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Por sua vez, no Ensino Fundamental – Anos Finais, as aprendizagens, nos componentes
curriculares dessa área, ampliam as práticas de linguagem conquistadas no Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse segmento,
a diversificação dos contextos permite o aprofundamento de práticas de linguagem
artísticas, corporais e linguísticasc que se constituem e constituemb a vida social.
(BRASIL. Base nacional comum curricular: educação é base. Brasília: MEC, 2017, p. 63-64. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> Acesso em: 27 de jun. de
2022).
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O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
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Para ser feliz, de verdade, ninguém precisa necessariamente de roupas caras, conta gorda,
carro importado, amigos bajuladores (falsos), joias pesadas, perfumes de minifrascos,
casas exageradas, iates luxuosos, restaurantes caros com pratos minúsculos, risos falsos ou
todas as “grandes coisas”.
Para ser feliz, de verdade, se consegue mesmo com as roupas mais simples, mas cheias de
humildade por baixo delas, com dinheiro o suficiente para honrar os seus compromissos
com dignidade e ainda sobrar uma grana para uma rodada da bebida preferida com os
amigos do lado esquerdo, com um carrinho velho, mas pago e cheio de boas histórias para
contar, com amigos do lado que você realmente pode contar, tendo, no dedo, mesmo
como única joia, um de dois anéis de um casal realmente apaixonado, usando o perfume
que você gosta e chamar atenção do mesmo jeito, só pelo resultado da mistura da
fragrância com o suor de gente honesta ter sido perfeita, ter barquinho para pescar,
casinha para morar, geladeira cheia e prato farto, conviver com boas e sinceras
gargalhadas e ter todos os grandes detalhes da vida que são o que, no final das contas, faz
a diferença.
Não é que o dinheiro seja a pior coisa do mundo. Neste mundo, ele é moeda e necessário
para facilitar a vida e, se o tivermos em abundância, não é uma coisa ruim, mas o
importante é entender que o que traz felicidade, realmente, não é esse tipo de
abundância, é a forma como a vida é encarada e vivida, como os valores são impressos
nesta mesma vida. Até pode-se ser feliz com muito dinheiro, mas é com pequenas coisas e
detalhes verdadeiros e carregados de Deus que o coração pode ficar cheio e pleno. Gente
rica tem mais possibilidade de ficar vazia, pela presença exagerada das grandes coisas e
ausência dos detalhes.
Em “ter barquinho para pescar, casinha para morar”, o sufixo diminutivo -inho(a) foi
empregado pela autora para:
a) explicitar o fato de que, com pouco dinheiro, só se pode adquirir coisas pequenas.
b) agregar uma significação atenuada ou de teor afetivo e enfatizar o seu valor positivo.
d) suscitar a ideia de que esses desejos de consumo da maioria das pessoas não têm valor.
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a) Infelizmente.
b) Deslealdade.
c) Coautor.
d) Desfazer.
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-O quê?
Homens de bom coração não deveriam ser cardisplicentes.” – Conforme sugere o texto,
“cardisplicente” é
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Luís Fernando Veríssimo – Ernani Terra – Ed. Ática, pág. 179 – 2002.
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Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?
Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes.
Entrarão no seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os
pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o
propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as
corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as
técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu jardim.
A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.
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Um dia depois que a menina completou 10 anos, a mãe desconfiou de alguma coisa e
resolveu levá-la ao médico.
Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:
Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:
– Quem foi?
A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:
– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.
– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!
Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.
a) número.
b) gênero.
c) tempo.
d) grau.
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a) “Do ponto de vista da função textual, o substantivo, examinado na sua relação com a
proeminência sonora e com a posição do enunciado, é peça da organização da informação.
No nível da frase, tem vocação especial para tema, ou seja, para ponto de partida da
mensagem. No nível do texto, na organização entre informação nova e informação velha,
os nomes mapeiam uma rede de recuperações, remissões, projeções” (NEVES, 1997, p.
65).
b) “Todo nome (v.) ou pronome (v.) que designa um ser, caracterizando-se na frase pela
possibilidade de funcionar como sujeito ou objeto. Opõe-se ao adjetivo (v.), que com ele
se articula como seu adjunto ou predicativo, e, como o adjetivo, é uma divisão secundária
dos nomes e pronomes” (CÂMARA JUNIOR, 1986, p. 226).
* Grifos do autor.
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Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".
É por isso que o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os
primeiros anos da Educação Infantil. "O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E
esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola", destaca o
sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar).
No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.
Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.
No lead – “Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser
ensinada desde os primeiros anos de escolaridade ”, a maioria dos substantivos são:
a) derivados.
b) compostos.
c) concretos.
d) abstratos.
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No calor do momento
Este incidente ocorreu numa cidade australiana chamada Darwin – talvez porque a moça
mereça o Darwin Awards*. Já era noite quando a sujeita, de nome não revelado, resolveu
beber umas cervejas em seu trailer. Meio grogue, ela notou (ou imaginou, ninguém sabe ao
certo) que havia uma cobra na residência. Muito esperta, lembrou que cobras não gostam
de calor e chegou à solução perfeita: tacar fogo na casa! Era para ser só uma fogueirinha,
mas as madeiras do trailer resolveram entrar na dança e o veículo foi totalmente
incendiado. Pior: nem ela nem a polícia acharam a tal invasora depois. Quando as
autoridades saíram, ela ainda pensava em como se livrar da serpente.
Adaptado de No calor do momento. Mundo estranho, São Paulo, ed. 166, p. 66, maio 2015. *
São honras atribuídas de uma forma irônica, cujo nome provém de Charles Darwin, o
criador da teoria da evolução. Estes prêmios são atribuídos de forma simbólica àqueles
que cometeram erros altamente absurdos ou se descuidaram idioticamente, pondo fim à
própria vida ou causando a sua esterilização. Estes prêmios baseiam-se no pressuposto de
que estes indivíduos, ao se autodestruírem, contribuem para a melhoria do pool genético
humano ao eliminarem os seus "maus" genes
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Prémios_Darwin. Acesso em 12/07/15).
a) fogueira anã.
b) fogueira menor.
c) fogueira grande.
d) fogueira pequena.
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Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.
‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.
No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:
CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.
O adjetivo, no termo “sua grande amiga”, tem o seguinte significado:
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Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?
Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes.
Entrarão no seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os
pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o
propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as
corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as
técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu jardim.
A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.
Em “a frase fica muito clara”, a forma adjetival em destaque está flexionada no grau:
a) comparativo de superioridade.
d) relativo de superioridade.
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Essa celebração foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à
alfabetização fossem discutidos no mundo todo, promovendo o amplo debate sobre a
importância da alfabetização, principalmente em países que ainda possuem índice de
analfabetismo considerável.
Assim sendo, esta data tem uma relevância muito grande, já que não só conscientiza sobre
a importância de saber ler e escrever, como também discute e propõe alternativas
possíveis para que a alfabetização seja acessível à todos.
Analfabetismo em números
Os esforços para erradicar o analfabetismo no mundo tem sido constantes. De acordo com
dados divulgados pela Unesco, em 2019, apesar dos progressos feitos ao longo dos anos,
cerca de 773 milhões de adultos em todo o mundo ainda não dominam as competências
básicas em escrita e leitura.
No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão
longe de serem ideais. O país ainda tem 11 milhões de analfabetos, segundo dados de 2019
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,3% (2016) para 6,6%
(2019). Segundo o levantamento, o analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à
idade. Isso quer dizer que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de
analfabetos.
A data foi criada para que seja um marco no processo de alfabetização. Ela [a
alfabetização] é importante em três sentidos:
Pessoal – A língua escrita é constitutiva do indivíduo. Aquele que tem o recurso de ler e
escrever, adquire, consequentemente, uma série de estratégias e modos de
comportamento. Sabe buscar uma informação ou transmitir uma ideia.
Pedagógico – A data nos faz refletir sobre a qualidade de ensino. No mundo de hoje, não
vale mais a pena somente aprender a ler e escrever no sentido restrito de dominar a
ortografia. É preciso qualificá-lo para promover a emancipação da pessoa.
Político – Não há democracia se não existir uma sociedade letrada, indivíduos que possam
transitar nas práticas de língua escrita do seu mundo.
Há uma idade indicada para iniciar a alfabetização da criança?
