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Mandipezar
Mateus José Joia Balbino
Olinda Leandro Terra
Verdiana Francisco Miguel
Universidade Pùnguè
Tete
2024
Anselma João M. Mandipezar
Mateus José Joia Balbino
Olinda Leandro Terra
Verdiana Francisco Miguel
Docente: .
Universidade Pùnguè
Tete
2024
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.1. Objectivos............................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................3
1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................................3
1.2. Metodologia.........................................................................................................................3
2. Conceito de mapa....................................................................................................................4
2.1. Uso de mapas cronológicos como recurso de ensino e aprendizagem................................5
2.1.1. O papel dos mapas no ensino da Geografia e como recurso didáctico.............................8
Conclusão..................................................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
1. Introdução
Os mapas sempre foram uma importante ferramenta para nos ajudar a visualizar e
conhecer o Mundo, e neles, estão contidas informações de características físicas, culturais,
econômicas, entre tantas outras. Trazendo luz a conhecimentos e representações sobre
qualquer lugar no espaço geográfico.
Além de nos ajudar na localização dos lugares, os mapas ajudam a entender o lugar, e
saber o porquê de ser como é, por que as coisas estão dispostas daquele modo, entre outras
significações. E é por meio destes que o professor pode ajudar os alunos desenvolver a noção
de que a educação cartográfica nos leva.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Compreender o contributo do uso de mapas para o desenvolvimento de competências
histórico-geográficas pelos alunos
1.2. Metodologia
Para a materialização do trabalho que é aqui apresentado, o grupo dedicou-se,
literalmente, em pesquisa bibliográfica, de obras já publicadas física e electronicamente.
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2. Conceito de mapa
Comecemos por esclarecer o que se entende por mapa. De uma forma simples, trata-se
de uma “representação gráfica plana de toda ou parte da superfície da Terra ou do Universo e
de fenómenos concretos ou abstratos aí localizados”.
Para Gaite e Jiménez (1996), os mapas são “los documentos geográficos básicos” (p.
297) que permitem observar os fenómenos geográficos indirectamente, “son el instrumento
privilegiado para informar al lector del trabajo sobre las relaciones descubiertas entre
distribuciones geográficas”.
Pode se dizer que os mapas têm um carácter ambivalente, por um lado são uma fonte de
informação sobre territórios que não é possível conhecer diretamente (grande extensão ou
muito longínquo), por outro, são também a expressão da descrição do território.
Um aspecto que não menos importante que vale mencionar é que por vezes, o conceito
de mapa e de cartografia são confundidos. “A cartografia compreende, tradicionalmente, o
conjunto de métodos e técnicas que conduzem à representação da superfície terrestre ou de
outro planeta” (Dias citado por Hortas, et al. 2013, p. 13).
Desta feita, percebe-se que um mapa representa a superfície terrestre ou uma parte dela,
e assim passamos a ter uma representação bidimensional, a realidade é reduzida (escala) e
recorremos a um sistema de codificação (sinais gráficos) dos objectos ou factos apresentados.
Continuando, vale mencionar também que num mesmo mapa é impossível representar
todos os recursos ou fenómenos de um determinado território, pois a leitura torna-se difícil.
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utilizada; a informação adicional diz respeito aos nomes de cidades, rios, elevações ou até
cotas de altitude que completam o mapa.
O mapa, quando apresentado didaticamente pelo professor, em uma atividade, deve ter
um objetivo, valorizando seu potencial explicativo, indo além de somente uma ilustração.
Assim, o grupo concorda em afirmar que a educação geográfica deve contribuir para a
construção de uma perspectiva de análise crítica da realidade, onde os mapas conseguem
mostrar o espaço em diversas maneiras, tornando visível a realidade e cotidiano do alunado. O
mapa como ilustração toma importância para interpretar e compreender o espaço geográfico.
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É importante que o educador não só tenha a consciência da necessidade da inserção dos
conteúdos dos mapas históricos e cronológicos nas suas aulas, mas também, possa buscar e
desenvolver métodos para distanciar de suas aulas um conhecimento fragmentado sem
nenhuma perspectiva do conhecimento do espaço geográfico. Portanto se faz necessário uma
prática voltada para compreensão e análise do espaço geográfico, dentro da linguagem dos
mapas históricos e cronológicos.
Existem vários tipos de mapas, e cada um possui como função proporcionar ao leitor
informações sobre diversos temas, sendo estes de lugares próximos ou distantes. Um mapa,
segundo Passini (1994), é a representação de um espaço concreto a partir de uma linguagem
de símbolos que tem como componentes fundamentais os signos, a projeção e a escala.
Ainda segundo Passini (1994), existem cinco passos metodológicos importantes para
que o aluno possa desenvolver e aprender os conceitos cartográficos e assim
consequentemente interpretar um mapa.
O primeiro traz o entendimento que o aluno deve ser inicialmente o mapeador,
possibilitando uma formação cognitiva ao que se refere a utilização da simbologia
cartográfica.
O segundo traz a ideia do espaço que então será mapeado, que deverá fazer parte do
dia-a-dia da do indivíduo.
O terceiro se refere a organização, ordenação e quantificação do espaço vivido, por
meio da elaboração dos símbolos.
O quarto refere-se à compreensão significativa da relação espaço-tempo.
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O quinto e último trata-se da inclusão de espaços vividos, na percepção de que aquele
espaço conhecido e/ou vivido é integrante de outro espaço ainda maior.
