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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Alcoolismo........................................................................................................................3

Conceito.........................................................................................................................3

Causas e factores que influem no alcoolismo................................................................3

Manifestações neuropsicologias de alcoolismo.................................................................3

Tese neuropsicologia de Marris e Maisto sobre a cascata alcoólica no sistema nervoso


central:...............................................................................................................................4

Tolerância, Dependência e Síndrome de abstinência alcoólica.........................................5

Diagnóstico........................................................................................................................5

Tratamento de alcoolismo.................................................................................................6

Farmacoterapia...............................................................................................................6

Psicoterápica..................................................................................................................7

Técnica psicoterápica de Redução de Dano...............................................................7

Conclusão..........................................................................................................................8

Referências bibliográficas.................................................................................................9

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Introdução
O presente trabalho irá debruçar se sobre o alcoolismo, alcoolismo é um assunto
bastante relevante ao nível mundial, razão pela qual tem uma apreciação pela
Organização Mundial de Saúde que considera o alcoolismo como um problema de
saúde pública.

O trabalho traz contextualização que vai desde o conceito de alcoolismo, o breve


historial e suas concepções na então época, causas e factores que influem no alcoolismo,
manifestações clínicas desde a tolerância, dependência e ate síndrome de abstinência
alcoólica (SAA), diagnóstico e por fim coloca se o tratamento de alcoolismo que é
multissectorial desde a psicoterapia ate a farmacoterapia.

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Alcoolismo

Conceito
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alcoolismo é uma doença de
natureza complexa na qual o álcool actua como um factor determinante sobre causas
psicossomáticas preexistente no indivíduo. O alcoolismo se caracteriza pelo consumo
compulsivo do álcool no qual a pessoa acometida por esse vício sente um desejo
insaciável por essa droga.

A OMS considera o alcoolismo como uma doença grave, e um problema de saúde


pública que vem atingido todos os níveis de classes sociais, a sua iniciação e sintomas
vem acontecendo cada vez mais cedo devido aos jovens que têm início de vida social
alcoólica precocemente.

Causas e factores que influem no alcoolismo


Apesar do alcoolismo não ser hereditário, alguns autores apontam que existe uma
predisposição orgânica para o desenvolvimento do mesmo, sendo então indirectamente
transmissível de pai para filho o desenvolvimento de alcoolismo depende de 3 factores,
a saber: a genética do individuo, o meio em que o individuo vive, pois filhos de pais
alcoólatras são geneticamente diferentes, porem a doença só vai se manifestar
dependendo das características psicológicas favoráveis e se estiver num meio propício.

O consumo de álcool traz malefícios que não se manifestam de forma imediata, mas sim
paulatinamente e de uma maneira invisível gerando assim problemas clínicos comuns

Um dos mais importante problema apontado no estudo de alcoolismo, é que o individuo


acometido pelo alcoolismo permanecer desinformado sobre a gravidade do alcoolismo,
e, por isso, o mesmo passa a viver tratando apenas as consequências deste problema, se
deve não apenas por causa de uma desinformação social, mas, este problema também é
consequência de uma escassez de um processo de psicodiagnóstico diferencial.

Manifestações neuropsicologias de alcoolismo


O uso abusivo de álcool causa no sistema nervoso central dois tipos de dependência:
dependência física e a psicológica. A característica de uma toxicodependência de álcool
pode ser resumida, a saber:

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 Adaptação a presença da droga
 Necessidade orgânica
 Resultado de tolerância provocada por reajuste fisiológicas,
 Síndrome de abstinência.

Os seus efeitos iniciais são: Instabilidade emocional e motora, hilaridade,


agressividade, psicose.

Os seus efeitos tardios, temos: ausência de coordenação, ataxia, diminuição de


percepção, depressão mental, rubor facial, sudorese, náuseas, vómitos, sonolência ate
coma alcoólico.

O mecanismos de acção do álcool não esta elucidados, entretanto promove um


desequilíbrio entre os neurotransmissores excitatórios e inibitório, resultando no
aumento da neurotransmissão inibitória, ou seja, deprimindo o sistema nervoso central,
visto que, o álcool é uma substancia química que retarda consideravelmente o
comportamento e o pensamento por meio da aceleração e desaceleração dos impulsos
nervosos.