Desde que nasce, a criança já tem contato com situações nas quais o letramento está
presente, seja pelo contato com a literatura infantil, seja pelas brincadeiras cantadas,
trabalho com rimas e a consciência de palavras está bastante presente.
Os desafios aos educadores são vários, pois cada criança é um sujeito único, um ser
singular, que participa de práticas de letramento diferenciadas, de acordo com o seu
repertório cultural, adquirido na família e no ambiente social em que vive.
Emília Ferreiro, pesquisadora argentina, diz que a criança não pede autorização para
aprender. Ela [a criança] é um ser curioso e se apropria das práticas do seu mundo. Um
exemplo: uma mãe que conta histórias para seu filho. Este, irá se apropriando da ideia de
gênero, ou seja, um conto de fadas é diferente de uma notícia de jornal, ou de uma
receita de cozinha, e a maneira como são escritas, são diferentes da maneira com que a
gente fala. Este aprendizado é a chave para poder se alfabetizar.
A criança que convive com as práticas de leitura e escrita desde muito cedo, quando chega
a escola, manifesta o desejo de aprender a ler e escrever e este aprendizado,
consequentemente, acontece de forma rápida e natural. Já aquelas que convivem em
ambientes menos letrados e não têm contato com gibis e livros em casa, acabam por levar
mais tempo neste processo de aprendizagem ou, às vezes, não conseguem aprender a ler e
escrever.
Uma dica aos pais é que estimulem as crianças à uma experiência cotidiana de leitura,
promovendo acesso a livros coloridos e histórias contadas de forma que incentivem a
criatividade e a imaginação.
No caso do ensino médio, o maior risco e preocupação que este contexto apresenta é em
relação à evasão e fracasso escolar. Com a falta de acesso aos meios tecnológicos, pouco
acompanhamento familiar e dificuldade em acessar a escola, as crianças são impulsionadas
a um processo de exclusão escolar.
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Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
a) superlativo relativo.
b) superlativo absoluto.
c) comparativo de igualdade
d) comparativo de superioridade.
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Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
a) superlativo relativo.
b) superlativo absoluto.
c) comparativo de igualdade
d) comparativo de superioridade.
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Para ser feliz, de verdade, ninguém precisa necessariamente de roupas caras, conta gorda,
carro importado, amigos bajuladores (falsos), joias pesadas, perfumes de minifrascos,
casas exageradas, iates luxuosos, restaurantes caros com pratos minúsculos, risos falsos ou
todas as “grandes coisas”.
Para ser feliz, de verdade, se consegue mesmo com as roupas mais simples, mas cheias de
humildade por baixo delas, com dinheiro o suficiente para honrar os seus compromissos
com dignidade e ainda sobrar uma grana para uma rodada da bebida preferida com os
amigos do lado esquerdo, com um carrinho velho, mas pago e cheio de boas histórias para
contar, com amigos do lado que você realmente pode contar, tendo, no dedo, mesmo
como única joia, um de dois anéis de um casal realmente apaixonado, usando o perfume
que você gosta e chamar atenção do mesmo jeito, só pelo resultado da mistura da
fragrância com o suor de gente honesta ter sido perfeita, ter barquinho para pescar,
casinha para morar, geladeira cheia e prato farto, conviver com boas e sinceras
gargalhadas e ter todos os grandes detalhes da vida que são o que, no final das contas, faz
a diferença.
Não é que o dinheiro seja a pior coisa do mundo. Neste mundo, ele é moeda e necessário
para facilitar a vida e, se o tivermos em abundância, não é uma coisa ruim, mas o
importante é entender que o que traz felicidade, realmente, não é esse tipo de
abundância, é a forma como a vida é encarada e vivida, como os valores são impressos
nesta mesma vida. Até pode-se ser feliz com muito dinheiro, mas é com pequenas coisas e
detalhes verdadeiros e carregados de Deus que o coração pode ficar cheio e pleno. Gente
rica tem mais possibilidade de ficar vazia, pela presença exagerada das grandes coisas e
ausência dos detalhes.
a) desmedido.
b) necessário.
c) excedente.
d) essencial.
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Um magnífico jatobá vivia a sua vida galhofeira1 cercado de uma multidão de juncos
farfalhantes, à beira de um riacho “riachante”. Orgulhoso de sua imensa copa, ele a
abanava a todos os ventos de todas as partes e, de vez em quando, é natural, aproveitava
para fazer uma sombra indevida aos juncos que lhe ficavam em volta2. Os juncos, às
vezes, querendo saber onde andava o sol para calcular em quanto tempo iriam se livrar do
destino sombrio, perguntavam ao imenso jatobá: “Que horas são, amigo?”. “Eu não sou
amigo e não digo horas pra juncos encharcados”, respondia invariavelmente o jatobá. Os
juncos, “humolhados”3, voltavam ao seu farfalho humilde, enquanto o jatobá apregoava
aos grandes companheiros das matas a glória de sua cabeleira centenária. A vida é assim.
Mas lá chega o dia... Esse dia foi de noite. Um vendaval daqueles de derrubar até torres
de arranhacéu, se arranha-céu já existisse. O jatobá, cuja imensa galhada oferecia uma
resistência gigantesca4 às forças da natureza, veio ao chão, num estrondo assustador. O
chefe dos juncos, vendo aquele desastre com o gigante, gritou sabiamente para o seu
grupo: “Não resistam! Agachem-se!”5.
Tombado, o jatobá foi arrastado pela corrente do riacho até uma serraria, onde
imediatamente o transformaram em magníficas cadeiras de jacarandá, mas os juncos, que
riam satisfeitos, dançando ao sol da manhã de abril, sem a cobertura do jatobá, foram
logo descobertos por empalhadores que os arrancaram a todos e os utilizaram para
empalhar cadeiras.
Espicaçados pelo vírus da filosofia, os juncos não resistiram e perguntaram a uma cadeira:
“Você sabe explicar por que a queda dos poderosos é mais terrível do que a dos mais
fracos, mas, no fim, todo mundo cai?”. E a cadeira respondeu sem hesitar: “Eu não falo
com junco!”.
MORAL: Orgulho não adianta; sempre se acaba com a bunda de alguém em cima.
1
Cheia de galhos e gozadora.
2
Afinal, de que vale nossa alegria sem a infelicidade alheia?
3
Quer dizer amargurados dentro d’água.
4
Quinta lei de dinâmica da prepotência.
5
Segundo parágrafo do artigo primeiro da lei da sobrevivência política.
Com base unicamente no contexto em que o adjetivo “sombrio” se insere, essa palavra
apresenta este significado:
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Um magnífico jatobá vivia a sua vida galhofeira1 cercado de uma multidão de juncos
farfalhantes, à beira de um riacho “riachante”. Orgulhoso de sua imensa copa, ele a
abanava a todos os ventos de todas as partes e, de vez em quando, é natural, aproveitava
para fazer uma sombra indevida aos juncos que lhe ficavam em volta2. Os juncos, às
vezes, querendo saber onde andava o sol para calcular em quanto tempo iriam se livrar do
destino sombrio, perguntavam ao imenso jatobá: “Que horas são, amigo?”. “Eu não sou
amigo e não digo horas pra juncos encharcados”, respondia invariavelmente o jatobá. Os
juncos, “humolhados”3, voltavam ao seu farfalho humilde, enquanto o jatobá apregoava
aos grandes companheiros das matas a glória de sua cabeleira centenária. A vida é assim.
Mas lá chega o dia... Esse dia foi de noite. Um vendaval daqueles de derrubar até torres
de arranhacéu, se arranha-céu já existisse. O jatobá, cuja imensa galhada oferecia uma
resistência gigantesca4 às forças da natureza, veio ao chão, num estrondo assustador. O
chefe dos juncos, vendo aquele desastre com o gigante, gritou sabiamente para o seu
grupo: “Não resistam! Agachem-se!”5.
Tombado, o jatobá foi arrastado pela corrente do riacho até uma serraria, onde
imediatamente o transformaram em magníficas cadeiras de jacarandá, mas os juncos, que
riam satisfeitos, dançando ao sol da manhã de abril, sem a cobertura do jatobá, foram
logo descobertos por empalhadores que os arrancaram a todos e os utilizaram para
empalhar cadeiras.
