Mpal9 Texto Epico

Texto épico: Os Lusíadas
Texto épico:
PORTUGUÊS · 9.º ANO
3.º Ciclo do Ensino Básico Os Lusíadas
ANA SANTIAGO
SOFIA DINIZ
SOFIA PAIXÃO
Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Luís de Camões
► Nasce em 1524 ou 1525, em Lisboa (?)
► Fidalgo da pequena nobreza
► Teve acesso a estudos superiores, talvez no Colégio de

Santa Cruz em Coimbra
► Frequenta a corte, onde se envolve em polémicas
► Passa várias vezes pela prisão

Autor anónimo, Camões na prisão em Goa
► Perde um olho, em Ceuta, onde combate como soldado (séc. XVII ?)
► Passa pela Índia, Macau e Moçambique Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
Luís de Camões (cont.)
► Regressa a Portugal em 1567, após 17 anos de ausência
► Publica Os Lusíadas em 1572
► Vive miseravelmente os últimos anos, apesar de receber

uma tença anual pelo seu trabalho
► Terá morrido em 10 de junho de 1580 (?) Fernão Gomes, Camões, 1573 (?)
► Além de Os Lusíadas, deixou-nos poesia lírica e comédias.

Texto épico
Género narrativo em verso, com um tom sublime e elevado
São narradas ações históricas, mitológicas e lendárias
O protagonista é dotado de qualidades extraordinárias
Tem origem na antiguidade grega e romana (destaque para a Ilíada e a Girolamo Genga, Fuga de Eneias de Troia, 1507-10
Odisseia, de Homero, e a Eneida, de Virgílio
Obedece a uma estrutura particular, como verás de seguida. Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
Estrutura externa de Os Lusíadas
► Divide-se em 10 cantos
As/ ar/mas/ e os/ ba/rões/ a/ssi/na/la/dos a

► Cada canto apresenta um número variável de
estâncias (cerca de 110), num total de 1102 Que,/ da O/ci/den/tal/ prai/a/ Lu/si/ta/na, b
Por/ ma/res/ nun/ca/ dan/tes /na/ve/ga/dos a
► Estâncias de 8 versos (oitavas)
Pa/ssa/ram/ ain/da a/lém/ da/ Ta/pro/ba/na, b
► Versos de 10 sílabas métricas acentuados na sexta Em/ pe/ri/gos/ e/ gue/rras/ es/for/ça/dos a

e décima sílabas (decassílabos heroicos) Mais/ do/ que/ pro/me/tia a/ for/ça/ hu/ma/na, b
E en/tre/ gen/te/ re/mo/ta e/di/fi/ca/ram c
► Esquema rimático abababcc: rima cruzada nos seis
No/vo/ Rei/no,/ que/ tan/to/ su/bli/ma/ram; c
primeiros versos e emparelhada nos dois últimos
Estrutura interna de Os Lusíadas
Proposição (Canto I, ests. 1-3)

► O poeta anuncia o assunto e o herói do seu canto
Invocação (Canto I, ests. 4-5)

► Pedido de inspiração às Tágides, ninfas do Tejo
Dedicatória (Canto I, ests. 6-18)

► O poeta dedica o seu canto ao jovem rei D. Sebastião
Narração (Canto I, ests. 19 e seguintes)

► Inicia-se in medias res, ou seja, quando a ação principal – a viagem
para a Índia – já vai a meio
Os planos da narração de Os Lusíadas
► Plano da viagem – narrativa central da viagem marítima

de Vasco da Gama à Índia
► Plano mitológico – intervenções dos deuses
► Plano da História de Portugal – relato de acontecimentos históricos
► Plano das intervenções do poeta – reflexões, críticas e exortações

feitas pelo poeta, habitualmente, no final dos cantos

Para saberes mais…
► Depois de invocar as Tágides, ninfas do Tejo, Camões faz, ao longo

do poema, outras invocações, quando precisa de inspiração. Invoca as
ninfas do Tejo e também as do Mondego, no Canto VII, e Calíope, Musa
da História nos Cantos III e X.
► No plano da História de Portugal, são narrados episódios marcantes,

alguns anteriores à fundação, passando pelos vários reinados até
D. Manuel I.
► Em vários momentos de Os Lusíadas, os planos entrecruzam-se: na

Ilha dos Amores, por exemplo, o plano da viagem entrelaça-se com o
plano mitológico.
Para saberes mais…
► Eis alguns dos deuses pagãos de Os Lusíadas.
Júpiter Vénus Baco

