empalhadores que os arrancaram a todos e os utilizaram para
empalhar cadeiras.
Espicaçados pelo vírus da filosofia, os juncos não resistiram e perguntaram a uma cadeira:
“Você sabe explicar por que a queda dos poderosos é mais terrível do que a dos mais
fracos, mas, no fim, todo mundo cai?”. E a cadeira respondeu sem hesitar: “Eu não falo
com junco!”.
MORAL: Orgulho não adianta; sempre se acaba com a bunda de alguém em cima.
1
Cheia de galhos e gozadora.
2
Afinal, de que vale nossa alegria sem a infelicidade alheia?
3
Quer dizer amargurados dentro d’água.
4
Quinta lei de dinâmica da prepotência.
5
Segundo parágrafo do artigo primeiro da lei da sobrevivência política.

Adaptado de FERNANDES, Millôr. In http://munizices.blogspot.com/2010/07/o-jatoba-e-os-juncos.html (acesso em


28/06/2021).

Com base unicamente no contexto em que o adjetivo “sombrio” se insere, essa palavra
apresenta este significado:

a) “de tom puxado ao cinzento ou ao negro; escuro".


b) “sem leveza e alegria; severo, taciturno, carrancudo".

c) “cheio de sombras, não exposto ao sol; sombroso, umbroso".

d) “sem perspectiva de final feliz; desanimador, desconsolador, desesperador".

www.tecconcursos.com.br/questoes/2030837

IMPARH - AEI (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2021

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


20)
O jatobá e os juncos

Um magnífico jatobá vivia a sua vida galhofeira1 cercado de uma multidão de juncos
farfalhantes, à beira de um riacho “riachante”. Orgulhoso de sua imensa copa, ele a
abanava a todos os ventos de todas as partes e, de vez em quando, é natural, aproveitava
para fazer uma sombra indevida aos juncos que lhe ficavam em volta2. Os juncos, às
vezes, querendo saber onde andava o sol para calcular em quanto tempo iriam se livrar do
destino sombrio, perguntavam ao imenso jatobá: “Que horas são, amigo?”. “Eu não sou
amigo e não digo horas pra juncos encharcados”, respondia invariavelmente o jatobá. Os
juncos, “humolhados”3, voltavam ao seu farfalho humilde, enquanto o jatobá apregoava
aos grandes companheiros das matas a glória de sua cabeleira centenária. A vida é assim.
Mas lá chega o dia... Esse dia foi de noite. Um vendaval daqueles de derrubar até torres
de arranhacéu, se arranha-céu já existisse. O jatobá, cuja imensa galhada oferecia uma
resistência gigantesca4 às forças da natureza, veio ao chão, num estrondo assustador. O
chefe dos juncos, vendo aquele desastre com o gigante, gritou sabiamente para o seu
grupo: “Não resistam! Agachem-se!”5.
Tombado, o jatobá foi arrastado pela corrente do riacho até uma serraria, onde
imediatamente o transformaram em magníficas cadeiras de jacarandá, mas os juncos, que
riam satisfeitos, dançando ao sol da manhã de abril, sem a cobertura do jatobá, foram
logo descobertos por empalhadores que os arrancaram a todos e os utilizaram para
empalhar cadeiras.
Espicaçados pelo vírus da filosofia, os juncos não resistiram e perguntaram a uma cadeira:
“Você sabe explicar por que a queda dos poderosos é mais terrível do que a dos mais
fracos, mas, no fim, todo mundo cai?”. E a cadeira respondeu sem hesitar: “Eu não falo
com junco!”.
MORAL: Orgulho não adianta; sempre se acaba com a bunda de alguém em cima.
1
Cheia de galhos e gozadora.
2
Afinal, de que vale nossa alegria sem a infelicidade alheia?
3
Quer dizer amargurados dentro d’água.
4
Quinta lei de dinâmica da prepotência.
5
Segundo parágrafo do artigo primeiro da lei da sobrevivência política.

Adaptado de FERNANDES, Millôr. In http://munizices.blogspot.com/2010/07/o-jatoba-e-os-juncos.html (acesso em


28/06/2021).
Considerando este trecho “a sua vida galhofeira” e a primeira nota feita pelo autor, este
utilizou o adjetivo galhofeiro com o intuito de:

a) atribuir ao jatobá uma característica inexistente.

b) salientar um aspecto físico muito marcante do jatobá.

c) estabelecer uma relação entre uma característica do jatobá e os juncos.

d) fazer um jogo de palavras com um dos elementos do jatobá e o seu jeito de viver.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2049991

IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2021

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


21)
Ética profissional. ¹“Tendo essencialmente a mesma natureza da ética, disciplina
filosófica reflexiva e preocupada finalisticamente com o bem, a ética profissional pode ser
compreendida como uma reflexão pessoal do agente profissional, buscando definir
diretrizes lógicas e valorativas, orientadoras de seu procedimento laboral. Esse refletir
ético é também um dado subjetivo e apriorístico, verificado no íntimo da consciência do
profissional, visando perfectibilizar um comportamento condizente com os ideais de sua
profissão e a expectativa de seu cliente.” (Oscar D’Alva e Souza Filho). O mesmo que ética
do trabalho. Ver: ética, ética do trabalho, ética negocial, disciplina, profissional, valores,
profissão, expectativa, cliente e deontologia. Professional ethics (Ingl).

In DUARTE, Geraldo. Dicionário de administração. 3 ed. Fortaleza: Realce, 2009, p. 306.

Em referência ao termo “diretrizes lógicas e valorativas”, tal termo apresenta dois


adjetivos. Caso se transforme o par de adjetivos em um adjetivo composto, esta passa a
apresentar, corretamente, esta grafia:

a) diretrizes lógicos-valorativas.

b) diretrizes lógicas-valorativas.

c) diretrizes lógico-valorativas.

d) diretrizes lógica-valorativas.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1701541

IMPARH - Adv (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/2020

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


22)
O ENEM E A ÁFRICA
Não há livro didático, prova de vestibular ou resposta correta do Enem que não atribua a
miséria e os conflitos internos da África a um fator principal: a partilha do continente
pelos impérios europeus. A Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, teria criado
fronteiras artificiais “sem respeitar a antiga organização tribal e a distribuição geográfica
das etnias no continente”, como diz um exame de vestibular. Essas fronteiras acabariam
acotovelando no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o caos
imperar na África. Quem não concordar com isso não passa no vestibular. No Enem de
2005, uma das respostas corretas para uma pergunta sobre as principais causas dos
problemas do continente era: “as fronteiras artificiais, criadas no contexto do
colonialismo, após os processos de independência, fizeram da África um continente
marcado por guerras civis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos”.

Esse raciocínio é o cerne da teoria externalista, que atribui todos os problemas da África a
causas externas. Além de empastelar fronteiras, os países europeus teriam sabotado o
continente ao saquear suas riquezas, como marfim, diamante e ouro. Um dos primeiros
livros a criar essa culpa coletiva foi Imperialismo: um Estudo, escrito pelo inglês J. A.
Hobson em 1902. Com um pé no antissemitismo, o autor retrata o imperialismo europeu
como uma grande conspiração de banqueiros judeus como os Rothschild, além de
investidores e fabricantes de armas a quem interessava manter os africanos na miséria.
Ainda hoje essa tese é repetida, sem o toque antissemita. O diplomata Kofi Annan,
ex-secretário geral da ONU, disse durante um discurso que “os recursos minerais da África,
em vez de serem explorados em benefício do povo, têm sido tão mal-administrados e
saqueados que agora são a fonte de nossa miséria”.

[...] É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente
isso acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os
africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los de qualquer responsabilidade por seus
problemas. Na África, o costume de atribuir a miséria e as guerras aos europeus já está
obsoleto – e isso há algumas décadas. “No começo dos anos 80, os africanos estavam fartos
da ladainha do colonialismo/imperialismo e da recusa de seus líderes a assumir a culpa por
seu próprio fracasso”, escreveu o economista George Ayittey, de Gana.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. São Paulo: Leya, 2013, p. 277, 278 e 280.

Com base nas regras atinentes à ortografia oficial, ao se transformar os dois adjetivos
deste grupo nominal “conflitos étnicos e religiosos” em um adjetivo composto, obtém-se
qual reescritura?

a) Conflitos etno-religiosos.

b) Conflitos etnorreligiosos.

c) Conflitos étnico-religiosos.

d) Conflitos étnicorreligiosos.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1337100

IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2019


Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo
23)
Síndrome de burnout (esgotamento profissional)

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão


emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e
policiais estão entre as classes mais atingidas.

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico


descrito, em 1974, por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado
no grupo 24 do CID-11 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com
serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado


por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se
manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto
e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional


que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade,
isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração,
lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. Dor de cabeça,
enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises
de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à
síndrome.

O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do


paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Respostas psicométricas a
questionário baseado na escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.

O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia.


Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados
para ajudar a controlar os sintomas.

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/

O adjetivo “maior” está no grau:

a) superlativo relativo de superioridade.

b) superlativo relativo de inferioridade.

c) comparativo de superioridade.
d) comparativo de inferioridade.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1171620

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Pedagogia/2017

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


24)
Nibiru: tudo sobre o boato da internet e o fim do mundo que nunca chega

Se existem duas coisas que a raça humana aprecia são teorias da conspiração e o
apocalipse. A ideia de um planeta em rota de colisão com a Terra, cujos dados estão sendo
escondidos pela NASA, é, portanto, uma grande vitória da humanidade.

É o caso da teoria de Nibiru, um planeta que já teria aparecido em textos sumérios, o


povo que habitava a antiga Mesopotâmia — onde hoje fica o Iraque. O corpo celeste
estaria localizado além da órbita de Plutão e se aproximaria do Sol a cada 3600 anos.
Teoricamente, o planeta estaria prestes a colidir com a Terra e causaria uma catástrofe
épica que destruiria toda a civilização.

O que os teóricos da conspiração esqueceram é que a ideia não tem embasamento


científico nenhum. "Nibiru e outras histórias de planetas inconstantes são boatos de
internet. Não existe base teórica para essas afirmações", enfatizou a NASA, em anúncio.

Os perigos de Nibiru, Planeta X, Hercólubus e outros corpos errantes ressurgem de tempos


em tempos para assustar internautas incautos. Foi assim com o fim do mundo em 2012,
que até onde se sabe não se realizou — a menos que sejamos todos Bruce Willis em O
Sexto Sentido.

(In
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/nibiru-tudo-sobre-o-boato-da-internet-e-o-fim-do-mundo-
que-nunca-chega.html.
Acesso em 22/09/17).

O adjetivo “incautos”, de acordo com o contexto em que se insere, apresenta, conforme


Houaiss (2009), este significado:

a) “que é dado a tomar precauções; que se previne”.

b) “que ou o que se zanga ou se melindra com facilidade”.

c) “que ou o que é destituído de malícia; crédulo, ingênuo”.

d) “que mantém atitude prudente e reservada, por vezes distante”.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo
25)
Hierarquia

Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.

O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".

Adaptado de FERNANDES, Millôr. Inhttp://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em 12/08/2017.

No trecho “um pequeno rato, o menor que ele já tinha visto”, o termo sublinhado está no
grau:

a) comparativo de inferioridade.

b) comparativo de igualdade.

c) superlativo absoluto.

d) superlativo relativo.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


26)
Hierarquia

Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".

Adaptado de FERNANDES, Millôr. Inhttp://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em 12/08/2017.

Que relação semântica existe entre as palavras destacadas neste trecho "'Miserável
criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não conheço, na criação, nada mais insignificante e
nojento'" ?

a) Essas palavras apresentam significados divergentes.

b) Tais palavras constituem exemplo de antonímia.

c) Esses adjetivos se equivalem semanticamente.

d) Tais adjetivos se contrapõem pelo significado.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


27)
Discurso de Deus a Eva

"Minha cara, eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O
Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os
jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu
te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho.
Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida.
Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de
Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em
tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem
acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso,
vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele
pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher,
concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus
public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como
adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e
chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus
braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para
servir-te. E tu, só de meneios, viverás.

[...]

Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom.
Hmmmm, ótimo! Vai, vai! Não é a mim que tu deves tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem
vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes
próximos séculos!"

FERNANDES, Millôr. In http://www.releituras.com/millor_discurso.asp (acesso em 25/01/2016).

No trecho “Teu corpo é mais bem acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel” , tem-se
o grau:

a) comparativo de superioridade.

b) superlativo absoluto sintético.

c) superlativo absoluto analítico.

d) comparativo de igualdade.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


28)
As mais belas histórias

Entre elas, a que fez aprender a não pegar doces escondido

No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.

[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.

[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.

Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.

Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.

Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.
Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.

[...]

Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]

Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.

Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.

(VILLAS, Alberto. In http://www.cartacapital.com.br/cultura/as-mais-belas-historias; acesso em 12/03/16).

Com relação ao emprego do adjetivo “pequenininho”, é incorreto afirmar que:

a) tal forma adjetival corresponde ao diminutivo sintético de pequenino.

b) essa forma adjetival não está no grau diminutivo analítico.

c) tal adjetivo está flexionado no grau diminutivo sintético.

d) esse adjetivo é o diminutivo sintético de pequeno.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


29)
Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como,
ao longo da vida,
a segregação da sociedade brasileira nos bestializa

Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por
um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e
falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande
avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando
contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças
brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em
direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um
sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente
incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o
sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o
triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta.

[...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/


marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde-3514. html (acesso em 07/03/16).

Em “altíssimo”, vê-se o emprego do superlativo absoluto sintético. O ensino desse


conteúdo gramatical – o grau do adjetivo – implica:

a) os conceitos das classes gramaticais.

b) a articulação da morfologia com a sintaxe.

c) os aspectos sintático-semânticos das categorias gramaticais.

d) o estudo de estratégias de identificação dos elementos mórficos.