Espicaçados pelo vírus da filosofia, os juncos não resistiram e perguntaram a uma cadeira:
“Você sabe explicar por que a queda dos poderosos é mais terrível do que a dos mais
fracos, mas, no fim, todo mundo cai?”. E a cadeira respondeu sem hesitar: “Eu não falo
com junco!”.
MORAL: Orgulho não adianta; sempre se acaba com a bunda de alguém em cima.
1
Cheia de galhos e gozadora.
2
Afinal, de que vale nossa alegria sem a infelicidade alheia?
3
Quer dizer amargurados dentro d’água.
4
Quinta lei de dinâmica da prepotência.
5
Segundo parágrafo do artigo primeiro da lei da sobrevivência política.
d) fazer um jogo de palavras com um dos elementos do jatobá e o seu jeito de viver.
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a) diretrizes lógicos-valorativas.
b) diretrizes lógicas-valorativas.
c) diretrizes lógico-valorativas.
d) diretrizes lógica-valorativas.
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Esse raciocínio é o cerne da teoria externalista, que atribui todos os problemas da África a
causas externas. Além de empastelar fronteiras, os países europeus teriam sabotado o
continente ao saquear suas riquezas, como marfim, diamante e ouro. Um dos primeiros
livros a criar essa culpa coletiva foi Imperialismo: um Estudo, escrito pelo inglês J. A.
Hobson em 1902. Com um pé no antissemitismo, o autor retrata o imperialismo europeu
como uma grande conspiração de banqueiros judeus como os Rothschild, além de
investidores e fabricantes de armas a quem interessava manter os africanos na miséria.
Ainda hoje essa tese é repetida, sem o toque antissemita. O diplomata Kofi Annan,
ex-secretário geral da ONU, disse durante um discurso que “os recursos minerais da África,
em vez de serem explorados em benefício do povo, têm sido tão mal-administrados e
saqueados que agora são a fonte de nossa miséria”.
[...] É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente
isso acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os
africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los de qualquer responsabilidade por seus
problemas. Na África, o costume de atribuir a miséria e as guerras aos europeus já está
obsoleto – e isso há algumas décadas. “No começo dos anos 80, os africanos estavam fartos
da ladainha do colonialismo/imperialismo e da recusa de seus líderes a assumir a culpa por
seu próprio fracasso”, escreveu o economista George Ayittey, de Gana.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. São Paulo: Leya, 2013, p. 277, 278 e 280.
Com base nas regras atinentes à ortografia oficial, ao se transformar os dois adjetivos
deste grupo nominal “conflitos étnicos e religiosos” em um adjetivo composto, obtém-se
qual reescritura?
a) Conflitos etno-religiosos.
b) Conflitos etnorreligiosos.
c) Conflitos étnico-religiosos.
d) Conflitos étnicorreligiosos.
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Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/
c) comparativo de superioridade.
d) comparativo de inferioridade.
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Se existem duas coisas que a raça humana aprecia são teorias da conspiração e o
apocalipse. A ideia de um planeta em rota de colisão com a Terra, cujos dados estão sendo
escondidos pela NASA, é, portanto, uma grande vitória da humanidade.
(In
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/nibiru-tudo-sobre-o-boato-da-internet-e-o-fim-do-mundo-
que-nunca-chega.html.
Acesso em 22/09/17).
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Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".
No trecho “um pequeno rato, o menor que ele já tinha visto”, o termo sublinhado está no
grau:
a) comparativo de inferioridade.
b) comparativo de igualdade.
c) superlativo absoluto.
d) superlativo relativo.
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Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".
Que relação semântica existe entre as palavras destacadas neste trecho "'Miserável
criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não conheço, na criação, nada mais insignificante e
nojento'" ?
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"Minha cara, eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O
Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os
jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu
te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho.
Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida.
Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de
Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em
tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem
acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso,
vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele
pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher,
concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus
public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como
adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e
chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus
braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para
servir-te. E tu, só de meneios, viverás.
[...]
Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom.
Hmmmm, ótimo! Vai, vai! Não é a mim que tu deves tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem
vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes
próximos séculos!"
No trecho “Teu corpo é mais bem acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel” , tem-se
o grau:
a) comparativo de superioridade.
d) comparativo de igualdade.
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No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.
[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.
[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.
Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.
Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.
Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.
Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.
[...]
Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]
Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.
Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.
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Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como,
ao longo da vida,
a segregação da sociedade brasileira nos bestializa
Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por
um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e
falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande
avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando
contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças
brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em
direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um
sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente
incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o
sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o
triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta.
[...]
www.tecconcursos.com.br/questoes/1171323
Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".
No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.
Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.
a) relatividade.
b) igualdade.
c) superioridade.
d) inferioridade.
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No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.
(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica
Aponte a alternativa em que o significado do adjetivo “irrazoável” NÃO pode ser aplicado
de acordo com o contexto em que ele se encontra.
www.tecconcursos.com.br/questoes/341720
No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.
(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica
c) comparativo de superioridade.
d) comparativo de inferioridade.
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O que é chique?
[...]
Ser chique não tem nada a ver com dinheiro. Nem todas as pessoas chiques são ricas, e
nem todos os ricos são chiques. Você pode ter observado isso nos reality shows da TV. Pode
ter visto uma mulher rica com o corte de cabelo perfeito, vestida com roupas da última
moda da alta-costura. Ela tem uma mansão, um carro esportivo e aquela varinha mágica: a
fama. Mas a atitude negativa, as inseguranças e os maus modos somados se combinam
para torná-la, como é costume dizer, um péssimo exemplo. Esse tipo de pessoa não possui
aquele je ne sais quoi* chique. Elas têm muito trabalho interior a cumprir.
Ser chique não tem a ver com o tamanho de sua conta bancária. Também não tem a ver
com o local em que você vive. Nem com o emprego que você tem ou a pessoa com quem
está casada. Não tem nada a ver com o carro que você dirige ou com as etiquetas de suas
roupas. Chique é um jeito de ser. E é algo que qualquer pessoa pode cultivar. Isso mesmo,
qualquer uma.
Você pode ser chique. Pode ter uma vida maravilhosa, produtiva e apaixonada. Pode levar
o dia de maneira graciosa e ter uma bela aparência enquanto faz isso. Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você imaginou.
Não se preocupe se estiver acostumada a uma vida caótica, desorganizada e não muito
chique. Essa não tem de ser a sua realidade.
SCOTT, Jennifer Lynn. Em casa com Madame Charme: a arte francesa de receber e cuidar das pequenas tarefas
domésticas. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2015, p. 9-10).
* Nota da banca elaboradora: je ne sais quoi equivale ao substantivo não sei quê (Ela tem
um não sei quê de chique).
Com referência à conjugação dos verbos constantes do trecho seguinte “Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você
imaginou”, assinale a afirmativa correta.
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Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.
[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.
A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.
Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.
1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).
Em qual tempo o verbo mostrar foi flexionado neste trecho “Estudos têm mostrado”?
a) No pretérito perfeito.
b) No futuro do pretérito.
c) No pretérito imperfeito.
d) No pretérito mais-que-perfeito.
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Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
No tocante à flexão do verbo poder neste fragmento “Poderia fazer outras perguntas”,
assinale a alternativa exata.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1709028
Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
a) São computados mais verbos irregulares, como “fazer” e “saber”, do que verbos
anômalos.
c) Não se observa, nesse parágrafo, nenhum exemplo de forma verbal na voz passiva.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1846405
O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
Neste trecho “Por favor, castigue-o!”, a forma verbal está no imperativo afirmativo, o
qual exprime:
a) uma proibição.
b) um conselho.
c) uma ordem.
d) um pedido.
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O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
– Então, por que Vossa Majestade me pune?
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
Com relação aos verbos constantes deste trecho “O tigre discorda de mim e me contradiz
e incomoda. Por favor, castigue-o!”, é correto afirmar que:
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A geração de hoje
Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
No tocante à flexão do verbo poder neste fragmento “Poderia fazer outras perguntas”,
assinale a alternativa exata.
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A geração de hoje
Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
a) São computados mais verbos irregulares, como “fazer” e “saber”, do que verbos
anômalos.
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TELES, Lygia Fagundes. Antologia escolar. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1995, p. 147.
No excerto “não CHORES que a vida / é luta renhida” (l. 07), a forma verbal destacada
está flexionada no:
a) imperativo negativo.
b) imperativo afirmativo.
c) presente do indicativo.
d) presente do subjuntivo.
