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IJflAOE : IJOS
GEST~O PELA QVA
OIJEL<JS DE
PRIMORDI OS A(JS M
ESTÃO
EXCELÊNCIA EM G
de Vasconcellos
André Luiz Carneiro f BMEC1/RJ)
trais Elétricas Brasileiras S A. - Eletm hras,·
(Cen s
Solange Fortuna Luca)
- !BCE,· JB MEO RJ
Geografia e fütatútica
(Instituto Brasileiro de
Resumo icas,
a um a re vis ão de literaturas socioeconóm
Este artigo apresent a de conceitos e pens
amentos no que
a ev olu çã o hi stó ric , com
destacando na so ciedade contemporânea
la Qu ali da de
tange à Gestão pe es arial. A relevânncia de
sse estudo está
ra o ce ná rio em pr me no
destaque pa
rtâ nc ia qu e a Ge stã o pela Qualidade assu
relacionada à impo como instrumento de
suporte à gestão
mp eti tiv o mu nd ial , ativo de
cenário co o desenvolvimento grad
Ap re se nt a- se
organizacional. de conceitos de
ge stã o, po r me io do amadurecimento
metodologi as de prêmios de
cu lm ina ra m na es tru turação dos principais
qualidade, que to sobre a Gestão
o. O es tud o amplia o conhecimen
excelência em ge stã ntificando e
me nt ad o atu alm ente nas empresas, ide
pela Qualidade , fo de fato ,
ai s po nt os cr ítico s na História, que,
mapeando os princip ge re nc iamento corporativo.
O presente
pe rc ep çã o do s dos
amadurecem a his tór ico com evidencias prática
an tam en to
estudo fornece um lev eit o atual de qualidade
, assim como
ue ce ra m o co nc lhores
fatos que enriq ia çõ es qu e reconhecem as me
ai s pr em
apresenta as princip o.
e da excelência em gestã
práticas para o alcanc
da Qualidade,·
have s: Pa lav ra s-c ha ves: História,· Gestão
Palavras-c
Excelência em Gestão.
•;111 c,1~~v1Rr<;~n m,(I()~,.,, ri11
F tr ~1 E/llr:11, l MtJ f! j Tln
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ál • ll '10 j,1 1,.,!'I-, '1,. )(l
1. Int rodução
h1a1em . tem,,·, cri 1'f, , pr,r
úa pal a vra "qualid ade '' pro cede do lalmt q1w l1trH ou q1w
i\ nngcm n.irurc1,t'' .
tão J\ lrns c é o pro nom e q11a/iç. que c;1gn1 tica "de que
Ciccro' qua ndo fradu7ia Pla outra~. que
nat ural díl'l pes soa s rn, crn <ias pcl Hqual c;c d1 c;t,nguem de
pro pri edade ou condiç:lo A qualrd ade.
a ma nei ra de ser , se re lac iona com a pergunta "q ual?"
constitui a sua csscncia. di spo,;1çõe~.
-se a car act erís tica s e pro priedades de uma rea lidade:
filo soficament e, remete
1as etc.
capacidades, incapacid ade s, fom
ude e de
à caract erís tica de gen uin idade, de dife renciação. de virt
Essa ori gem remete caracterizada
seu nív el ma is elevad o, con duz a excelência, que pode ser
propri edade que , em excelência
lidade sup erio r. Ari stó teles 2
já definia , no seu tem po, que a
como wn nível de qua suor e ao
ma s a arte con quista da pel o treino e hábito , poi s remete ao
não é wn ato isolado,
ção natural.
esmero até o nível de intemaliza
olvido o
cad a def iniç ão dad a pelos diferentes nomes que têm desenv
Há especificidades em tação da
des de seu s primó rdios. En tretanto, é unânime a consta
conceito de qualidade
contemporâneo.
