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FACULDADE DE DIREITO
2o ANO – LABORAL
GRUPO 14
Discentes:
Machaieie, Márcia
Docentes:
Me. Ângelo Matusse - Regente
Introdução
O presente trabalho versa sobre o “Caso Lotus”.
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método em que se realiza um trabalho de investigação científica com base em manuais.
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método em que se realiza um trabalho de investigação científica com base em documentos.
3
Direito Inernacional Público
“Caso Lotus”
Historial
O “Caso Lotus”, vulgarmente chamado assim, é um sinistro que ocorreu no alto mar
entre um navio francês e outro turco no ano de 1926. É um caso que relativamente ao
DIPu é muito iportante porque pode ser visto em duas perspectivas:
Problema do caso
Conflito de fixação de jurisdição para a fixação de julgamento de um facto ocorrido no
alto mar, caso que envolve os dois Estados acima referidos.
Em face disto os franceses não admitiam que a Turquia tivesse a legitimidade de julgar
o caso alegando que este tenha ocorrido no alto mar e não em território turco, pois seria
a extensão do território deste último.
O governo turco contestou a pretensão francesa de modo minimalista. Apenas pediu que
os juízes confirmassem o julgamento já realizado pela justiça turca. Centraram
primeiramente a argumentação na prestabilidade do julgamento já feito. Não tocaram no
problema da fixação da competência, que seria efectivamente preliminar no deslinde da
questão.
França pediu que o tenente Demons fosse indemnizado no valor de 6.000 libras turcas.
Por isso, além de competente para apreciar a matéria, ainda que o réu fosse cidadão
francês, a Turquia insistia que não era obrigada a indemnizar o tenente, que teria sido
moralmente ofendido.
Tribunal/ forum
É importante referir que este caso teve duas apreciações, isto é, foi julgado em dois
tribunais:
Primeiro foi no tribunal turco, onde o tenente Demons foi condenado a 80 dias
de prisão e ao pagamento de uma multa de 22 libras turcas. Porém o Governo
frances não aceitava, a prisão do tenente Demons, pois não admitiam que a
Turquia tivesse competência para julgar o caso, dado que o sinistro teria se
ocorrido em alto-mar, sem ter sido informada ao Governo francês muito menos
o Consulado da Franca na Turquia.
Em segundo lugar a França entendendo que a Turquia não tem essa legitimidade
dado que não se tratava de um facto ocorrido no seu território e nem
no território de qualquer Estado, havia necessidade de ser julgado pelo tribunal
internacional razão pela qual o caso foi submetido para a sua apreciação pelo
Tribunal Internacional de Justiça.
Decisão
O Tribunal Internacional entendia que não havia necessidade de se considerar pertinente
a discussão, no sentido de que um Estado não poderia julgar e punir delidos cometidos
fora de seu território, apenas em função da nacionalidade da vítima. Para o
Tribunal, se um ilícito é cometido, o Estado pode exigir reparação e implementar a
exigência. Neste contexto, tal espaço deve ser preenchido por meio da criação de
regras, pelas quais sejam fixadas orientações.
É que leis universais, relativas à codificação do direito internacional, alcançariam
solução; mas tais leis não existiam ou sequer existem, pelo que necessário que costumes
regulassem a matéria. No entender do Tribunal, a Turquia não agira de acordo com o
direito internacional, mas também não poderia ser reputada como agressiva, do ponto de
vista moral.
A França alegando que a nacionalidade da vítima não seria suficiente para fixar o
regime de competência de julgar. Insistia que o direito internacional reconhecia
jurisdição exclusiva do Estado cuja bandeira se navegasse. Os franceses entendiam que
o princípio da bandeira se aplicava, especialmente, nos casos de colisão em alto-mar,
invocava deste modo um costume internacional.
Não teve sucesso