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No fragmento textual “e o agente perguntou quantos filhos ele tinha” (l. 07 e 08), os
verbos “perguntar” e “ter” estão flexionados, respectivamente, nos pretéritos:
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Separada por uma tela, a nova sociedade virtual não alcança o outro, por isso não
consegue se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história
humana.
[...]
O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro
saiba minha verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, de verdade.
[...] Ama-se tanto a si mesmo ou promove-se tanto esse amor-próprio que esquecemos o
outro e tornamos o egoísmo um hábito.
Colocar-se no lugar do outro afeta alguns dos comportamentos mais comuns dessa
geração: dá preguiça se colocar no lugar do outro e falta tempo para isso.
Quanto mais o indivíduo se afasta, mais prioridade dá a outros aspetos da vida, como o
trabalho, por exemplo. De outra forma, quanto mais pessoas “sabem” sobre sua vida nas
redes sociais, menos questão você faz de, efetivamente, estar com as pessoas, pois elas
podem comprovar o contrário do que é exposto virtualmente.
Na era do virtual, temos dificuldade em admitir que somos apenas humanos. Isso nos
desliga do outro, fazendo-nos viver cada um a sua realidade inventada e estagnada apenas
nas fotos das redes sociais. Temos vidas fictícias, fragmentadas em momentos, e apenas
nos alegra o impacto que isso causa ao outro. Um clique.
d) tal verbo ser parte de uma oração independente a fim de exprimir um desejo.
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Terceira guerra mundial seria uma hipotética guerra mundial travada entre os países mais
ricos com armas de destruição massiva, como as armas nucleares.
“Não sei como será a terceira guerra mundial, mas poderei vos dizer como será a quarta:
com paus e pedras...”
Em “o seu resultado final seria o extermínio da vida humana”, o verbo está flexionado
no futuro do pretérito, a fim de expressar:
b) a prolongação de um evento.
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Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/
a) O presente do indicativo.
b) O imperativo afirmativo.
c) O presente do subjuntivo.
d) O imperfeito do indicativo.
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O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.
Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.
O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.
a) pretérito mais-que-perfeito.
b) pretérito imperfeito.
c) futuro do pretérito.
d) pretérito perfeito.
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Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me
imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de
ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos.
Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta
ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.
A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de
liberdade superior, onde cada indivíduo se vota* a encontrar o seu mais genuíno, honesto
caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o
caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.
[...]
As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem
ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta
pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo
do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e
por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada
tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.
*votar-se = dedicar-se
Para se manter o mesmo tempo e modo verbais, a flexão do verbo pensar neste fragmento
“Tinha pensado em livros a vida inteira” equivale a:
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Em “eu sempre tivera medo do delírio e erro”, a forma verbal destacada é simples.
Tal forma verbal equivale, mantendo-se o mesmo tempo verbal, a qual forma composta?
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Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:
Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:
– Quem foi?
A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:
– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.
– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!
Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.
a) Empregou-se o pretérito perfeito composto por ser essa ação posterior à ida ao posto
de saúde.
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Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".
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Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".
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Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.
Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.
[...]
Considerando-se este fragmento textual “Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de
casa de forma diferente”, há correção ao se afirmar o quê?
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"Minha cara, eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O
Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os
jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu
te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho.
Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida.
Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de
Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em
tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem
acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso,
vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele
pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher,
concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus
public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como
adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e
chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus
braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para
servir-te. E tu, só de meneios, viverás.
[...]
Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom.
Hmmmm, ótimo! Vai, vai! Não é a mim que tu deves tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem
vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes
próximos séculos!"
Os verbos destacados no seguinte fragmento textual “Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um
beijo e vai” estão flexionados em que modo?
a) No modo indicativo.
b) No modo subjuntivo.
c) No imperativo negativo.
d) No imperativo afirmativo.
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No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.
[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.
[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.
Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.
Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.
Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.
Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.
[...]
Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]
Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.
Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.
Analise este fragmento: “Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria
Augusta Toscano colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de
Lúcia Casasanta”. Todos os verbos presentes em tal trecho são:
a) impessoais.
b) irregulares.
c) defectivos.
d) regulares.
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Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na
verdade, bem poucas pessoas levariam a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais
problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se
pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos, porque, se não sabem,
disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a
parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um
pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com
mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e
sei que estou morrendo.
No excerto “Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria
mais montanhas, nadaria mais rios”, todas as formas verbais estão no:
a) futuro do presente.
b) futuro do pretérito.
c) pretérito imperfeito.
d) pretérito mais-que-perfeito.
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Cortar o tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...
Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!
No excerto “que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que
sua vida seja mais bem vivida”, empregaram-se, neste caso, os verbos no modo
subjuntivo, em razão de:
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a) no imperativo afirmativo.
b) no presente do indicativo.
c) no presente do subjuntivo.
d) no imperfeito do indicativo.
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O Grupo
Melancólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós
estudava mesmo, filha de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso
superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação, havia lido um livro sobre
penitenciárias, e pretendia apenas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San
Tiago Dantas uma vez disse que não resistia à curiosidade e perguntou-me o que afinal eu
fora fazer num curso de Direito. Respondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou:
“Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do Direito. Quem é jurista
mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago.
Voltando ao grupo: nós nos despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um
certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu passado tão inútil. Ora, mas
quantas outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos os
seus pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias
apenas? Bem, mas é preciso não esquecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com
tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena.
Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que
raramente freqüento, Urca. O que mais acresceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por
me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente aceitei.
Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita coisa inútil na vida
da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu nem
quis conversar com o chofer.
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*BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolingüística. 15 ed. São Paulo: Contexto, 2006, p. 70.
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Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.
Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.
Em qual período a forma verbal em destaque está flexionada no mesmo tempo e modo em
que está o verbo ficar neste excerto “O Brasil, sem a coroa, tinha ficado sem cara”?
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Esse raciocínio é o cerne da teoria externalista, que atribui todos os problemas da África a
causas externas. Além de empastelar fronteiras, os países europeus teriam sabotado o
continente ao saquear suas riquezas, como marfim, diamante e ouro. Um dos primeiros
livros a criar essa culpa coletiva foi Imperialismo: um Estudo, escrito pelo inglês J. A.
Hobson em 1902. Com um pé no antissemitismo, o autor retrata o imperialismo europeu
como uma grande conspiração de banqueiros judeus como os Rothschild, além de
investidores e fabricantes de armas a quem interessava manter os africanos na miséria.
Ainda hoje essa tese é repetida, sem o toque antissemita. O diplomata Kofi Annan,
ex-secretário geral da ONU, disse durante um discurso que “os recursos minerais da África,
em vez de serem explorados em benefício do povo, têm sido tão mal-administrados e
saqueados que agora são a fonte de nossa miséria”.
[...] É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente
isso acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os
africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los de qualquer responsabilidade por seus
problemas. Na África, o costume de atribuir a miséria e as guerras aos europeus já está
obsoleto – e isso há algumas décadas. “No começo dos anos 80, os africanos estavam fartos
da ladainha do colonialismo/imperialismo e da recusa de seus líderes a assumir a culpa por
seu próprio fracasso”, escreveu o economista George Ayittey, de Gana.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. São Paulo: Leya, 2013, p. 277, 278 e 280.
a) expor ao leitor que as ações expressas por tais verbos ainda persistem no momento em
que se narram tais fatos.
CURY, Augusto Jorge. O futuro da humanidade. Rio de Janeiro: Sextante, 2005, p. 10.
Qual é a frase em que a forma verbal negritada corresponde ao tempo no qual está a
locução “têm viajado”?
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Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.
‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.
No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:
CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.
Ao se analisar esta parte do texto “Acordava às três ou quatro horas na manhã, porque
dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando, pensando,
com Ulisses, seu cachorrinho”, percebe-se que os verbos em sua maioria foram
flexionados no:
c) imperfeito do subjuntivo.
d) futuro do pretérito.
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Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.
‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.
No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:
CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.
a) regular e pessoal.
b) irregular e pessoal.
c) regular e impessoal.
d) irregular e impessoal.
