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em Doentes Psiquiátricos
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Agradecimentos
Neste momento tão importante não poderia deixar de agradecer a algumas das
pessoas que marcaram esta longa caminhada. Em primeiro lugar agradeço aos meus
pais que desde sempre me proporcionaram todas as condições emocionais para que
fosse possível percorrer esta caminhada académica e assim cumprir um dos grandes
objectivos da minha vida.
Ao Rui por todas as palavras de coragem, por toda a confiança que sempre
depositou em mim e por ser o meu maior suporte nestes momentos de conquista e
felicidade mas também naqueles de maior insegurança.
À minha irmã, pelos conselhos e apoio incondicional dado, não só ao longo
destes 5 anos de curso, como também em tudo na minha vida. Ao Sérgio que sempre
acreditou que eu era capaz, mesmo quando eu duvidava das minhas capacidades.
Ao Professor Doutor José Carlos Rocha pela preciosa orientação, pela segurança
transmitida ao longo deste ano repleto de muitas dúvidas e incertezas, a quem devo as
sábias palavras de força, coragem e motivação que me mantiveram focada nos meus
objectivos.
À Dra. Emanuela Lopes e ao Professor Doutor Carlos de Mendonça Lima que
tiveram um papel preponderante para que a autorização formal deste trabalho fosse
conseguida, e que contribuíram para a recolha da amostra presente neste trabalho.
À Catarina e ao Fábio pelo óptimo trabalho de equipa que fomos capazes de
desempenhar ao longo deste ano e que se mostrou a principal fonte de inspiração e o
despertar de muita partilha de ideias.
À Beta pelas longas horas de trabalho em conjunto, com quem pude partilhar
conhecimento. Obrigado por me continuares a ensinar sempre um pouco mais. E não só
à Beta, como também à Sara, obrigada pela enorme amizade que nasceu por entre uma
vida académica agitada. Obrigada por todo o carinho e por todo o apoio que sempre me
deram e que se traduz num “obrigada por tudo!”.
À Cláudia e ao Nuno, os amigos sem os quais este ano teria sido mais difícil.
Obrigada por toda a ajuda, por toda amizade e por toda a partilha de experiências que
ficará guardada muito para além do contexto onde esta amizade nasceu.
A todos os que de alguma forma passaram pela minha vida deixando a sua
marca e que contribuíram para a conclusão deste trabalho, o meu muito Obrigada!
ISCS-N i
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Índice
Agradecimentos ................................................................................................................. i
I. Introdução .............................................................................................................. 1
3.2. Instrumentos..................................................................................................... 26
IV. Resultados............................................................................................................ 29
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Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Anexos ............................................................................................................................ 60
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Índice de Figuras
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Índice de Tabelas
Tabela 8: Resumo das correlações entre o ICG, BDI, IES-R e as suas dimensões e as
Dificuldades de Regulação Emocional ........................................................................... 37
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Índice de Anexos
Anexo V: Resumo submetido para Comunicação Oral nas “XI Jornadas de Psicologia
do ISCS-N”.
Anexo VI: Resumo submetido para Comunicação Oral “Crise e Trauma do Séc. XXI”
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Resumo
Para o efeito foram avaliados 110 adultos (CHAA, CHTS e CRI Oriental ET de
Gondomar) diagnosticados com perturbação psiquiátrica, recorrendo aos seguintes
instrumentos de avaliação: versões Portuguesas do Inventory of Complicated Grief
(ICG), Beck Depression Inventory (BDI), do Impact of Event Scale - Revised (IES-R) e
do Difficulties in Emotional Regulation Scale (DERS).
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Abstract
The Complicated Grief (CG) is often associated with many complications of mental
health, including increased risk for mood disorders, anxiety disorders and posttraumatic
stress disorder. In this context, several studies have demonstrated a high prevalence of
CG in psychiatric patients. Piper et al. (2001) evaluated 235 users of psychiatric cares
with a history of losses and noted a prevalence of 60% with GC. In terms of emotional
regulation, Stroebe (2007) believes that the confrontation, avoidance, and positive
assessments constitute a protective factor in the process of mourning. However,
empirical studies that support this assertion are lacking. Thus, this study aims to
describe the prevalence of CG and its relation with the difficulties in emotional
regulation in psychiatric population.
So, we evaluated 110 adults (C.H.A.A., CHTS and CRI Eastern ET of Gondomar)
diagnosed with psychiatric disorders, using the following Portuguese version of
assessment tools: Inventory of Complicated Grief (ICG), Beck Depression Inventory
(BDI), Impact of Event Scale - Revised (IES-R) and Difficulties in Emotional
Regulation Scale (DERS).
We observed a prevalence of 77.3% patients with CG (ICG ≥ 25).
We also observed significant correlations between Difficulties in Emotional Regulation
and indicators of Depression (.74), Posttraumatic Stress (.45), and Complicated Grief
(.49). By linear regression we found that the Nonacceptance of emotional responses,
Difficulties engaging in goal-directed behavior and Lack of emotional clarity predict
39.3% of the CG.
So, these results allow us to verify the high prevalence of disturbance of CG in
psychiatric patients, as well as the importance of difficulties in emotional regulation
predicting the CG.
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I. Introdução
the symptoms of complicated grief and their requisite severity and persistence are not”.
Ao longo da vida, todo o ser humano se vê confrontado com a necessidade de lidar com
a perda de alguém significativo. Este é um acontecimento inevitável no ciclo de vida e,
mais cedo ou mais tarde, o indivíduo vê-se obrigado a lidar com este tipo de eventos
stressantes. Deste modo, quando uma pessoa perde alguém significativo, existe
normalmente um período de elevado stress, frequentemente associado a sentimentos de
culpa, arrependimento, solidão, e a outras reacções físicas e psicológicas, características
de uma fase pautada pelo sofrimento da perda (Stroebe, Schut, & Stroebe, 2000).
No entanto, este período, no qual o indivíduo procura adaptar-se à perda, atinge por
vezes um nível de complexidade caracterizada por complicações pouco comuns no ciclo
de vida e que podem ser associadas a inúmeras complicações de saúde física e mental
que se encontram relacionadas com o processo de Luto. O conjunto de todas estas
complicações é designado de Luto Complicado (Golden & Dalgleish, 2008; Lichtenthal,
Cruess, & Prigerson, 2004).
Podemos assim concordar que a perda de alguém significativo constitui uma das
experiências universais mais dolorosas e de difícil adaptação de entre as crises
experienciadas ao longo do ciclo da vida (Wagner, 2006).
No caso do Luto Complicado, o facto da intensidade e da longevidade do processo ser
mais elevada do que o normal, torna o indivíduo vulnerável a graves complicações de
saúde mental, que na maioria das vezes não chegam a ser alvo de tratamentos
psicológicos adequados (O’Connor, Allen, & Kaszniak, 2002; Stroebe, Folkman,
Hansson, & Schut, 2006; Stroebe, Schut, & Stroebe, 2007).
Falando especificamente do desenvolvimento do Luto Complicado em doentes
psiquiátricos, a literatura mostra que, apesar de esta população específica referenciar
inúmeras vezes dificuldades na adaptação à perda, estas nem sempre são documentadas
de forma clara ou alvo de avaliação e intervenção nos protocolos utilizados nos Serviços
de Saúde.
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Embora os estudos nesta área sejam ainda escassos, tem-se verificado a existência de
uma elevada prevalência de Luto Complicado em doentes psiquiátricos (Piper,
Ogrodniczuk, Azim, & Weideman, 2001; Greenberg, 2002; Kersting et al., 2009). Neste
sentido, é possível considerar que esta constitui uma população de risco para
dificuldades na adaptação à perda.