Para que tudo isso seja eficaz, faz-se necessário aproximar o aluno da sua própria
realidade, mostrando que em seu cotidiano existem diversos conceitos que ele pode interpretar
e até quem sabe elaborar novos. Por intermédio inicial de uma abordagem local, fica mais
fácil, compreender fenômenos que ocorrem em uma escala mais ampla, sendo preciso ir de
encontro a diversos conteúdos que propiciem a diversas leituras de ―mundo‖ a serem criadas
e reformuladas no ambiente escolar.
Desse modo, percebe-se que a escola deve procurar cada vez mais procurar desenvolver
espaços de relações, através de acolhimento e debates dos factos que acontecem no cotidiano
do corpo discente. Mostrar a espacialidade de cada um subsidiar o início de uma
transformação dos sujeitos e do próprio espaço vivido.
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2.1.1. O papel dos mapas no ensino da Geografia e como recurso didáctico
Os mapas históricos e cronologia desempenham um papel fundamental no ensino da
Geografia, sendo amplamente utilizados como recursos didácticos para auxiliar no processo
de aprendizagem.
Essas representações cartográficas são ferramentas imprescindíveis que, por sua vez,
permitem aos estudantes compreender e explorar o mundo de forma visual e espacialmente
organizada.
Assim, de acordo com (Soares, et al. 2018) os mapas ocupam um lugar definido no
ensino de Geografia, seja a crianças ou a adolescentes, pelo facto de essa disciplina
acompanhar toda a via escolar dos alunos, e que, seja qual for o assunto tratado ou a
circunstância, o mapa é fulcral.
Destarte, isso não significa que a Geografia esteja limitada apenas à linguagem
cartográfica, tal como advogava Harley (2009), na medida em que é possível realizar um
trabalho, utilizando outros instrumentos ou linguagens distintas.
ensinar os mapas implica trabalhar com eles. Existem diversas formas de utilizar mapas,
tais como: criar representações cartográficas a partir de observações directas da realidade,
utilizar fontes indirectas para produzir cartas ou recorrer a mapas já existentes para obter
informações e representar a informação pretendida.
Os mapas também podem ser usados como ferramenta para organizar conhecimentos
prévios, explorar temas específicos ou sintetizar e representar conclusões. Sobre os diferentes
usos dos mapas.
Batllori (2011 in Costa, 2017), patenteia uma classificação em três grande grupos:
i. Os mapas obtidos por observação directa - podem ser díspares e com variadas
utilidades, tais como os esboços de espaços observados, os mapas mentais ou os
mapas cognitivos de espaços do quotidiano ou de lugares visitados;
ii. Os mapas objecto de trabalho/estudo para o desenvolvimento de competências
cartográficas, que permitem fortalecer a noção de representação - a partir do desenho
de mapas ou esboços com base em fotografias aéreas, que auxiliam à compreensão dos
diversos elementos do mapa (fonte, escala, orientação, título e legenda);
iii. Mapas como ferramentas essenciais para explorar o conhecimento geográfico, seja
para adquirir informações ou representá-las. Essas representações cartográficas
abrangem uma variedade de mapas, incluindo aqueles produzidos por alunos e
professores, mapas turísticos, topográficos, temáticos, planisférios e plantas. Cada um
desses projectos possui escalas diferentes, cuja utilização contribui para a
compreensão da representação cartográfica e o desenvolvimento de imagens do
mundo.
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Percebe-se ainda, que quando se discute o uso do mapa como recurso educacional, é
importante ressaltar as suas funções de ensinar e aprender a interpretar, pois apesar dos mapas
serem utilizados por diversos profissionais que não sejam do ramo da Geografia, o professor
desta disciplina é o principal transmissor dos conhecimentos necessários para a leitura e
interpretação dos mesmos.
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Conclusão
Conclui-se, por ora, que mapas possuem a característica de produções culturais que
retratam em sua maioria representações de territórios, e por meio desse entendimento é
possível ler o contexto de uma sociedade. A relação do mapa no ensino da Geografia possui
uma grande importância e precisa que se tenha uma leitura coerente, visto que a leitura que
realizamos dos textos é diferenciada da leitura dos mapas.
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Referências Bibliográficas
Costa, D. (2017). O uso de mapas como ferramenta para a construção do conhecimento
histórico-geográfico no 2. º CEB [Dissertação de doutorado, Universidade Federal do
Triângulo Mineiro]. Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa.
Lisboa.
Gaite, M., & Jiménez, A. (Coords). (1996). Enseñar Geografía de la teoria a la prática.
Editorial Síntesis.
Passini, E. (1994). Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. Belo
Horizonte: Lê.
Pontushka, N; Paganeli, T. & Cacete, N. (2009). Para ensinar e aprender geografia. São
Paulo: Cortez.
Richter, D., & La Vega, A. (2019). O mapa no ensino de geografia: uma análise do trabalho
docente em Madrid (Espanha) e em Goiânia (Brasil). Brasil: Ateliê Geográfico.
Rodrigues, D. (2021). Os mapas como recurso didáctico nas aulas de Geografia. Arapiraca:
UFAL.
Roser, C; Suarez, M. A., & Rafael, M. (1997). Aprender a enseñar geografia – Escuela
primaria y secundaria. Oikos-tau.
Soares, M., Soares; Cunha, F. & Lima, E. (2017). A interpretação de carta-imagem como
proposta para o ensino-aprendizagem de geografia no ensino médio. Brasil: Geosaberes.
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