Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
01. (ENEM-2020) Sexto rei sumério (governante entre os séculos De acordo com o texto, novos estudos têm valorizado a história do
XVIII e XVII a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em indivíduo por se constituir como possibilidade de
babilônio) foi fundador do I Império Babilônico (correspondente ao
Iraque), unificando amplamente o mundo mesopotâmico, unindo os a) adesão ao método positivista.
semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao máximo esplendor. b) expressão do papel das elites.
O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao c) resgate das narrativas heroicas.
código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o Código de d) acesso ao cotidiano das comunidades.
Hamurabi. O legislador babilônico consolido a tradição jurídica, e) interpretação das manifestações do divino.
harmonizou os costumes e estendeu o direito e a lei a todos os
súditos. 04. Os pesquisadores que trabalham com sociedades indígenas
Disponível em: centram sua atenção em documentos do tipo jurídico-administrativo
www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 (visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes e têm
fev. 2013 (adaptado). deixado em segundo plano as crônicas. Quando as utilizam, dão
maior importância àquelas que foram escritas primeiro e que têm
Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no caráter menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas
Código citado tinham sentido de podem oferecer informações menos deformadas. Contrariamos esse
posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes
a) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. etnográficas, independentemente de serem contemporâneas ao
b) tipificar regras referentes aos atos dignos de punição. momento da conquista ou de terem sido redigidas em período
c) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra. posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros humanistas ou
d) promover distribuição de terras aos desempregados urbanos. pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
e) conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros. PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas
crônicas quinhentistas: um polígrafo na
02. (ENEM-2021) literatura brasileira do século XIX (1885-
TEXTO I 1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
Portadoras de mensagem espiritual do passado, as obras As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da
monumentais de cada povo perduram no presente como o história das sociedades pré-colombianas porque
testemunho vivo de suas tradições
seculares. A humanidade, cada vez mais consciente da unidade dos a) sintetizam os ensinamentos da catequese.
valores humanos, as considera um bem comum e, perante as b) enfatizam os esforços de colonização.
gerações futuras, se reconhece solidariamente responsável por c) tipificam os sítios arqueológicos.
preservá-las, impondo a si mesma o dever de transmiti-las a plenitude d) relativizam os registros oficiais.
de sua autenticidade. e) substituem as narrativas orais.
Carta de Veneza, 31 de maio de 1964.
Disponível em: www.iphan.gov.br. Acesso 05. (ENEM-2021)
em: 7 out. 2019. 196° — Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar
o olho.
TEXTO II 197° — Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o
osso.
Os sistemas tradicionais de proteção se mostram cada vez menos 198° — Se ele arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma mina.
eficientes diante do processo acelerado de urbanização e 199° — Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra um
transformação de nossa sociedade. A legislação de proteção peca osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade de seu preço.
por considerar o monumento, até certo ponto, desvinculado da Código de Hamurabi. Disponível em:
realidade socioeconômica. O tombamento, ao decretar a www.dhnet.org.br. Acesso em: 6 dez. 2017.
imutabilidade do monumento, provoca a redução de seu valor venal
e o abandono, o que é uma causa, ainda que lenta, de destruição Esse trecho apresenta uma característica de um código legal
inevitável. elaborado no contexto da Antiguidade Oriental explicitada no(a)
TELLES, L. S. Manual do patrimônio
histórico. Porto Alegre; Caxias do Sul: Escola a) recusa do direito natural para expressão da vontade divina.
Superior de Teologia São Lourenço de b) caracterização do objeto do delito para a definição da pena.
Brides, 1977 (adaptado). c) engajamento da coletividade para a institucionalização da justiça.
d) flexibilização das normas para garantia do arbítrio dos
Escritos em temporalidade histórica aproximada, os textos se magistrados.
distanciam a apresentarem pontos de vista diferentes sobre a(s) e) cerceamento da possibilidade de defesa para preservação da
autoridade.
a) ampliação do comércio de imagens sacras.
b) substituição de materiais de valor artístico.
c) políticas de conservação de bens culturais.
06. (ENEM-PPL-2020) Na Mesopotâmia, os frutos da civilização
d) defesa da privatização de sítios arqueológicos. foram partilhados entre diversas cidades-estados e, no interior delas,
e) medidas de salvaguarda de peças museológicas. entre vários grupos sociais, se bem que desigualmente. No Egito dos
faraós, os frutos em questão concentraram-se quase somente na
Corte real e, secundariamente, nos centros regionais de poder. Se na
03. (ENEM-2020) A reabilitação da biografia histórica integrou as Mesopotâmia o comércio cedo começou a servir também à
aquisições da história social e cultural, oferecendo aos diferentes acumulação de riquezas privadas, no Egito as trocas importantes
atores históricos uma importância diferenciada, distinta, individual. permaneceram por mais tempo sob controle do Estado.
Mas não se tratava mais de fazer, simplesmente, a história dos CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo
grandes nomes, em formato hagiográfico — quase uma vida de santo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986
—, sem problemas, nem máculas. Mas de examinar os atores (ou o (adaptado).