Os factores que colocam esta população específica em risco são ainda pouco claros,
tornando assim necessário a exploração de novos factores que permitam a predição
desta perturbação. Após revisão bibliográfica foi possível constatar que existe uma
elevada prevalência de Dificuldades de Regulação Emocional nesta população e que
estas se encontram intimamente relacionadas com as perturbações psiquiátricas,
nomeadamente com a Depressão e o Pós-Stress Traumático (Piper et al., 2001;
Greenberg, 2002; Kersting et al., 2009; Machado-Vaz, Branco Vasco, & Greenberg,
2010). Tendo em conta esta relação já documentada em estudos anteriores, torna-se
importante esclarecer o impacto que as Dificuldades de Regulação Emocional poderão
ter no desenvolvimento de um processo de Luto Complicado em doentes psiquiátricos.
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O Luto constitui por si só um elevado factor de risco para complicações na saúde física
e mental que podem persistir por longos períodos de tempo após a perda, culminando
num processo de Luto Complicado (O’Connor et al., 2002; Stroebe et al., 2006).
No entanto, tendo em conta que a maioria da população mostra-se capaz de se adaptar à
perda e vivenciar um processo de Luto normal, é importante estabelecer quais os
factores de risco que predispõem o indivíduo para o desenvolvimento de um processo
de Luto Complicado.
Perante um processo de Luto normal, geralmente o indivíduo não necessita de recorrer a
uma intervenção psicológica ou farmacológica de modo a ser capaz de lidar com este
processo. O facto de as necessidades relativas ao Luto Complicado abrangerem uma
população mais restrita leva a que actualmente não exista um protocolo farmacológico e
psicológico definido para uma intervenção nesta área (Raphael et al., 2001; Stroebe et
al., 2006).
Neste sentido, é importante definir qual a população em risco de desenvolver um
processo de Luto Complicado, na qual poderá ser crucial uma intervenção psicológica
primária. A definição dos factores de risco para o Luto Complicado permite assim
circunscrever esta intervenção a uma população específica.
De acordo com Stroebe et al. (2006, p. 2441), um factor de risco constitui “uma
variável susceptível de aumentar a presença de consequências negativas a nível
pessoal, social e profissional na vida de um indivíduo”, enquanto um factor protector é
definido como sendo uma condição que, quando presente, prediz a existência de
resultados positivos na vida de um indivíduo.
Ao longo das últimas décadas, diversas investigações têm explorado uma variedade de
factores associados a diferentes consequências individuais do Luto Complicado.
Baseado nas perspectivas do Dual Process Model, Stroebe et al. (2006) identificaram 5
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A. Luto:
Stressores orientados para a
perda:
E. Consequências:
Perda traumática
D. Coping & Avaliação: Intensidade do Luto
Tipo de perda
Mecanismos cognitivos e comportamentais Saúde Psicológica e Física
Perdas Múltiplas
Regulação emocional Défices Cognitivos
Qualidade da Relação
Diminuição das relações sociais
Stressores orientados para a
reestruturação:
Problemas legais/de trabalho
Carga do cuidador
Conflitos contínuos
C. Factores de Risco Intrapessoais:
Pobreza
Estilo de Vinculação
Género
Crenças religiosas
Capacidades intelectuais
Múltiplas perdas na infância
Variáveis de predisposição:
Problemas de saúde mental (depressão etc.)
Problemas de saúde física/médica
Idade de relativa fragilidade
Abuso de substâncias
Figura 1: Factores de risco preditores das consequências no Luto (Stroebe et al., 2006).
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DSM-IV-TR: Diagnostic and Statistical Manual, Fourth Edition, Text Revision.
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Figura 2: Co-morbilidade actual entre Pós-Stress Traumático (PTSD) e Depressão Major (MDD) em
indivíduos com LC que se encontram em tratamento (n = 206) (Simon et al., 2007).
Por outro lado, Lichtenthal et al. (2004) refere uma prevalência mais elevada de
indivíduos que apresentam critérios de diagnóstico para o Luto Complicado, mas que
não cumprem critérios para Depressão Major ou Pós-Stress Traumático, indicando que
cerca de 40% da população em geral apenas cumpre critérios para o Luto Complicado.
Segundo Prigerson et al. (2009) o Luto Complicado constitui uma forma de sofrimento
psicológico associado a disfunção substancial na vida do indivíduo, cumprindo assim os
critérios do DSM2 para a inclusão desta problemática enquanto uma perturbação mental
distinta. Além disso, Prigerson et al. consideram que na ausência de outra perturbação
mental presente no DSM-IV-TR, o Luto Complicado mostra ser o melhor preditor da
disfunção, apesar de não se encontrar documentado no actual sistema de avaliação
psiquiátrica.
Além disso, verifica-se que a eficácia evidente das psicoterapias especificamente
desenvolvidas para intervenção nos sintomas de Luto Complicado, contrastam com os
tratamentos elaborados para intervirem na Depressão e que não mostraram efeitos
positivos na redução da sintomatologia de Luto Complicado. Desde modo, salienta-se a
necessidade da existência de um sistema de detecção preciso e de tratamento
especializado para o Luto Complicado (Prigerson et al., 2009).
Lichtenthal et al. (2004) consideram que a distinção entre o Luto Complicado e a
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DSM: Diagnostic and Statistical Manual.
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As emoções, e todo o processamento emocional que estas envolvem, têm sido alvo de
inúmeras investigações ao longo dos últimos vinte anos, realizadas pelas mais diversas
áreas, nomeadamente, Psicologia, Neuropsicologia, Psicofisiologia e Biologia.
Neste sentido, torna-se inevitável abordar o modo como as emoções se desenvolvem e
como se realiza o seu processamento, o qual inclui a regulação emocional. A presença
de dificuldades de Regulação Emocional poderá ser um importante factor na
predisposição para algumas complicações na saúde mental. Efectivamente, é possível
afirmar que a regulação emocional apresenta um papel importante em diversos
domínios da vida do indivíduo, como é o caso da ocorrência de emoções negativas
consequentes à perda de alguém significativo.
Deste modo, considerando todos estes aspectos relacionados com as Dificuldades de
Regulação Emocional, passaremos a abordar esta temática.
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possível afirmar que, no início da idade adulta, existem mais situações que requerem
supressão do que no final da vida adulta, confirmando assim esta necessidade de
adaptação das estratégias que o indivíduo possui para regular as emoções (Garber &
Dodge, 1991).
Associado ao aumento da experiência de vida, a capacidade de pesar os custos e
benefícios das diferentes formas de regular as emoções permite ao indivíduo que este
altere o seu modo de Regulação Emocional, tornando-o progressivamente mais
adaptativo com a idade (Garber & Dodge, 1991).
O processo de Regulação Emocional não é inato, mas vai sendo desenvolvido ao longo
da vida do indivíduo, sendo por isso influenciado pelo meio em que este se insere, bem
como pelas pessoas que o rodeiam (Dodge & Garber, 1991).
Uma das principais capacidades adquiridas ao longo do desenvolvimento e que revelam
ter uma maior influência ao nível da Regulação Emocional prende-se com a capacidade
da criança comunicar com recurso à linguagem e a outras estratégias de comunicação.
Este facto auxilia a capacidade da criança para expressar as suas emoções e,
previamente, regulá-las seja internamente ou externamente (Dodge & Garber, 1991).
Sendo assim, o choro em conjunto com o olhar (ex. uma criança que olha para a sua
mãe perante um estímulo ambíguo) demonstram ser competências extremamente
comunicativas numa fase inicial da vida, permitindo à criança sinalizar o cuidador
sempre que é necessária uma regulação externa do seu processamento emocional
(Dodge & Garber, 1991).
