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ALESSA BASTOS
BRENDA EVARISTO
HELENA RADLER
MARIA LUIZA ARAÚJO
Resumo
Introdução
O Grande Gatsby (1925), romance de F. Scott Fitzgerald, ganhou sua quarta adaptação para o
cinema em 2013; desta vez, pelas mãos de Baz Luhrmann, roteirista, diretor e produtor
australiano. Luhrmann ficou conhecido por filmes como Romeu e Julieta (1996), Moulin Rouge:
Amor em Vermelho (2001), Austrália (2008) e Elvis (2022).
Atuando na direção e no roteiro - junto a Craig Pierce - de O Grande Gatsby (2013), Baz
Luhrmann conseguiu transmitir sua característica colorida e hiperbólica para o romance de
Fitzgerald.
No filme, Nick Carraway (Tobey Maguire) se muda para o lado da casa do milionário misterioso
Jay Gatsby (Leonardo Di Caprio). Nick começa a sentir grande admiração por seu vizinho,
mesmo após se tornarem amigos. Ao descobrir que Gatsby tem uma paixão antiga por sua prima
Daisy Buchanan (Carey Mulligan); Nick busca uma forma de reaproximá-los, mesmo sabendo
que Daisy era casada com seu velho amigo Tom Buchanan (Joel Edgerton), pois percebia a
infelicidade da prima. Nick se encontra no meio de um fogo cruzado, e todos terão que lidar com
as consequências.
Para analisar um filme, deve-se estar pronto para desconstruí-lo minuciosamente para alcançar
camadas mais profundas das produções, como apresentado por Vanoye e Goliot-Lété (2009):
analisar um filme ou um fragmento é [...] decompô-lo em seus elementos constitutivos. É
despedaçar, descosturar, desunir, extrair, separar, destacar e denominar materiais que não se
percebem isoladamente “a olho nu”.
A cena escolhida para essa análise tem 7 minutos e 19 segundos de duração e é um momento
importante para o desfecho do filme: o momento em que Nick chama Daisy para tomar um chá
em sua casa, quando na verdade estava chamando-a para reencontrar Gatsby. Na sequência
pode-se observar a transformação glamourosa feita pelo milionário no jardim e na casa de Nick;
também observa-se os sentimentos dos atores em tela, e a apreensão do público que anseia junto
a Gatsby com a chegada de Daisy. Essa estética cheia de cores e a valorização da mise-en-scène
foram os motivos que levaram à escolha da cena; para Bordwell (p.36), em seu sentido técnico,
pode-se considerar que a mise-en-scène é tudo aquilo que faz parte do quadro, do que é filmado:
cenário, iluminação, figurino, maquiagem e atuação dos atores; além disso, ele evidencia a
importância da mesma na construção narrativa da história.
Para além da mise-en-scène, uma categoria de suma importância para atribuir sentido e ritmo aos
filmes, é a montagem. É ela que vai organizar, ou desorganizar, os planos para criar a narrativa e
oferecer para o público como ele deve enxergar aquela história. E Nogueira (2010, p.94)
reconhece a importância discursiva da montagem ao afirmar que: a montagem é, portanto, a
organização discursiva de acontecimento ou ideias através da escolha e combinação dos planos,
tendo em vista determinados propósitos e efeitos discursivos, sejam eles retóricos, dramáticos,
éticos ou estéticos.
Portanto, a análise será feita de elementos desses dois pilares: a mise-en-scène e a montagem;
para tal, serão utilizados teóricos influentes acerca dessas especificidades, como: Murch (2004),
Bordwell (2009), Vanoye e Goliot-Lété (1992), Nogueira (2010), Leone (2005), Amiel (2010),
Eisenstein (2002), Mascelli (2010), Zettl (2011) e Noxon (1964).
Imagem 1 Imagem 2
Pode-se dizer que a passagem de tempo no primeiro take serve para demonstrar ao espectador
não somente o poder aquisitivo de Jay, levando em consideração o fato de ter pessoas
disponíveis para uma grande reforma em um curto espaço de tempo, mas também sua
determinação em criar o ambiente ideal para o reencontro com sua amada. Rapidamente seus
trabalhadores reconstroem todo o cenário reformulando a paisagem visual externa do local,
podando as árvores, reformando e colocando vasos de flores enormes, deixando tudo mais
colorido, elegante e arrumado.
A mise-en-scène tem o poder de somar significados ao longe através do cenário, da música, das
cores e da luz segundo Bordwell (2008). Na chegada de Gatsby, o jardim é ambientado em
plano geral e nota-se que está chovendo, há diversos guarda-chuvas pretos com homens guiados
por Jay levando buquês e comidas a serem colocados para enfeitar a sala de Nick. A iluminação
da cena é fundamental para a construção da simbologia do momento retratado, todo o cenário
ganha uma atmosfera mais nebulosa (imagem 3) escura e fechada por ser um momento de
grande tensão. Em seguida, o plano se fecha em plano médio longo enquanto Nick e Jay
conversam e é possível ver a expressão de apreensão e a ansiedade do protagonista (imagem 4)
com o grande momento que se aproxima.