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Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


30)
Leia o texto abaixo e responda à questão.

Como trabalhar as relações raciais na pré-escola

Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que


deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade

Preconceito, está no dicionário, é "qualquer opinião ou sentimento, favorável ou


desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão". Portanto, é coisa
pensada, raciocínio elaborado, restrito aos adultos, certo? Errado. Nem as crianças
pequenas estão imunes às múltiplas formas de discriminação.

Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".

— Por que feia?, perguntou a professora.

— Porque ela é igual a mim, respondeu a garota.


É por isso que o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os
primeiros anos da Educação Infantil. "O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E
esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola", destaca o
sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar).

No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.

Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.

O adjetivo “menor” expressa a ideia de:

a) relatividade.

b) igualdade.

c) superioridade.

d) inferioridade.

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IMPARH - PTNM (SETRA)/Pref Fortaleza/Educador Social/2014

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


31)
Precisamos de educação diferente de acordo com a classe social

No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.

(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica

Aponte a alternativa em que o significado do adjetivo “irrazoável” NÃO pode ser aplicado
de acordo com o contexto em que ele se encontra.

a) “Que age ou fala de um modo contrário à razão ou ao bom senso” (aulete.uol.com.br).

b) “Que não se enquadra em regras e condições estabelecidas” (HOUAISS, 2009).

c) “O que é contrário à razão, à sensatez, ao bom senso” (http://www.priberam.pt)

d) “Que não segue a razão; absurdo, disparatado” (michaelis.uol.com.br).

www.tecconcursos.com.br/questoes/341720

IMPARH - PTNM (SETRA)/Pref Fortaleza/Educador Social/2014

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


32)
Precisamos de educação diferente de acordo com a classe social

No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.

(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica

O adjetivo “melhor” está no grau:

a) comparativo relativo de superioridade.

b) comparativo relativo de inferioridade.

c) comparativo de superioridade.

d) comparativo de inferioridade.

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IMPARH - AAd (IPMFOR)/IPMFOR/2012

Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo


33)
O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão
de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio
universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo
de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das
tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há
batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não
chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso, é a
destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os
despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os
demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não
chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é
aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação
que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.

ASSIS, Joaquim Maria Machado de (In http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm07.pdf)

Em “ações bélicas", o adjetivo refere-se à guerra. Examine os itens e aponte aquele em


que a relação entre o substantivo e o adjetivo é exata.

a) O adjetivo pecuniário é relativo ao dinheiro.

b) O adjetivo ebúrneo é relativo ao marfim.


c) O adjetivo hibernal é relativo ao inverno.

d) O adjetivo meridional é relativo ao norte.

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IMPARH - Educ Soc (SDHDS)/Pref Fortaleza/2022

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
34)
Texto

O que é chique?

O que é chique? Chique é um sentimento. É um estado de espírito. É uma forma de viver e


uma forma de ser. Todos nós já vimos pessoas chiques. Muito bem-vestidas, elas parecem
ter uma compreensão muito forte do que é seu verdadeiro estilo. Mas vai além do que as
roupas que elas usam, não é mesmo? Pessoas chiques carregam consigo um ar de mistério.
Parecem contentes com alguma coisa, mas... não dá para identificar o que é. Sua
elegância parece não custar esforço algum, como se a maneira graciosa com que levam o
dia fosse natural.

[...]

Ser chique não tem nada a ver com dinheiro. Nem todas as pessoas chiques são ricas, e
nem todos os ricos são chiques. Você pode ter observado isso nos reality shows da TV. Pode
ter visto uma mulher rica com o corte de cabelo perfeito, vestida com roupas da última
moda da alta-costura. Ela tem uma mansão, um carro esportivo e aquela varinha mágica: a
fama. Mas a atitude negativa, as inseguranças e os maus modos somados se combinam
para torná-la, como é costume dizer, um péssimo exemplo. Esse tipo de pessoa não possui
aquele je ne sais quoi* chique. Elas têm muito trabalho interior a cumprir.

Ser chique não tem a ver com o tamanho de sua conta bancária. Também não tem a ver
com o local em que você vive. Nem com o emprego que você tem ou a pessoa com quem
está casada. Não tem nada a ver com o carro que você dirige ou com as etiquetas de suas
roupas. Chique é um jeito de ser. E é algo que qualquer pessoa pode cultivar. Isso mesmo,
qualquer uma.

Você pode ser chique. Pode ter uma vida maravilhosa, produtiva e apaixonada. Pode levar
o dia de maneira graciosa e ter uma bela aparência enquanto faz isso. Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você imaginou.
Não se preocupe se estiver acostumada a uma vida caótica, desorganizada e não muito
chique. Essa não tem de ser a sua realidade.

SCOTT, Jennifer Lynn. Em casa com Madame Charme: a arte francesa de receber e cuidar das pequenas tarefas
domésticas. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2015, p. 9-10).
* Nota da banca elaboradora: je ne sais quoi equivale ao substantivo não sei quê (Ela tem
um não sei quê de chique).

Com referência à conjugação dos verbos constantes do trecho seguinte “Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você
imaginou”, assinale a afirmativa correta.

a) Inexistem verbos da terceira conjugação.

b) Todos os verbos pertencem à primeira conjugação.

c) Contam-se mais verbos pertencentes à segunda conjugação.

d) Há o mesmo número de verbos da segunda e da terceira conjugação.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2068077

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogia Bilíngue/2022

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
35)
O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até ao final
dos anos 90, diminuiu nos últimos vinte anos. É a inversão do efeito Flynn1.

Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.

[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.

[...] Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.

A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.

Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.

Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, de depurar a linguagem dos


seus "defeitos", de abolir os gêneros, os tempos, as nuanças, tudo que cria complexidade
são os coveiros do espírito humano. Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem
o pensamento da beleza.

CLAVÉ, Christophe. Disponível em:


https://dasculturas.com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-diminuiu-nos-ultimos-vinte-anos-
christophe-clave/ (acesso em 28/04/2022).

1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).

Em qual tempo o verbo mostrar foi flexionado neste trecho “Estudos têm mostrado”?

a) No pretérito perfeito.

b) No futuro do pretérito.

c) No pretérito imperfeito.

d) No pretérito mais-que-perfeito.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2153271

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa Literatura/2022

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
36)
Quanto à articulação das formas verbais, marque o item correto.

a) Como todos sabemos, a pandemia da Covid-19 surgiu há alguns anos e exercia um


impacto enorme em toda a sociedade mundial.

b) Ao mesmo tempo, colocou em evidência problemas de ordem social e estrutural que


excluem, de maneira perversa, boa parte da população.

c) Entre a opção de ficar protegido em casa e a necessidade de sobrevivência, a vida das


pessoas, no geral, precisasse se adaptar à nova realidade.
d) Com isso o letramento digital, que já existia e já viesse sendo utilizado, ganhou ainda
mais força.

(Itens adaptados de: <https://blog.saraivaeducacao.com.br/letramento-digital/>. Acesso em: 28 de jun. de 2022).

www.tecconcursos.com.br/questoes/1709020

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Pedagogia Bilíngue/2021

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
37)
A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

No tocante à flexão do verbo poder neste fragmento “Poderia fazer outras perguntas”,
assinale a alternativa exata.

a) A forma verbal “poderia” foi conjugada no futuro do presente.

b) O verbo poder se apresenta numa forma composta do futuro.

c) A forma verbal “poderia” está no futuro do subjuntivo.

d) O verbo poder está flexionado no futuro do pretérito.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1709028

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Pedagogia Bilíngue/2021

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Modos e Tempos Verbais
38)
A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

Levando-se em conta os verbos constantes do último parágrafo, avalie as asserções


seguintes e aponte aquela cujo conteúdo está incorreto.

a) São computados mais verbos irregulares, como “fazer” e “saber”, do que verbos
anômalos.

b) Existem mais verbos regulares da primeira conjugação, como “alimentar” e


“descascar”.

c) Não se observa, nesse parágrafo, nenhum exemplo de forma verbal na voz passiva.

d) Há, em tal trecho, somente verbos pessoais, inexistem verbos impessoais.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1846405

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Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
39)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.

‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:
‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.

O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:

‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:

– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).

Neste trecho “Por favor, castigue-o!”, a forma verbal está no imperativo afirmativo, o
qual exprime:

a) uma proibição.

b) um conselho.
c) uma ordem.

d) um pedido.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1846406

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Modos e Tempos Verbais
40)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.

‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.

O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:

‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:
– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).

Com relação aos verbos constantes deste trecho “O tigre discorda de mim e me contradiz
e incomoda. Por favor, castigue-o!”, é correto afirmar que:

a) existem mais verbos irregulares.

b) computa-se apenas um verbo irregular.

c) todos os verbos apresentam regularidade.

d) têm-se tantos verbos regulares quanto irregulares.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2027160

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Modos e Tempos Verbais
41)
Texto

A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

No tocante à flexão do verbo poder neste fragmento “Poderia fazer outras perguntas”,
assinale a alternativa exata.

a) A forma verbal “poderia” foi conjugada no futuro do presente.

b) O verbo poder se apresenta numa forma composta do futuro.

c) A forma verbal “poderia” está no futuro do subjuntivo.

d) O verbo poder está flexionado no futuro do pretérito.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2027162

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogia/2021

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
42)
Texto

A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

Levando-se em conta os verbos constantes do último parágrafo, avalie as asserções


seguintes e aponte aquela cujo conteúdo está incorreto.

a) São computados mais verbos irregulares, como “fazer” e “saber”, do que verbos
anômalos.

b) Existem mais verbos regulares da primeira conjugação, como “alimentar” e


“descascar”.
c) Não se observa, nesse parágrafo, nenhum exemplo de forma verbal na voz passiva.

d) Há, em tal trecho, somente verbos pessoais, inexistem verbos impessoais.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1604921

IMPARH - Med (IJF Fortaleza) /Pref Fortaleza/Clínico Geral/2020

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Modos e Tempos Verbais
43)
Da vocação
Na vocação para a vida está incluído o amor, inútil disfarçar, amamos a vida. E
lutamos por ela dentro e fora de nós mesmos. Principalmente fora, que é preciso um peito
de ferro para enfrentar essa luta na qual entra não só fervor mas uma certa dose de
cólera, fervor e cólera. Não cortaremos os pulsos, ao contrário, costuraremos com linha
dupla todas as feridas abertas. E tem muita ferida porque as pessoas estão bravas demais,
até as mulheres, umas santas, lembra?
Costurar as feridas e amar os inimigos que odiar faz mal ao fígado, isso sem falar
no perigo da úlcera, lumbago, pé frio. Amar no geral e no particular e quem sabe nos
lances desse xadrez-chinês imprevisível. Ousar o risco. Sem chorar, aprendi bem cedo os
versos exemplares, não chores que a vida / é luta renhida. Lutar com aquela expressão de
criança que vai caçar borboleta, ah, como brilham os olhos de curiosidade. Sei que as
borboletas andam raras mas se sairmos de casa certos de que vamos encontrar alguma… O
importante é a intensidade do empenho nessa busca e em outras. Falhando, não culpar
Deus, oh! por que Ele me abandonou? Nós é que O abandonamos quando ficamos mornos.
Quando a vocação para a vida começa a empalidecer e também nós, os delicados, os
esvaídos. Aceitar o desafio da arte. Da loucura. Romper com a falsa harmonia, com o falso
equilíbrio e assim, depois da morte – ainda intensos – seremos um fantasminha claro de
amor.

TELES, Lygia Fagundes. Antologia escolar. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1995, p. 147.

No excerto “não CHORES que a vida / é luta renhida” (l. 07), a forma verbal destacada
está flexionada no:

a) imperativo negativo.

b) imperativo afirmativo.

c) presente do indicativo.

d) presente do subjuntivo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1605124

IMPARH - Tec (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/Higiene Dental/2020


Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos
Modos e Tempos Verbais
44)
Um advogado tinha doze filhos, precisava sair da casa onde morava e alugar outra,
mas não conseguia por causa do monte de crianças.
Quando ele dizia que tinha doze filhos, ninguém queria alugar, porque sabiam que a
criançada iria destruir a casa, e ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir;
afinal os advogados não mentem. Ele estava ficando desesperado, o prazo para se mudar
estava se esgotando.
Daí teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com onze dos filhos.
Pegou o filho que sobrou e foi ver casas junto com o agente da imobiliária. Gostou
de uma, e o agente perguntou quantos filhos ele tinha. Ele respondeu que tinha doze.
Daí o agente perguntou: “Mas onde estão os outros?”.
E ele respondeu, com um ar muito triste: "Estão no cemitério, junto com a mamãe
deles".
E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir... MORAL: A inteligência
faz a diferença; não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas.

Adaptado de https://www.facebook.com/diariojurista/posts/584960891622563. Acesso em 02/03/2020.

No fragmento textual “e o agente perguntou quantos filhos ele tinha” (l. 07 e 08), os
verbos “perguntar” e “ter” estão flexionados, respectivamente, nos pretéritos:

a) imperfeito e mais-que-perfeito do indicativo.

b) mais-que-perfeito e perfeito do indicativo.

c) imperfeito e perfeito do indicativo.

d) perfeito e imperfeito do indicativo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1701643

IMPARH - Enf (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/2020

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Modos e Tempos Verbais
45)
A geração que não consegue se colocar no lugar do outro!

Separada por uma tela, a nova sociedade virtual não alcança o outro, por isso não
consegue se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história
humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e a ausência da


presença física fazem que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença
do outro e, consequentemente, não se coloque em seu lugar.
A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência nos faz criar um
mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo
perfeito, exposto na mídia social, criou uma disputa na qual um pensa que o outro está
melhor que ele, que não precisa dele; então, é ele que tem de correr para alcançá-lo.

[...]

O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro
saiba minha verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, de verdade.