É deste modo que inicialmente se processa a capacidade de Regulação Emocional, que
se vai tornando progressivamente mais complexa com o passar dos anos e com a
aquisição de novas competências características de cada fase da vida.
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Personalidade Borderline (Heffner, Eifert, Parker, Hernandez, & Sperry, 2003; Gratz,
Rosenthal, Tull, & Lejuez, 2006; Tull & Roemer, 2007; Roemer, Orsillo, & Salters-
Pedneault, 2008).
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II. Objectivos
III. Método
3.1. Amostra
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Tabela 1
Características n % M SD
Sexo
Feminino 65 59,1
Masculino 45 40,9
Idade 41,67 11,85
Estado Civil
Casado 61 55,5
Solteiro 28 25,5
Divorciado 12 10,9
Viúvo 9 8,2
Habilitações Literárias
2ºCiclo 45 40,9
1ºCiclo 28 25,5
3ºCiclo 24 21,8
Secundário 6 5,5
Bacharelato 6 5,5
Licenciatura 1 0,9
Profissão
Empregado 59 53,6
Desempregado 38 34,5
Reformado 10 9,1
Estudante 3 2,7
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3.2. Instrumentos
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progressivamente mais grave, das quais o indivíduo deverá escolher uma para cada
grupo de afirmações (Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh, 1961). A cotação dos
itens é realizada com base na numeração das afirmações e perante um total superior a 12
podemos considerar que a pessoa se encontra deprimida. O valor do α de Cronbach da
escala é de 0,89 (Vaz-Serra & Abreu, 1973).
A versão Portuguesa do Impact of Event Scale - Revised foi adaptada à população
portuguesa por Castanheira, Vieira, Glória, Afonso, & Rocha (2007) e é constituída por
22 itens, respondidos através de uma escala de Likert de 0 a 4 e avalia a reacção
traumática a um evento específico. O IES-R é constituído por quatro subescalas, sendo
elas: Evasão, Intrusão, Hipervigilância e Embotamento Afectivo que avaliam sintomas
como irritabilidade, agressividade, dificuldades de concentração, entre outras,
permitindo assim avaliar o impacto de um evento traumático, e neste contexto
específico o impacto traumático da perda. Deste modo, consideramos que perante um
IES-R score total ≥ a 35 estamos perante uma Perturbação de Pós-Stress Traumático
(PTSD). O valor do α de Cronbach da escala é de 0,94 (Castanheira et al., 2007; Weiss
& Marmar, 1997).
A Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS) foi adaptada para a população
portuguesa por Coutinho, Ribeiro, Ferreirinha, & Dias (2010) e tem como objectivo
avaliar seis Dificuldades de Regulação Emocional: 1) Não aceitação das Respostas
Emocionais (Não Aceitação); 2) Dificuldades em Agir de Acordo com os Objectivos
(Objectivos); 3) Dificuldades no Controlo de Impulsos (Impulsos); 4) Falta de
Consciência Emocional (Consciência); 5) Acesso Limitado às Estratégias de Regulação
Emocional (Estratégias) e 6) Falta de Clareza Emocional (Clareza). A escala é
constituída por 36 itens que deverão ser respondidos pelo indivíduo segundo uma escala
de Likert de 5 valores (desde 1-Raramente a 5-Sempre). O valor do α de Cronbach da
escala é de 0,93 (Coutinho et al., 2010; Gratz & Roemer, 2004).
3.3. Procedimento
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IV. Resultados
A análise estatística dos dados obtidos foi realizada no sentido de alcançar cada um dos
objectivos definidos e com recurso a diversos métodos estatísticos que passamos a
descrever.
Para a análise de dados recorremos à análise estatística descritiva, de modo a descrever
as variáveis categoriais e contínuas relativas às características relativas à perda, ao Luto
Complicado, Depressão e aos sintomas de Pós-Stress Traumático.
Realizamos também uma correlação entre cada subescala da DERS e o Luto
Complicado, Depressão e Sintomatologia Traumática, com o intuito de clarificar a
relação existente entre as variáveis.
Além disso, recorremos ao método crosstabs, que permite a associação entre duas ou
mais variáveis, de modo a ser possível analisar a co-morbilidade entre Luto
Complicado, Depressão e Pós-Stress Traumático.
Finalmente, o método de regressão linear múltipla foi utilizado com o objectivo de
elaborar três modelos preditores para os quais definimos o Luto Complicado, a
Depressão e a Sintomatologia Traumática como variáveis dependentes e as subescalas
da DERS como variáveis independentes, que incluem: a 1) Não aceitação das Respostas
Emocionais (Não Aceitação); as 2) Dificuldades em Agir de Acordo com os Objectivos
(Objectivos); as 3) Dificuldades no Controlo de Impulsos (Impulsos); a 4) Falta de
Consciência Emocional (Consciência); o 5) Acesso Limitado às Estratégias de
Regulação Emocional (Estratégias) e a 6) Falta de Clareza Emocional (Clareza).
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Verificou-se assim que, no que concerne ao parentesco do falecido, 39,1% (n = 43) dos
doentes psiquiátricos perderam os seus pais, 15,5% (n = 17) perderam os seus avós,
14,5% (n = 16) perderam um elemento da família alargada, 10,9% (n = 12) perderam
irmãos, 9,1% (n = 10) perderam filhos, 9,1% (n = 10) perderam o cônjugue e 1,8% (n =
2) perderam amigos (ver tabela 2).
Tabela 2
Parentesco do falecido n %
Pais 43 39,1
Avós 17 15,5
Família alargada 16 14,5
Irmãos 12 10,9
Filhos 10 9,1
Cônjugue 10 9,1
Amigos 2 1,8
Tabela 3
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Tabela 4
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Tabela 5
Características M SD
Há quanto tempo faleceu (meses) 65,50 71,93
Idade do falecido (anos) 55,27 21,93
Importância do falecido (0-10) 9,54 1,04
Acompanhamento psicológico (meses) 44,98 46,81
Tal como foi anteriormente referido, para a análise do Luto Complicado em doentes
psiquiátricos, bem como da sintomatologia depressiva e traumática recorremos ao ponto
de corte sugerido pelos autores das versões originais de cada teste. Deste modo,
observámos uma prevalência de Luto Complicado em doentes psiquiátricos (ICG ≥ 25)
de 77,3% (n = 85).
Verificámos ainda uma prevalência de 86,4% (n = 95) de doentes psiquiátricos com
Depressão (BDI ≥ 12) e uma prevalência de Pós-Stress Traumático (IES-R ≥ 35) de
85,5% (n = 94) (ver tabela 6).
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Tabela 6
Variáveis n %
Luto Complicado
Com LC 85 77,3
Sem LC 25 22,7
Depressão
Pós-Stress Traumático
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LC 70,9% Dep.
77.3% 86,4%
69%
73,6% 80%
PTSD
85,5%
Além disso, após a análise das correlações existentes entre as variáveis em estudo,
verificámos que existem correlações positivas significativas entre todas as variáveis.
Deste modo, o Luto Complicado correlaciona-se com os indicadores de Depressão
(BDI) (,54) e com a sintomatologia traumática (IES-R) (,77), assim como os indicadores
de Depressão (BDI) também se correlacionam com a sintomatologia traumática (IES-R)
(,55) (ver tabela 7).
Importa ainda referir que a correlação com um impacto mais significativo verifica-se
entre o Luto Complicado e a Sintomatologia Traumática, e não entre o Luto
Complicado e a Depressão.
