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ANDERSON, H. Algumas considerações sobre o convite ao diálogo.

Nova
Perspectiva Sistêmica, Rio de Janeiro, n.56, p. 49-54, dezembro 2016.

Resumo: o artigo faz uma reflexão sobre o diálogo como uma atividade natural
e espontânea, indicando um processo relacional – colaborativo.

Conceito de diálogo para Harlene: Diálogo como uma filosofia, como uma
forma de conversação consigo mesmo ou com o outro, na qual pensamos e
debatemos juntos a respeito de um assunto, trocando significados e
compreensões.

No texto a Harlene vai explorando as ideias do porque o diálogo é uma forma


natural e espontânea de conversação, fazendo contraponto as ideias vigentes
de diálogo como técnica ou método. Para tanto ela evoca a ideia do diálogo
como uma filosofia, inspirada na visão da filosofia dos gregos, que buscavam o
conhecimento de forma colaborativa. Retoma a ideia da necessidade de um
espaço para o diálogo, que pode ser entendido de forma metafórica, quanto
literal, onde os participantes se engajam de forma processual.
Harlene se apoia em Michael Batkin, Shotter e Weiggestein. Batkin traz
a ideia de dialogismo, Shotter de self relacional, Weiggestein a ideia de que o
dialogo acontece mutuamente.
A pergunta de inicio do texto é como podemos engajar as pessoas no
diálogo. Como conversar? Ela traz a metáfora do anfiatrião e convidado, onde
buscamos ser bons convidados para receber novos convites e ser bom anfitrião
para que os próximos convites sejam aceitos. E também traz a metáfora de
terapeuta e cliente como dois estrangeiros em terras estrangeiros, na qual faz
perguntas que realmente não sabem e há o esforço para entender.
Pontos importantes sobre o diálogo diz respeito a escutar, ouvir e
responder. Sendo assim, os terapeutas devem pensar sobre o que falaram,
pensar sobre o que estão escutando e também checar se o que entendeu do
que ouviu era o que a pessoa gostaria que tivesse entendido.
Ela traz algumas considerações sobre o diálogo: 1) diálogo requer uma
mudança de orientação. 2) diálogo é um projeto colaborativo, conjunto. 3) é
uma atividade natural e espontânea que ocorre momento a momento, você
pode se preparar, mas não é possível planejar. 4) As diferenças são
fundamentais, importante considerar o contexto como pano de fundo do
diálogo. 5) requer falar, ouvir, escutar e responder. Tomar cuidado de não
assumir uma postura de quem já sabe ou fazer perguntas que acha que já
sabe a resposta. 6) existe ações que não são convidativas ao diálogo, como
tentar persuadir, lutar por sínteses, rastrear pontos de partidas.
É importante que o terapeuta engaje dialogicamente com seus
pensamentos e conversas inteiras.

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