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Olhos oblíquos, sugerindo distância. Rosto anguloso, maçãs salientes: um belo rosto
eslavo. É Clarice Lispector, num retrato assinado por De Chirico. Não há fragilidade em seu
rosto: há força, profundidade. Uma certa arrogância de quem domina, mas também
serenidade e solidez. Um rosto altivo.
‒ Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não
quero ser particular.
No entanto, poucas pessoas foram tão particulares quanto ela. “Era uma mulher de grande
liberdade. Uma mulher que viveu uma grande solidão. A solidão era a sua maneira de ser
livre”, diz Olga Borelli, sua grande amiga. “Clarice tinha algumas coisas diferentes, que
ela provocava, porque não aguentava a rotina. Acordava às três ou quatro horas da manhã,
porque dormia cedo. Ia para cozinha, tomava café. Ia para sala, ficava fumando,
pensando, com Ulisses, seu cachorrinho. Ouvia também a Rádio Relógio - uma emissora
que só dá notícias e o tempo. A maior parte do tempo ela ficava quieta, pensando
fumando. Ela se desvencilhava dos fatos o mais depressa que podia:
CAMPEDELLI, S. Y.; ABDALA JR., B. Literatura comentada – Clarice Lispector. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 14.
a) bitransitivo.
b) intransitivo.
c) transitivo direto.
d) transitivo indireto.
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“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor
bênção que pode ocorrer com as pessoas e empresas, porque ela traz progressos. A
criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É nas crises que nascem
as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si
mesmo sem ficar superado. Quem atribui a ela seus fracassos e suas penúrias violenta seu
próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a
esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise, não há desafios. Sem
desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É nela que se
aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o
conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”
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Considerando o pronome átono constante do seguinte trecho “ Não esquecer que o erro,
muitas vezes, se havia tornado o meu caminho”, assinale a alternativa em que esse
pronome foi colocado de modo errado.
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Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.
Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.
[...]
No trecho “ algo que lhes coloque no espetáculo”, existe um erro gramatical, ou seja:
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No final de cada capítulo de Fala, memória que estou lendo, paro pra pensar. De noite,
como Vladimir Nabokov, coloco a cabeça no travesseiro na tentativa de esmiuçar a
memória, ir o mais longe possível para reconstruir a caminhada, passo a passo, desde
pequenininho. Até adormecer.
[...] Lembro-me perfeitamente do primeiro ano, quando Dona Maria Augusta Toscano
colocou nas minhas mãos um livro chamado As Mais Belas Histórias, de Lúcia Casasanta.
[...] Minha professora tinha uma pilha de livros em cima da mesa, todos eles meio
estropiados, judiados pelo tempo. Mas as mais belas histórias ali dentro, estavam intactas.
Foi nesse dia que comecei a pegar gosto pela leitura. As histórias do livro tinham uma
linguagem simples e eu, que acabara de aprender a ler, conseguia ir até o fim de cada uma
delas, acompanhando a leitura com uma régua que ia deslizando, frase por frase.
Foi paixão à primeira vista por esse livro, que tinha uma capa azul e desenhos de um
espantalho, um coelho, um porquinho, três crianças, um príncipe, uma bruxa e uma
Rapunzel jogando suas tranças da janela de um castelo.
Dona Maria Augusta deixava os alunos levarem os livros pra casa, contando que não os
estragassem e que trouxessem de novo para o colégio, no dia seguinte.
Ia pegando gosto pela leitura a cada história que lia. Que me perdoe, Vladimir Nabokov,
mas não me lembro de todas. Um dia vou conseguir buscar na minha memória todas elas,
uma a uma.
[...]
Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina que foi a uma festa de aniversário
e, muito gulosa, pensou em levar, escondido, um punhado de doces pra casa. [...]
Li e reli essa história inúmeras vezes. E cada vez que lia, sofria com aquela menina que
tanta vergonha passou.
Caro Vladimir Nabokov, tenho certeza que foram essas histórias que me fizeram gostar
tanto de ler e também de contar histórias. E acho que essa última, em particular, me
ensinou também a nunca pegar um doce numa festa e levar pra casa, escondido.
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O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
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Conta-se que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque
tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o menor que ele já tinha
visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para escapar, o leão
gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe, não nojento. Vou te deixar com
vida apenas para que possas sofrer toda a humilhação do que te disse, tu, desgraçado,
inferior, mesquinho, rato!". E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou para o leão: "Será
que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar com uma lesma
que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras!".
De acordo com as normas que regulam o emprego dos pronomes de tratamento, “Vossa
Excelência” é devido a:
a) reitores.
b) arcebispos e bispos.
c) delegados, professores.
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Cortar o tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...
Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!
O pronome você é bastante empregado nesse texto. Ele é classificado como pronome de
tratamento, o qual se refere à:
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No tocante ao emprego dos pronomes possessivos “sua” e “seu”, estes foram utilizados a
fim de:
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Um dia depois que a menina completou 10 anos, a mãe desconfiou de alguma coisa e
resolveu levá-la ao médico.
Abraçada ao urso de pelúcia que tinha ganho de aniversário – um ursinho barato; a mãe,
faxineira, não tinha dinheiro para presentes sofisticados – a garota se recusava a ir.
Finalmente, e depois de levar uns trancos, concordou. Com uma condição:
Foram ao posto de saúde. O médico não teve a menor dificuldade em fazer o diagnóstico:
a garota estava com três meses de gravidez. A mãe ouviu a notícia em silêncio. No fundo,
não esperava outra coisa. Essa havia sido também a sua história e a história de suas irmãs
e de muitas outras mulheres pobres. Limitou-se a pegar a garota pela mão e levou-a para
fora. Sentaram num banco da praça, em frente ao posto de saúde, e ali ficaram algum
tempo, a mulher quieta, a menina embalando o ursinho de pelúcia e cantando baixinho.
Finalmente, a inevitável pergunta:
– Quem foi?
A garota disse um nome qualquer. Provavelmente era um dos muitos garotos da vila onde
moravam. Chance de assumir a paternidade? Nenhuma. Tudo com ela, a mãe. E foi o que
disse à menina:
– Você vai ter esse filho, e eu vou criar ele como se fosse seu irmãozinho. Você entendeu? –
a garota fez que sim, com a cabeça.
– Mas o ursinho eu não dou pra ele, mãe. O ursinho é só meu. É o meu filhinho, ninguém
me tira!
Levantaram-se, foram para casa, a menina sempre abraçada ao ursinho, que exibia o
eterno e fixo sorriso dos bichos de pelúcia.
a) demonstrativo.
b) interrogativo.
c) indefinido.
d) relativo.
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Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu
que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas
na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu
abundante tempo livre pensando na morte.
Sempre que você lê um folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer,
a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um
efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. (O câncer também
é um efeito colateral de se estar morrendo. Quase tudo é, na verdade.) Mas a mamãe
achava que eu precisava de tratamento, então me levou ao meu médico comum, o Jim,
que concordou que eu, de fato, estava nadando numa depressão paralisante e totalmente
clínica e, portanto, ele ia trocar meus remédios e, além disso, eu teria que frequentar um
Grupo de Apoio uma vez por semana.
O grupo era formado por um elenco rotativo de pessoas com várias questões psicológicas
desencadeadas pelos tumores. A razão de o elenco ser rotativo? Efeito colateral de se
estar morrendo.
GREEN, John. A culpa é das estrelas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012, p. 11-12.
a) pessoal.
b) relativo.
c) adjetivo.
d) indefinido.
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O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O burro pulou alegremente e seguiu seu caminho, contente e repetindo:
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
Em “Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde”, o
pronome demonstrativo em destaque substitui, anaforicamente, qual termo?
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Janela de Johari é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham
em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e
nos relacionamentos com um grupo.
Este conceito pode aplicar-se ao estudo da interação e das relações interpessoais em
várias situações, nomeadamente, entre indivíduos, grupos ou organizações.
A palavra Johari tem origem na composição dos prenomes dos seus criadores: Jo (seph) e
Hari (Harrington).
O conceito tem um modelo de representação que permite revelar o grau de lucidez nas
relações interpessoais, relativamente a um dado ego, classificando os elementos que as
dominam, num gráfico de duas entradas (janela): busca de feedback versus autoexposição,
subdividido em quatro áreas: área livre ou eu aberto ou arena; área cega ou eu cego; área
secreta ou eu secreto; área inconsciente ou eu desconhecido.