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Tabela 7
BDI IES-R
ICG Total
Total Total
-
IES-R Total
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Tabela 8
Resumo das correlações entre ICG, BDI, IES-R e respectivas dimensões e as seis dimensões de
Dificuldades de Regulação Emocional (N = 110).
DERS Não-
Objectivos Impulsos Consciência Estratégias Clareza
Total aceitação
Embotamento
,43** ,34** ,35** ,42** -,19 ,36** ,43**
Afectivo
Nota. *p < ,05. **p < ,01.
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Tabela 9
Resumo do impacto das Dificuldades de Regulação Emocional (variáveis independentes) no
Luto Complicado, Depressão e Sintomatologia Traumática (N = 110).
B SE B β B SE B β B SE B β
Objectivos 2,086 ,369 ,506** ,741 ,273 ,240** 2,454 ,413 ,541**
Impulsos - - -
Consciência - - -
Nota. LC= Luto Complicado; Dep. = Depressão; Sint. Traumática = Sintomatologia Traumática.
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V. Discussão de Resultados
A análise dos dados obtidos ao longo deste estudo permitiu, num primeiro momento,
realizar a descrição da população psiquiátrica no que refere às características associadas
à perda, e que poderão, de certo modo, ser interpretadas como indicadores das
características apresentadas pelos doentes psiquiátricos da população portuguesa.
De facto, é possível caracterizar a amostra de doentes psiquiátricos num leque
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Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
diversificado de aspectos.
No que refere ao parentesco do falecido, verifica-se que, entre os doentes psiquiátricos,
as perdas mais frequentes envolvem os pais, correspondendo a uma parcela significativa
das perdas relatadas.
Quanto ao tipo de perda, as mortes inesperadas são as mais referidas, correspondendo a
mais de metade das perdas descritas, e a causa de morte mais frequentemente
referenciada prende-se com a morte devida a cancro. No entanto, é extremamente
importante esclarecer que o tipo de morte acima referido (morte esperada ou inesperada)
relaciona-se essencialmente com o facto do doente psiquiátrico se encontrar preparado
ou não para a perda de alguém significativo na sua vida, e não necessariamente com o
carácter médico inerente à gravidade de determinadas doenças e que tornam a morte
previsível.
Quanto ao papel e função que o falecido mantinha na vida do enlutado, verifica-se que
este se relaciona em grande parte com um papel de suporte, sendo de ressaltar os
elevados valores registados quanto à importância do falecido nas suas vidas.
A discussão destes dados requer uma análise comparativa com a literatura existente
relativa aos factores de risco para o desenvolvimento do Luto Complicado. De facto,
verifica-se que as características relativas à perda descritas pela amostra sobrepõem-se
às características descritas por Stroebe et al. (2006) como factores de Risco inerentes ao
Luto Complicado.
Tal como foi anteriormente descrito, a natureza da morte, o facto de esta ter ocorrido de
uma forma traumática e inesperada, bem como a qualidade e o tipo de relação entre o
enlutado e o falecido têm um papel preponderante na moderação da adaptação Luto,
bem como no impacto que este processo terá na saúde física e mental do indivíduo
(Stroebe et al., 2006).
Neste sentido, o facto de as perdas ocorreram maioritariamente de forma inesperada,
dos pacientes revelarem uma relação próxima e baseada em funções de suporte com o
falecido, bem como a presença de uma perturbação psiquiátrica coloca-os desde logo
como uma população de elevado risco para o desenvolvimento do Luto Complicado.
ISCS-N 40
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Neste sentido, e tal como foi anteriormente referido, o terceiro objectivo deste estudo
prendia-se com o esclarecimento da co-morbilidade existente entre Luto Complicado,
Depressão e Pós-Stress Traumático na amostra de doentes psiquiátricos portugueses.
A análise deste aspecto mostrou-se simultaneamente surpreendente e preocupante.
Surpreendente pelos resultados elevados de co-morbilidade obtidos, quando
comparados com os dados de co-morbilidade obtidos por Simon et al. (2007) numa
amostra de indivíduos em luto.
E preocupante porque a análise da co-morbilidade existente permitiu perceber que a
amostra da população psiquiátrica portuguesa apresenta 69% de co-morbilidade entre as
três variáveis, cerca do dobro dos valores obtidos por Simon et al. (2007) na sua
amostra de indivíduos com Luto. De facto, os resultados discutidos revelam que esta é
uma população debilitada e afectada em diversas áreas da psicopatologia e não apenas
ao nível do Luto Complicado.
Verificámos ainda que, apesar de haver uma co-morbilidade idêntica entre o Luto
Complicado com a Depressão e do Luto Complicado com o Pós-Stress traumático, esta
última revela ser ligeiramente superior talvez pelo carácter traumático que a perda de
alguém significativo acarreta, e pelo facto da amostra avaliada apresentar uma
prevalência elevada de perdas inesperadas.
ISCS-N 41
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
ISCS-N 42
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
ISCS-N 43
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Além de tudo o que foi referido até então, a análise correlacional das variáveis
estudadas permitiu ainda verificar que a Depressão se correlaciona com as seis
Dificuldades de Regulação Emocional identificadas através da DERS.
Este constitui um dado curioso, e que deveria ser alvo de uma atenção mais
direccionada de modo a compreender o fenómeno. Pois, apesar de ser importante
salientar que estes resultados vão de encontro à afirmação de Aldao et al. (2010) de que
as Dificuldades de Regulação Emocional se encontram associadas à Perturbação
Depressiva Major, o estudo específico das Dificuldades de Regulação Emocional
realizado por Gratz & Roemer (2004) demonstra que apenas as subescalas de Acesso
Limitado às Estratégias de Regulação Emocional, Dificuldades no Controlo de Impulsos
e a Falta de Clareza Emocional se correlacionam com a Depressão avaliada através do
Brief Symptom Inventory, um questionário de avaliação da sintomatologia
psicopatológica.
Assim, pode afirmar-se que os resultados obtidos neste trabalho de investigação vão
mais longe que a literatura abordada por ser possível verificar que a Depressão se
correlaciona com as seis Dificuldades de Regulação Emocional analisadas. É assim
possível sugerir que as intervenções realizadas ao nível da Depressão deverão dar
especial atenção às dificuldades do indivíduo em regular as suas emoções, dotando-o de
competências de regulação emocional adaptativas.
ISCS-N 44
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
No que concerne à análise de regressão linear múltipla relativa ao poder preditivo das
Dificuldades de Regulação Emocional em relação ao Luto Complicado, Depressão e
Sintomatologia Traumática, verifica-se que estas permitem predizer estas três
perturbações.
As Dificuldades de Regulação Emocional que revelam um impacto mais elevado na
predição do Luto Complicado relacionam-se com a Não Aceitação das Respostas
Emocionais, com as Dificuldades em Agir de Acordo com os Objectivos e com a Falta
de Clareza Emocional.
Tendo em conta que estas dificuldades específicas permitem predizer cerca de 39,3% do
Luto Complicado, é importante que os clínicos adoptem mais atenção às questões
relativas a Dificuldades de Regulação Emocional, como forma de prevenir e intervir
precocemente junto de doentes psiquiátricos que tenham perdido alguém significativo e
ISCS-N 45
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
De facto, estes resultados levam-nos uma vez mais de encontro aos aspectos relativos,
por um lado, à co-morbilidade e, por outro lado, à distinção entre estas duas
perturbações. Neste sentido, o facto de ambos os contructos terem duas variáveis em
comum que permitem predize-los mostra realmente a existência de uma elevada co-
morbilidade entre os mesmos. No entanto, a existência de uma variável que as
diferencia permite reflectir sobre o facto de que estes são constructos distintos que,
apesar de terem diversas características em comum, devem ser diferenciados pelas suas
especificidades.