Pai dos deuses Deusa do amor Deus do vinho
Marte Neptuno Apolo

Deus da guerra Deus dos mares Deus do Sol
Mercúrio
Mensageiro dos deuses
Exercícios

1. Indica o(s) elemento(s) da estrutura externa de Os Lusíadas associado(s) a cada número.
10 8
10
1102
Solução
10 cantos Estâncias
10 sílabas métricas
10 de 8 versos
Total de 1102
estâncias
2. Faz a escansão dos versos seguintes da Proposição de Os Lusíadas.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes
10 que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram

Solução
Ce/ssem / do / sá / bio / Gre / go e / do / Troi / a / no
As / na / ve / ga / ções / gran / des / que / fi / ze / ram;

10
Ca / le / -se / de A / le / xan / dro e / de / Tra / ja / no
A / fa / ma / das / vi / tó / rias / que / ti / ve / ram;

3. Indica o plano da Narração em destaque em cada passagem.
a.
c.
«Pisando o cristalino Céu fermoso,
«Assi foram cortando o mar sereno,
Vêm pela Via Láctea juntamente,
Com vento sempre manso e nunca irado,
Convocados, da parte do Tonante,
Até que houveram vista do terreno
Pelo neto gentil do velho Atlante.»
Em que naceram, sempre desejado.»
b. d.
«Passada esta tão próspera vitória, «Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Tornado Afonso à Lusitana terra, Destemperada e a voz enrouquecida,
A se lograr da paz com tanta glória E não do canto, mas de ver que venho
Quanta soube ganhar na dura guerra, Cantar a gente surda e endurecida.»
O caso triste, e dino da memória
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.» Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
Solução
a. Plano mitológico.
b. Plano da História de Portugal.
c. Plano da viagem.
d. Plano das intervenções do poeta.

PORTUGUÊS · 9.º ANO

3.º Ciclo do Ensino Básico Fim
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SOFIA DINIZ
SOFIA PAIXÃO

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Texto épico: Os Lusíadas

► Nasce em 1524 ou 1525, em Lisboa (?)

► Fidalgo da pequena nobreza

► Teve acesso a estudos superiores, talvez no Colégio de

► Frequenta a corte, onde se envolve em polémicas

► Passa várias vezes pela prisão

Luís de Camões (cont.)

► Regressa a Portugal em 1567, após 17 anos de ausência

► Publica Os Lusíadas em 1572

► Vive miseravelmente os últimos anos, apesar de receber

► Além de Os Lusíadas, deixou-nos poesia lírica e comédias.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

Género narrativo em verso, com um tom sublime e elevado

São narradas ações históricas, mitológicas e lendárias

O protagonista é dotado de qualidades extraordinárias

Estrutura externa de Os Lusíadas

As/ ar/mas/ e os/ ba/rões/ a/ssi/na/la/dos a

► Versos de 10 sílabas métricas acentuados na sexta Em/ pe/ri/gos/ e/ gue/rras/ es/for/ça/dos a

Estrutura interna de Os Lusíadas

Proposição (Canto I, ests. 1-3)

Invocação (Canto I, ests. 4-5)

Dedicatória (Canto I, ests. 6-18)

Narração (Canto I, ests. 19 e seguintes)

Os planos da narração de Os Lusíadas

► Plano da viagem – narrativa central da viagem marítima

► Plano mitológico – intervenções dos deuses

► Plano da História de Portugal – relato de acontecimentos históricos

► Plano das intervenções do poeta – reflexões, críticas e exortações

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

Para saberes mais…

► Depois de invocar as Tágides, ninfas do Tejo, Camões faz, ao longo

► No plano da História de Portugal, são narrados episódios marcantes,

► Em vários momentos de Os Lusíadas, os planos entrecruzam-se: na

Para saberes mais…

► Eis alguns dos deuses pagãos de Os Lusíadas.

Júpiter Vénus Baco

Marte Neptuno Apolo

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

1. Indica o(s) elemento(s) da estrutura externa de Os Lusíadas associado(s) a cada número.

2. Faz a escansão dos versos seguintes da Proposição de Os Lusíadas.

Cessem do sábio Grego e do Troiano

Cale-se de Alexandro e de Trajano

A fama das vitórias que tiveram

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

Ce/ssem / do / sá / bio / Gre / go e / do / Troi / a / no

As / na / ve / ga / ções / gran / des / que / fi / ze / ram;

A / fa / ma / das / vi / tó / rias / que / ti / ve / ram;

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

3. Indica o plano da Narração em destaque em cada passagem.

b. Plano da História de Portugal.

d. Plano das intervenções do poeta.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão

PORTUGUÊS · 9.º ANO

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