ão do am adu rec im ent o da Ge stão pela Qualidade no mundo
evoluç
s,
é est abe lecer um a linh a evo lutiva das abordagens e ideologia
O objetivo do presente artigo
ntecimentos históricos e
m a Ge stão pela Qu alid ade , levantando os principais aco
que norteia excelência em
cias par a a con stru ção do pensamento contemporâneo de
suas consequên
orientais para a
a im por tân cia da fusão das experiências ocidentais e
gestão, analisando
de atualmente.
ampliação do conceito de qualida
gens, que culminaram
tex tua liza rá os pri nci pai s aut ores e suas respectivas aborda
O artigo con
atualmente, e suas
ção dos mo del os de exc elê ncia em gestão, reconhecidos
com a estrutura bas e em
cam as org ani zaç ões em des taque no mundo corporativo, com
premiações, que certifi
tão.
critérios de excelência em ges
a.
es mais versá teis da Roma antig
visto como sendo uma das ment
escritor, advog ado e políti co roma no. Cícero é, nonna lmen le, a e revisã o da
ósofo, orador, ial primário para a escrit
1 Marco Túlio Cícero foi um fil corpos mais impoitantcs de mater
ainda hoje, const ituem um dos
trabalhos estão entre os mais inlluenles na cultura eUiopeia e,
Os seus
br). isica, as leis da
Estóico, site www.biografia.inf. a55untos, como a tisica, a metaf
história romana ("Cícero" - O Seus escritos abrangem diversos
, aluno de Platã o e professor de Alexandre, o Grande. www .mun dodosfilosofos. com. br, 2011 ).
2 Aristóteles foi um fil ósofo grego - · (Ans
- e a zoologia · s - A v1·da e as Obras • site
· totele
· ..
etica, a b1olog1a
poesia e do drama, a música, a
lógica, a retónca, o governo, a 2
1/il ((}N(lf#J ~~() ~I ,\( h'J~IAI ílt un, tw,u~.fr,t~rl.ri
4 li Q ,fd fi 1,.,.,.., ,t., }() ! J
+ + Satisfação
do Cliente
-
4.
o da Qualidade. Ed. Academia Perso n. 201 O, p.
Fonte: MELLO, Carlos Henrique Pereira. Gestã
s dos abusos da
e a necessidade de regras que protejam os acionista
Unidos na primeira metade dos anos 90, que promov
3 Movimento iniciado, principalmente, nos Estados cxlemas . Sua preocup ação é criar um conjunto
omissões das auditorias
Conselhos de Administração inoperantes e das
Diretoria Executiva das empresas, da inércia de os esteja sempre alinhado com o interesse dos
comportamento dos executiv
de monitoramento, afim de assegurar que O
eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto
tiva, 2011).
DA BOA GOVER NANÇA . Instituto Brasileiro de Governança Corpora
acionistas (Adaptado de ORIGEM
4
VIII G(.)NOm SS() t1/\(;I( Jt,//11 Dr FX(,H ( NCIA [M GES rAo
rJ ,. q r1~ 1•1nrm dq m 11
Fssc~ d1,,s fo1orcs meio ambien te e responsabilidade social não tinham , há !.O Mlf,q, ;i
da ex rccratív a dr,~
importd ncin que têm atualmente e, provavelmente, não fizesse m parte
essa ex pectati va
dicntcs cm relação aos produto s ou serviços consumidos. 1foj c, porém,
o de qualidade não
ex iste e se faz, gradativamente, mais present e, evidenciando que o conceit
das ex igências dos
é restrito e atemporal: ele deve estar sintonizado com a evolução
consumidores.
es não aumentam a
De fato, os teóricos da qualidade concordam que controles e inspeçõ
evitam o erro, apenas
qualidade, pois atuam exclusivamente sobre o produto já acabado e não
o apontam .
