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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
*Ao prever que as condições efetivas da proposta devem ser mantidas, a Constituição engloba
a noção de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, isto é, o licitante, ao oferecer sua
proposta, naquele momento já previu todas as situações necessárias e concretas para suprir os
encargos e vantagens da obrigação a ser assumida. Portanto, variações ocorridas após o ajuste
nas condições assumidas pelo particular, que rompam o equilíbrio da equação, devem ser
pleiteadas pela parte, requerendo sua recomposição.
*Primeiramente, cumpre observar que os contratos podem ter seus valores alterados de duas
formas: uma anual, por meio de reajuste, e a outra quando houver um desequilíbrio
econômico-financeiro no contrato, por meio de revisão.
*A repactuação, por sua vez, é espécie do gênero “reajuste” e tem aplicação nos contratos
administrativos que versem sobre a prestação de serviços continuados com dedicação
exclusiva de mão-de-obra, possuindo como objetivo precípuo a adequação dos valores
contratuais à nova realidade do mercado, por meio do repasse, ao contrato administrativo, da
efetiva variação de custos do contratado (que deverá ser demonstrada através das
competentes planilhas de custos e formação de preços). Assim, constituindo uma espécie de
reajuste contratual, a repactuação – diferentemente do reequilíbrio econômico-financeiro -
está submetida ao limite temporal de um ano, sendo certo, outrossim, que sua implementação
deve estar expressamente prevista no edital e no contrato.
*Importante destacar também que a repactuação somente é possível após o interregno de, no
mínimo, de 1 (um) ano, porém esta contagem terá como referência a data da proposta ou a do
orçamento a que esta se referir, ou ainda a data da última repactuação.
A data que deve ser tomada como referência para a concessão da repactuação é a data da
proposta ou da convenção/acordo coletivo em que a proposta foi baseada, ou, por fim, a
data da última repactuação, o que ocorrer primeiro.