Você está na página 1de 4

Art. 25.

O edital deverá conter o objeto da licitação e as regras relativas à convocação, ao


julgamento, à habilitação, aos recursos e às penalidades da licitação, à fiscalização e à gestão
do contrato, à entrega do objeto e às condições de pagamento.

(...)

§ 7º Independentemente do prazo de duração do contrato, será obrigatória a previsão no


edital de índice de reajustamento de preço, com data-base vinculada à data do orçamento
estimado e com a possibilidade de ser estabelecido mais de um índice específico ou setorial,
em conformidade com a realidade de mercado dos respectivos insumos.

§ 8º Nas licitações de serviços contínuos, observado o interregno mínimo de 1 (um) ano, o


critério de reajustamento será por:

I – reajustamento em sentido estrito, quando não houver regime de dedicação exclusiva de


mão de obra ou predominância de mão de obra, mediante previsão de índices específicos ou
setoriais;

II – repactuação, quando houver regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou


predominância de mão de obra, mediante demonstração analítica da variação dos custos.

Art. 92. São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam:

(...)

V – o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do


reajustamento de preços e os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

(...)

X – o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;

XI – o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro,


quando for o caso;

(...)

§ 4º Nos contratos de serviços contínuos, observado o interregno mínimo de 1 (um) ano, o


critério de reajustamento de preços será por:

I – reajustamento em sentido estrito, quando não houver regime de dedicação exclusiva de


mão de obra ou predominância de mão de obra, mediante previsão de índices específicos ou
setoriais;

II – repactuação, quando houver regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou


predominância de mão de obra, mediante demonstração analítica da variação dos custos.

§ 5º Nos contratos de obras e serviços de engenharia, sempre que compatível com o regime de
execução, a medição será mensal.

§ 6º Nos contratos para serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra
ou com predominância de mão de obra, o prazo para resposta ao pedido de repactuação de
preços será preferencialmente de 1 (um) mês, contado da data do fornecimento da
documentação prevista no § 6º do art. 135 desta Lei.
Art. 135. Os preços dos contratos para serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva
de mão de obra ou com predominância de mão de obra serão repactuados para manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro, mediante demonstração analítica da variação dos custos
contratuais, com data vinculada:

I – à da apresentação da proposta, para custos decorrentes do mercado;

II – ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual a proposta esteja vinculada,


para os custos de mão de obra.

§ 1º A Administração não se vinculará às disposições contidas em acordos, convenções ou


dissídios coletivos de trabalho que tratem de matéria não trabalhista, de pagamento de
participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados do contratado, ou que estabeleçam
direitos não previstos em lei, como valores ou índices obrigatórios de encargos sociais ou
previdenciários, bem como de preços para os insumos relacionados ao exercício da atividade.

§ 3º A repactuação deverá observar o interregno mínimo de 1 (um) ano, contado da data da


apresentação da proposta ou da data da última repactuação.

§ 4º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quantas forem necessárias,


observado o princípio da anualidade do reajuste de preços da contratação, podendo ser
realizada em momentos distintos para discutir a variação de custos que tenham sua
anualidade resultante em datas diferenciadas, como os decorrentes de mão de obra e os
decorrentes dos insumos necessários à execução dos serviços.

§ 5º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, a repactuação a que


se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser dividida em tantos quantos forem os
acordos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho das categorias envolvidas na
contratação.

§ 6º A repactuação será precedida de solicitação do contratado, acompanhada de


demonstração analítica da variação dos custos, por meio de apresentação da planilha de
custos e formação de preços, ou do novo acordo, convenção ou sentença normativa que
fundamenta a repactuação.

Art. 136. Registros que não caracterizam alteração do contrato podem ser realizados por
simples apostila, dispensada a celebração de termo aditivo, como nas seguintes situações:

I – variação do valor contratual para fazer face ao reajuste ou à repactuação de preços


previstos no próprio contrato;

II – atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de


pagamento previstas no contrato;

III – alterações na razão ou na denominação social do contratado;

IV – empenho de dotações orçamentárias.

Equação econômica-financeira

• Matriz Constitucional “ ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.

Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à Administração, em
relação a eles, as prerrogativas de: (...) § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias
dos contratos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. § 2º Na
hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do
contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

Embora a Constituição Federal de 1988 tenha assegurado em seu artigo


5º, inciso LXXVIII, a garantia fundamental de razoável duração do
processo e de meios que garantam a celeridade de sua tramitação, isso
foi menosprezado por anos.
A nova lei estabeleceu meios para concretizar a razoável duração do
processo e a segurança jurídica, por exemplo, fixando em seu artigo 92,
incisos X e XI, respectivamente, a previsão de que editais estabeleçam
contratos com prazo para a decisão sobre pedido de repactuação e para
a decisão sobre pedido de reequilíbrio, além do artigo 123, § 1º, com o
prazo de um mês, prorrogável, para decisão sobre requerimentos em
geral.

Com relação a atrasos em processos de pagamentos, pelo artigo 137, 2º,


inciso IV, da lei, haverá direito de extinção do contrato após 2 (dois)
meses de atraso de pagamento pela Administração, o que não é o ideal,
mas já reduz 1/3 (um terço) do tempo em relação ao que se tinha na Lei
nº 8.666/93.

Outra situação de demanda de tempo agora ficou regrada no artigo 143


da lei, para evitar que faturas inteiras fiquem indo e vindo para ajustes e
voltem para o fim da fila ou ordem cronológica, pois a nova regra agora
é permitir o pagamento de fatura na parcela incontroversa, deixando
pendente apenas a parte sobre a qual se entenda haver divergência, sendo
essa uma regra que milita pela razoável duração do processo, pelo
menos, em parte de determinada situação que impacta na sustentação
econômico-financeira do contrato.

Você também pode gostar