Imagem 3 Imagem 4
No momento seguinte a cena é modificada, nos fazendo chegar na parte interna da casa de Nick
– o foco da sequência vai para a sala de estar e a partir desse momento os objetos cênicos e a
atuação dos atores revelam que os personagens estão passando por um momento de tensão.
Quando a cena se inicia, é evidenciado um relógio antigo de madeira em um plano detalhe
(Imagem 5). Em seguida, o quadro abre para um plano geral, mostrando o interior do cômodo
que seria uma sala comum se não fosse pela quantidade enorme de buquês de flores, mais um
elemento que a mis-en-scène traz refletindo a personalidade extravagante de Gatsby. Além disso,
nela conseguimos perceber dois grandes bolos, inúmeros doces e petiscos nas mesas, postas
como se fossem receber uma quantidade razoável de pessoas sendo que serão apenas Nick,
Gatsby e Daisy, no que seria apenas um chá da tarde. Ao longo dos takes podemos observar a
mensagem subliminar por trás do relógio que é exibido em tela em vários momentos enfatizando
a tensão, agonia e ansiedade que compõem a cena.
Imagem 5
O relógio ressaltado pela mise-en-scène tem uma conotação expressiva usada para contextualizar
a ansiedade de Gatsby causada pela espera de Daisy. Em tela, acontece uma sobreposição de
planos que fica entre o relógio em plano detalhe e Gatsby em primeiro plano, interligada ao
zoom in a montagem sobreposta é utilizada com maestria juntamente a recursos sonoros de
batidas de relógio para alongar a situação e enfatizar o incômodo de Gatsby com a hora
passando. A narrativa do filme retrata muito a questão do tempo, o tempo perdido, e o que fazer
com ciclos que já se fecharam. Com a intensificação do barulho do ponteiro, o espectador sente a
emergência de Jay com a expectativa do reencontro, ou seja, ele deseja voltar no tempo e trazer a
sensação e o momento que viveu no passado no qual ele e Daisy estavam apaixonados e juntos.
Com o desenrolar da cena temos a esperada chegada de Daisy. Bordwell (2008) afirma que a
mis-en-scène aparece através de elementos essenciais para ambientar a narrativa, esses
elementos têm grande poder no processo de imersão do espectador, podendo atuar não somente
através do cenário e do som como foi exemplificado, mas também pela iluminação, figurino e as
cores, que têm papéis fundamentais para formação da dramaticidade da narrativa. Ao Daisy
entrar na casa e se encaminhar para a sala, nota-se surpresa e felicidade em seu tom de voz
fazendo com que o espectador pense que a mesma está olhando para Gatsby, o momento é
quebrado uma vez que Nick entra no cômodo e percebe que Jay não se encontra, momentos
depois ouvimos batidas na porta de entrada e o protagonista que havia saído devido ao seu
nervosismo entra encharcado pela chuva se direcionando para a sala, o diretor afirma que nesse
momento todo o público já sabe que o protagonista e Daisy vão se encontrar, portanto a
preocupação era procurar a atenção do espectador retirando Gatsby do local de surpresa. A partir
dessa cena, podemos identificar uma mudança na perspectiva dramática da sequência,
evidenciada no momento em que Gatsby, no cômodo, olha para Daisy que se encontra em plano
americano, centralizada no ambiente e a luz do sol entra pela porta da varanda em sua direção
(imagem 5) traçando sua silhueta, nesse momento é como se a presença dela fosse parte de um
sonho sendo realizado, demonstrando um novo conjunto de emoções sentidas por Jay.
Imagem 7 Imagem 8
Por último podemos observar o epílogo da sequência que se inicia com um plano geral da frente
da casa, cortando para uma chaleira apitando e em seguida o chá sendo levado por Nick. Após o
ápice da tensão ter passado na cena anterior é construído um momento em que o relógio entra
em questão novamente, a tensão se reduz drasticamente devido a sua queda e se inicia uma
conversa relativamente constrangedora entre os três personagens até o momento em que o dono
da casa decide sair, na sequência dessa ação Jay o acompanha nos levando ao momento decisivo
em que Nick o convence a voltar para sala e conversar com Daisy.
No final, é possível observar que O Grande Gatsby possui muitos detalhes trabalhados na
mise-en-scène que compõem diversos sentidos na narrativa e constroem o estilo do filme, como
a simetria, os personagens sempre se encontrando em destaque, centralizados ou emoldurados, a
encenação por meio de expressões faciais e troca de olhares, o estilo exuberante, exagerado e
fantasioso como em um sonho, além da utilização da iluminação que sutilmente gera grandes
significados no inconsciente do espectador.