Tese neuropsicologia de Marris e Maisto sobre a cascata alcoólica no sistema


nervoso central:
O álcool afecta primeiros os lobos frontais do cérebro, que são os principais
responsáveis pelas inibições, pelo controle dos impulsos, pelo raciocínio e julgamento.
À medida que se prolonga o consumo, o álcool prejudica as funções do cerebelo, que é
o centro do controle motor e do equilíbrio. O sistema límbico que controla e equilibra as
emoções. [...] afecta a percepção, os processos motores, a memória, diminui a
capacidade de enxergar com clareza, de perceber profundidades, de distinguir a
diferença entre luzes e entre cores, além de afectar as funções espaciais e cognitivas.
Finalmente, o consumo de álcool afecta a medula espinhal e a medula que regula as
funções involuntárias como a respiração, a temperatura do corpo e os batimentos
cardíacos (Morris & Maisto, 2004).

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Tolerância, Dependência e Síndrome de abstinência alcoólica
1. Tolerância: é caracterizada por uma resistência que o organismo apresenta
devido a adaptação no uso contínuo de álcool em uma mesma dose, na qual o
sistema nervoso central (SNC) torna se tolerável a uma rotina de nível alcoólico
na corrente sanguínea. Clinicamente é representado por individuo que
consomem álcool e não apresentam o estado de embriaguez.
2. Dependência: os consumidores de álcool podem desenvolver dependência
alcoólica devido ao uso repetido com a mesma quantidade de álcool, seu factor
desencadeaste é o uso cronico da substancia que leva ao acto compulsivo de
bebe, sendo esta causada por uma dependência física que resulta na síndrome de
abstinência alcoólica.
3. Síndrome de abstinência alcoólica
Esta síndrome tem lugar apos 6 horas de diminuição ou retirada de álcool em
indivíduos dependentes, seu diagnóstico é através de sinais e sintomas
específicos: insónia, tremores, náuseas, inquietação, a complicações mais
graves, como convulsões em aproximadamente 5% dos pacientes, e delirium
tremens (DT), caracterizado por uma confusão mental que se apresenta entre 72
a 96 horas após a abstinência alcoólica, devido à disfunção motora e
autonómica.

Diagnóstico
O diagnóstico precoce de alcoolismo é difícil, pois os prejuízos intelectuais,
psicológicos e físicos não se mostram tao evidentes nas fases inicia Isis da doença. Por
isso para o diagnóstico é necessário buscar por suspeita de sinais e sintomas já
debruçados no tema desde a anamnese, exame físico e ate exames complementares
Exemplo de critérios a buscar para o diagnóstico de alcoolismo:

 Consumo de álcool pela manha.


 Beber escondido
 Mudança de domicílio e de emprego sem motivo aparente.
 Sintomas de síndrome de abstinência alcoólica (náuseas matinais, tremores,
apatia, medo).

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Tratamento de alcoolismo

Farmacoterapia
A farmacoterapia é um método utilizado tendo como principais objectivos tratar
pacientes alcoólatras de forma que se reintegrem à sua vida social, sendo um meio no
qual vai depender da auto-estima e dedicação pessoal.

O tratamento é dirigido a síndrome de abstinência alcoólica por meio de medicamentos


que podem ser associados a grupo de apoio. Dos fármacos mais utilizados para o
tratamento de alcoolismo destacam- se: dissulfiram, o acamprosato e a naltrexona.

1. Dissulfiram

No passado já foi usado sem o consentimento do individuo alcoólatra, o que aumenta os


seus efeitos colaterais em associação com ingestão de álcool.

Seus efeitos colaterais são: taquicardia, diminuição de tensão arterial, falta de ar.
Recomenda se uma abstinência alcoólica de 12 horas no mínimo para o seu uso e
diminuir os seus efeitos colaterais.

Dosagem recomendada: 500 mg ao dia e depois maneja se podendo variar de 125 mg;
a 500 mg ao dia.

2. Acamprosato

É uma droga que tem a acção de bloquear o neurotransmissor glutamato, produzido em


maior quantidade devido o uso crónico do álcool.

O acamprosato possui efeito semelhante ao do GABA, pois age diminuindo a actividade


excitatória do SNC quando houver a abstinência alcoólica. De certa forma, é bem
tolerado pelo organismo e a reacção adversa mais comum encontrada é a diarreia.