ISCS-N 46
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
já sugerida por Coutinho et al. (2010) de que esta subescala possui um carácter pouco
central na presença de sintomatologia psicopatológica.
Todos estes dados revelam-se extremamente importantes, uma vez que permitem a
existência de um modelo de Dificuldades de Regulação Emocional que prediz, com um
impacto elevado, não só o Luto Complicado como também a existência de outras
perturbações como a Depressão e a Sintomatologia Traumática. Além disso, os
resultados obtidos ao nível das Dificuldades de Regulação Emocional preditoras destas
perturbações sugerem que estas dimensões poderão também ser incluídas em
intervenções psicológicas direccionadas para as competências do indivíduo na regulação
das emoções.
ISCS-N 47
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
VI. Conclusão
ISCS-N 48
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Este trabalho permite assim uma melhor compreensão da dinâmica presente no Luto
Complicado, bem como dos factores inerentes ao desenvolvimento destas complicações
numa população que evidencia um elevado risco para complicações na saúde mental.
No entanto, é inevitável reflectir que apesar da pertinência dos resultados obtidos, seria
deveras interessante aprofundar esta investigação e realizar uma abordagem mais
específica do desenvolvimento do Luto Complicado em diferentes grupos de
perturbações psiquiátricas, de modo a complementar todos os resultados aqui expostos.
Por fim, não poderíamos deixar de salientar que os resultados obtidos fornecem fortes
indicadores do modo como os doentes psiquiátricos da população portuguesa lidam com
a perda. No entanto, uma das principais limitações desta investigação prende-se com a
impossibilidade de fazer uma generalização segura para os doentes psiquiátricos no
geral, devido a questões relacionadas com o tamanho amostra, que não é representativa
desta população no geral.
Outra das limitações deste estudo prende-se com o facto de não ter sido realizada uma
comparação entre os dados obtidos pelos doentes psiquiátricos e uma amostra da
população em geral, de modo a tornar ainda mais claras as conclusões aqui reflectidas.
Seria também pertinente a realização de um novo desenho de investigação que
permitisse a avaliação e diferenciação de doentes psiquiátricos que se encontrassem a
realizar uma intervenção direccionada ao Luto Complicado, daqueles que não eram alvo
de uma intervenção neste sentido.
Os resultados obtidos ao longo da investigação ultrapassaram as expectativas iniciais
que se mostravam conservadores devido ao conjunto de dificuldades inerentes a uma
população psiquiátrica que revela sintomatologia psicopatológica que, frequentemente,
se sobrepõe à sintomatologia presente no Luto Complicado e faziam prever uma difícil
aceitabilidade da participação que não se verificou.
Sendo assim, parece-nos crucial que esta área continue a ser explorada no sentido de
esclarecer as idiossincrasias relativas ao Luto Complicado e, possivelmente, à futura
classificação nosológica do Luto Complicado enquanto perturbação diferenciada no
DSM-V3 e / ou no ICD-114.
3
DSM-V: Diagnostic and Statistical Manual, Fifth Edition.
4
ICD-11: International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, Eleventh Edition.
ISCS-N 49
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
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Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Anexos
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
aceitei de livre vontade fazer parte do estudo que está a ser realizado pela Unidade de
UnIPSa).
Além disso, declaro estar informado(a) de que poderei abandonar a investigação, sem qualquer
tipo de repercussões, devendo contactar a Investigadora para informar dessa decisão (Dr.ª Tânia
Silva). Este estudo pretende descrever e avaliar a sintomatologia do luto complicado e os seus
dados são confidenciais, não podendo ser usados para outros fins.
Assinatura
____________________________________________________________
- Sexo: F M
- Idade: _______________
- Profissão: _________________________________
A seguir encontram-se um conjunto de questões relacionadas com a perda de alguém que considere
significativo na sua vida.
|------+------+------+------+------+------+------+------+------+------|
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
etc.)
Contextualização da Perda
Instruções: Por favor indique com que frequência as seguintes afirmações se aplicam a si, com base na
seguinte escala de 1 a 5, fazendo um circulo, no valor seleccionado, na linha ao lado de cada item.
1 2 3 4 5
Quase Nunca Algumas vezes Cerca de metade do A maioria do tempo Quase Sempre
(0-10%) (11-35%) tempo (66-90%) (91-100%)
(36-65%)
22. Quando estou emocionalmente incomodado, sei que consigo encontrar uma 1 2 3 4 5
forma para eventualmente me sentir melhor
28. Quando estou emocionalmente incomodado, acredito que não há nada que 1 2 3 4 5
possa fazer para me fazer sentir melhor
29. Quando estou emocionalmente incomodado, fico irritado comigo próprio por 1 2 3 4 5
me sentir dessa forma
21. 0 Não notei qualquer mudança recente no meu interesse pela vida sexual.
1 Encontro-me menos interessada(o) pela vida sexual do que costumava.
2 Actualmente sinto-me muito menos interessada(o) pela vida sexual.
3 Perdi completamente o interesse pela vida sexual.
– ICG –
(Prigerson et al, 1995)
Instruções: A seguir encontra-se uma lista de dificuldades que são sentidas, por vezes, pelas pessoas após
acontecimentos de vida difíceis. Por favor, leia cada um dos itens e indique, com um círculo, a resposta que
melhor descreve como se sente em relação a uma situação de luto actualmente:
Instruções: Por favor, leia cada um dos itens e indique, com um círculo, a resposta que melhor descreve como
se sente em relação a uma situação de luto actualmente.
Nunca Um pouco Moderadamente Muitas vezes Extremamente
DRE
BDI (Total)
ICG (Total)
Intrusão
I
E Hipervigilância
S Evitamento
(Rev.)
Outros Itens
Total
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Tânia Silva1, José Rocha2, Elisabete Ferreira1, Catarina Gonçalves1, Fábio Moreira1
1
Researcher, UnIPSa-CICS, Portugal
2
Research Unit Coordinator, UnIPSa-CICS, Portugal
Abstract
Background: The Complicated Grief (CG) is often associated with many complications
of mental health, like mood, anxiety and posttraumatic stress disorders. Several studies
evaluated 235 psychiatric patients with a history of losses and noted a prevalence of
60% with CG. In terms of emotional regulation, Stroebe (2007) believes that
process of mourning. However, empirical studies that support this assertion are lacking.
Thus, this study aims to describe the prevalence of CG and its relation with the
indicators of depression (.74), posttraumatic stress (.45), and Complicated Grief (.49).
the CG.
Limitations: This work should be done with a control group of the general population.
patients and the importance of difficulties in emotional regulation predicting the CG.
Almost everyone has to deal with the loss of someone they cared or loved. It is an
inevitable fact of life, sooner or later, persons have to learn how to deal with this kind of
events. So, when a person loses a significant other, there is normally a period of acute
distress usually connected with sorrow, guilt, loneliness and other physical and
psychological reactions (Stroebe et al., 2000). Sometimes, this period of dealing with
loss, grows into a whole new level of complexity bringing unusual complications that
can be associated with numerous mental and physical debilities of the bereavement
process. The scientific name used to describe these situations is Complicated Grief
We can say that generally, the loss of someone significant consists in one of the most
stressful and painful universal experiences of the life cycle (Wagner, 2006). But in cases
of Complicated Grief (CG) the much higher intensity and longevity of bereavement can
however, not always clear nor addressed on assessment and intervention protocols.
Trying to relate the key points of this paper, psychiatric disorders have important
(Machado-Vaz et al., 2010; Greenberg, 2002; Kersting et al., 2009; Piper et al., 2001).