[...] Ama-se tanto a si mesmo ou promove-se tanto esse amor-próprio que esquecemos o
outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Colocar-se no lugar do outro afeta alguns dos comportamentos mais comuns dessa
geração: dá preguiça se colocar no lugar do outro e falta tempo para isso.

A capacidade de nos colocarmos na posição do outro advém da incapacidade que, por


vezes, temos de anular a prioridade que damos a nós mesmos.

Quanto mais o indivíduo se afasta, mais prioridade dá a outros aspetos da vida, como o
trabalho, por exemplo. De outra forma, quanto mais pessoas “sabem” sobre sua vida nas
redes sociais, menos questão você faz de, efetivamente, estar com as pessoas, pois elas
podem comprovar o contrário do que é exposto virtualmente.

Na era do virtual, temos dificuldade em admitir que somos apenas humanos. Isso nos
desliga do outro, fazendo-nos viver cada um a sua realidade inventada e estagnada apenas
nas fotos das redes sociais. Temos vidas fictícias, fragmentadas em momentos, e apenas
nos alegra o impacto que isso causa ao outro. Um clique.

Adaptado de https://www.resilienciamag.com/a-geracao-que-nao-consegue-se-colocar-no-lugar-do-outro. Acesso em


23/02/2020.

Levando-se em consideração o emprego dos tempos e modos verbais, no excerto “não


quero que o outro saiba minha verdade”, o verbo saber está no presente do subjuntivo,
haja vista:

a) a conjunção integrante que implicar o emprego desse modo verbal.

b) estabelecer a oração principal uma dúvida sobre o teor da subordinada.

c) o verbo da oração principal (querer) expressar uma proibição, um receio.

d) tal verbo ser parte de uma oração independente a fim de exprimir um desejo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1701744

IMPARH - Fono (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/2020


Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos
Modos e Tempos Verbais
46)
A Terceira Guerra Mundial

Terceira guerra mundial seria uma hipotética guerra mundial travada entre os países mais
ricos com armas de destruição massiva, como as armas nucleares.

Na segunda metade do século XX, a confrontação militar entre as superpotências


generalizou uma situação que constituía uma ameaça extrema à paz mundial, com a
Guerra Fria a ser efetuada entre os capitalistas Estados Unidos e a socialista União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas. Se essa confrontação se tivesse intensificado até uma
guerra em grande escala, pensa-se que o conflito teria sido a "Terceira Guerra Mundial" e
que o seu resultado final seria o extermínio da vida humana ou, pelo menos, o colapso da
civilização.

Esse resultado ombreia com um impacto de um asteroide, uma singularidade tecnológica


hostil e mudanças climáticas catastróficas como um dos principais acontecimentos de
extinção em massa que podem prejudicar seriamente a humanidade. Todas essas situações
são, às vezes, designadas pelo termo bíblico Armagedom.

“Não sei como será a terceira guerra mundial, mas poderei vos dizer como será a quarta:
com paus e pedras...”

Albert Einstein Adaptado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_Guerra_Mundial. Acesso em 16/07/2020.

Em “o seu resultado final seria o extermínio da vida humana”, o verbo está flexionado
no futuro do pretérito, a fim de expressar:

a) uma verdade universal.

b) a prolongação de um evento.

c) a certeza de uma ação pretérita.

d) uma ação dependente de condição.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1337111

IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2019

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Modos e Tempos Verbais
47)
Síndrome de burnout (esgotamento profissional)

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão


emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e
policiais estão entre as classes mais atingidas.

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico


descrito, em 1974, por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado
no grupo 24 do CID-11 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com
serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado


por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se
manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto
e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional


que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade,
isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração,
lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. Dor de cabeça,
enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises
de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à
síndrome.

O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do


paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Respostas psicométricas a
questionário baseado na escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.

O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia.


Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados
para ajudar a controlar os sintomas.

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/

Em todo o texto, predomina que tempo e modo verbais?

a) O presente do indicativo.

b) O imperativo afirmativo.

c) O presente do subjuntivo.

d) O imperfeito do indicativo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1337292

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogia Bilíngue/2019


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Modos e Tempos Verbais
48)
Havia minutos que, percorrendo a Rua da Quitanda em sentido oposto à direção do carro,
avistara a moça recostada nas almofadas e sentira a seu aspecto viva impressão. Sem
disfarce ou acanhamento, recostando-se à ombreira de uma porta de escritório,
esqueceu-se naquela ardente contemplação.

O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.

Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.

O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.

Adaptado de ALENCAR, José de. In https://pt.wikisource.org/wiki/Página:A_pata_da_Gazela.djvu/16.


As formas verbais “avistara” e “sentira” estão flexionadas no:

a) pretérito mais-que-perfeito.

b) pretérito imperfeito.

c) futuro do pretérito.

d) pretérito perfeito.

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Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
49)
Os professores

Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me
imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de
ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos.
Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta
ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.
A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de
liberdade superior, onde cada indivíduo se vota* a encontrar o seu mais genuíno, honesto
caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o
caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

[...]

As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem
ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta
pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo
do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e
por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada
tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.

*votar-se = dedicar-se

HUGO MÃE, Valter. In https://www.revistaprosaversoearte.com/belissima-reflexao-


os-professores-por-valter-hugo-mae. Acesso em 18/03/2018.

Para se manter o mesmo tempo e modo verbais, a flexão do verbo pensar neste fragmento
“Tinha pensado em livros a vida inteira” equivale a:

a) “Penso em livros a vida inteira.”

b) “Pensei em livros a vida inteira.”

c) “Pensara em livros a vida inteira.”

d) “Pensarei em livros a vida inteira.”

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Modos e Tempos Verbais
50)
E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o
erro, muitas vezes, se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava
certo o que eu pensava ou sentia - é que se fazia, enfim, uma brecha, e, se antes eu
tivesse tido coragem, já teria entrado por ela, mas eu sempre tivera medo do delírio e
erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando erro, é que
saio do que entendo. Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo
apenas uma verdade pequena, do meu caminho.

LISPECTOR, Clarice. In http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000500.pdf. Acesso em 31.10.18

Em “eu sempre tivera medo do delírio e erro”, a forma verbal destacada é simples.
Tal forma verbal equivale, mantendo-se o mesmo tempo verbal, a qual forma composta?

a) Eu sempre tinha tido medo do delírio e erro.

b) Eu sempre tenho tido medo do delírio e erro.

c) Eu sempre haverei tido medo do delírio e erro.

d) Eu sempre haveria tido medo do delírio e erro.

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Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
51)
E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o
erro, muitas vezes, se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava
certo o que eu pensava ou sentia - é que se fazia, enfim, uma brecha, e, se antes eu
tivesse tido coragem, já teria entrado por ela, mas eu sempre tivera medo do delírio e
erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando erro, é que
saio do que entendo. Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo
apenas uma verdade pequena, do meu caminho.

LISPECTOR, Clarice. In http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000500.pdf. Acesso em 31.10.18

Com relação ao trecho “E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar


para errar”, é correto afirmar que:

a) existem, nesse fragmento, verbos regulares e irregulares.

b) há mais verbos regulares que irregulares nesse trecho.

c) os verbos desse fragmento são irregulares.

d) os verbos desse trecho são regulares.

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Modos e Tempos Verbais
52)
O ursinho, não!
Um dia depois que a menina completou 10 anos, a mãe desconfiou de alguma coisa e
resolveu levá-la ao médico.

Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:

– O ursinho tem de ir comigo. Ele é o meu filho querido.

Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:

– Quem foi?

A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:

– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.

– E você vai ajudar?

Nova afirmativa. E aí ela fitou a mãe, os olhos cheios de lágrimas:

– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!

– Está bem! – disse a mãe. O ursinho é só seu!

Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.

Adaptado de SCLIAR, Moacir. In http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff05109809.htm. Acesso em


06/07/2017.
Quanto ao emprego do verbo ganhar na l. 02, marque a afirmativa correta.

a) Empregou-se o pretérito perfeito composto por ser essa ação posterior à ida ao posto
de saúde.

b) Usou-se o pretérito mais-que-perfeito, porque essa ação ocorreu depois da consulta ao


médico.
c) O verbo ganhar está no pretérito perfeito em razão da simultaneidade.

d) Esse verbo foi flexionado no pretérito mais-que-perfeito.

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Modos e Tempos Verbais
53)
Hierarquia

Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.

O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".

Adaptado de FERNANDES, Millôr. Inhttp://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em 12/08/2017.

Quanto à flexão verbal, é correto afirmar que:

a) “tinha acabado e “dissera” foram flexionados no mesmo tempo verbal.

b) foram conjugadas em tempos verbais diferentes as formas “ia” e “gritava”.

c) estão no mesmo tempo e no mesmo modo as formas verbais “possas” e “quero”.

d) se conjugaram as formas verbais “dissera” e “tinha visto” em tempos verbais


diferentes.

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IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2017

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Modos e Tempos Verbais
54)
Hierarquia
Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.

O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".

Adaptado de FERNANDES, Millôr. Inhttp://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em 12/08/2017.

Com base no primeiro parágrafo, qual é a afirmativa correta?

a) Computam-se somente verbos regulares.

b) Há tantos verbos irregulares quantos regulares.

c) Contam-se mais verbos irregulares do que regulares.

d) Existem menos verbos irregulares do que verbos regulares.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Artes/2017

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Modos e Tempos Verbais
55)
A amiga sou eu

“Preciso me desacostumar a viver fora da vida.

Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.

Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.

[...]

(In http://tribunadoceara.uol.com.br/opiniao/flavia-castelo/flavia-castelo-a-amiga-sou-eu/. Acesso em 21/09/17).

Considerando-se este fragmento textual “Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de
casa de forma diferente”, há correção ao se afirmar o quê?

a) É observado apenas um verbo impessoal.

b) Computa-se somente um verbo na voz ativa.

c) Os três verbos pertencem a mesma conjugação.

d) Existem dois verbos irregulares e apenas um regular.

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Modos e Tempos Verbais
56)
Discurso de Deus a Eva

"Minha cara, eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O
Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os
jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu
te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho.
Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida.
Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de
Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em
tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem
acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso,
vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele
pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher,
concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus
public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como
adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e
chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus
braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para
servir-te. E tu, só de meneios, viverás.

[...]
Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom.
Hmmmm, ótimo! Vai, vai! Não é a mim que tu deves tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem
vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes
próximos séculos!"

FERNANDES, Millôr. In http://www.releituras.com/millor_discurso.asp (acesso em 25/01/2016).

Os verbos destacados no seguinte fragmento textual “Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um
beijo e vai” estão flexionados em que modo?

a) No modo indicativo.

b) No modo subjuntivo.

c) No imperativo negativo.

d) No imperativo afirmativo.

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Modos e Tempos Verbais
57)
As mais belas histórias

Entre elas, a que fez aprender a não pegar doces escondido

No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.

[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.

[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.

Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.

Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.
Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.

Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.

[...]

Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]

Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.

Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.

(VILLAS, Alberto. In http://www.cartacapital.com.br/cultura/as-mais-belas-historias; acesso em 12/03/16).

Analise este fragmento: “Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria
Augusta Toscano colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de
Lúcia Casasanta”. Todos os verbos presentes em tal trecho são:

a) impessoais.

b) irregulares.

c) defectivos.

d) regulares.

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Modos e Tempos Verbais
58)
Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na
verdade, bem poucas pessoas levariam a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais
problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se
pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos, porque, se não sabem,
disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a
parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um
pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com
mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e
sei que estou morrendo.

De Nadine Stair - Atribuído a Jorge Luís Borges

In http://www.umacoisaeoutra.com.br/literatura/falsos (acesso em 12/03/16).

No excerto “Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria
mais montanhas, nadaria mais rios”, todas as formas verbais estão no:

a) futuro do presente.

b) futuro do pretérito.

c) pretérito imperfeito.

d) pretérito mais-que-perfeito.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Artes/2015

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Modos e Tempos Verbais
59)
Leia atentamente o texto abaixo e responda à questão.

Cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...

Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!

Adaptado de http://www.sbu.unicamp.br/lendoletras/index.php/textos/22-quando-drummond-fala. Acesso em


05.01.15.
Atribui-se também a Roberto Pompeu de Toledo a autoria desse texto.

No excerto “que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que
sua vida seja mais bem vivida”, empregaram-se, neste caso, os verbos no modo
subjuntivo, em razão de:

a) a oração subordinada exigir esse uso.

b) esse modo verbal expressar um desejo.

c) ele exprimir baixo comprometimento do falante.

d) a objetividade ser uma característica desse modo verbal.

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IMPARH - AAd (IPMFOR)/IPMFOR/2012

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
60)
O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão
de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio
universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo
de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das
tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há
batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não
chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso, é a
destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os
despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os
demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não
chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é
aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação
que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.

ASSIS, Joaquim Maria Machado de (In http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm07.pdf)

A forma verbal “supõe” está conjugada

a) no imperativo afirmativo.

b) no presente do indicativo.
c) no presente do subjuntivo.

d) no imperfeito do indicativo.

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IMPARH - AMOPT (AMC)/AMC Fortaleza/2008

Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos


Modos e Tempos Verbais
61)
Texto

O Grupo

Tive um dia desses um almoço alegre e melancólico. Tratava-se do reencontro de três


ex-colegas da Faculdade Nacional de Direito. A atmosfera lembra a do livro e do filme O
Grupo, menos as confidências que não fizemos. Reencontro alegre porque gostávamos
umas das outras, porque a comida estava boa e tínhamos fome. Melancólico porque a vida
trabalhara muito em nós, e ali estávamos sorridentes, firmes. E melancólico também
porque nenhuma de nós terminara sendo advogada. Advogada, meu Deus. Era só o que
me faltava, eu que me atrapalho em lidar burocraticamente com o mais simples papel.

Melancólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós
estudava mesmo, filha de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso
superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação, havia lido um livro sobre
penitenciárias, e pretendia apenas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San
Tiago Dantas uma vez disse que não resistia à curiosidade e perguntou-me o que afinal eu
fora fazer num curso de Direito. Respondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou:
“Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do Direito. Quem é jurista
mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago.

Voltando ao grupo: nós nos despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um
certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu passado tão inútil. Ora, mas
quantas outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos os
seus pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias
apenas? Bem, mas é preciso não esquecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com
tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena.

Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que
raramente freqüento, Urca. O que mais acresceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por
me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente aceitei.
Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita coisa inútil na vida
da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu nem
quis conversar com o chofer.

(LISPECTOR, Clarice. A Descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco, 1999. P. 451)


Como em “nenhuma de nós terminara sendo advogada”, o verbo fica somente no
singular em

a) A maioria das estudantes de Direito fez concurso público.

b) Ela é uma das que sorriu para as companheiras.

c) Foram elas quem marcou o reencontro.

d) Cada uma delas elogiou as outras amigas.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa/2022

Língua Portuguesa (Português) - Locução Verbal


62)
Com base neste excerto “Além disso — prossegue Irene —, somos obrigados a estudar e a
saber conjugar de cor tempos verbais que muito raramente são empregados na língua
diária. Por outro lado, há tempos verbais que simplesmente nunca são mostrados nas
gramáticas e nos livros didáticos, como se não existissem, e que a gente emprega o tempo
todo” (BAGNO, 2006)*, observa-se a constante crítica às gramáticas cujas regras se
sustentam no português-padrão, na norma culta, ou seja, não elencam formas também
corretas da flexão verbal, muito frequentemente empregadas em situações reais de
comunicação, quando muito, apenas as mencionam sem lhes conferir o caráter de
correção devido. Toma-se como exemplo desse caso:

a) a formação do pretérito mais-que-perfeito composto construído apenas com o verbo


auxiliar haver.

b) o presente do indicativo utilizado em narrativas com valor semântico equivalente ao


pretérito perfeito.

c) o uso de perífrases verbais que correspondem a tempos verbais e a formas simples do


modo subjuntivo.

d) a locução verbal composta do verbo auxiliar ir e do infinitivo do principal


correspondente ao futuro do presente.

*BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolingüística. 15 ed. São Paulo: Contexto, 2006, p. 70.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Educação Física/2021

Língua Portuguesa (Português) - Locução Verbal


63)
O Brasil nacionalista

Se pudéssemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos


reveladores durante as sessões. Haveria aquele país que mal notaria a existência dos
outros [...]. Claro que haveria também países menos problemáticos, como o Chile ou a
Suíça, contentes com a sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que
sofreria de diversos males psicológicos. Bipolar, oscilaria entre considerações muito
negativas e muito positivas sobre si próprio. Obcecado com sua identidade, em todas as
sessões aborreceria os colegas perguntando “Quem sou eu?”, “Que imagem eu devo
passar?”, “O que me diferencia de vocês?”.

Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.

Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.

Os brasileiros também tinham vergonha de si próprios.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.

Em qual período a forma verbal em destaque está flexionada no mesmo tempo e modo em
que está o verbo ficar neste excerto “O Brasil, sem a coroa, tinha ficado sem cara”?

a) O Brasil, sem a coroa, teria ficado sem cara.

b) O Brasil, sem a coroa, tem ficado sem cara.

c) O Brasil, sem a coroa, ficaria sem cara.

d) O Brasil, sem a coroa, ficara sem cara.

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Língua Portuguesa (Português) - Locução Verbal


64)
O ENEM E A ÁFRICA
Não há livro didático, prova de vestibular ou resposta correta do Enem que não atribua a
miséria e os conflitos internos da África a um fator principal: a partilha do continente
pelos impérios europeus. A Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, teria criado
fronteiras artificiais “sem respeitar a antiga organização tribal e a distribuição geográfica
das etnias no continente”, como diz um exame de vestibular. Essas fronteiras acabariam
acotovelando no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o caos
imperar na África. Quem não concordar com isso não passa no vestibular. No Enem de
2005, uma das respostas corretas para uma pergunta sobre as principais causas dos
problemas do continente era: “as fronteiras artificiais, criadas no contexto do
colonialismo, após os processos de independência, fizeram da África um continente
marcado por guerras civis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos”.

Esse raciocínio é o cerne da teoria externalista, que atribui todos os problemas da África a
causas externas. Além de empastelar fronteiras, os países europeus teriam sabotado o
continente ao saquear suas riquezas, como marfim, diamante e ouro. Um dos primeiros
livros a criar essa culpa coletiva foi Imperialismo: um Estudo, escrito pelo inglês J. A.
Hobson em 1902. Com um pé no antissemitismo, o autor retrata o imperialismo europeu
como uma grande conspiração de banqueiros judeus como os Rothschild, além de
investidores e fabricantes de armas a quem interessava manter os africanos na miséria.
Ainda hoje essa tese é repetida, sem o toque antissemita. O diplomata Kofi Annan,
ex-secretário geral da ONU, disse durante um discurso que “os recursos minerais da África,
em vez de serem explorados em benefício do povo, têm sido tão mal-administrados e
saqueados que agora são a fonte de nossa miséria”.

[...] É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente
isso acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os
africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los de qualquer responsabilidade por seus
problemas. Na África, o costume de atribuir a miséria e as guerras aos europeus já está
obsoleto – e isso há algumas décadas. “No começo dos anos 80, os africanos estavam fartos
da ladainha do colonialismo/imperialismo e da recusa de seus líderes a assumir a culpa por
seu próprio fracasso”, escreveu o economista George Ayittey, de Gana.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. São Paulo: Leya, 2013, p. 277, 278 e 280.

O autor empregou os verbos criar [“teria criado”] e sabotar [“teriam sabotado”] no


futuro do pretérito composto do indicativo, com o intuito de:

a) expor ao leitor que as ações expressas por tais verbos ainda persistem no momento em
que se narram tais fatos.

b) manifestar a sua convicção acerca da inexistência de veracidade com relação a eventos


da história geral.

c) expressar o seu propósito comunicativo de não se comprometer com o conteúdo dessa


informação.

d) deixar explícita a sua intenção de invalidar um fato histórico que considera


equivocado.
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Língua Portuguesa (Português) - Locução Verbal


65)
Leia o trecho final do prefácio do livro O futuro da humanidade, de Augusto Cury, para
responder às questão.

Jovens e adultos, intelectuais e estudantes, psicoterapeutas e pacientes têm viajado na


trajetória de Falcão e Marco Polo e enxergado a mente humana em outras perspectivas,
percebendo que há um tesouro soterrado nos escombros das pessoas que sofrem. Um
mendigo e um médico, um psicótico e um psiquiatra, unidos em busca de um mundo
melhor, desafiam as convenções sociais e revelam que, se é impossível consertar o
passado, podemos pelo menos construir o futuro se formos os atores do presente, se
formos vendedores de sonhos. Somos parte do problema e da solução. Seremos vítimas do
futuro ou protagonistas de nossas histórias. O futuro da humanidade já começou.

CURY, Augusto Jorge. O futuro da humanidade. Rio de Janeiro: Sextante, 2005, p. 10.

Qual é a frase em que a forma verbal negritada corresponde ao tempo no qual está a
locução “têm viajado”?

a) O futuro já havia começado quando da consciência de um mundo melhor.

b) As pessoas nunca conseguiram vencer os próprios medos e ansiedades.

c) Os indivíduos pareciam não crer na possibilidade de mudar o universo.

d) Qualquer um teria conquistado sucesso, mesmo num futuro incerto.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo


66)
Texto

Que mistério tem Clarice?

Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.
‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.

No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:

‒ Procuro viver rapidamente os fatos, porque a meditação profunda me espera!”

CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.

Ao se analisar esta parte do texto “Acordava às três ou quatro horas na manhã, porque
dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando, pensando,
com Ulisses, seu cachorrinho”, percebe-se que os verbos em sua maioria foram
flexionados no:

a) pretérito imperfeito do indicativo.

b) pretérito perfeito do indicativo

c) imperfeito do subjuntivo.

d) futuro do pretérito.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo


67)
Texto

Que mistério tem Clarice?

Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.

‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.
No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:

‒ Procuro viver rapidamente os fatos, porque a meditação profunda me espera!”

CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.

O verbo deste trecho “Não há fragilidade em seu rosto” classifica-se como:

a) regular e pessoal.

b) irregular e pessoal.

c) regular e impessoal.

d) irregular e impessoal.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo


68)
Texto

Que mistério tem Clarice?

Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.

‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.

No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:

‒ Procuro viver rapidamente os fatos, porque a meditação profunda me espera!”

CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.

No período simples “Não tenho sofisticação”, o verbo ter é classificado como:

a) bitransitivo.

b) intransitivo.

c) transitivo direto.

d) transitivo indireto.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo


69)
A crise segundo Albert Einstein

“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor
bênção que pode ocorrer com as pessoas e empresas, porque ela traz progressos. A
criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É nas crises que nascem
as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si
mesmo sem ficar superado. Quem atribui a ela seus fracassos e suas penúrias violenta seu
próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a
esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise, não há desafios. Sem
desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É nela que se
aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o
conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”

http://www.paineldoempresario.com.br/crise-segundo-albert-einstein (acesso em 20/07/2016).


Baseando-se na regularidade e na irregularidade verbal e neste fragmento “Não
pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo”, é correto afirmar
que:

a) existem dois verbos irregulares.

b) computa-se um verbo regular.

c) têm-se três verbos regulares.


d) há um verbo irregular.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Pessoais


70)
E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o
erro, muitas vezes, se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava
certo o que eu pensava ou sentia - é que se fazia, enfim, uma brecha, e, se antes eu
tivesse tido coragem, já teria entrado por ela, mas eu sempre tivera medo do delírio e
erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando erro, é que
saio do que entendo. Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo
apenas uma verdade pequena, do meu caminho.

LISPECTOR, Clarice. In http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000500.pdf. Acesso em 31.10.18

Considerando o pronome átono constante do seguinte trecho “ Não esquecer que o erro,
muitas vezes, se havia tornado o meu caminho”, assinale a alternativa em que esse
pronome foi colocado de modo errado.

a) O erro se havia tornado o meu caminho.

b) O erro havia-se tornado o meu caminho.

c) O erro havia se tornado o meu caminho.

d) O erro havia tornado-se o meu caminho.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Pessoais


71)
A amiga sou eu

“Preciso me desacostumar a viver fora da vida.

Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.

Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.

[...]

(In http://tribunadoceara.uol.com.br/opiniao/flavia-castelo/flavia-castelo-a-amiga-sou-eu/. Acesso em 21/09/17).

No trecho “ algo que lhes coloque no espetáculo”, existe um erro gramatical, ou seja:

a) o pronome “ lhes” não foi empregado corretamente.

b) a forma verbal deveria estar no presente do indicativo.

c) a ênclise deveria reger a colocação do pronome “ lhes”.

d) o verbo “colocar” não rege um objeto direto e um indireto.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Pessoais


72)
As mais belas histórias

Entre elas, a que fez aprender a não pegar doces escondido

No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.

[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.

[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.

Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.
Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.

Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.

Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.

[...]

Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]

Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.

Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.

(VILLAS, Alberto. In http://www.cartacapital.com.br/cultura/as-mais-belas-historias; acesso em 12/03/16).

Quanto aos pronomes constantes do último parágrafo, qual é a afirmação exata?

a) Há pronome pessoal subentendido.

b) Existe somente pronome do caso oblíquo.

c) Contam-se apenas dois pronomes relativos.

d) Inexiste pronome demonstrativo nesse parágrafo.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes de Tratamento


73)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.


‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.

O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:

‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:

– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).


O termo “Vossa Majestade” é exemplo de pronome de tratamento. Qual é a alternativa
em que a forma pronominal de tratamento NÃO corresponde ao cargo?

a) Vossa Santidade – papa.

b) Vossa Alteza – imperador.

c) Vossa Eminência – cardeal.

d) Vossa Magnificência – reitor.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes de Tratamento


74)
Hierarquia

Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.

O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".

Adaptado de FERNANDES, Millôr. Inhttp://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em 12/08/2017.

De acordo com as normas que regulam o emprego dos pronomes de tratamento, “Vossa
Excelência” é devido a:

a) reitores.

b) arcebispos e bispos.

c) delegados, professores.

d) juízes, ministros, deputados.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes de Tratamento
75)
Leia atentamente o texto abaixo e responda à questão.

Cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...

Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!

Adaptado de http://www.sbu.unicamp.br/lendoletras/index.php/textos/22-quando-drummond-fala. Acesso em


05.01.15.
Atribui-se também a Roberto Pompeu de Toledo a autoria desse texto.

O pronome você é bastante empregado nesse texto. Ele é classificado como pronome de
tratamento, o qual se refere à:

a) segunda pessoa do plural.

b) terceira pessoa do singular.

c) primeira pessoa do singular.

d) segunda pessoa do singular.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Possessivos


76)
Ética profissional. 1“Tendo essencialmente a mesma natureza da ética, disciplina
filosófica reflexiva e preocupada finalisticamente com o bem, a ética profissional pode ser
compreendida como uma reflexão pessoal do agente profissional, buscando definir
diretrizes lógicas e valorativas, orientadoras de seu procedimento laboral. Esse refletir
ético é também um dado subjetivo e apriorístico, verificado no íntimo da consciência do
profissional, visando perfectibilizar um comportamento condizente com os ideais de sua
profissão e a expectativa de seu cliente.” (Oscar D’Alva e Souza Filho). O mesmo que ética
do trabalho. Ver: ética, ética do trabalho, ética negocial, disciplina, profissional, valores,
profissão, expectativa, cliente e deontologia. Professional ethics (Ingl).

In DUARTE, Geraldo. Dicionário de administração. 3 ed. Fortaleza: Realce, 2009, p. 306.