Para compreender o modelo de representação, imagine uma janela com quatro "vidros" e
que cada "vidro" corresponde a uma área anteriormente descrita, sendo a definição de
cada uma delas: área livre ou eu aberto ou arena – zona que integra conhecimento do ego
e também dos outros; área cega ou eu cego – zona de conhecimento apenas detido pelos
outros, portanto desconhecido do ego; área secreta ou eu secreto – zona de conhecimento
pertencente ao ego e que não partilha com os outros; área inconsciente ou eu
desconhecido – zona que detém os elementos de uma relação em que nem o ego, nem os
outros têm consciência ou conhecimento.
Para se entender melhor o funcionamento da janela, vejamos o seguinte exemplo: Numa
relação recente, quando dois interlocutores (duas janelas) iniciam o seu primeiro
contacto, a interação apresenta áreas livres muito reduzidas, áreas cegas relativamente
grandes, áreas secretas igualmente extensas e obviamente áreas inconscientes intactas.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2068106
Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.
[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.
A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.
Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.
1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).
No tocante aos pronomes empregados no último parágrafo, qual é a proposição cujo teor
apresenta correção quanto à classificação de tais pronomes?
a) Observam-se dois pronomes relativos.
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O que é chique?
[...]
Ser chique não tem nada a ver com dinheiro. Nem todas as pessoas chiques são ricas, e
nem todos os ricos são chiques. Você pode ter observado isso nos reality shows da TV.
Pode ter visto uma mulher rica com o corte de cabelo perfeito, vestida com roupas da
última moda da alta-costura. Ela tem uma mansão, um carro esportivo e aquela varinha
mágica: a fama. Mas a atitude negativa, as inseguranças e os maus modos somados se
combinam para torná-la, como é costume dizer, um péssimo exemplo. Esse tipo de pessoa
não possui aquele je ne sais quoi* chique. Elas têm muito trabalho interior a cumprir.
Ser chique não tem a ver com o tamanho de sua conta bancária. Também não tem a ver
com o local em que você vive. Nem com o emprego que você tem ou a pessoa com quem
está casada. Não tem nada a ver com o carro que você dirige ou com as etiquetas de suas
roupas. Chique é um jeito de ser. E é algo que qualquer pessoa pode cultivar. Isso mesmo,
qualquer uma.
Você pode ser chique. Pode ter uma vida maravilhosa, produtiva e apaixonada. Pode levar
o dia de maneira graciosa e ter uma bela aparência enquanto faz isso. Pode encontrar
felicidade na vida, mesmo se tudo não estiver exatamente do modo como você imaginou.
Não se preocupe se estiver acostumada a uma vida caótica, desorganizada e não muito
chique. Essa não tem de ser a sua realidade.
SCOTT, Jennifer Lynn. Em casa com Madame Charme: a arte francesa de receber e cuidar das pequenas tarefas
domésticas. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2015, p. 9-10).
* Nota da banca elaboradora: je ne sais quoi equivale ao substantivo não sei quê (Ela tem
um não sei quê de chique).
Neste trecho “Você pode ter observado isso nos reality shows da TV”, existem dois
pronomes, os quais foram empregados respectivamente como:
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Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de
Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar
nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito
clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do
vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou
destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando brotar?
A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma
alface grande ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em
nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela
é exata.
Com relação aos pronomes empregados neste fragmento textual “Eu me pego pensando
como seria diferente se cada um cuidasse do seu jardim com a mesma intensidade e
capacidade de cuidar do jardim do vizinho”, marque a afirmativa INCORRETA.
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Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.
Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.
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Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
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A geração de hoje
Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o
que resta mesmo é solidão e esta não tem preço.
Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos
passando e remetendo mensagens pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa,
estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e se frustra por
tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o
que busca essa rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de
emprego, de parceiros? O que é, para eles, a felicidade? O que é importante? Por que a
depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa de
morte?
Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares
Galdino é assustador. Primeiro, os jovens não assumem responsabilidades de viver, de se
mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto. Parou. Não
conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo
particular, postam sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar.
Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia juntamente com amigos, mas não
arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.
Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um
estágio gratuito, não constitui algo correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas
consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos públicos,
nos vestibulares, ou no Enem?
Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma
geração das polpas de frutas" que não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de
manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram animais. Vivem de
sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas
redes sociais, no mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou,
quando não, apontando defeitos nos outros, com expedientes de comentários maldosos.
Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.
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Com relação aos pronomes empregados no texto em análise, é correto afirmar que:
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O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.
Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.
O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.
Adaptado de ALENCAR, José de. In https://pt.wikisource.org/wiki/Página:A_pata_da_Gazela.djvu/16.
a) 01.
b) 02.
c) 03.
d) 04.
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Acabei de dizer isto a uma amiga. Ela, retornando do surf – manhã cedo, quatro ondas e a
voz gravada – tinha tanta endorfina e serotonina que doeu. Doeu porque me vi, o que
deixei pra trás quando ‘cresci’: larguei meu surf, meu vôlei e minha forma de olhar a vida
de maneira simples – sem agonia. Doeu porque sempre dói ter que reconhecer que, após
tantos anos, percebo que não deu certo simplesmente esquecer o que nos faz bem, e viver
do lado de fora da vida – sim, o capitalismo nos faz viver do lado de fora. Como já
anunciado por Guy Debord – vivemos para um ‘espetáculo do ter’ – somos só figurantes de
uma grande cena.
Eu não sei se a dor de hoje me fará sair de casa de forma diferente: Estou fazendo provas,
preparando aulas, estudando questões de concurso para ensinar Direito aos meus alunos
que mal querem aprender algo que os mude – querem mesmo – e tenho que dar a eles isto
– algo que lhes coloque no espetáculo, a chamada ‘estabilidade’ para o ter. Vai ver que, no
final de tudo, o que querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da
vida.
[...]
Quanto aos pronomes existentes neste excerto “Vai ver que, no final de tudo, o que
querem mesmo é viver esta grande cena: viver do lado de fora da vida”, é correto
afirmar que:
www.tecconcursos.com.br/questoes/341719
No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.
(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica
No fragmento do texto “Ninguém se indigna nem se mobiliza para combater algo que lhe
parece estar bem”, computam-se:
www.tecconcursos.com.br/questoes/1846397
IMPARH - Sec Esc (SME)/Pref Fortaleza/2021
O burro e o tigre
‒ O tigre será punido com cinco anos de silêncio! ‒ o rei, então, declarou.
O leão respondeu:
O tigre perguntou:
O leão respondeu:
– Isso não tem nada a ver com a pergunta sobre a grama ser azul ou verde; o castigo
acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca
tempo discutindo com um burro e, ainda por cima, venha me incomodar com essa
pergunta!
A pior perda de tempo é discutir com o tolo que não se importa com a verdade ou a
realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em
discussões que não fazem sentido. Há pessoas que, por muitas evidências e provas que
lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e há outras que estão cegas
pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão, mesmo que não a
tenham.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1176519
Cortar o tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o
milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que, daqui para adiante, vai ser diferente...
Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você,
desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que
puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas
que você tenha muitos desejos, desejos grandes, e que eles possam movê-lo, a cada
minuto, ao rumo da sua felicidade!
Adaptado de http://www.sbu.unicamp.br/lendoletras/index.php/textos/22-quando-drummond-fala. Acesso em
05.01.15.
Atribui-se também a Roberto Pompeu de Toledo a autoria desse texto.
a) tempo.
b) dúvida.
c) finalidade.
d) afirmação.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1177230
No calor do momento
Este incidente ocorreu numa cidade australiana chamada Darwin – talvez porque a moça
mereça o Darwin Awards*. Já era noite quando a sujeita, de nome não revelado, resolveu
beber umas cervejas em seu trailer. Meio grogue, ela notou (ou imaginou, ninguém sabe ao
certo) que havia uma cobra na residência. Muito esperta, lembrou que cobras não gostam
de calor e chegou à solução perfeita: tacar fogo na casa! Era para ser só uma fogueirinha,
mas as madeiras do trailer resolveram entrar na dança e o veículo foi totalmente
incendiado. Pior: nem ela nem a polícia acharam a tal invasora depois. Quando as
autoridades saíram, ela ainda pensava em como se livrar da serpente.
Adaptado de No calor do momento. Mundo estranho, São Paulo, ed. 166, p. 66, maio 2015.