Imagem 9 Imagem 10
Segundo Zettl (2011), o mapa mental é a estratégia utilizada para mostrar onde as coisas estão –
é quando vemos um pouco da cena total no espaço da tela, apresentando os personagens, o
espaço e a temporalidade. Ele apresenta de maneira didática o ambiente, localizando o público
com uma espécie de introdução à sequência. Ainda, o manuseio adequado dos vetores de índice
(index) no cinema e na sequência possuem um papel importante na preservação do mapa mental.
Os vetores presentes no vídeo analisado desempenham um papel significativo no sentido de
obter e preservar a continuidade dos takes e em manter intacto o mapa mental do espectador
dentro e fora do espaço da tela. Estes recursos são forças gráficas com direção e magnitude
(força), que dividem-se: vetor gráfico, criado por linhas ou elementos que posicionados sugerem
uma linha; vetor de índice, formado por alguém observando ou algo ou alguém apontando para
uma direção específica; e vetor de movimento, gerado por algo que se move na tela ou que é
percebido como se movendo.
A imagem seguinte é do Nick (ainda desarrumado pois provavelmente tinha acabado de acordar)
abrindo a porta de casa e se deparando com o alvoroço que está acontecendo em seu jardim – um
plano de reação que em poucos segundos consegue transmitir ao espectador a confusão do
personagem ao assistir o momento. Este take é suturado ao seguinte através de um raccord, que
Nogueira (2010) define como um recurso que assegura a continuidade dos planos ao estabelecer
relações perceptivamente lógicas entre eles. De acordo com Amiel, (2010) o princípio da junção
em montagem narrativa consiste na operação necessária dos raccords. O raccord presente é o de
olhar, posto que o Nick olha para os trabalhadores em movimento no jardim e o take seguinte
apresenta justamente o que ele está olhando – estratégia que se repete nos próximos takes. O
raccord de olhar é uma técnica muito utilizada durante toda a sequência, uma vez que vários
diálogos estão presentes no trecho, fazendo com que o montador empregasse o recurso como
convenção de montagem de diálogo.
Em seguida, o montador segue a regra dos 30º ao fazer uso de um raccord de eixo, que combina
um plano de Nick, em altura de ângulo plongée, a quase 90º da linha frontal do nariz do
personagem com outro em um ângulo intermediário entre o frontal e o lateral. Segundo Nogueira
(2010), a regra dos 30º estipula que entre dois planos de um mesmo assunto ou personagem cada
posição da câmera (que determina o eixo visual do plano) deve variar pelo menos 30º, de modo a
evitar um corte perturbador.
Imagem 11 Imagem 12
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Imagem 16 Imagem 17
Na cena, percebemos a técnica cinematográfica “eye trace” quando Nick observa Gatsby, desvia
o olhar e depois olha novamente, conduzindo o espectador a olhar na mesma direção e a crer que
essa repetição de olhar significa algo. No caso, Nick fita Gatsby pois o percebe ansioso,
inquieto, em pé (enquanto ele está sentado), e quem assiste pode chegar à mesma conclusão ao
seguir o rastro do olhar do escritor. O eyetrace é um dos principais vetores de índice descritos
por Zettl (2011), aqueles formados por alguém observando ou apontando em uma direção
específica. Walter Murch (2004) atribui 7% de importância à linha do olhar para que um corte
seja considerado perfeito. Segundo essa regra, o editor precisa cortar as cenas levando em
consideração em qual lugar os olhos do espectador estarão no momento.
Em seguida, é inserido um diálogo entre a dupla em que os raccord de plano e contraplano e a
técnica BAC estão presentes. Segundo Bordwell (2008), o padrão plano/contraplano ou
campo/contracampo acontece quando primeiro é mostrada uma extremidade da linha de 180º,
depois a outra: são planos espelhados do eixo de ação. Neste sentido, a técnica BAC é viável
nesse tipo de convenção, principalmente pois ela é uma estratégia muito utilizada em diálogos.
Trata-se de enquadrar personagens em um plano (A) e contraplano (B), mais fechados, e depois
colocá-los juntos no mesmo quadro, num plano mais aberto.
Figura 18 Figura 19
Figura 20
Para Marcelli (2010), intercalar essas cenas mais fechadas com mais abertas dá ao editor mais
opções de cortes ao editar a sequência, de forma que ele pode “abrir” o filme sempre que quiser
situar novamente o cenário para o espectador, e depois “fechá-lo” de novo para enfatizar alguma
coisa – neste caso, os personagens.