No tocante ao emprego dos pronomes possessivos “sua” e “seu”, estes foram utilizados a
fim de:

a) referir-se à segunda pessoa do singular você em alusão ao leitor.

b) fazer referência à terceira pessoa do singular “profissional”.

c) expressar familiaridade ou afetividade com o leitor virtual.

d) evitar a ambiguidade entre “profissional” e “cliente”.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Indefinidos


77)
O ursinho, não!

Um dia depois que a menina completou 10 anos, a mãe desconfiou de alguma coisa e
resolveu levá-la ao médico.

Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:

– O ursinho tem de ir comigo. Ele é o meu filho querido.

Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:

– Quem foi?

A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:
– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.

– E você vai ajudar?

Nova afirmativa. E aí ela fitou a mãe, os olhos cheios de lágrimas:

– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!

– Está bem! – disse a mãe. O ursinho é só seu!

Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.

Adaptado de SCLIAR, Moacir. In http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff05109809.htm. Acesso em


06/07/2017.

Na frase “ A garota disse um nome qualquer”, a palavra qualquer é empregada como um


pronome:

a) demonstrativo.

b) interrogativo.

c) indefinido.

d) relativo.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Indefinidos


78)
A culpa é das estrelas

Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu
que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas
na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu
abundante tempo livre pensando na morte.

Sempre que você lê um folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer,
a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um
efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. (O câncer também
é um efeito colateral de se estar morrendo. Quase tudo é, na verdade.) Mas a mamãe
achava que eu precisava de tratamento, então me levou ao meu médico comum, o Jim,
que concordou que eu, de fato, estava nadando numa depressão paralisante e totalmente
clínica e, portanto, ele ia trocar meus remédios e, além disso, eu teria que frequentar um
Grupo de Apoio uma vez por semana.

O grupo era formado por um elenco rotativo de pessoas com várias questões psicológicas
desencadeadas pelos tumores. A razão de o elenco ser rotativo? Efeito colateral de se
estar morrendo.

GREEN, John. A culpa é das estrelas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012, p. 11-12.

Com relação ao período “ Quase tudo é, na verdade”, o termo destacado é exemplo de


pronome:

a) pessoal.

b) relativo.

c) adjetivo.

d) indefinido.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos


79)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.

‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:

‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:

– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).

Em “Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde”, o
pronome demonstrativo em destaque substitui, anaforicamente, qual termo?

a) A condição de a grama ser verde ou azul.

b) A resignação do tigre com o castigo.

c) A punição imposta pelo leão.

d) A atitude insana do burro.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos


80)
A janela de Johari

Janela de Johari é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham
em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e
nos relacionamentos com um grupo.
Este conceito pode aplicar-se ao estudo da interação e das relações interpessoais em
várias situações, nomeadamente, entre indivíduos, grupos ou organizações.
A palavra Johari tem origem na composição dos prenomes dos seus criadores: Jo (seph) e
Hari (Harrington).
O conceito tem um modelo de representação que permite revelar o grau de lucidez nas
relações interpessoais, relativamente a um dado ego, classificando os elementos que as
dominam, num gráfico de duas entradas (janela): busca de feedback versus autoexposição,
subdividido em quatro áreas: área livre ou eu aberto ou arena; área cega ou eu cego; área
secreta ou eu secreto; área inconsciente ou eu desconhecido.
Para compreender o modelo de representação, imagine uma janela com quatro "vidros" e
que cada "vidro" corresponde a uma área anteriormente descrita, sendo a definição de
cada uma delas: área livre ou eu aberto ou arena – zona que integra conhecimento do ego
e também dos outros; área cega ou eu cego – zona de conhecimento apenas detido pelos
outros, portanto desconhecido do ego; área secreta ou eu secreto – zona de conhecimento
pertencente ao ego e que não partilha com os outros; área inconsciente ou eu
desconhecido – zona que detém os elementos de uma relação em que nem o ego, nem os
outros têm consciência ou conhecimento.
Para se entender melhor o funcionamento da janela, vejamos o seguinte exemplo: Numa
relação recente, quando dois interlocutores (duas janelas) iniciam o seu primeiro
contacto, a interação apresenta áreas livres muito reduzidas, áreas cegas relativamente
grandes, áreas secretas igualmente extensas e obviamente áreas inconscientes intactas.

In https://pt.wikipedia.org/wiki/Janela_de_Johari. Acesso em: 26. Janeiro. 2022.

Ao se reescrever este trecho “que tem como objetivo auxiliar no entendimento da


comunicação interpessoal”, mantendo-se, necessariamente, o mesmo valor semântico de
tal fragmento, tem-se a seguinte oração:

a) cujo objetivo é auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal.

b) do qual o objetivo é auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal.

c) que o objetivo constitui auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal.

d) onde o objetivo representa auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal.

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Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos


81)
O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até ao final
dos anos 90, diminuiu nos últimos vinte anos. É a inversão do efeito Flynn1.

Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.

[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.

[...] Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.

A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.

Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.

Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, de depurar a linguagem dos


seus "defeitos", de abolir os gêneros, os tempos, as nuanças, tudo que cria complexidade
são os coveiros do espírito humano. Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem
o pensamento da beleza.

CLAVÉ, Christophe. Disponível em:


https://dasculturas.com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-diminuiu-nos-ultimos-vinte-anos-
christophe-clave/ (acesso em 28/04/2022).

1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).

No tocante aos pronomes empregados no último parágrafo, qual é a proposição cujo teor
apresenta correção quanto à classificação de tais pronomes?
a) Observam-se dois pronomes relativos.

b) Inexiste pronome indefinido nesse trecho.

c) Há pronome pessoal e pronome possessivo.

d) Esse trecho tem dois pronomes demonstrativos.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


82)
Texto

O que é chique?

O que é chique? Chique é um sentimento. É um estado de espírito. É uma forma de viver e


uma forma de ser. Todos nós já vimos pessoas chiques. Muito bem-vestidas, elas parecem
ter uma compreensão muito forte do que é seu verdadeiro estilo. Mas vai além do que as
roupas que elas usam, não é mesmo? Pessoas chiques carregam consigo um ar de mistério.
Parecem contentes com alguma coisa, mas... não dá para identificar o que é. Sua
elegância parece não custar esforço algum, como se a maneira graciosa com que levam o
dia fosse natural.

[...]

Ser chique não tem nada a ver com dinheiro. Nem todas as pessoas chiques são ricas, e
nem todos os ricos são chiques. Você pode ter observado isso nos reality shows da TV.
Pode ter visto uma mulher rica com o corte de cabelo perfeito, vestida com roupas da
última moda da alta-costura. Ela tem uma mansão, um carro esportivo e aquela varinha
mágica: a fama. Mas a atitude negativa, as inseguranças e os maus modos somados se
combinam para torná-la, como é costume dizer, um péssimo exemplo. Esse tipo de pessoa
não possui aquele je ne sais quoi* chique. Elas têm muito trabalho interior a cumprir.

Ser chique não tem a ver com o tamanho de sua conta bancária. Também não tem a ver
com o local em que você vive. Nem com o emprego que você tem ou a pessoa com quem
está casada. Não tem nada a ver com o carro que você dirige ou com as etiquetas de suas
roupas. Chique é um jeito de ser. E é algo que qualquer pessoa pode cultivar. Isso mesmo,
qualquer uma.

Você pode ser chique. Pode ter uma vida maravilhosa, produtiva e apaixonada. Pode levar
o dia de maneira graciosa e ter uma bela aparência enquanto faz isso. Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você imaginou.
Não se preocupe se estiver acostumada a uma vida caótica, desorganizada e não muito
chique. Essa não tem de ser a sua realidade.
SCOTT, Jennifer Lynn. Em casa com Madame Charme: a arte francesa de receber e cuidar das pequenas tarefas
domésticas. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2015, p. 9-10).

* Nota da banca elaboradora: je ne sais quoi equivale ao substantivo não sei quê (Ela tem
um não sei quê de chique).

Neste trecho “Você pode ter observado isso nos reality shows da TV”, existem dois
pronomes, os quais foram empregados respectivamente como:

a) pronome indefinido e pronome possessivo.

b) pronome interrogativo e pronome adjetivo.

c) pronome pessoal do caso reto e pronome relativo.

d) pronome de tratamento e pronome demonstrativo.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


83)
"Il faut cultiver notre jardin." (Voltaire)

Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?

Na era em que vivemos, é bastante complicado respondermos essas perguntas. É o bem


contra o mal, a sombra contra a luz, pessoas com anseio de “mudar o mundo” e não
mudam a si mesmas, revolução, extremismo, violência; o jardim do vizinho “mais verde”
que o seu; nas redes sociais, também podemos perceber muitos “jardins” maquiados de
photoshop e muita hipocrisia disfarçada em uma maçã bonita por fora e estragada por
dentro. Eu me pego pensando como seria diferente se cada um cuidasse do seu jardim com
a mesma intensidade e capacidade de cuidar do jardim do vizinho, imagina que mundo
maravilhoso teríamos!

Apenas acredito profundamente: é necessário cultivar o nosso jardim. Escolha


criteriosamente as sementes, seja de grandes árvores, seja de pequenas flores; tenho
certeza de que, se forem bem semeados e cuidados, os frutos e as flores serão lindos,
atrairão pássaros, borboletas e até olhares curiosos, querendo saber como conseguiu
florescer um jardim como esse.
Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes.
Entrarão no seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os
pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o
propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as
corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as
técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu jardim.

A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.

Adaptado de GONÇALVES, Carolina de Almeida. In


https://administradores.com.br/artigos/como-est%C3%A1-o-cultivo-do-seu-
jardim; acesso em 28/01/2022.

Com relação aos pronomes empregados neste fragmento textual “Eu me pego pensando
como seria diferente se cada um cuidasse do seu jardim com a mesma intensidade e
capacidade de cuidar do jardim do vizinho”, marque a afirmativa INCORRETA.

a) A forma “se” classifica-se como pronome reto e átono.

b) Tem-se uma locução classificada como pronominal indefinida.

c) Observam-se, nesse trecho, pronome possessivo e pronome pessoal.

d) O termo “me” corresponde a uma forma pronominal oblíqua e átona.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1708437

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Educação Física/2021

Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


84)
O Brasil nacionalista

Se pudéssemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos


reveladores durante as sessões. Haveria aquele país que mal notaria a existência dos
outros [...]. Claro que haveria também países menos problemáticos, como o Chile ou a
Suíça, contentes com a sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que(a)
sofreria de diversos males psicológicos. Bipolar, oscilaria entre considerações muito
negativas e muito positivas sobre si próprio(b). Obcecado com sua identidade, em todas as
sessões aborreceria os colegas perguntando “Quem sou eu?”, “Que imagem eu devo
passar?”, “O que me diferencia de vocês?”.

Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.
Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.

Os brasileiros também tinham vergonha de si próprios.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.

No tocante aos pronomes constantes do primeiro parágrafo (da l. 01 à l. 06), qual é a


afirmativa correta?

a) A palavra “que” é exemplo de pronome relativo.

b) O termo “próprio” é um pronome indefinido.

c) Não há pronomes pessoais oblíquos.

d) Inexiste pronome de tratamento.

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Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


85)
A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

Em referência aos pronomes existentes no primeiro parágrafo (l. 01 e 02), afirma-se


corretamente que:

a) se tem um pronome interrogativo.

b) nenhum dos pronomes é indefinido.

c) tais pronomes têm a mesma classificação.

d) se contam mais de três formas pronominais.

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86)
Texto

A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso


em 16/03/2021).

Em referência aos pronomes existentes no primeiro parágrafo, afirma-se corretamente


que:

a) se tem um pronome interrogativo.

b) nenhum dos pronomes é indefinido.

c) tais pronomes têm a mesma classificação.

d) se contam mais de três formas pronominais.

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IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2021


Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes
87)
Ética profissional. ¹“Tendo essencialmente a mesma natureza da ética, disciplina
filosófica reflexiva e preocupada finalisticamente com o bem, a ética profissional pode ser
compreendida como uma reflexão pessoal do agente profissional, buscando definir
diretrizes lógicas e valorativas, orientadoras de seu procedimento laboral. Esse refletir
ético é também um dado subjetivo e apriorístico, verificado no íntimo da consciência do
profissional, visando perfectibilizar um comportamento condizente com os ideais de sua
profissão e a expectativa de seu cliente.” (Oscar D’Alva e Souza Filho). O mesmo que ética
do trabalho. Ver: ética, ética do trabalho, ética negocial, disciplina, profissional, valores,
profissão, expectativa, cliente e deontologia. Professional ethics (Ingl).

In DUARTE, Geraldo. Dicionário de administração. 3 ed. Fortaleza: Realce, 2009, p. 306.

Com relação aos pronomes empregados no texto em análise, é correto afirmar que:

a) inexiste o emprego de pronome demonstrativo em tal texto.

b) são computados pronomes possessivos e pronomes pessoais.

c) há só dois pronomes demonstrativos “Esse” e “mesmo”.

d) é observado mais pronome possessivo do que pronome demonstrativo.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Artes/2019

Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


88)
Havia minutos que, percorrendo a Rua da Quitanda em sentido oposto à direção do carro,
avistara a moça recostada nas almofadas e sentira a seu aspecto viva impressão. Sem
disfarce ou acanhamento, recostando-se à ombreira de uma porta de escritório,
esqueceu-se naquela ardente contemplação.

O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.

Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.

O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.
Adaptado de ALENCAR, José de. In https://pt.wikisource.org/wiki/Página:A_pata_da_Gazela.djvu/16.

No último parágrafo, existem quantos pronomes?

a) 01.

b) 02.

c) 03.

d) 04.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Matemática/2017

Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


89)
A amiga sou eu

“Preciso me desacostumar a viver fora da vida.

Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.

Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.

[...]

