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própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do preço

da compra; e em virtude da lei comum dos povos, são nossos


escravos aqueles que foram capturados na guerra e aqueles que são
Professor: Diogo Barreto filhos de nossa escravas.
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São
Paulo: Graal, 2003.

01. (ENEM-2016-PPL) A Lei das Doze Tábuas, de meados do


Século V a.C., fixou por escrito um velho direito costumeiro. No A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui
relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, sobre a escravidão na Roma antiga. No direito e na sociedade
matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” romana desse período, os escravos compunham uma
— isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. a) Mão de obra especializada protegida pela lei.
Rio de Janeiro: Graal, 1984. b) Força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos.
c) Categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois d) Condição legal independente da origem étnica do indivíduo
possibilitou que os plebeus e) Comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas.

a) modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.


b) exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
05. (ENEM-2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de
c) conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios. não desejar saber como e sob que espécie de constituição os
d) ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos. romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter
e) reivindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo — fato nunca
das leis. antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto
de considerar qualquer outro objetivo mais importante que a
02. (ENEM-2019) Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba aquisição desse conhecimento?
eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano de acordo com POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.
seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. No princípio
dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito
(atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa no século II a.C., é a
Pompílio o segundo rei de Roma.
Até Júlio César reformar o calendário local, os meses eram a) Ampliação do contingente de camponeses livres.
lunares, mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam b) Consolidação do poder das falanges hoplitas.
designadas pelas estações O descompasso de dez dias por ano fazia c) Concretização do desígnio imperialista.
com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, d) Adoção do monoteísmo cristão.
tivesse que ser enxertado. Com a ajuda de matemáticos do Egito e) Libertação do domínio etrusco.
emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao
estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius,
Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September,
06. (ENEM-Libras-2017)
October, November e December. Quase igual ao nosso, com as TEXTO 1
diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de
julho e agosto. Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram denunciados
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br. como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que
Acesso em: 8 dez. 2018. respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez
a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram,
Considerando as informações no texto e aspectos históricos da mandei executá-los, pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa,
formação da língua, a atual escrita dos meses do ano em português a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros,
cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que
a) reflete a origem latina de nossa língua. devem ser enviados a Roma.
b) decorre de uma língua falada no Egito antigo Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província
romana situada na Ásia Menor, ao imperador Trajano. Cerca
c) tem como base um calendário criado por Cleópatra. do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.br.
d) segue a reformulação da norma da língua proposta por Júlio César. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado).
e) resulta da padronização do calendário antes da fundação de
Roma. TEXTO 2

03. (ENEM-2020) Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa
e o Senado romano governavam a República em harmonia e sem administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro transmitiu
paixão, e não havia entre os cidadãos luta por glória ou dominação; aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas que seguem
o medo do inimigo mantinha a cidade no cumprimento do dever. Mas, esta norma tomem o nome de cristãos católicos. Porém, o resto, os
assim que o medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia da
males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto é, a heresia, os lugares de suas reuniões não receberão o nome de
libertinagem e o orgulho. igrejas e serão castigados em primeiro lugar pela divina vingança e,
SALUSTIO A conjuração de Catilina/A guerra de Jugurta. depois, também pela nossa própria iniciativa.
Petrópolis: Vozes. 1990 (adaptado). Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-
SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: textos e
testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado
de I a.C., manteve correspondência com o processo de
Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo é
a) Demarcação de terras públicas. retratada em dois momentos distintos. Em que pesem as diferentes
b) Imposição da escravidão por dívidas. épocas, é destacada a permanência da seguinte prática:
c) Restrição da cidadania por parentesco.
d) Restauração de instituições ancestrais. a) Ausência de liberdade religiosa.
e) Expansão das fronteiras extra peninsulares. b) Sacralização dos locais de culto.
c) Reconhecimento do direito divino.
d) Formação de tribunais eclesiásticos.
04. (ENEM-2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja e) Subordinação do poder governamental.
em virtude da lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude da lei
civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a venda de si

História Geral 3º Ano 1


07. (ENEM-2012) Anotações diversas

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano


300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela,
encontram-se elementos que representam uma caracterıś tica polıt́ ica
dos romanos no perıó do, indicada em:

a) Cruzadismo - conquista da terra santa.


b) Patriotismo - exaltação da cultura local.
c) Helenismo - apropriação da estética grega.
d) Imperialismo - selvageria dos povos dominados.
e) Expansionismo- diversidade dos territórios conquistados.

08. (ENEM-2020) Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na


sala de jantar. Na pequena célula cristã, dividia-se a refeição e
durante elas os crentes conversavam, rezavam e liam cartas de
correligionários residentes em locais diferentes do Império Romano
(século II da Era Cristã). Esse ambiente garantia peculiar apoio
emocional às experiências intensamente individuais que abrigava.
SENNET. R, Carne e pedra. Rio de Janeiro; Record, 2008

Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto


encontra-se no(a)

a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos


das sinagogas.
b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da
juventude livre.
c) adesão do patriciado, que subvertia o conceito original dos valores
estrangeiros.
d) decisão política, que censurava as manifestações públicas da
doutrina dissidente.
e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das
famílias escravas.

09. (ENEM-2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos


republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração
para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C.,
porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez
pessoas — os decênviros — para escrever as leis. Dois deles
viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.
COULANGES. F. A cidade antiga São Paulo: Martins Fontes, 2000.

A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no


texto, esteve relacionada à

a) adoção do sufrágio universal masculino,


b) extensão da cidadania aos homens livres.
c) afirmação de instituições democráticas.
d) implantação de direitos sociais.
e) tripartição dos poderes políticos.

História Geral 3º Ano 2

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