5
V)ll COOOHESSO N/\Cl()~IAt OE EXCEt{NCIA EM oes,Ao
S li g dq jtmM d• 2fl11
ro rassn é dcfin,r r,
P.irn criar uma cultura empresarial pautada cm qualidade, o rrirncí
s compõem o mi.f de
conceito de qual idade para a organização, ou seja, definir que atributo
alcançar desde ac;
ações, que irão elevar o padrão, deíinido para qualidade, essas ações podem
especificações para a produç ão até os va lores e crença s da empresa.
corrente de atividades
A cadeia de valores de uma determinada organização se insere em uma
o Porter, Sistema de
maior denominada por Porter (1992) de Sistema de Valores. Segund
s fonnados pelos
Valor é o conjunto das cadeias de valores de toda a indústria: estrato
de uma vantagem
fornecedores, pelos canais e pelos consumidores. Assim, a sustentação
entretanto, o modo
competitiva é função da cadeia de valores da empresa considerando-se,
como se enquadra no sistema de valores global.
e o amadurecimento de
Ao longo da Cadeia de Suprimentos, é essencial o desenvolvimento
e comercialização do
parcerias para a implementação das estratégias, para a produção
da no negócio.
produto, assim como, principalmente, para a obtenção da qualidade requeri
idas no Sistema de
Efetivamente, a gestão da qualidade diz respeito a todas as pessoas envolv
gestão pela qualidade
Valores da organização. Contudo, a implantação de um modelo de
os diversos atores do
enfrenta barreiras na empresa, pois propõem novas relações entre
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anc-"aiH,I nt111pw um s11,tnific1t1i vo grnu de dc.c:cnvolv1mcn prn< 11rn-; r 11ilfn,1v.:irn i
111 clu rahrl1< l"<lc e hnm- ;1n'l ln M! r~1,, ,,
atcll\' ' tfn 1-nncdndc mu ndial por sua hclc1a nratic1claclc , " , ,,
7
a de controle de qualidade estava
Durante a Dinastia Zhou (século 11 a.C. ao 8 a.C.), o sistem
Estado autocrático e centrafüador
ligado à organização social e política da China antiga; e o
o processo de produ ção manual.
possuía um sistema da qualidade que centralizava todo
o de decretos do períod o que
Algarte e Quintanilha (2000) citam, como exemplo, a criaçã
, tecidos de algodão e seda
detenninavam: "É proibido colocar a venda utensílios, carros
requisitos da norma".
cujas dimensões ou requisitos da qualidade não atendam aos
6
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rM P /\ohr(' ll manufaturn frnrtC<'~:t fom " mrntrn ,Ir v a,frrpi
co111rolc de q1rnlnfAM , ,~n
háh,10." ,fa Cn11r l' 110 c~llln de
nrqui1c1ura da éroca
r,1; v, r,,r m
in icio u.s e na Eu rop o a Rcv ol11 ç~o l11d11~1na('. que ~e c,m,ctc 1 1 11
N,, St'Culn seg uinte, r v(J , na
gíc as com in1pac 10 ~1Jm1 fini 11vo no prn<.cw1 prnd1JC
cnnJunto de mudan ças 1ccnolú
ntc. à qualidade de
al e nas rcla çôc s soc iais . Esta:-. se rcfcrc111, pr111c1p;il mc
economia mundi
hicnlc fabril.
vida dos trabalhadores no am
;c,Ível
e da me can iza ção , ori und as da Revolução Ind ustrial , era po<
Antes da divisão do trabalho
o, devido ao aum ento
or con tro lar a qua lida de do seu próprio produto. Entretant
a um trabalhad
volução Ind ustrial
pro duç ão e o sur gim ent o das linhas produtivas, a Re
do volume de de trabalho
a no qua l gra nde s gru pos de pessoas, realizando um tipo
promoveu um sistem tinha a
sob a sup erv isã o de um capataz, que também
semelhante, eram pos tos
xidade
lar a qua lida de do trab alho manufaturado, já que a comple
responsabilidade de contro
ções.