(In http://tribunadoceara.uol.com.br/opiniao/flavia-castelo/flavia-castelo-a-amiga-sou-eu/. Acesso em 21/09/17).

Quanto aos pronomes existentes neste excerto “Vai ver que, no final de tudo, o que
querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da vida”, é correto
afirmar que:

a) nesse trecho, há quatro pronomes.


b) existem, nesse fragmento, três pronomes.

c) contam-se só dois pronomes nesse excerto.

d) observa-se somente um pronome em tal trecho.

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IMPARH - PTNM (SETRA)/Pref Fortaleza/Educador Social/2014

Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes


90)
Precisamos de educação diferente de acordo com a classe social

No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.

(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica

No fragmento do texto “Ninguém se indigna nem se mobiliza para combater algo que lhe
parece estar bem”, computam-se:

a) dois pronomes indefinidos, três pronomes pessoais e um pronome relativo.

b) um pronome indefinido, dois pronomes pessoais e um pronome relativo.

c) dois pronomes indefinidos e três pronomes pessoais.

d) um pronome indefinido e dois pronomes pessoais.

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Língua Portuguesa (Português) - Advérbio


91)
Texto

O burro e o tigre

‒ A grama é azul! ‒ o burro disse ao tigre.

‒ Não, a grama é verde ‒ o tigre respondeu.

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem e, para isso,


recorreram ao leão, o rei da selva. Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão
estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

‒ Vossa Majestade, é verdade que a grama é azul?

‒ Certo, a grama é azul ‒ o leão respondeu.

O burro se apressou e continuou:

‒ O tigre discorda de mim e me contradiz e incomoda. Por favor, castigue-o!

‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.

O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:

‒ A grama é azul! A grama é azul!

O tigre aceitou sua punição, mas antes perguntou ao leão:

– Vossa Majestade, por que me castigou? Afinal a relva é verde!

O leão respondeu:

– Na verdade, a grama é verde.

O tigre perguntou:

– Então, por que Vossa Majestade me pune?

O leão respondeu:

– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!

A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.

Adaptado de https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/34814/nao-discuta-com-burros (acesso em 23/09/21).

O advérbio “alegremente” foi empregado para caracterizar:

a) a maneira como o personagem pratica a ação de pular.

b) o momento em que a ação de pular se desenrola.

c) o espaço no qual a ação de pular acontece.

d) a causa pela qual o personagem pula.

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Língua Portuguesa (Português) - Advérbio


92)
Leia atentamente o texto abaixo e responda à questão.

Cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...

Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!
Adaptado de http://www.sbu.unicamp.br/lendoletras/index.php/textos/22-quando-drummond-fala. Acesso em
05.01.15.
Atribui-se também a Roberto Pompeu de Toledo a autoria desse texto.

As locuções adverbiais “outra vez” e “a cada minuto” exprimem a circunstância de:

a) tempo.

b) dúvida.

c) finalidade.

d) afirmação.

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Língua Portuguesa (Português) - Advérbio


93)
Leia o texto abaixo e responda às questões.

No calor do momento

Este incidente ocorreu numa cidade australiana chamada Darwin – talvez porque a moça
mereça o Darwin Awards*. Já era noite quando a sujeita, de nome não revelado, resolveu
beber umas cervejas em seu trailer. Meio grogue, ela notou (ou imaginou, ninguém sabe ao
certo) que havia uma cobra na residência. Muito esperta, lembrou que cobras não gostam
de calor e chegou à solução perfeita: tacar fogo na casa! Era para ser só uma fogueirinha,
mas as madeiras do trailer resolveram entrar na dança e o veículo foi totalmente
incendiado. Pior: nem ela nem a polícia acharam a tal invasora depois. Quando as
autoridades saíram, ela ainda pensava em como se livrar da serpente.

Adaptado de No calor do momento. Mundo estranho, São Paulo, ed. 166, p. 66, maio 2015.

São honras atribuídas de uma forma irônica, cujo nome provém de Charles Darwin, o
criador da teoria da evolução. Estes prêmios são atribuídos de forma simbólica àqueles
que cometeram erros altamente absurdos ou se descuidaram idioticamente, pondo fim à
própria vida ou causando a sua esterilização. Estes prêmios baseiam-se no pressuposto de
que estes indivíduos, ao se autodestruírem, contribuem para a melhoria do pool genético
humano ao eliminarem os seus "maus" genes
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Prémios_Darwin. Acesso em 12/07/15).

Os termos adverbiais “talvez”, “Já” e “meio” expressam, respectivamente, as


circunstâncias de:

a) dúvida, intensidade e tempo.

b) intensidade, tempo e dúvida.


c) tempo, dúvida e intensidade.

d) dúvida, tempo e intensidade

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Língua Portuguesa (Português) - Numeral


94)
O Brasil nacionalista

Se pudéssemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos


reveladores durante as sessões. Haveria aquele país que mal notaria a existência dos
outros [...]. Claro que haveria também países menos problemáticos, como o Chile ou a
Suíça, contentes com a sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que
sofreria de diversos males psicológicos. Bipolar, oscilaria entre considerações muito
negativas e muito positivas sobre si próprio. Obcecado com sua identidade, em todas as
sessões aborreceria os colegas perguntando “Quem sou eu?”, “Que imagem eu devo
passar?”, “O que me diferencia de vocês?”.

Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.

Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.

Os brasileiros também tinham vergonha de si próprios.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.

Em “o fato de serem súditos de dom Pedro II”, o numeral constante desse fragmento
classifica-se como:

a) ordinal.

b) cardinal.

c) fracionário.
d) multiplicativo.

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Língua Portuguesa (Português) - Numeral


95)
Um advogado tinha doze filhos, precisava sair da casa onde morava e alugar outra,
mas não conseguia por causa do monte de crianças.
Quando ele dizia que tinha doze filhos, ninguém queria alugar, porque sabiam que a
criançada iria destruir a casa, e ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir;
afinal os advogados não mentem. Ele estava ficando desesperado, o prazo para se mudar
estava se esgotando.
Daí teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com onze dos filhos.
Pegou o filho que sobrou e foi ver casas junto com o agente da imobiliária. Gostou
de uma, e o agente perguntou quantos filhos ele tinha. Ele respondeu que tinha doze.
Daí o agente perguntou: “Mas onde estão os outros?”.
E ele respondeu, com um ar muito triste: "Estão no cemitério, junto com a mamãe
deles".
E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir... MORAL: A inteligência
faz a diferença; não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas.

Adaptado de https://www.facebook.com/diariojurista/posts/584960891622563. Acesso em 02/03/2020.

O numeral “doze” (l. 01) é classificado como:

a) ordinal.

b) cardinal.

c) fracionário.

d) multiplicativo.

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Língua Portuguesa (Português) - Numeral


96)
Os professores

Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me
imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de
ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos.
Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta
ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.

A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de
liberdade superior, onde cada indivíduo se vota* a encontrar o seu mais genuíno, honesto
caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o
caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

[...]

As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem
ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta
pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo
do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e
por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada
tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.

*votar-se = dedicar-se

HUGO MÃE, Valter. In https://www.revistaprosaversoearte.com/belissima-reflexao-


os-professores-por-valter-hugo-mae. Acesso em 18/03/2018.

No trecho “vinte ou trinta pessoas”, os vocábulos em destaque são classificados como


numerais:

a) ordinais.

b) cardinais.

c) fracionários.

d) multiplicativos.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Pedagogia/2017

Língua Portuguesa (Português) - Preposição


97)
Nibiru: tudo sobre o boato da internet e o fim do mundo que nunca chega

Se existem duas coisas que a raça humana aprecia são teorias da conspiração e o
apocalipse. A ideia de um planeta em rota de colisão com a Terra, cujos dados estão sendo
escondidos pela NASA, é, portanto, uma grande vitória da humanidade.

É o caso da teoria de Nibiru, um planeta que já teria aparecido em textos sumérios, o


povo que habitava a antiga Mesopotâmia — onde hoje fica o Iraque. O corpo celeste
estaria localizado além da órbita de Plutão e se aproximaria do Sol a cada 3600 anos.
Teoricamente, o planeta estaria prestes a colidir com a Terra e causaria uma catástrofe
épica que destruiria toda a civilização.

O que os teóricos da conspiração esqueceram é que a ideia não tem embasamento


científico nenhum. "Nibiru e outras histórias de planetas inconstantes são boatos de
internet. Não existe base teórica para essas afirmações", enfatizou a NASA, em anúncio.

Os perigos de Nibiru, Planeta X, Hercólubus e outros corpos errantes ressurgem de tempos


em tempos para assustar internautas incautos. Foi assim com o fim do mundo em 2012,
que até onde se sabe não se realizou — a menos que sejamos todos Bruce Willis em O
Sexto Sentido.

(In
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/nibiru-tudo-sobre-o-boato-da-internet-e-o-fim-do-mundo-
que-nunca-chega.html.
Acesso em 22/09/17).

A preposição constante do fragmento “para assustar internautas incautos” estabelece a


ideia de:

a) conformidade.

b) finalidade.

c) duração.

d) valor.

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IMPARH - GE (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


98)
A cigarra e a formiga

I – A FORMIGA BOA

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava
quando cansadinha; e seu divertimento, então, era observar as formigas na eterna faina
de abastecer as tulhas, mas o bom tempo afinal passou, e vieram as chuvas. Os animais
todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em
seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.

[...]

II - A FORMIGA MÁ
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e, com
dureza, a repeliu de sua porta.

Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel
manto de gelo.

A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e o inverno veio
encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde se abrigar nem folhinha que comesse.

Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou (emprestado, notem!) uns miseráveis


restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o
tempo o permitisse, mas a formiga era uma usurária sem entranhas, além disso, invejosa.
Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.

– Que fazia você durante o bom tempo?

– Eu… eu cantava!

– Cantava? Pois dance agora, vagabunda! – e fechou-lhe a porta no nariz.

Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; quando voltou a primavera, o mundo


apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente
daquela cigarra, morta por causa da avareza da formiga, mas, se a usurária morresse,
quem daria pela falta dela?

Moral: Os artistas, poetas, pintores e músicos são as cigarras da humanidade.

MONTEIRO, Lobato. In MARÇAL, I. A. T. (coord.). Antologia escolar. v. 1. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1995,
p. 181-183.

No trecho “Já houve, entretanto, uma formiga má”, mediante o termo em destaque,
estabelece-se:

a) o contraste entre a formiga I e a formiga II.

b) a caracterização da formiga II com base na formiga I.

c) o contexto em que se opõem a formiga I e a formiga II.

d) a definição do caráter da formiga I e do caráter do formiga II.

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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


99)
Bola de Sebo
A história se passa na França, em 1870. Numa pequena cidade da Normandia, a população
está em pânico, pois os invasores prussianos se aproximam. As famílias mais ricas da
cidade alugam um carro para fugir da invasão. No entanto, sem que se saiba exatamente
como, nele também se instala a mais famosa meretriz da cidade, apelidada de Bola de
Sebo, por ser gorda e muito redonda. Os homens ficam embaraçados e as senhoras ficam
indignadas. Resolve-se ignorar a presença da moça. Contudo, logo todos começam a sentir
fome. Apenas Bola de Sebo teve a ideia de trazer um saco de provisões, que ela oferece
aos demais. Relutantemente, eles aceitam.
Tudo parece correr bem, até que o carro é interceptado por uma coluna de prussianos.
Todos precisam se identificar. O comandante resolve que os franceses somente poderão
seguir viagem se Bola de Sebo passar uma hora com ele. Em caso contrário, todos serão
presos. A moça se recusa terminantemente, pois não quer dormir com o inimigo.
Horrorizados com a possibilidade de ficarem nas mãos dos bárbaros prussianos, os nobres
cavalheiros e as finas damas se esforçam durante longo tempo para convencer Bola de
Sebo a aceitar a proposta do comandante. Finalmente, ela cede e vai com ele. Aliviados,
os outros aproveitam o tempo para comprar alimentos.
Algum tempo depois, Bola de Sebo reaparece. A viagem pode prosseguir. No entanto, aos
olhos dos outros, ela voltou a ser a meretriz desprezada. Sua presença é ignorada. Todos
comem, sem convidá-la. O carro passa pelos prussianos, e o único ruído que se ouve são os
soluços da moça.

MAUPASSANT, Guy de. In


https://paginadoricardo.wordpress.com/2020/06/05/resumo-bola-de-sebo-guy-de-maupassant/; acesso em
07/12/2012

Em “a população está em pânico, pois os invasores prussianos se aproximam”, o


elemento destacado pode ser substituído por outro, mantendo-se o mesmo sentido
estabelecido por esse elemento. Que oração representa essa reescritura?

a) A população está em pânico, porque os invasores prussianos se aproximam.

b) A população está em pânico, para que os invasores prussianos se aproximem.

c) A população está em pânico, conforme os invasores prussianos se aproximam.

d) A população está em pânico, à medida que os invasores prussianos se aproximam.

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IMPARH - Tec (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/Higiene Dental/2020

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


100)
Um advogado tinha doze filhos, precisava sair da casa onde morava e alugar outra,
mas não conseguia por causa do monte de crianças.
Quando ele dizia que tinha doze filhos, ninguém queria alugar, porque sabiam que a
criançada iria destruir a casa, e ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir;
afinal os advogados não mentem. Ele estava ficando desesperado, o prazo para se mudar
estava se esgotando.
Daí teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com onze dos filhos.
Pegou o filho que sobrou e foi ver casas junto com o agente da imobiliária. Gostou
de uma, e o agente perguntou quantos filhos ele tinha. Ele respondeu que tinha doze.
Daí o agente perguntou: “Mas onde estão os outros?”.
E ele respondeu, com um ar muito triste: "Estão no cemitério, junto com a mamãe
deles".
E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir... MORAL: A inteligência
faz a diferença; não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas.