São honras atribuídas de uma forma irônica, cujo nome provém de Charles Darwin, o
criador da teoria da evolução. Estes prêmios são atribuídos de forma simbólica àqueles
que cometeram erros altamente absurdos ou se descuidaram idioticamente, pondo fim à
própria vida ou causando a sua esterilização. Estes prêmios baseiam-se no pressuposto de
que estes indivíduos, ao se autodestruírem, contribuem para a melhoria do pool genético
humano ao eliminarem os seus "maus" genes
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Prémios_Darwin. Acesso em 12/07/15).
www.tecconcursos.com.br/questoes/1708435
Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um
problema psicanalítico no Brasil. Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm
de si próprios oscilou entre extremos.
Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a
feijoada, a capoeira, o futebol – não eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a
feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de imigrantes,
pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um
estrangeirismo que muitos intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o
mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta de identidade era
considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República.
Quando os militares derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas
coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem súditos de dom Pedro II. O Brasil,
sem a coroa, tinha ficado sem cara.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.
Em “o fato de serem súditos de dom Pedro II”, o numeral constante desse fragmento
classifica-se como:
a) ordinal.
b) cardinal.
c) fracionário.
d) multiplicativo.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1605115
a) ordinal.
b) cardinal.
c) fracionário.
d) multiplicativo.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1170872
Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me
imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de
ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos.
Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta
ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.
A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de
liberdade superior, onde cada indivíduo se vota* a encontrar o seu mais genuíno, honesto
caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o
caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.
[...]
As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem
ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta
pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo
do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e
por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada
tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.
*votar-se = dedicar-se
a) ordinais.
b) cardinais.
c) fracionários.
d) multiplicativos.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1171618
Se existem duas coisas que a raça humana aprecia são teorias da conspiração e o
apocalipse. A ideia de um planeta em rota de colisão com a Terra, cujos dados estão sendo
escondidos pela NASA, é, portanto, uma grande vitória da humanidade.
(In
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/nibiru-tudo-sobre-o-boato-da-internet-e-o-fim-do-mundo-
que-nunca-chega.html.
Acesso em 22/09/17).
a) conformidade.
b) finalidade.
c) duração.
d) valor.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2435014
I – A FORMIGA BOA
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava
quando cansadinha; e seu divertimento, então, era observar as formigas na eterna faina
de abastecer as tulhas, mas o bom tempo afinal passou, e vieram as chuvas. Os animais
todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em
seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.
[...]
II - A FORMIGA MÁ
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e, com
dureza, a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel
manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e o inverno veio
encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde se abrigar nem folhinha que comesse.
– Eu… eu cantava!
MONTEIRO, Lobato. In MARÇAL, I. A. T. (coord.). Antologia escolar. v. 1. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1995,
p. 181-183.
No trecho “Já houve, entretanto, uma formiga má”, mediante o termo em destaque,
estabelece-se:
www.tecconcursos.com.br/questoes/2032259
www.tecconcursos.com.br/questoes/1605138
Em “ninguém queria alugar, porque sabiam que a criançada iria destruir a casa” (l. 03),
a conjunção “porque” exprime a relação semântica de:
a) causa.
b) tempo.
c) condição.
d) finalidade.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1701640
Separada por uma tela, a nova sociedade virtual não alcança o outro, por isso não
consegue se colocar em seu lugar. Estamos vivendo o maior individualismo da história
humana.
A necessidade da felicidade como objetivo e não como consequência nos faz criar um
mundo irreal em que, para o outro, você é feliz, mas não para si mesmo. Esse mundo
perfeito, exposto na mídia social, criou uma disputa na qual um pensa que o outro está
melhor que ele, que não precisa dele; então, é ele que tem de correr para alcançá-lo.
[...]
O individualismo está ligado também à falta da verdade, ou seja, não quero que o outro
saiba minha verdade, já que o que projeto na mídia social não é real, de verdade.
[...] Ama-se tanto a si mesmo ou promove-se tanto esse amor-próprio que esquecemos o
outro e tornamos o egoísmo um hábito.
Colocar-se no lugar do outro afeta alguns dos comportamentos mais comuns dessa
geração: dá preguiça se colocar no lugar do outro e falta tempo para isso.
Quanto mais o indivíduo se afasta, mais prioridade dá a outros aspetos da vida, como o
trabalho, por exemplo. De outra forma, quanto mais pessoas “sabem” sobre sua vida nas
redes sociais, menos questão você faz de, efetivamente, estar com as pessoas, pois elas
podem comprovar o contrário do que é exposto virtualmente.
Na era do virtual, temos dificuldade em admitir que somos apenas humanos. Isso nos
desliga do outro, fazendo-nos viver cada um a sua realidade inventada e estagnada apenas
nas fotos das redes sociais. Temos vidas fictícias, fragmentadas em momentos, e apenas
nos alegra o impacto que isso causa ao outro. Um clique.
Neste excerto “não quero que o outro saiba minha verdade, já que o que projeto na
mídia social não é real, de verdade”, a locução conjuntiva em destaque exprime a
relação semântica de:
a) causa.
b) efeito.
c) tempo.
d) condição.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1182639
www.tecconcursos.com.br/questoes/1338869
a) a adversão, uma vez que é explícita relação de oposição entre o estado de ser
“imortal” e a carga semântica expressa pelo referente “chama”.
c) o contraste, ainda que o emissor não admita que o “imortal” está em estreita ligação
com a “chama” por mera antítese.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1171755
“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor
bênção que pode ocorrer com as pessoas e empresas, porque ela traz progressos. A
criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É nas crises que nascem
as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si
mesmo sem ficar superado. Quem atribui a ela seus fracassos e suas penúrias violenta seu
próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a
esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise, não há desafios. Sem
desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É nela que se
aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o
conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”
a) oposição.
b) conclusão.
c) explicação.
d) alternância.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1171324
Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de
Educação Infantil Creche Vovô Zezinho, em Salvador. Certo dia, ela trouxe para a sala de
aula bonecos com vários tons de pele e fotos com pessoas de características físicas
distintas. Uma das crianças, Brenda, na época com 3 anos e meio, apontou a fotografia de
uma menina negra e disse que "era feia".
É por isso que o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os
primeiros anos da Educação Infantil. "O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E
esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola", destaca o
sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar).
No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas
têm nível de escolaridade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que
estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da
sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças
negras.
Para começar, é preciso deixar os clichês de lado. Nada de acreditar que todos somos
iguais - e ponto. Antes de mais nada, é essencial reconhecer que existem as diferenças.
"Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não
apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações", opina a pedagoga
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais e membro da Comissão
Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados a Educação dos
Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação. (...) "O acesso a um ambiente que estimula o
respeito à diversidade ajuda a formar jovens mais respeitadores, mais educados e mais
preocupados com a coletividade." (...)
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml. Acesso em
12/07/15.
a) oposição.
b) conclusão.
c) explicação.
d) alternância.
www.tecconcursos.com.br/questoes/341713
No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam
uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na
entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem
o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje, esse dado está
"escondido" em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem
sabe o que é o Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância
para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja
divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para
quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está
ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das
instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus
filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as
escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da
educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para
combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de
qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança,
que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.
(IOSCHPE, Gustavo. In
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social.
Acesso em 07/02/14) *IDEB – índice de desenvolvimento da educação básica
a) de finalidade.
b) de condição.
c) de tempo.
d) de causa.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1344502
IV- Esvaziou muitas garrafas. Enviou muitas mensagens. Não recebeu resposta. Mas,
como tinha bebido todos os dias, tornou-se alcoólatra.
Analise as afirmações e, a seguir, assinale a alternativa correta.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2068087
Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais
desenvolvidos. Pode haver muitas causas para este fenômeno; uma delas pode ser o
empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do
vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e
formular pensamentos complexos.
[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar
emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que
parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de
descrever as emoções em palavras.
A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à
Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que contaram como todos os regimes totalitários
sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.
Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como
construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o
futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade,
uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem
uma linguagem que distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que
poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter acontecido haver acontecido?
Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos
professores: Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e
pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas, mesmo que pareça complicado,
principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.
Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, de depurar a linguagem dos
seus "defeitos", de abolir os gêneros, os tempos, as nuanças, tudo que cria complexidade
são os coveiros do espírito humano. Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem
o pensamento da beleza.