O montador decidiu, em sequência, empregar um take em plano geral de 12 segundos, duração
consideravelmente maior do que as que estavam sendo utilizadas na sequência – em média, entre
1 a 5 segundos. Como, no trecho, Gatsby pergunta ao Nick o que ele achou da decoração do
ambiente, a escolha por um take nessa duração é completamente proposital para que o público
contemple o cenário junto com os personagens, associando as falas com o eyetrace deles em
direção ao ambiente ao redor. Cria-se uma conjuntura propícia para o espectador perceber a
extravagância presente no quadro. Ao ajustar a duração dos planos em relação com outros
planos, o cineasta está controlando o potencial rítmico da montagem.
Em seguida, uma montagem métrica se faz presente, pois o som do relógio marca as mudanças
de cortes de planos alternados entre si: o plano do relógio indicando a passagem da
temporalidade, de Gatsby com expressão nervosa e de Nick observando, reforçando a tensão
existente com a adição do zoom in. Sobre montagem métrica, Eisenstein (2002) afirma:
Quando Gatsby entra, temos um take contínuo dele numa visão frontal, sem corte, para
evidenciar suas ações de respirar ofegante, suspender o movimento, pausar, olhar para o chão,
ajeitar o paletó, e arrumar o cabelo dos dois lados. Este plano sequência aponta a diversidade de
ações que demonstram como este é um momento grandioso para Gatsby. Numa definição
clássica, Gerald Noxon considera que, mais que uma unidade quantitativa de tempo-espaço, o
plano-sequência possui “importantes indicações de natureza qualitativa no que se refere a
valores dramáticos e funções narrativas” (NOXON, 1964, p. 70).
Finalmente, no tão aguardado momento em que eles se encontram, existem alguns recursos que
destacam o potencial dramático da situação. A cena conta com uma montagem sobreposta, que
através da repetição de planos muito parecidos entre si, esticam a ação de um olhar para o outro,
reforçando o sentimentalismo envolvido. E uma vez que a iluminação permanece praticamente
inalterada durante todo o trecho analisado, o raccord de luz em Daisy quebra a continuidade da
luz para mudar a atmosfera da sequência. O zoom in extremamente lento nos personagens
desaceleram o ritmo da sequência e exibem planos de reação ao aproximar os enquadramentos.
Estas escolhas foram aplicadas com a intencionalidade de se priorizar o primeiro critério que
define um bom corte, segundo Murch (2004): refletir a emoção do momento.
Com o fim da cena, se encerra o 2º bloco. O 3º bloco inicia com outra atmosfera, a partir do
raccord sonoro J Cut, em que o som de chaleira é ouvido sobreposto à imagem da casa do lado
de fora, em plano geral. A sequência dá segmento com Nick trazendo uma bandeja com chá aos
convidados – no início do take, o plano é de pormenor focado na bandeja, o qual vai abrindo
para um plano conjunto do cenário com a presença dos três personagens: um plano de
estabelecimento. Gatsby está em pé ao lado do relógio, Daisy está sentada e Nick serve o chá, no
meio deles, em pé. Neste momento, há uma construção de olhares entre o casal que logo Gatsby
quebra, desviando o olhar ao perceber que Daisy viu que ele a olhava. Esta construção é
evidenciada através dos raccord’s de olhar e eye trace dos personagens, denotando o
constrangimento e tensão presentes. O nervosismo de Gatsby o leva a derrubar o relógio,
movimento que aparece coeso entre os planos ao fazer-se uso do raccord de movimento e de
eixo. A reação de Daisy é ilustrada através da relação de plano e contraplano. Nos próximos
takes, os personagens dialogam constrangidamente e bebem chá quando novamente é empregada
a técnica BAC fazendo correlação entre plano, contraplano e plano master. Então, novamente a
montagem sobreposta se faz presente: combinou-se vários planos expressivos, focados em cada
um dos personagens em zoom in, que se intercalam alongando a situação, o que manifesta a
percepção de tensão e constrangimento crescentes na cena. O ápice do momento é quando, no
final da montagem, o plano se aproxima mais do rosto de Nick e ele, insatisfeito com a situação,
se levanta e dá uma desculpa para deixar a dupla a sós. Gatsby, nervoso, vai atrás do vizinho
com movimentos que transacionam através do raccord. Por fim, eles dialogam na porta entre
planos e contraplanos; o raccord de eixo também está presente, para conseguir ilustrar tanto a
parte de dentro da casa, como o que se consegue ver da parte de fora, atrás de Gatsby,
estabelecendo a relação entre os dois ambientes desenvolvida durante toda a sequência.
Figura 23 Figura 24
Quando Gatsby decide voltar à sala, é mostrada a visão de Nick sobre Gatsby. O protagonista,
agora mais confiante, volta para o lugar através do raccord de movimento, recurso que foi
abundantemente empregado durante toda a sequência, acentuando noções espaciais de
continuidade.
.
Considerações Finais
Referências
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https://www.youtube.com/watch?v=DlVd_JvhW9c. Acesso em: 03 Maio 2023
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