Dosagem: 333 mg dada 3 vezes ao dia.

3. Naltrexona
Inibem os receptores opióides para que a sensação de prazer criado pelo álcool
principalmente pelo consumo cronico (ocasionado pelo aumento da dopamina)
seja reduzida. Este fármaco faz com que a vontade de consumir álcool reduza,
ajudando assim no controle de recaídas e aumenta o tempo de abstinência.

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Dosagem: 50 mg dose única diária.
Seu efeito colateral mais falado são náuseas principalmente em mulheres.
A associação de Naltrexona e Dissulfiram merece um manejo cuidadoso devido
ao grande potencial de hepatotoxicidade.

N.B: o tratamento de alcoolismo deve ser combinada farmacoterapia e a psicoterapia


para melhores resultados, por isso apresentamos uma técnica psicoterapia para o
tratamento de alcoolismo.

Psicoterápica

Técnica psicoterápica de Redução de Dano


O objectivo geral da Redução de Danos é evitar, se possível, que as pessoas se
envolvam com o uso de substância psicoactivas. Se isso não for possível, para aqueles
que já se tornaram dependentes, oferecer os melhores meios para que possam rever a
relação de dependência, orientando-os tanto para um uso menos prejudicial, quanto para
a abstinência, conforme o que se estabelece a cada momento para cada usuário
(CONTE, et al., 2004).

A redução de danos trouxe uma contribuição significativa ao trabalho interdisciplinar,


pois desafia os profissionais de saberes dentre eles: a psicologia, a medicina, a
enfermagem, sociologia, as ciências farmacêuticas, a educação física, a assistência
social, o direito a saírem de um lugar de restrição aos seus rígidos pensamentos
reducionistas e passarem a buscar soluções de problemas complexos de dependência
alcoólica.

Assim, a redução de danos aborda de forma integral o fenómeno do uso de drogas, pois
não faz juízo de valor do mesmo e age na prevenção dos danos antes que eles ocorram,
abre possibilidades para novas estratégias de tratamento como, por exemplo, a
utilização de praticas integrativas e a utilização da pratica de exercícios físicos como
alternativas eficazes na promoção do bem-estar levando ao sujeito usuário de drogas
uma forma integral de saúde.

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Conclusão
O trabalho teve como tema Alcoolismo, cuja relevância social é forte devido ao fato dos
impactos familiares, laborais e complicações com os portadores desta patologia, em
relação à conscientização de que o mesmo é uma doença e precisa ser devidamente
tratada como qualquer outra.

Alcoolismo é um problema de saúde pública mundial, sendo que actualmente tem se


notado o aumento de casos devido ao consumo precoce pela juventude. E lógico a
apresentação clinica de dependência, tolerância ate a síndrome de abstinência alcoólica
tem de a apresentar se mais precocemente. Associam se ao alcoolismo transtornos como
consumo de outras drogas ilícitas (heroína, cocaína, Cannabe sativa), doenças hepáticas,
renais, etc.

São várias as manifestações clinicas que advêm do alcoolismo como: náuseas, tremores,
sonolência, medo, isolamento social, alteração de coordenação motora de marcha. Estas
manifestações podem ser agrupadas consoante a fase clinica em que o individuo esteja
desde a dependência, alcoolismo agudo ou cronico, dependência e síndrome de
abstinência alcoólica.

O Diagnóstico de alcoolismo é meramente clínico, e difícil de ser feito nas fases iniciais
de quadro de alcoolismo, podendo recorrer a alguns meios auxiliares diagnósticos para
confirmar a suspeita clínica.

E quanto ao tratamento é importante referenciar que ele é baseado em conduta


multissectorial desde a psicoterapia ate a farmacoterapia como forma de garantir uma
eficácia terapêutica, na psicoterapia usa se mais a redução de danos que consiste em
zelar pela ética, direitos humanos, envolvimento multidisciplinar e o mais importante é
a participação do individuo acometido por esta enfermidade.

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Referências bibliográficas
1. MEDEIROS, Eduardo Mendes; Alcoolismo: uma breve revisão; ISSNN; 2018
2. REIS, Gecivaldo Alves, et all; Alcoolismo e seu tratamento; Instituto
Tocantinense Presidente; 2014.
3. https:∕∕www.scielops.org∕article∕rsp1974.v8n3∕249-255∕pt∕

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