1
“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais
americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os
organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022
(nota da banca elaboradora).
a) Pensamentos hipotético-dedutivo.
b) Pensamentos hipotéticos-dedutivo.
c) Pensamentos hipotético-dedutivos.
d) Pensamentos hipotéticos-dedutivos.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2153251
Assumir o letramento como objetivo do ensino no contexto dos ciclos escolares implica
adotar uma concepção social da escrita, em contraste com uma concepção de cunho
tradicional que considera a aprendizagem de leitura e produção textual como a
aprendizagem de competências e habilidades individuais. A diferença entre ensinar uma
prática e ensinar para que o aluno desenvolva individualmente uma competência ou
habilidade não é mera questão terminológica. Em instituições como a escola, em que
predomina a concepção da leitura e da escrita como conjunto de competências,
concebe-se a atividade de ler e escrever como um conjunto de habilidades
progressivamente desenvolvidas, até se chegar a uma competência leitora e escritora
ideal, a do usuário proficiente da língua escrita. Os estudos do letramento, por outro lado,
partem de uma concepção de leitura e de escrita como práticas discursivas, com múltiplas
funções e inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem.
Na perspectiva social da escrita que vimos discutindo, uma situação comunicativa que
envolve atividades que usam ou pressupõem o uso da língua escrita ─ um evento de
letramento ─ não se diferencia de outras situações da vida social: envolve uma atividade
coletiva, com vários participantes que têm diferentes saberes e os mobilizam (em geral
cooperativamente) segundo interesses, intenções e objetivos individuais e metas comuns.
Contrasta essa concepção com a que subjaz as práticas de uso da escrita dentro da escola
que, em geral, envolvem à demonstração da capacidade do indivíduo para realizar todos
os aspectos de determinados eventos de letramento escolar, sejam eles soletrar, ler em
voz alta, responder perguntas oralmente ou por escrito, escrever uma redação, fazer um
ditado, analisar uma oração, fazer uma pesquisa. Daí não serem raros os relatos de
atividades escolares que envolvem escrever uma carta de reclamação ou reivindicação a
alguma autoridade, na qual cada um dos alunos, individualmente, faz a sua própria carta,
em vez de unirem os esforços para produzirem coletivamente uma carta assinada por
todos os membros da turma ou um abaixo-assinado da comunidade (escola, bairro, cidade)
a que pertence a turma. Isso porque, mesmo focando um problema relevante para a
cidadania e para a vida cívica, não era a resolução do problema – conseguir que o governo
atendesse à reivindicação – o objetivo da atividade, mas, simplesmente, a aprendizagem
do gênero carta argumentativa ou reivindicatória.
A prática social como ponto de partida e de chegada implica, por sua vez, uma pergunta
estruturante do planejamento das aulas diferente da tradicional, que está centrada nos
conteúdos curriculares: “qual a sequência mais adequada de apresentação dos
conteúdos?”. A importância dos conteúdos para a formação do professor não pode ser
suficientemente enfatizada. Entretanto, o conteúdo é alvo: ele representa os
comportamentos, procedimentos, conceitos que se visa desenvolver no aluno. Não deve
ser entendido, parece-me, como princípio organizador das atividades curriculares.
Vejamos por quê.
Porém, em toda situação comunicativa que envolve o uso da língua escrita ─ em todo
evento de letramento ─ há a necessidade de tudo isso e, portanto, SEMPRE surge a
oportunidade para o professor focalizar de forma sistemática algum conteúdo, ou seja, de
apresentar materiais para o aluno chegar à perceber uma regularidade, praticar repetidas
vezes um procedimento, buscar uma explicação. Nesse caso, o movimento será da prática
social para o ‘conteúdo’ (procedimento, comportamento, conceito) a ser mobilizado para
poder participar da situação, nunca o contrário, se o letramento do aluno for o objetivo
estruturante do ensino.
b) “[...] é claro que era o gênero resenha o objetivo conteudístico do ensino, mas era a
prática social, própria da instituição escolar [...].” (adjetivo)
c) “[...] Tivesse sido o gênero resenha o elemento estruturante, os alunos talvez fossem
submetidos.” (verbo)
d) “Em vez disso, os alunos foram experimentando com base nos gêneros que já
conheciam e, aos poucos, foram inferindo os elementos relevantes [...]” (substantivo).
www.tecconcursos.com.br/questoes/1336617
O coração é um solo, vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza
inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou
de abundância.
Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma
fermentação que forma o húmus; a semente, caindo aí, brota com rapidez. Depois das
grandes dores e das lágrimas torrenciais, forma-se também, no coração do homem, um
húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa de expandir-se. Então um
olhar, um sorriso que aí penetre é semente de paixão e pulula com vigor extremo.
O moço parecia estar nessas condições: ele trajava luto pesado, não somente nas roupas
negras, como na cor macilenta das faces nuas e na mágoa que lhe escurecia a fronte.
c) a forma verbal PRECISA teria de ser pluralizada para concordar com o sujeito
composto.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1337101
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco
maior de desenvolver o transtorno.
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout-esgotamento-profissional/
www.tecconcursos.com.br/questoes/1180522
No trecho “Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois, quando
erro, é que saio do que entendo”., as palavras sublinhadas são respectivamente:
a) substantivo e adjetivo.
b) verbo e substantivo.
c) substantivo e verbo.
d) verbo e adjetivo.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1180449
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na
verdade, bem poucas pessoas levariam a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais
problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se
pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos, porque, se não sabem,
disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a
parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um
pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com
mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e
sei que estou morrendo.
Analise este fragmento: “Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente
cada minuto da sua vida”.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1205021
Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se
algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados
Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor
método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações.
Estudo realizado pelo psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste
aplicado a estudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando
interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar
de terem anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as
explicações do tema proposto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à
mão.
Observe este trecho “Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das
informações”. Com base nele, assinale a opção verdadeira.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1205022
Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se
algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados
Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor
método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações. Estudo
realizado pelo psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a
estudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando interrogados
sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar de terem
anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as
explicações do tema proposto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à
mão.
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O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como
celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família que, para ele, são o berço da
comunicação.
Em seu discurso anual pelo dia católico das comunicações, o pontífice afirmou que o uso
dessas ferramentas pode tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias.
Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem.
“O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não
simplesmente como gerar e consumir informação”, disse.
“Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem
favorecer se ajudam a conversar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso
relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por elas”, destacou.
Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar
e é preciso “voltar a esse momento para deixar a comunicação entre as pessoas mais
autêntica e humana”.
“Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as
conversas com nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação
abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente, acima do ódio e da violência”,
ressaltou.
O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de
discussões sobre a família que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com
a participação de bispos e cardeais.
Com relação à classe gramatical das palavras, analise o quinto parágrafo e assinale a
asserção verdadeira. Devem-se considerar as palavras repetidas.
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O Grupo
Tive um dia desses um almoço alegre e melancólico. Tratava-se do reencontro de três
ex-colegas da Faculdade Nacional de Direito. A atmosfera lembra a do livro e do filme O
Grupo, menos as confidências que não fizemos. Reencontro [A] alegre porque gostávamos
umas das outras, porque a comida estava boa e tínhamos fome. Melancólico porque a vida
trabalhara muito em nós, e ali estávamos sorridentes, firmes. E melancólico também
porque nenhuma de nós terminara sendo advogada. Advogada, meu Deus. Era só o que me
faltava, eu que me atrapalho em lidar [B] burocraticamente com o mais simples papel.
Melancólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós
estudava mesmo, filha de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso
superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação, havia lido um livro sobre
penitenciárias, e pretendia apenas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San
Tiago Dantas uma vez disse que não resistia à curiosidade e perguntou-me o que afinal eu
fora fazer num curso de Direito. Respondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou:
“Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do Direito. Quem é jurista
mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago.
Voltando ao grupo: nós nos despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um
certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu passado tão inútil. Ora, mas
quantas [C] outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos
os seus pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias
apenas? Bem, mas é preciso não esquecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com
tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena.
Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que
raramente freqüento, Urca. O que mais acresceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por
me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente aceitei.
Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita [D] coisa inútil na
vida da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu
nem quis conversar com o chofer.
Gabarito
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