sos pro dut ivo s e da tec nol ogi a aumentou em grandes propor
de proces
ndi al" 10
o pro ces so de fab ricação tomou-se mais robusto e foi
Durante a "Primeira Guerra Mu
,
criou
pro duç ão em ma ssa e o pagamento por peça, o qual
marcado pela introdução da
har mais dinheiro,
de qua lida de, vis to que os trabalhadores podiam agora gan
problemas
sagem de produtos
iten s sob res salent es o que , por sua vez, levava a pas
produzindo
ntagem.
defeituosos para a linha de mo
com defeito, sendo
desper dício de ma terial e o elevado número de produtos
Devido ao
foram introduzidos nas
s, os prime iros inspet ore s de qualidade, em tempo integral,
produzido am o
ão em ma ssa nor te-americanas. Esses inspetores represent
fábricas modernas de produç ia ser
con tro le de qua lidade. Essa política, entretanto, não pod
início real da inspeção de
de 100% das peças, que
ida com o rotina, pel os alto s custos provocados com a análise
estabelec
ou sistema.
compunham cada equipamento
o
, lomou-sc a fase de acumulaçã
enlre feudalismo e capilalismo
o XVIII e encerrou a lransição
lrial aconl eceu na Inglat erra na segunda melade do sécul inas, da energ ia huma na pela energia molriz e do
9 A Revolução lndus o das ferramen!Jls pelas máqu
sobre a produção. A subsli!Uiçã sso de
nderância do capilal mcrcanlil eslrutura da sociedade, num proce
primiliva de capilais e de prepo lrial; revolução , em funçã o do enonne impaclo sobre a
sislem a fabril const ituiu a Revolução Indus
modo de produção doméslico
pelo ialismo, 2000).
lução induslrial inglesa ao imper
(HOBSBA WM, E. J. Da Revo e Estados Unidos (a partir de
por notável evolução tecnológica a, Império Russo (alé 1917),
lransfonnação acompanhado le, liderada pelo Impé rio Britân ico, Franç
eu enh·e a Triplice Enleo causou O colapso de
10 A Primeira GuCJTa Mundial
(1914-191 8) ocorr e Império Turco-Otomano) e
ão, Império Auslro-Húngaro
da pelas Potên cias Cenlr ais (liderada pelo Império Alem I Guerr a Mund ial - Coleção Ensaios.
1917) , que derrolou a coligação
fonna E, Schilling. Imperialismo e
a e do Orienle Médio (VOLTAIR
e mudo u de fonna radica l o mapa geopolilico da Europ
qualro impérios
Ed. Movilll(nlo). 9
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c,·cnlns. foi :icmln npcrfciço[ldo gradualm ente, tendo o ,qcu dc~cnvol v1mcr11n e rn.11rn iipl,, ,l<,.fr,
11
:w hmgn dn "Scgundn Guerra Mundial " . Nesse período, foi uril11a<lo de 1riar1 c 1r,1 r fi , >11
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que se atingiu ai nda antes do tém1i110 da guerra a era dos "mísseis halistrco'i" e da~"r,~1v,i ~
l1,
nucleares". Neste ponto, só "Controle da Qunl idlldc" tomou -se insuficiente. já que. ,cgun<
considerações do Instituto Brasileiro da Qualidndc Nuclear no Artigo "Gestão da Qualidad e
Principias, Estratégias e Bencílcio s":
• Novos materiais foram estudados, mas não se conhecia o seu comportamento sob
condições árduas de serviço, ou seja, não havia suficientes dados sobre eles e seu
comportamento ao longo do tempo;
Foi desse contexto que surgiu a denominada "Garantia da Qualidade", segundo a nova
filosofia da Qualidade modernamente empregada na indústria. A "Garantia da Qualidade"
emergiu da necessidade de se obter níveis de qualidade quase que absolutos (o conceito de
todas as grandes potências, organizadas cm duas alianças militares opostas:
11 A Segunda Guena Mundial (1939-1945) mobilizou a maioria das nações do mundo, incluindo
de militares comprometidos . Os principais países envolvidos dedicaram toda sua
os "Aliados" e o "Eixo". Foi a guerra mais abrangente da História, com mais de 100 milhões
esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número
capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos
ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da
significante de
Mundial - Histórias e Estratégias. Ed. Contexto).
humanidade, com mais de setenta milhões de mortos (MASSON, Philippe. A Segunda Guerra
10
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csp:wnna vc.s contribuíram, sc11sivc lmc111c, para a formul ação de r,rograma.c; c;oti c;11cadnc; rir
"Garantia da Qualidade" os qua is, cm seguida, foram cm grande parte exportados para ,1
tecnologia nuclear.