On other hand, the interaction between emotional regulation and Complicated Grief has
Grief can be viewed as complicated when it affects the functional capacity of the
individual in such a way that prevents him from returning to its normal functions, prior
to the loss, meaning that when the grief process deviates of individual culture norms
al., 1995).
In practical terms, the distinction between normal and Complicated Grief is still
difficult. This is justified by the fact that Complicated Grief is not considered an
independent syndrome of other psychiatric disorders, not having so clear and agreed
are characterized, not only by the presence of negative emotions such as depression,
anxiety, despair, disbelief, anger, apathy, but also by the high functional impairment of
Those negative emotions are essential factors for diagnostic of other psychiatric
Grief from other psychiatric disorders. In fact, these difficulties have been leading many
researchers to explore the specific indicators of Complicated Grief and its impact on
There are two papers about Complicated Grief on psychiatric patients that clarify this
topic. First, Piper et al. (2001) produced a research which aimed to explore the
outpatients. They review in a sample of 729 psychiatric patients, that about 55.3% had
experienced a loss of one or more significant others on their lives. However, just 235
patients have consented to participate and had inclusion criteria. The authors found that
31% of outpatients had Moderate Complicated Grief and 29% had severe Complicated
Grief. Finally, they compared depressive, anxiety and general symptomatic distress
between patients with and without Complicated Grief finding that patients with
Complicated Grief had higher levels of depressive, anxiety and general distress
symptoms.
The authors demonstrated that the loss of someone significant could be problematic and
prolonged for a long time, and losses should be considered as important risk factor in
unipolar depression - a mood disorder and observed that 96% of their sample had a
history of loss of someone significant and that, within the patients with Complicated
Grief, the most frequent losses were related to family members (parents, siblings or
spouses). They also reported a higher impairment when compared to the impairment
before the loss. Furthermore, patients with both unipolar depression and Complicated
Grief show higher levels of depressive symptoms, post-traumatic stress related to loss
In general, among the grieving persons, about 40% present criteria for major depression,
when assessed a month after the death, and about 15% kept these criteria one year after
the loss (Lichenthal et al. 2004; Hensley, 2006). However, according to the literature,
only a subgroup (about 10-20%) has Complicated Grief with distinct symptoms of
anxious or depressive symptoms (Prigerson et al., 1996). Thus, several studies have
concluded that Complicated Grief is a high risk factor for complications in mental
health, including depression (O’Connor et al., 2002; Stroebe et al., 2006; Lichtenthal et
al., 2004; Simon et al., 2007; Golden and Dalgleish, 2008; Prigerson et al., 2009;
substance abuse and eating disorders (Machado-Vaz et al., 2010). Still, it is not clear the
impact that the difficulties in regulating emotions may have on the development of
Complicated Grief.
Emotional Regulation
expression gets affected. Faced with a significant stimulus, the individual reacts
express emotion or not, thus performing their emotional expression (Greenberg, 2002).
Throughout life, humans develop strategies for emotional regulation that allow them to
regulate emotions during the emotional processing (Garber and Dodge, 1991; Diamond
The concept of emotion regulation was used for the first time in literature on the decade
of 1980. Since then, emotion regulation has been focus of an increasing attention, not
only in regard to its development in children, as well as in adults (Campos et al., 1989;
experiences, in physiology and trends of action for each individual. Emotions occur in
response to internal and external stimuli that are significant to the well being of the
organism (Gross, 2007; Garber and Dodge, 1991).
So, emotion regulation refers to a heterogeneous process in which the emotions are
conscious or unconscious, and may have its effect on one or more points in the emotion
Thus, emotion regulation refers to cognitive and behavioral processes that influence the
respond to the demands of the environment. This process could lead to an increase or
The success of emotion regulation is associated with the general health of the
health and better relationships, as well as better academic and professional performance
Moreover, the emotional dysregulation or the difficulties in regulating emotions are the
use of a continuous and not flexible set of strategies that hinder the individual's
could lead to a lesser ability to cope with developmental challenges, and are
to alcohol consumption, e h) Substance Abuse Disorders (Aldao et al., 2010; Garber and
Dodge, 1991).
Emotion regulation has been progressively incorporated in psychopathology theoretical
models. Similarly to distress disorders, depression and anxiety are largely viewed as
Individuals who are unable to regulate their emotional responses facing daily life events
experience longer periods, more severe stress and this can result in a psychopathological
Considering the reported relation between Complicated Grief and Mental Health
Our objectives are (a) to characterize the psychiatric population in terms of loss; (b) to
describe the prevalence of Complicated Grief in psychiatric patients (c) to describe the
co-morbidity between Complicated Grief, depression and PTSD symptoms and (d) to
avoidance, suppression and rumination are three strategies worthy of special attention
feelings, memories and desires. Hayes et al. consider that the avoidance may lead to a
range of adverse effects ranging from mood disorders to substance use, being that as
opposed to what would be expected, the avoidance increases the negative thoughts,
emotional regulation that, although reducing the external manifestation of emotions and
possibly the subjective experience of negative emotions in short term, does not
constitute an effective strategy when considering their long-term effects (Gross, 1998;
The suppression of unwanted thoughts, like the previous strategy, although resulting in
emotional stimuli (Wegner et al. 1997; Wenzlaff and Wegner, 2000;). This suggests that
the attempt to control emotional expression may increase the risk of emotional
dysregulation, since higher levels of physiological activity are more difficult to control
The chronic use of this type of strategy of emotional regulation can even lead to an
therefore coming into rumination. Rumination is associated with a poor ability to solve
problems, making the individual immobilized before his indecision (Papageorgiou and
adaptive emotional regulation it’s necessary for the individual to adopt a flexible
approach in the use of strategies of emotional regulation and being also able to alter the
intensity or duration of an emotion, rather than trying to change the emotion that is
experienced. This shows us that the adaptive emotional regulation involves modulation
emotional activation to allow the individual greater control of behaviors that arise due to
individual should be able to inhibit impulsive behavior inappropriate, and act according
to their objectives, even when experiencing negative emotions (Gratz and Roemer,
2004).
regulation, Gratz and Roemer (2004) found that emotional regulation can be
emotions, (b) acceptance of emotions, (c) ability to control impulsive behaviors and
behave in accordance with desired goals when experiencing negative emotions, and (d)
demands.
The relative absence of some or all of these capabilities might indicate the presence of
Sample
The sample has 110 adults, outpatients, all diagnosed with psychiatric disorders, on
psychiatric or psychological care units with grief history, being 40.9% (n = 45) male
and 59.1% (n = 65) female, with an average age of 41.67 years (SD = 11.85).
Participants were contacted on the outpatient care institutions (two hospitals): on Centro
Penafiel, and on a drug abuse treatment centre, Centro de Respostas Integradas Porto
research. Psychotic and dementia patients have been previously excluded, considering
With regard to marital status, 55.5% (n = 61) patients were married, 25.5% (n = 28)
patients were single, 10.9% (n = 12) patients were divorced, and 8.2% (n = 9) patients
were widowed.
With regard to qualifications, it appears that 40.9% (n = 45) patients have 6 years of
studies, 25.5% (n = 28) have 4 years of studies, 21.8% (n = 24) attended 9 years of
studies, 5.5% (n = 6) have 12 year of studies, 5.5% (n = 6) have a Bachelor's degree and
Finally, with regard to occupation of the participants in research, 53.6% (n = 59) are
workers, 34.5% (n = 38) are unemployed, 9.1% (n = 10) are pensioners and 2.7% (n =
3) are students.