Adaptado de https://www.facebook.com/diariojurista/posts/584960891622563. Acesso em 02/03/2020.

Em “ninguém queria alugar, porque sabiam que a criançada iria destruir a casa” (l. 03),
a conjunção “porque” exprime a relação semântica de:

a) causa.

b) tempo.

c) condição.

d) finalidade.

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IMPARH - Enf (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/2020

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


101)
A geração que não consegue se colocar no lugar do outro!

Separada por uma tela, a nova sociedade virtual não alcança o outro, por isso não
consegue se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história
humana.

A falta da empatia, do toque físico, do acolhimento, do contato ocular e a ausência da


presença física fazem que a pessoa não veja o outro, não o perceba, não note a presença
do outro e, consequentemente, não se coloque em seu lugar.

A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência nos faz criar um
mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo
perfeito, exposto na mídia social, criou uma disputa na qual um pensa que o outro está
melhor que ele, que não precisa dele; então, é ele que tem de correr para alcançá-lo.

[...]
O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro
saiba minha verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, de verdade.

[...] Ama-se tanto a si mesmo ou promove-se tanto esse amor-próprio que esquecemos o
outro e tornamos o egoísmo um hábito.

Colocar-se no lugar do outro afeta alguns dos comportamentos mais comuns dessa
geração: dá preguiça se colocar no lugar do outro e falta tempo para isso.

A capacidade de nos colocarmos na posição do outro advém da incapacidade que, por


vezes, temos de anular a prioridade que damos a nós mesmos.

Quanto mais o indivíduo se afasta, mais prioridade dá a outros aspetos da vida, como o
trabalho, por exemplo. De outra forma, quanto mais pessoas “sabem” sobre sua vida nas
redes sociais, menos questão você faz de, efetivamente, estar com as pessoas, pois elas
podem comprovar o contrário do que é exposto virtualmente.

Na era do virtual, temos dificuldade em admitir que somos apenas humanos. Isso nos
desliga do outro, fazendo-nos viver cada um a sua realidade inventada e estagnada apenas
nas fotos das redes sociais. Temos vidas fictícias, fragmentadas em momentos, e apenas
nos alegra o impacto que isso causa ao outro. Um clique.

Adaptado de https://www.resilienciamag.com/a-geracao-que-nao-consegue-se-colocar-no-lugar-do-outro. Acesso em


23/02/2020.

Neste excerto “não quero que o outro saiba minha verdade, já que o que projeto na
mídia social não é real, de verdade”, a locução conjuntiva em destaque exprime a
relação semântica de:

a) causa.

b) efeito.

c) tempo.

d) condição.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1182639

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Língua Portuguesa


Bilíngue/2018

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


102)
As atividades relacionadas às conjunções com base na tradição normativa baseiam-se em
sua dicotomia, ou seja, as coordenativas e as subordinativas. De algum modo, tal
estratégia pode facilitar aos alunos identificar e classificar tais palavras, uma vez que
eles:
a) conseguem deduzi-las por meio do conteúdo semântico dos enunciados.

b) são capazes de identificar o elo de sentido existente entre as orações.

c) memorizam a classificação das conjunções segundo esses dois tipos.

d) assimilam a distinção básica entre coordenação e subordinação.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1338869

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa/2017

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


103)
No último terceto do Soneto de Fidelidade – “Eu possa me dizer do amor (que tive):/ Que
não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja infinito enquanto dure”, é bastante
provável que um aluno do quarto ciclo do ensino fundamental seja capaz de identificar, no
trecho em destaque, o elo semântico que expressa:

a) a adversão, uma vez que é explícita relação de oposição entre o estado de ser
“imortal” e a carga semântica expressa pelo referente “chama”.

b) a concessão, porque se observa um contraste entre a ideia de imortalidade e a


efemeridade da “chama”, sem se refutar tal ideia.

c) o contraste, ainda que o emissor não admita que o “imortal” está em estreita ligação
com a “chama” por mera antítese.

d) o efeito, porquanto existe, entre o contorno semântico de “chama” e o de “imortal”, a


relação de consequência e causa.

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IMPARH - Tec (IJF Fortaleza)/Pref Fortaleza/Enfermagem/2016

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


104)
A crise segundo Albert Einstein

“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor
bênção que pode ocorrer com as pessoas e empresas, porque ela traz progressos. A
criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É nas crises que nascem
as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si
mesmo sem ficar superado. Quem atribui a ela seus fracassos e suas penúrias violenta seu
próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a
esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise, não há desafios. Sem
desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É nela que se
aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o
conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”

http://www.paineldoempresario.com.br/crise-segundo-albert-einstein (acesso em 20/07/2016).

Em “Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo" a


conjunção e indica, nesse contexto, a ideia de:

a) oposição.

b) conclusão.

c) explicação.

d) alternância.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1171324

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogo/2015

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


105)
Leia o texto abaixo e responda à questão.

Como trabalhar as relações raciais na pré-escola

Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que


deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade

Preconceito, está no dicionário, é "qualquer opinião ou sentimento, favorável ou


desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão". Portanto, é coisa
pensada, raciocínio elaborado, restrito aos adultos, certo? Errado. Nem as crianças
pequenas estão imunes às múltiplas formas de discriminação.

Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".

— Por que feia?, perguntou a professora.

— Porque ela é igual a mim, respondeu a garota.

É por isso que o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os
primeiros anos da Educação Infantil. "O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E
esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola", destaca o
sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar).

No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.

Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.

Em “Portanto, é coisa pensada, raciocínio elaborado, restrito aos adultos, certo?”, a


conjunção constante desse fragmento estabelece com o outro período uma relação
semântica de:

a) oposição.

b) conclusão.

c) explicação.

d) alternância.

www.tecconcursos.com.br/questoes/341713

IMPARH - PTNM (SETRA)/Pref Fortaleza/Educador Social/2014

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


106)
Precisamos de educação diferente de acordo com a classe social

No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.

(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica

A conjunção “enquanto” estabelece o elo semântico entre a oração principal e a oração


subordinada:

a) de finalidade.

b) de condição.

c) de tempo.

d) de causa.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Português/2013

Língua Portuguesa (Português) - Conjunção


107)
“Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro dela sua mensagem e a entregava
ao mar. Nunca recebeu resposta. Mas tornou-se alcoólatra.”

Marina Colasanti – Ernani Terra Ed. Ática, pág. 272 – 2002.

O conectivo MAS que introduz a conclusão do conto - tornou-se alcoólatra- permite a


seguinte interpretação:

I- A personagem tornou-se alcoólatra porque nunca recebeu uma resposta.

II- O fato aconteceu porque a personagem escreveu muitas mensagens.

III- A solidão sem remédio tem sempre como consequência o vício.

IV- Esvaziou muitas garrafas. Enviou muitas mensagens. Não recebeu resposta. Mas,
como tinha bebido todos os dias, tornou-se alcoólatra.
Analise as afirmações e, a seguir, assinale a alternativa correta.

a) Somente a alternativa IV está correta.

b) Somente a afirmação I está correta.

c) Somente as afirmações I e II estão corretas.

d) Somente a afirmação III está correta.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Pedagogia Bilíngue/2022

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


108)
O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até ao final
dos anos 90, diminuiu nos últimos vinte anos. É a inversão do efeito Flynn1.

Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.

[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.

[...] Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.

A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.

Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.
Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, de depurar a linguagem dos
seus "defeitos", de abolir os gêneros, os tempos, as nuanças, tudo que cria complexidade
são os coveiros do espírito humano. Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem
o pensamento da beleza.

CLAVÉ, Christophe. Disponível em:


https://dasculturas.com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-diminuiu-nos-ultimos-vinte-anos-
christophe-clave/ (acesso em 28/04/2022).

1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).

Considerando os preceitos da flexão nominal, assinale a opção em que o termo


“pensamento hipotético-dedutivo” está pluralizado corretamente.

a) Pensamentos hipotético-dedutivo.

b) Pensamentos hipotéticos-dedutivo.

c) Pensamentos hipotético-dedutivos.

d) Pensamentos hipotéticos-dedutivos.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Língua Portuguesa Literatura/2022

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


109)
Texto 1
Os conteúdos curriculares na perspectiva social dos usos da escrita

Assumir o letramento como objetivo do ensino no contexto dos ciclos escolares implica
adotar uma concepção social da escrita, em contraste com uma concepção de cunho
tradicional que considera a aprendizagem de leitura e produção textual como a
aprendizagem de competências e habilidades individuais. A diferença entre ensinar uma
prática e ensinar para que o aluno desenvolva individualmente uma competência ou
habilidade não é mera questão terminológica. Em instituições como a escola, em que
predomina a concepção da leitura e da escrita como conjunto de competências,
concebe-se a atividade de ler e escrever como um conjunto de habilidades
progressivamente desenvolvidas, até se chegar a uma competência leitora e escritora
ideal, a do usuário proficiente da língua escrita. Os estudos do letramento, por outro lado,
partem de uma concepção de leitura e de escrita como práticas discursivas, com múltiplas
funções e inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem.
Na perspectiva social da escrita que vimos discutindo, uma situação comunicativa que
envolve atividades que usam ou pressupõem o uso da língua escrita ─ um evento de
letramento ─ não se diferencia de outras situações da vida social: envolve uma atividade
coletiva, com vários participantes que têm diferentes saberes e os mobilizam (em geral
cooperativamente) segundo interesses, intenções e objetivos individuais e metas comuns.
Contrasta essa concepção com a que subjaz as práticas de uso da escrita dentro da escola
que, em geral, envolvem à demonstração da capacidade do indivíduo para realizar todos
os aspectos de determinados eventos de letramento escolar, sejam eles soletrar, ler em
voz alta, responder perguntas oralmente ou por escrito, escrever uma redação, fazer um
ditado, analisar uma oração, fazer uma pesquisa. Daí não serem raros os relatos de
atividades escolares que envolvem escrever uma carta de reclamação ou reivindicação a
alguma autoridade, na qual cada um dos alunos, individualmente, faz a sua própria carta,
em vez de unirem os esforços para produzirem coletivamente uma carta assinada por
todos os membros da turma ou um abaixo-assinado da comunidade (escola, bairro, cidade)
a que pertence a turma. Isso porque, mesmo focando um problema relevante para a
cidadania e para a vida cívica, não era a resolução do problema – conseguir que o governo
atendesse à reivindicação – o objetivo da atividade, mas, simplesmente, a aprendizagem
do gênero carta argumentativa ou reivindicatória.

A prática social como ponto de partida e de chegada implica, por sua vez, uma pergunta
estruturante do planejamento das aulas diferente da tradicional, que está centrada nos
conteúdos curriculares: “qual a sequência mais adequada de apresentação dos
conteúdos?”. A importância dos conteúdos para a formação do professor não pode ser
suficientemente enfatizada. Entretanto, o conteúdo é alvo: ele representa os
comportamentos, procedimentos, conceitos que se visa desenvolver no aluno. Não deve
ser entendido, parece-me, como princípio organizador das atividades curriculares.
Vejamos por quê.

Nos primeiros anos do primeiro ciclo do ensino fundamental, visa-se apresentar ao


aprendiz todos os aspectos do sistema ortográfico da língua e serão os diversos aspectos
desse sistema os conteúdos a serem ensinados. Isso não significa, entretanto, que o
professor deva planejar suas aulas de modo a apresentar primeiro o alfabeto, logo as
sílabas abertas (ba be bi), depois os encontros consonantais (bra bre ) e as sílabas
fechadas (bar ber ) e assim sucessivamente, com base num roteiro de apresentação dos
diversos elementos desse sistema, desde as sílabas tidas como mais simples e as
regularidades até as “dificuldades ortográficas” da tradicional cartilha (que todo professor
conhece).

Nesse ciclo, os conteúdos correspondem, basicamente, ao conjunto de saberes e


conhecimentos requeridos em práticas sociais letradas como as de medição, cálculos de
volume, elaboração de maquetes, mapas e plantas (conteúdos matemáticos) e àqueles
necessários para a participação em práticas discursivas de leitura e produção de textos de
diversos gêneros. Para poder ler e escrever, o aluno precisa reconhecer e usar
componentes relativos ao domínio do código, como a segmentação em palavras e frases,
as correspondências regulares de som-letra, as regras ortográficas, o uso de maiúsculas,
assim como componentes relativos ao domínio textual, tais como o conjunto de recursos
coesivos de conexão, de relação temporal, de relação causal. Nada disso seria relevante se
o aluno não conseguisse também atribuir sentidos aos textos que lê e escreve segundo os
parâmetros da situação comunicativa.

Porém, em toda situação comunicativa que envolve o uso da língua escrita ─ em todo
evento de letramento ─ há a necessidade de tudo isso e, portanto, SEMPRE surge a
oportunidade para o professor focalizar de forma sistemática algum conteúdo, ou seja, de
apresentar materiais para o aluno chegar à perceber uma regularidade, praticar repetidas
vezes um procedimento, buscar uma explicação. Nesse caso, o movimento será da prática
social para o ‘conteúdo’ (procedimento, comportamento, conceito) a ser mobilizado para
poder participar da situação, nunca o contrário, se o letramento do aluno for o objetivo
estruturante do ensino.

Quando o conteúdo (qualquer que seja) não constitui o elemento estruturante do


currículoa, a pergunta que orienta o planejamento das atividades didáticas deixa de ser
“qual é a sequência mais adequada de apresentação dos conteúdos linguísticos, textuais
ou enunciativos?” porque o professor, com conhecimento pleno dos conteúdos do ciclo e
ciente de sua importância no processo escolar, passa então a fazer uma pergunta de ordem
sócio-histórica e cultural: “quais os textos significativos para o aluno e sua comunidade?”.