Segundo o livro Americm, Caesar Douglas Macarthur /880- /964 (MA NCHESTER, 1978)
12
com o fim da II Guen-a Mundial, os Estados Unidos enviaram o general DougJas MacArthur
para supervisionar a rcconstrnção do Japão. Durante este período, o militar convidou dois
profissionais para o desenvolvimento dos conceitos modernos de qualidade: W. Edwards
Deming e o Joseph Moses Juran. Ambos promoveram os conceitos colaborativos de
qualidade nos grupos empresariais e técnicos japoneses, e estes grupos utilizaram estes
conceitos na reestruturação da economia japonesa.
No final do século XX, a tolerância extremamente baixa a falhas em dispositivos, tais como
espaçonaves tripuladas, usinas nucleares ou medicamentos de última geração, criaram
abordagens extremamente refinadas para o controle de qualidade, que impuseram obstáculos
elevados aos gerenciadores de tais projetos.
Atualmente, mesmo havendo instituições públicas e privadas que certificam, fiscalizam e/ou
penalizam as empresas, conforme adequação de seus produtos ou serviços de acordo com
critérios estabelecidos previamente, não são necessárias sanções severas para punir quem não
oferece serviço ou produto com qualidade suficiente, pois a insatisfação do cliente, uma
reclamação, o cancelamento de um contrato ou, até mesmo, a veiculação de críticas em mídias
e redes sociais são atitudes que devem ser evitadas, já que podem provocar perdas de grandes
proporções à empresa.
12 Douglas MacArthur (1880-1964) foi um comandante militar norte-americano, filho de um dos grandes heróis da Guerra da Secessão, fonnado na Academia Militar de
West Point cm 1903. Com o fim da li Guerra Mundial, os Estados Unidos o enviaram para supervisionar a reconstrução do Japão, trazendo consigo um especialista
aniericano em controle de qualidade e forte adepto da melhoria continua: Dr. W. Edwards Deming. A força de trabalho japonesa era pouco disciplinada com respeito à
segurança, hábitos de trabalho e operação de equipamentos. Deming desenvolveu um programa de treinamento gerencial: todos são responsáveis pela melhoria e inovação; as
melhorias não têm fim. (MAYER, Sydney L. Thc biography ofGeneral ofthe Army, Douglas MacArthur. Ed. Hardcover, 1981).
11
VlllCOO'O~Esso NACfONA~Of EXCtlt ~,c11 t:t ,
'" CIVI riesr A()
8 ~ !} dét jultfl,, rlq l!l-lJ
1911 ).
12
linhA 'l de mofl lnor m fqq::i r,1rl,. r tf ~ mMtr,1 v,1 ""·
m3,1;sa. que viria lngo apú ~ A crirtçilo cfn q F- •
CJrL1
• • . •
( )
estatísti ca corn o a ;imo<; lrn [fc rn
utili zando prnccdimcntos cmh;,sados na ~r ,H'Jrlr 1 ,.,
, que
"Contro le Estatístico de Qualidad e". CEQ 0
No final da década de 1930, nascia o
e,
os intraorganizacionais, dedi cado s à qualidad
incentivou o surgimento de setores específic
ndo
de produtos acabados, detectando e quantifica
mas se pennanecia no âmbito da inspeção
s
disso, o surgimento dos setores especializado
os defeitos , sem investigar suas causas. Além
ser
efeito colateral : a qualidad e passou a
em controle de qualidade provocou um
utivo.
ndo-se dos demais agentes do processo prod
responsabilidade apenas de um setor, isola
tituía,
processos já era bastante utilizado e subs
Após a II Guerra Mundial, o controle de
ciclo de
Ao focar no processo, engloba-se todo o
gradativamente, a inspeção de produtos.
da para
va, naquele momento, completamente volta
produção e, dessa fonna, a qualidade esta
os processos fabris.