Table 10
Characteristics n % M SD
Sex
Male 65 59.1
Female 45 40.9
Age 41.67 11.85
Marital status
Single 28 25.5
Married 61 55.5
Divorced 12 10.9
Widowed 9 8.2
Education
4 years 28 25.5
6 years 45 40.9
9 years 24 21.8
12 years 6 5.5
Bachelor's degree 6 5.5
Bachelor's equivalent degree 1 0.9
Occupation
Workers 59 53.6
Unemployed 38 34.5
Pensioners 10 9.1
Students 3 2.7
Instruments
symptoms and emotional regulation difficulties have used four instruments (Portuguese
versions): (a) Inventory of Complicated Grief (ICG) (Frade et al., 2009); (b) Beck
Depression Inventory (BDI) (Vaz-Serra and Abreu, 1973); (c) Impact of Event Scale -
Revised (IES-R) (Castanheira et al., 2006); and (d) Difficulties in Emotional Regulation
The Inventory of Complicated Grief (ICG) (Prigerson et al., 1995; Frade et al., 2009)
was development with the aim of evaluating the Complicated Grief and it’s constituted
by 30 items. The ICG assesses a wide range of cognitions, emotions and behaviours that
define Complicated Grief and provide good psychometric properties (Frade et al.,
2009).
This scale allows to differentiate between Complicated Grief (ICG total score ≥ 25) or
The Beck Depression Inventory was translated and adapted for Portuguese population
by Vaz-Serra and Abreu (1973) and has good psychometric characteristics to verify the
presence of depressive symptoms. The scale has 21 groups of affirmative sentences that
The Portuguese version of Impact of Event Scale Revised has 22 items, responded
trough a Likert scale (0-never to 4- extremely) and evaluate the traumatic reaction to a
specific event, in this case the loss of someone significant (Castanheira et al., 2006;
Weiss and Marmar, 1997). The IES-R has four subscales: avoidance, intrusion,
The Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS) was adapted for Portuguese
people by Coutinho et al. (2010) and aims to evaluate six difficulties of emotion
The scale is constituted by 36 items that should be answered for the participant
almost always).
Procedure
Initially, the evaluation protocol was defined envisaging the assessment of Complicated
The evaluation protocol has four assessment scales (ICG, BDI, IES-R and DERS)
psychometric qualities.
Institutional authorizations for the project were requested to Alto Ave and Tâmega &
Sousa Hospital Centers and Gondomar Integrated Response Center for drug abuse, all
Then we proceeded to make contact with the patients following the inclusion criteria.
Patients with inclusion criteria have been invited to participate on this research through
The data obtained was introduced anonymously on a database and results were
computed. We used the descriptive statistics to relate continue and categorical variables
about the general characteristics of the sample and also, study a relation with
We also made a correlation between each subscale of DERS and Complicated Grief,
depression and traumatic stress symptoms. Finally, the method of multiple linear
regression analysis was performed with Complicated Grief, depression and traumatic
Results
Pryor to the descriptive statistics analysis of the obtained data through social
loss, according to various aspects like the degree of relationship with the deceased, the
role and function of the deceased in the life of the psychiatric patient, the type of loss
and cause of death and still the average time where the loss occurred, the average age of
the deceased, the average importance of the deceased and for how long the psychiatric
The results showed that, as for the kinship of the deceased of the psychiatric patients,
39.1% (n = 43) had lost their parents, 15.5% (n = 17) had lost their grandmothers,
14.5% (n = 16) had lost an element of the widened family, 10.9% (n = 12) had lost a
brother, 9.1% (n = 10) had lost children, 9.1% (n = 10) had lost their mate, and 1.8% (n
= 2).
As for the role and function of the deceased in the life of the bereaved ones, we verify
that, between the psychiatric patients, 40.9% (n = 45) of them referred that the deceased
had a support role, 27.3% (n = 30) had referred a confident role, 15.4% (n = 17) had
referred a leadership role, 12.7% (n = 14) had referred an education role, 2.7% (n = 3)
The types of losses more frequently described by the psychiatric patients are related
with unexpected losses, existing a prevalence for this type of death of 59.1% (n = 65)
and a prevalence of 40.9% (n = 45) for waited deaths. So, it was verified that the most
referred cause of the death was related with death due to cancer, having 36.4% (n = 40)
of deaths this type of relation. Following this relation pattern we have accidents and
correspond to 3.6% (n = 4), illnesses of the digestive system correspond to 3.6% (n=4),
death by suicide with 2.7% (n = 3), Infectious and parasitic diseases that match and
The social demographic data had still allowed to verify that the losses had occurred in
average of 65.50 months (SD = 71.93); the average age of the deceased is of 55.27 years
(SD = 21.93); in a scale of 0 to 10, the average importance of the deceased is of 9.54
(SD = 1.04) and the psychiatric patients in the sample, on average, received
psychiatric patients
As it was previously told, for the analysis of Complicated Grief in psychiatric patients,
as well as for the depressive and traumatic symptoms, we appeal to the point of cut
suggested by the authors of the original versions of each test. Therefore, we observe a
depression (BDI≥ 12) and a prevalence of traumatic symptoms (IES-R ≥ 35) of 85.5%
Table 12
Prevalence of Complicated Grief, depression and traumatic symptoms in psychiatric patients (N = 110).
Variables n %
Complicated grief
With CG 85 77.3
Without CG 25 22.7
Depression
Traumatic Symptoms
traumatic symptoms
After the analysis of the obtained data we verify the existence of a significant
correlation between all the variables on study. Thus, significant correlations between
Complicated Grief and predictors of depression (0.54), traumatic symptoms (0.77) and
difficulties of emotional regulation (0.49) are verified (see table 4). We also verify
Table 13
Summary of correlations between: Complicated Grief (ICG Total), Depression and Post-traumatic stress
symptoms (N = 110).
.55**
BDI total - .74**
-
IES-R Total .45**
DERS Total -
the DERS and Complicated grief, depression and traumatic symptoms (see table 5),
which made possible to verify that significant statistical correlations exist between the
ICG (Indicator of Complicated Grief) and all the dimensions of the DERS, to the
We verified the existence of significant statistical correlations between the BDI and all
the dimensions of the DERS and finally, we watched the existence of significant
statistical correlations between the total IES-R and almost all the dimensions of the
awareness.
It’s still important to refer that the dimensions of the IES-R are also positively
correlated with some of the dimensions of the DERS. Being thus, the Avoidance is
control difficulties, with Limited access to emotion regulation strategies, and with Lack
of emotional clarity. The intrusion, the hyperarousal and the emotional numbing present
Limited access to emotion regulation strategies, and with Lack of emotional clarity.
Table 14
Summary of intercorrelations between ICG, BDI, IES-R, avoidance, Intrusion, hyperarousal and
Difficulties Limited
Nonacceptance engaging Impulse Lack of access to Lack of
DERS
of Emotional in goal- control emotional emotion emotional
Total
Responses directed difficulties awareness regulation clarity
behavior strategies
ICG .49** .21* .54** .46** .13 .42** .46**
The Limited access to emotion regulation strategies, Lack of emotional clarity and
behavior and the Lack of emotional clarity predict 37.6% of traumatic symptoms.
