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Dois anos após o incidente, parece que todos esqueceram o fato. Devido a
uma onda de prosperidade que atingiu o pequeno povoado de Hunnicut Hills e
seus vizinhos e, as lendas de rituais estranhos e de luzes misteriosas avistadas
na direção do povoado foram esquecidas (Tanto ritual quanto as luzes não
foram mencionados anteriormente), a convivência entre os moradores de
Hunnicut Hills e os proprietários de fazendas vizinhas era se tornou mais
pacífica e, em apenas alguns momentos, havia houve certas contentas
contendas devido a demarcação de terras ou de alguma invasão
“desinteressada” por parte dos “roupas pretas”, como ficaram conhecidos os
moradores de Hunnicut Hills.
Nesta mesma noite, o filho do Sr. José Lopes, Marcos Augusto de Souza
Lopes, organizou, junto juntamente com os militares, uma expedição ao
povoado de Hunnicut Hills para, segundo eles, surpreenderem os “roupas
pretas” em suas práticas satânicas. Reproduzo aqui o relato do Sr. Marcos
Augusto e de alguns militares que corroboram com sua narrativa. Não me
cabe julgar a veracidade dos fatos ou não, apenas relato o que me foi contado
pelos que testemunharam as ocorrências.
II
Às dez horas da noite do dia 1º de Abril de 1964, eu, junto com dois capatazes
de confiança de minha fazenda e com o Sargento Silveira Mourão, o Cabo
Nascimento e dois soldados, fomos investigar as ocorrências de avistamentos
de luzes e zumbidos. Esses avistamentos partiam, segundo alguns relatos, do
povoado de Hunnicut Hills, e estavam deixando os moradores da região muito
assustados e nervosos.
A princípio não notamos nada de estranho, e o receio que tínhamos foi aos
poucos sendo substituído por uma impaciência, e eu . Eu mesmo já começava
a achar que todos esses relatos não passavam de invenções. Quando muito,
ilusões desse povo ignorante que morava na região, e que implicavam
demasiadamente com um grupo de pessoas que queriam viver em paz, mas as
minhas conjunturas conjecturas foram interrompidas por um sinal vindo de
um de meus homens que estava junto com um dos soldados do Sargento
Mourão, na parte oposta de onde estávamos. Eles estavam próximos ao curral
da fazenda do Sr. Tião e nos assinalaram com a lanterna de que algo errado
estava acontecendo. Eu, o Sargento Mourão e um dos soldados que estava
conosco no centro do pasto nos dirigimos ao curral para verificar o que estava
acontecendo por lá. O gado estava agitado e um estranho zumbido era ouvido
em cima do curral. Esse zumbido estava deixando o gado agitado e os homens
apreensivos. O barulho se tornava cada vez mais intenso e o gado ficava cada
vez mais agitado. Subitamente o zumbido parou e um silêncio estarrecedor se
deu em toda fazenda. Nem os crics o cricrilar dos grilos se ouviam mais. De
repente, uma luz verde azulada apareceu pairando no local de onde eu e o
sargento Mourão viemos. A luz estava a mais ou menos 3 metros de altura e
emitia um brilho intenso. a luz Ela pairou por uns 3 minutos e desapareceu tão
rápido quanto havia surgido em direção a Hunnicut Hills.
Então por volta das 01:30 da manhã a estranha celebração, que ainda
prosseguia, estava parecendo pareceu-me que atingia seu ápice e os homens
do sargento Mourão, eu e meu homens nos preparávamos para agir e pôr um
fim a esse disparate. Os celebrantes pareciam alheios a tudo que acontecia a
volta deles e os cânticos estranhos que entoavam estavam aumentando.
Subitamente um grito ecoa ecoou do meio da celebração e todos os que
estavam em volta da fogueira pareciam pareceram despertar, mas ao invés de
estarem desesperados eles pareciam estar contentes.
Como havia dito, por volta da 01:30 da madrugada a celebração atingiu seu
ápice com um grito e com os celebrantes voltando do estranho transe a que
estavam submetidos. Vimos que o grito fora proferido por uma jovem nua que
estava no altar amarrada e ante, ao perigo que essa jovem estava correndo, o
sargento Mourão ordenou imediatamente que seus homens agissem e
socorressem a jovem. Saímos de nossos esconderijos e nos dirigimos para a
fogueira. Nos primeiros momentos de nossa aparição não fomos impedidos
por nenhum dos presentes que, tomados de surpresa pela nossa presença, se
retraíram. Alguns dos homens formaram uma resistência e começaram a nos
ameaçar, mas os mesmos não possuíam armas e não poderiam fazer frente a
homens armados de fuzis e revolveres. Chegamos ao centro de onde estava
ocorrendo a cerimonia sem muita resistência e nos preparamos para retirar a
jovem e para proceder com a prisão do líder desse culto. Iríamos leva-los
todos para a delegacia de Lavras, onde eles poderiam explicar as origens das
luzes, zumbidos, desaparecimento de gado e sobre o que eram essas práticas
que estavam realizando e qual era a relação delas com as luzes e zumbidos. Já
estávamos organizando para que todos os envolvidos fossem conduzidos a
Lavras e para isso solicitamos para à um dos soldados e um dos meus homens
fossem que fossem à fazenda do Sr. Tião buscar os veículos para que
pudéssemos conduzir todos para a delegacia.
Voltamos À Hunnicut Hills na manhã seguinte com mais homens e mais bem
armados, apenas para constatar que a cidade fora misteriosamente
abandonada. Todos os habitantes do pequeno povoado não estavam mais no
local e não havia vestígios de onde eles poderiam estar. A única coisa que
corroborava a nossa narrativa ao delegado foi uma marca em forma de
tentáculos no chão onde antes estava a fogueira. Os nossos homens nossos que
foram capturados pelos tentáculos não os vimos mais foram mais vistos.
Deixamos aquele lugar agourento e amaldiçoado para trás. A estradinha que
levava ao povoado foi destruída por nós, bem como os demais acessos ao
local. Juramos não mais comentar sobre o ocorrido e seguirmos adiante com
nossas vidas adiante.