• A Garantia da Qualidade
os por
nico no controle de qualidade, promovid
Com o treinamento do empresariado nipô 15
meio da Japa nese Union o/ Scientists and Engineers - füSE -
Deming e Juran por
norte-
indústria japonesa, ao passo que a indústria
fomentou-se uma verdadeira revolução na
nte o
havia focado todos os seus esforços dura
americana, a mais desenvolvida do mundo,
atos de uso militar.
período de guerra para a produção de artef
de 'l11A litfatk. (' ftns,cumimdo, enfim, sua anAl,~c ~oh a prri.cr1çAo do, ddr 111•,1 q r,m, ,. 1, 1 , ,1,,
<)u11l1dndt Totnl smgc nesse mo111c1110. cri:111<10 ~,~rema~ d<" qwil1d,1dr , rpv "'' '
tc,,;.pn1isobtl 11..avam um dcparta111c11t<1 c!-pcd tico, r !l 1tr1 rn fat11.1varn .1 rnnpcr;i1,,1P rlr r11d, ,, 1 ,ri
As empresac; começaram a calcular rni cuRtns cln fo ltn de qwilrdade e ,i vé-la wmn um
problema que precisava ser enfrentado proati varncntc, pois mio era c;ufíucntc apcn,ic; ret1m de
circulação o produto defeituoso, e sim eliminar o defeito antes de sua ocorréncra, dcc;lncando
os investimentos em qualidade para a prevenção.
Desse modo, a qualidade passou a ser vista não apenas como um mecanismo de prevenir
defeitos e minimizar perdas, mas também como uma maneira de agregar valor aos produtos,
diferenciando-se da concorrência ao incorporar uma detenninada vantagem competitiva.
Por uma questão de maturidade, foi natural que o Japão continuasse à frente no quesito
qualidade, aplicando as novas teorias antes que os demais países. Entretanto, o renascimento
industrial no Japão foi tão sólido e rápido que a sociedade mundial se interessou em conhecer
as ferramentas da Gestão da Qualidade Total, difundido-as nas décadas de 1980 e 1990.
. .
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q11c a q1rn l1d:id c e enr, ~r
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1lHSC
. pcc tat1vas dos cl1c 11tcs. P.irn · ',
d · · . é ncc css fi no q11c a crnnrcr,;;:i rir
cnmpetitivida e org an1 zac 1011 al SCJa111 d11rndo11rns, ,. 1111 1/c '"C
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1
um ou out ro seto r.
des empenh 0 de e1onna mtegral e não apenas cm
·
bito organizacional
do Conceito de Qualidade no âm
t.:::::.::::::~ -F....;ig;_u-..ra 3 - Evolução
~ ......... ~
•fnvofvimento
integral dc1
•Setores 1
•Envolvimento de empres.:i;
•Inspeção do responsáveis pela
qualidade; e todos os setores •Sup eração da~
produto ac-abado, da empresa;
sem análise do expe ctati vas do
•Ferramentas cliente; e
processo. •Criação de
estatísticas para
sistemas de
1
detecção de •Surgimento das
variações no qualidade; e normas ISO.
processo •Conceito de
produtivo. Qualidade Total.
on. 2010, p. 13.
e Pereira. Gestão da Qualidade. Ed. Academia Pers
Fonte: MELLO, Carlos Henriqu
15
() 'n lnr dn produto (fi,gu
' U/o . rdo :1r('11 ,1 ' 1i, ,r 11
ra 4,, norm11l111e11I(', ('Q fá rr lac fllfl: '
111, , ,J,,
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a IO< 0
h
oham n pr<t< <'(i~O are ;i t/1c i,!,l, • 1111 h, I li, .. ,
Valor Entregue
ao Cliente
2011 , p. 2.
rício . Estratégia de Marketing -
Estratégia de Produto . Ibmec/RJ.