Table 15
B SE B β B SE B β B SE B β
Nonacceptance of Emotional
-,658 ,240 -,268** - -,774 ,268 -,286**
Responses
Lack of emotional clarity 1,939 ,467 ,388** 1,062 ,281 ,283** 1,835 ,522 ,333**
Taking into account the goals set, this research work allowed to answer the research
question initially raised that there is a relation between the development of Complicated
detailed analysis of the results showed that psychiatric patients are a population at high
risk of developing Complicated Grief and that difficulties in emotional regulation have
according to characteristics associated with loss, and that could somehow be interpreted
as indicators of risk factors for Complicated Grief. So, the fact that the losses mostly
occurred in an unexpected way, that the patients show a close relationship based in
support functions with the deceased as well as the presence of a psychiatric disorder, are
factors which, according to Stroebe et al. (2006 ) places this population with a high risk
Concerning the high rates of Complicated Grief in the analysis of the obtained data
(77.3%), they are a little higher than those explored in the literature, among which stand
out the studies of Piper et al. (2001) and Kersting et al. (2009), indicating both a
prevalence of Complicated Grief around 60%, thus confirming that the features
described above relating to loss may actually be alarming risk factors to be taken into
depression and traumatic symptoms which, going against the reported data suggest a
significant relation between these three disorders (Lichtenthal et al., 2004; Golden and
Dalgleish, 2008; Prigerson et al., 2009, Boelen et al., 2010). However, it is added to the
data the presence of a new variable in study, recently addressed in the literature within
normal grief and in the present study, as part of Complicated Grief. Thus, it is evident
through the obtained results that, in general, difficulties in emotional regulation are
regression analysis that they are not only great predictors of Complicated Grief, as well
behavior and Lack of emotional clarity allow the prediction of 41.2% of Complicated
Grief. Thus, it is important that psychiatrists and psychologists adopt a careful attitude
early in psychiatric patients who have lost someone significant in their lives and show
In conclusion, this research work is part of an actual trend which explores the impact
that difficulties in emotional regulation may have in the most various areas of the
From a clinical standpoint, the data set obtained during this investigation reveals an
Complicated Grief, depression and trauma and also reveal the presence of risk factors
Moreover, the data obtained allow the use of a new factor that can predict, with a high
from depression and posttraumatic stress disorder. All these variables, among which it’s
evaluation and adoption of a closer look at these aspects that should become an integral
Moreover, the current study raises questions that need to be conducted with proper
with no treatment.
For us, it is crucial that this area continues to be exploited in order to clarify the
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Gondomar) diagnosticados com perturbação psiquiátrica, recorrendo aos seguintes
instrumentos de avaliação: versões Portuguesas do Inventory of Complicated Grief
(ICG), Beck Depression Inventory (BDI), do Impact of Event Scale - Revised (IES-R) e
do Difficulties in Emotional Regulation Scale (DERS).
Europass-Curriculum
Vitae
Informação pessoal
Apelido(s) / Nome(s) próprio(s) Tânia Marisa Moreira da Silva
Morada(s) Rua Dr. Adriano Magalhães, nº57
4580-352 Cristelo – Paredes
Telefone(s) 255776493 Telemóvel: 918642461
Nacionalidade Portuguesa
Sexo Feminino
Experiência profissional
Datas 13 Maio de 2010
Designação da qualificação atribuída Co-Formador num total de 30 minutos
Principais disciplinas “Luto: Um confronto entre a vida e a morte”
Nome da organização de formação Centro de Formação Contínua do Centro Hospitalar do Alto Ave (C.H.A.A.)
112
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Nível segundo a classificação nacional Formação em Serviço com a duração total de 1 hora
ou internacional
Comunicação Oral
“Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos”
Apresentado nas XI Jornadas de Psicologia subordinadas ao tema “Emoções e
Comportamentos”
Silva, T., Rocha, J., Ferreira, E., Gonçalves, C., & Moreira, F.
30 de Abril de 2009, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto (ISCS-N).
Posters em Congressos:
“Impact of complicated grief in executive functions in mild dementia“.
Silva, T., Sousa, C., Lopes, E., de Mendonça Lima, C. A., & Rocha, J. (2010, Set.).
Trabalho apresentado no Internacional Psychogeriatric Association - IPA 2010 International
Meeting.
Poster em colaboração:
“Luto Complicado e Regulação Emocional em Toxicodependentes“
Gonçalves, C., Rocha, J., Silva, T., Ferreira, E., & Moreira, F.
Educação e formação
Datas Setembro 2008 – Outubro de 2010
Designação da qualificação atribuída Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde
Principais disciplinas/competências Avaliação Psicológica na Infância, na Adolescência e Adulto
profissionais Consulta Psicológica na Infância, na Adolescência e Adulto
Promoção da Saúde e Prevenção da Doença
Psicopatologia do Adulto
Modelos de Intervenção em Psicologia Clínica e da Saúde
Saúde Mental
Nome da organização de ensino Instituto Superior de Ciências da Saúde do Norte (ISCS-N)
Nível segundo a classificação nacional 2º Ciclo de Estudos (Mestrado) em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica e da Saúde
ou internacional
113
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
Principais disciplinas/competências Avaliação Psicológica
profissionais Psicologia do Desenvolvimento
Psicossociologia da Saúde
Psicologia da Educação
Comportamento Desviante
Diagnóstico Clínico e Psicopatologia
Neuropsicologia
Psicologia da Dor
Modelos de Intervenção Psicológica
Psicofisiologia
Psicofarmacologia
Nome da organização de ensino Instituto Superior de Ciências da Saúde do Norte (ISCS-N)
Nível segundo a classificação nacional 1º Ciclo de Estudos (Licenciatura) em Psicologia e Saúde
ou internacional
Formações
Datas 18 de Março de 2010
Principais disciplinas “Neuropsicologia da Doença Bipolar I e II”
Nome da organização da formação Centro de Formação Contínua do Centro Hospitalar do Alto Ave (C.H.A.A.)
Nível segundo a classificação nacional Projecto de Formação no Serviço de Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, com a
ou internacional duração total de 1 horas
Workshop’s Frequentados
“Dependência Sexual” realizado no dia 20 de Novembro de 2006 no Instituo Superior de
Ciências da Saúde do Norte
Participação em Seminários
“Abuso Sexual de Menores” realizado no dia 8 de Setembro de 2006 no Campus Universitário
de Gandra.
Participação em Conferência
“Dilemas do Fim de Vida: A medicina intensiva e o estado vegetativo persistente” realizado no
dia 29 de Outubro de 2008 no Campus Universitário de Gandra.
Participação em Congressos
1. XI Jornadas de Psicologia subordinadas ao tema “Emoções e Comportamentos”
29 e 30 de Abril de 2010, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto
(ISCS-N).
114
Luto Complicado e Regulação Emocional em Doentes Psiquiátricos
2. X Jornadas de Psicologia subordinadas ao tema “No limiar da vida”
17 e 18 de Abril de 2009, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto
(ISCS-N).
3. IX Jornadas de Psicologia Cínica subordinadas ao tema “Psicologia Forense e da
Transgressão”
18 e 19 de Abril de 2008, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto
(ISCS-N)
4. IV Ciclo de Conferências do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte, subordinado
ao tema “N’o Limte da Ciência”
17 de Abril de 2008, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto.
5. VIII Jornadas de Psicologia Cínica subordinadas ao tema “Neurociências: Pensando e
Agindo o Cérebro”
16 e 17 de Março de 2007, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto
(ISCS-N).
6. VII Jornadas de Psicologia Cínica subordinadas ao tema “Para além da Crise”
10 e 11 de Março de 2006, Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto
(ISCS-N).
Aptidões e competências
pessoais
Língua materna Português
Aptidões e competências sociais Boa capacidade de trabalho de equipa comprovado pelo trabalho em equipa multidisciplinar
realizado em contexto de estágio curricular e pela integração da comissão de curso de
Psicologia do ISCS-N em 2008/2009, com o cargo de secretária.
Aptidões e competências Bons conhecimentos de informática na óptica do utilizador. Conhecimento elevado e domínio
informáticas do sistema operativo Windows, Windows Vista e Windows 7, Office 2003 e 2007.
Conhecimento de SPSS Statistics 19.
115