Aliás, no ensino da leitura e da produção de textos representativos de determinada prática


social, a facilidade e a dificuldade de aprendizagem não dependem apenas da relação
letra-som, ou da presença ou ausência de dígrafos, encontros consonantais e outras
“dificuldades ortográficas”, ou da presença de elementos coesivos mais, ou menos
conhecidos do aluno. Dependem, sobretudo, do grau de familiaridade do aluno com os
textos pertencentes aos gêneros mobilizados para comunicar-se em eventos que
pressupõem essa prática. As letras, sílabas, palavras e frases não são unidades
perceptíveis quando o sistema passa a ser ensinado a partir de elementos salientes, tanto
verbais como não verbais, que se destacam nos textos (manchetes, títulos, ilustrações).

Nessa perspectiva, os elementos pontuais “mais difíceis”, ensinados tardiamente na


progressão tradicional, podem aparecer em qualquer etapa do processo, desde que sejam
aprendidos dentro de um contexto significativo. O dígrafo e o ditongo na palavra
“dinossauro”, por exemplo, não são os elementos que vão impedir uma criança de
desenvolver uma pesquisa escolar sobre esse animal se essa criança estiver de fato
interessada e a atividade bem orientada.

O relato de experiência de Guimarães, em que crianças de quinta série foram


paulatinamente aproximando-se do gênero resenha, também aponta para a pertinência da
abordagem do letramento de atentar para a prática social relevante para o aluno nos
últimos ciclos do ensino fundamental como objetivo estruturante das atividades
curriculares.

Na experiência citada, é claro que era o gênero resenha o objetivo conteudístico do


ensino, mas era a prática social, própria da instituição escolarb – recomendar livros para os
colegas da turma – o eixo estruturante das atividades. Tivesse sido o gênero resenha o
elemento estruturante, os alunos talvez fossem submetidosc à aulas sobre o gênero, com
sequências explicativas e demonstrações sobre como abordar os temas, que tipo de
linguagem utilizar, como estruturar o texto, quais os elementos composicionais
constitutivos desse gênero. Em vez disso, os alunos foram experimentando com base nos
gêneros que já conheciam e, aos poucos, foram inferindo os elementos relevantesd para
escrever seus textos, apoiando-se nas práticas de ler livros, recomendá-los ou criticá-los
(informalmente) para um público conhecido, ouvir e ler comentários críticos de seus
colegas, ler resenhas publicadas, revisar seus textos, reescrevê-los com base nos
comentários dos colegas e, sobretudo, da professora, que certamente tinha em mente,
para guiá-los nesse processo, o conteúdo visado.

(KLEIMAN, A. B. Letramento e suas implicações para


o ensino de Língua materna. Signo. Santa Cruz do Sul, v. 32 n. 53, p. 4-8, dez, 2007 – com adaptações).

A palavra destacada está corretamente classificada em qual item?

a) “Quando o conteúdo (qualquer que seja) não constitui o elemento estruturante do


currículo [...]” (advérbio).

b) “[...] é claro que era o gênero resenha o objetivo conteudístico do ensino, mas era a
prática social, própria da instituição escolar [...].” (adjetivo)

c) “[...] Tivesse sido o gênero resenha o elemento estruturante, os alunos talvez fossem
submetidos.” (verbo)

d) “Em vez disso, os alunos foram experimentando com base nos gêneros que já
conheciam e, aos poucos, foram inferindo os elementos relevantes [...]” (substantivo).

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Artes/2019

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


110)
Havia minutos que, percorrendo a Rua da Quitanda em sentido oposto à direção do carro,
avistara a moça recostada nas almofadas e sentira a seu aspecto viva impressão. Sem
disfarce ou acanhamento, recostando-se à ombreira de uma porta de escritório,
esqueceu-se naquela ardente contemplação.

O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.

Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.
O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.

Adaptado de ALENCAR, José de. In https://pt.wikisource.org/wiki/Página:A_pata_da_Gazela.djvu/16.

Com base no conhecimento gramatical segundo o padrão culto da língua portuguesa, no


tocante a este trecho “que precisa de expandir-se” , é correto afirmar que:

a) foi colocado, de forma errônea, o pronome oblíquo átono SE.

b) deveria haver sido empregada a forma pronominal A QUAL em vez de QUE.

c) a forma verbal PRECISA teria de ser pluralizada para concordar com o sujeito
composto.

d) o emprego da preposição DE é facultativo, embora a sua supressão seja bastante


recorrente.

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IMPARH - Est (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Demais Áreas/2019

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


111)
Síndrome de burnout (esgotamento profissional)

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão


emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e
policiais estão entre as classes mais atingidas.

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico


descrito, em 1974, por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado
no grupo 24 do CID-11 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com
serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado


por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se
manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto
e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional


que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade,
isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração,
lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. Dor de cabeça,
enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises
de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à
síndrome.

O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do


paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Respostas psicométricas a
questionário baseado na escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.

O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia.


Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados
para ajudar a controlar os sintomas.

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/

Os termos “um” e “um” são respectivamente:

a) artigo indefinido e pronome indefinido.

b) pronome indefinido e artigo indefinido.

c) artigo definido e pronome demonstrativo.

d) pronome demonstrativo e artigo definido.

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IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto /Artes/2018

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


112)
E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o
erro, muitas vezes, se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava
certo o que eu pensava ou sentia - é que se fazia, enfim, uma brecha, e, se antes eu
tivesse tido coragem, já teria entrado por ela, mas eu sempre tivera medo do delírio e
erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando erro, é que
saio do que entendo. Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo
apenas uma verdade pequena, do meu caminho.

LISPECTOR, Clarice. In http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000500.pdf. Acesso em 31.10.18

No trecho “Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando
erro, é que saio do que entendo”., as palavras sublinhadas são respectivamente:

a) substantivo e adjetivo.

b) verbo e substantivo.

c) substantivo e verbo.
d) verbo e adjetivo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1180449

IMPARH - Prof (Fortaleza)/Pref Fortaleza/Substituto/Pedagogia/2016

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


113)
Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na
verdade, bem poucas pessoas levariam a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais
problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se
pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos, porque, se não sabem,
disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a
parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um
pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com
mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e
sei que estou morrendo.

De Nadine Stair - Atribuído a Jorge Luís Borges

In http://www.umacoisaeoutra.com.br/literatura/falsos (acesso em 12/03/16).

Analise este fragmento: “Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente
cada minuto da sua vida”.

Com base nas classes de palavras, qual é a assertiva incorreta?

a) A palavra “sua” é pronome adjetivo possessivo.

b) O pronome “cada” é classificado como indefinido.

c) Há três substantivos nesse excerto: “pessoas”, “minuto” e “vida”.

d) Existe somente um advérbio nesse trecho, isto é, “produtivamente”.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1205021

IMPARH - PTNM (IPLANFOR)/IPLANFOR/Analista Editorial Sênior/2015

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


114)
ESCRITA E FIXAÇÃO DE INFORMAÇÃO

Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se
algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados
Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor
método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações.
Estudo realizado pelo psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste
aplicado a estudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando
interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar
de terem anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as
explicações do tema proposto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à
mão.

(Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16)

Observe este trecho “Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das
informações”. Com base nele, assinale a opção verdadeira.

a) Nesse trecho, existe apenas um artigo definido.

b) Há mais substantivos do que verbos nesse trecho.

c) Contam-se, nesse trecho, mais verbos do que substantivos.

d) Observam-se dois pronomes pessoais nesse fragmento de texto.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1205022

IMPARH - PTNM (IPLANFOR)/IPLANFOR/Analista Editorial Sênior/2015

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


115)
ESCRITA E FIXAÇÃO DE INFORMAÇÃO

Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se
algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados
Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor
método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações. Estudo
realizado pelo psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a
estudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando interrogados
sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar de terem
anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as
explicações do tema proposto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à
mão.

(Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16)


A locução adverbial “após 30 minutos da apresentação de uma palestra” é composta de:

a) um advérbio, um numeral, um substantivo, uma preposição, um substantivo, uma


preposição, um artigo definido e um substantivo.

b) uma preposição, um numeral, um substantivo, uma contração, um substantivo, uma


preposição, um artigo indefinido e um substantivo.

c) uma preposição, um substantivo, um substantivo, uma contração, um substantivo, uma


preposição, um artigo indefinido e um substantivo.

d) um advérbio, um numeral, um substantivo, uma preposição, um artigo definido, um


substantivo, uma preposição, um artigo definido e um substantivo.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1207099

IMPARH - PTNS (IPLANFOR)/IPLANFOR/Administrador de Banco de Dados/GIS/2015

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116)
Papa pede que celulares não atrapalhem conversas em família

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como
celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família que, para ele, são o berço da
comunicação.

Em seu discurso anual pelo dia católico das comunicações, o pontífice afirmou que o uso
dessas ferramentas pode tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias.
Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem.

“O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não
simplesmente como gerar e consumir informação”, disse.

“Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem
favorecer se ajudam a conversar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso
relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por elas”, destacou.

Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar
e é preciso “voltar a esse momento para deixar a comunicação entre as pessoas mais
autêntica e humana”.

“Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as
conversas com nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação
abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente, acima do ódio e da violência”,
ressaltou.
O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de
discussões sobre a família que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com
a participação de bispos e cardeais.

Dentre os assuntos que possivelmente serão debatidos, estão o divórcio, as uniões


estáveis, as crianças transgênero e a união homossexual.

(http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1579399. Acesso em 25/01/15.)

Com relação à classe gramatical das palavras, analise o quinto parágrafo e assinale a
asserção verdadeira. Devem-se considerar as palavras repetidas.

a) Contam-se mais artigos que adjetivos.

b) Há menos preposições do que pronomes.

c) Existem mais substantivos do que verbos.

d) O número de adjetivos é maior que o de substantivos.

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IMPARH - Adm (IPMFOR)/IPMFOR/2012

Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras


117)
“O julgamento do mensalão é importantíssimo. Ratifica a democracia brasileira numa
região que não é pródiga em democracia, que é a América Latina.”

Djavan (In http://veja abril. com br/blog/augusto-nunes/secao/frases/page/4/)

Levando-se em conta as características morfológicas das palavras constantes da frase dita


por Djavan, aponte a alternativa incorreta.

a) “Importantíssimo” é exemplo de superlativo absoluto sintético.

b) Existem, nessa citação, mais substantivos concretos que abstratos.

c) Observa-se a existência de apenas dois pronomes relativos nessa frase.

d) Na citação em análise, contam-se um advérbio e uma locução adverbial.

www.tecconcursos.com.br/questoes/1176918

IMPARH - AAd (IPMFOR)/IPMFOR/2012

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118)
O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão
de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio
universal e comum. Daí o caráter
D)
�) conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos
famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire
forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância;
mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição. A paz
A)
�) nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a
outra e recolhe os despojos
B,C)
�,�). Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os
demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não
chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é
aprazível ou vantajoso
C)
�), e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a
destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor
A)
�), as batatas.

ASSIS, Joaquim Maria Machado de (In http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm07.pdf)

Qual é a afirmação verdadeira quanto à flexão nominal?

a) Para pluralizar “paz” e “vencedor", acrescenta-se apenas a desinência -s.

b) Não há metafonia em “despojos”, isto é, o timbre da vogal tônica não abre.

c) Come “despojos”, o plural do adjetivo “vantajoso” não é metafônico.

d) A flexão de número do substantivo “caráter” é caracteres.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2560649

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119)
Texto

O Grupo
Tive um dia desses um almoço alegre e melancólico. Tratava-se do reencontro de três
ex-colegas da Faculdade Nacional de Direito. A atmosfera lembra a do livro e do filme O
Grupo, menos as confidências que não fizemos. Reencontro [A] alegre porque gostávamos
umas das outras, porque a comida estava boa e tínhamos fome. Melancólico porque a vida
trabalhara muito em nós, e ali estávamos sorridentes, firmes. E melancólico também
porque nenhuma de nós terminara sendo advogada. Advogada, meu Deus. Era só o que me
faltava, eu que me atrapalho em lidar [B] burocraticamente com o mais simples papel.

Melancólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós
estudava mesmo, filha de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso
superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação, havia lido um livro sobre
penitenciárias, e pretendia apenas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San
Tiago Dantas uma vez disse que não resistia à curiosidade e perguntou-me o que afinal eu
fora fazer num curso de Direito. Respondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou:
“Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do Direito. Quem é jurista
mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago.

Voltando ao grupo: nós nos despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um
certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu passado tão inútil. Ora, mas
quantas [C] outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos
os seus pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias
apenas? Bem, mas é preciso não esquecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com
tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena.

Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que
raramente freqüento, Urca. O que mais acresceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por
me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente aceitei.
Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita [D] coisa inútil na
vida da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu
nem quis conversar com o chofer.

(LISPECTOR, Clarice. A Descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco, 1999. P. 451)

A palavra está corretamente classificada na opção

a) “Reencontro”: verbo regular.

b) “lidar”: substantivo abstrato.

c) “quantas”: pronome indefinido.

d) “muita”: advérbio de intensidade.

Gabarito
1) C 2) C 3) B 4) B 5) D 6) A 7) C 8) B 9) D 10) A 11) D 12) D 13) C 14) C 15) B 16) A 17) A
18) A 19) C 20) D 21) C 22) C 23) C 24) C 25) D 26) C 27) A 28) D 29) A 30) C 31) A 32) C
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48) A 49) C 50) A 51) D 52) D 53) A 54) D 55) D 56) D 57) D 58) B 59) B 60) A 61) D 62) D
63) D 64) C 65) B 66) A 67) D 68) C 69) D 70) D 71) A 72) A 73) B 74) D 75) D 76) B 77) C
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93) D 94) A 95) B 96) B 97) B 98) A 99) A 100) A 101) A 102) C 103) B 104) A 105) B
106) C 107) A 108) C 109) Anulada 110) D 111) A 112) C 113) D 114) C 115) B 116) C
117) B 118) D 119) C

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