Fonte: Adaptado de PEREZ, Mau
duto, uma empresa de
ssa fonna, além das caracteristicas de qualidade inerentes ao pro
De
relação a prazos, local de
elência dev e garantir pre ços justos, atendimento adequado em
exc ento
duç ão lim pa e susten tável, responsabilidade social e estabelecim
entrega, quantidades, pro
correntes.
ios, parceiros, fornecedores e con
de relações éticas com funcionár da Qualidade
Figura 5 - PJotagem dos Custos
Custos Totais
importância dos custos da
Nesse momento, constata-se a da Qualidade
qualidade
mapeados ,
desenvolvidos
tido
~
o
'ti
.g
~
o
s Custos de Falhas
~
1
1
1
1
1
1
\J
·e
iço. ~
valor agregado ao produto ou serv :, Custos de Avaliação
1
1
1
u \
+ \
Custos de Prevenção
M,
Fonte: Adaptado de FEIGENBAU idade(%)
100
Qualidade Total. 1994, p. Conformidade ou Nível de Qual
Armand . Controle da 152 .
o
16
n ln1t1I Q1m1,,,. M r-o~
11n11~l'mr 111, J
. ou /of(J/ (hw lm ( mth o/· Í(J( . <1, ,1111 ,
t"\II ,
.s,,1 1,,, 11 1
\."tillh t"ntf o não é a qua1.idade , . rlf"
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agem competitiva
ria de qualidade.
global, estim ul an do e ap oi ando o desenvol
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5. Conclusões ru r·•
do m un d o co rporativo contem une11 //'
1
ram a visão
te c im en to s hi stórico s delinea n tin ua mente ~oc1edad
es e
De fa to . ac on nc ia m co
e influe
es es tr ut ur ai s, que afetaram h ierarquia instituci
onal,
an sf on na çõ du ze m a
As tr gestão, re
sc en tral iz am a autoridade na e co m foco no s clicnte 5
,
organiza çõ es, de qu al id ad
ivilegiam a
en ta m a inovação e pr ão do s níveis
estimulam parc
eria s, fo m
, cons eq ue nt emente, a elevaç
provocando
nc e da ex ce lê ncia em gestão,
para o alca obais.
vi da de no s no vos mercados gl
de competiti m a gestão
e oc id en ta is , que promo vera
ns , oriental
sc ut iu as pr in cipais abordage stra ndo que o pens
amento de
ar tig o di as , de m on
O reconhecid
e e as pr em ia ções atualmente m el ho res práticas ao lo
ngo do
la qu al id ad ín uo de
pe ecimento cont
ge st ão é fr ut o de um enriqu id eo logias, qu e nort
eiam a
exce lê nc ia em da ge ns e
uma linha ev
olutiva das abor entos
. E , ao es ta be le ce r
en te , os pr in cipais acontecim
tempo cronologicam
alid ad e, o ar tigo destacou, de ex ce lência em gestão
.
pe la qu od er no
gestão nsamento m
im pa ct os pa ra o alcance do pe
históricos e seus sa fios do futuro. E,
como
ai s ao s de
ões racion
bu sc a , co ns ta ntemente, inovaç o é história, o fu
turo é
De fa to , o ho m em "o pa ss ad
hecido
ér bi o ch in ês de autor descon iamento da qual
idade
re tr at a o pr ov te ", o ge re nc
bem o de presen
a dá di va , po r isso é chamad da de às organiza
çõ es,
o , e ho je é um su sten ta bi li
mistéri abilidade e
e ag re ga so fisticação, rent stão.
tamb ém evolui o alca nc e da excelência em ge
ia para
opulsão necessár
forn ecendo a pr
ibliográflcas
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