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MECÂNICO E ENZIMÁTICO)
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Métodos de Desbridamento
Dentre os métodos de desbridamento de feridas pode-se utilizar o autolítico, enzimático,
mecânico, instrumental conservador, biológico e cirúrgico. A escolha é baseada no tipo de
tecido, material biológico presente na ferida, presença de exsudato, dor e demais fatores clínicos
do paciente, destacando a habilidade do enfermeiro de executar a técnica.
DESBRIDAMENTO AUTOLÍTICO
Em uma ferida seca, pode ser utilizada uma combinação de hidrogel e filme durante todo
tempo necessário, desde que se aplique algum protetor cutâneo na região perilesional como
creme barreira ou película em spray para evitar maceração de bordas. Entretanto durante este
processo e a oclusão por diversos dias cria o risco de interpretação do exsudato com purulência.
O desbridamento autolítico é uma outra alternativa para o cliente que não tolera uma
remoção instrumental imediatamente, mas que não apresente risco alto para infecção.
Iodo Cadexômero, foi introduzido em 1980 como uma alternativa ao PVP-I. Promove
liberação controlada de iodo elementar a 0,9% com reduzida citotoxicidade, encapsulado em
microesfera de amido modificado e polietileno glicol. Indicado para desbridamento e agente anti-
séptico, controla o exsudato e exerce ação antimicrobiana. A dose total recomendada não deve
exceder 150g por semana e o tratamento não deve ultrapassar 90 dias. Não devem ser utilizados
em pessoas com sensibilidade ao iodo, doença de Hashimoto, e distúrbios da tireoide.
DESBRIDAMENTO ENZIMÁTICO
DESBRIDAMENTO MECÂNICO
Para remoção rápida de tecido necrosado de uma ferida, pode-se utilizar de atrito
mecânico ou escovação por exemplo, métodos de desbridamento mecânico. Nesta técnica não é
possível discriminar de forma específica os tecidos, sendo assim considerado um método
inespecífico de desbridamento.
limpeza;
Úmido-seco: consiste em cobrir a ferida com gaze seca, aguardar que esta
Irrigação: realizada com soro morno em jato. Vários equipamentos existem hoje que realizam
este método.
Gráfico – SOBEST – Guia de Boas Práticas e Enfergram - Técnicas de desbridamento instrumental... | Facebook.
Cover: utiliza-se uma lâmina de bisturi para promover o descolamento das bordas do
tecido necrosado, permitindo uma completa visualização da área comprometida, promovendo a
separação do tecido integro, até que toda necrose saia.
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Slice: utiliza uma lamina de bisturi ou tesoura de Íris para remover a necrose de
coagulação ou liquefação que se apresenta na ferida de forma irregular.
DESBRIDAMENTO BIOLÓGICO
Esta terapia já era utilizada há séculos pelos Aborígines Australianos e pelos Maias.
Contudo, somente no século XX, no ano de 1931, que estas larvas foram utilizadas na medicina,
por um cirurgião ortopédico do Hospital John Hopkins (EUA), William Baer. Com o advento do
antibiótico tornou-se rara até o início dos anos 1980, quando com o uso indiscriminado do mesmo
medicamento se deparou com a resistência bacteriana. No Brasil, no ano de 2012, foi feita a
primeira aplicação da terapia pelo hospital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN).
O uso da terapia larval em feridas complexas ainda é pouco utilizada no Brasil por não ser
muito conhecida dentre os profissionais de saúde e de seus pacientes. A técnica é utilizada em
outros países por ser eficaz no tratamento dessas lesões, impedindo, por vezes, a amputação do
membro lesionado e o baixo custo.
DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO
ALGORITMO DO DESBRIDAMENTO
O algoritmo abaixo tem como objetivo propor um modelo simples com abordagem
estruturada para escolha de técnicas e produtos disponíveis para desbridamento. O profissional
deve sempre levar em conta o tipo de tecido a ser desbridado, sua habilidade técnica e
conhecimento, disponibilidade da tecnologia, custo-efetividade do procedimento a ser realizado,
dor, perfusão sanguínea no local, comorbidades e idade. Cabe ressaltar ainda que é
imprescindível considerar escolha e consentimento da pessoa.
Tal prática realizada com sucesso por enfermeiros pode minimizar o número de
internações hospitalares ou mesmo diminuir o período de internação e o tempo dos cuidados de
enfermagem, bem como infecções e os custos com o tratamento de feridas, enquanto promove a
cicatrização e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
SANTOS, I. C. R. V.; OLIVEIRA, R. C. de; SILVA, M. A. da. Desbridamento cirúrgico e a competência legal
do enfermeiro. Texto Contexto - enfermagem, Florianópolis, v. 22, n. 1, p. 184-192, mar. 2013.
GIRONDI, et all. Desbridamento de feridas em idosos na atenção primária em saúde. Enferm em Foco
[Internet]. 2020 May 25;10(5). Available from: http://revista.cofen.gov.br/index.php/e
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GAMBA M.A. Feridas: Prevenção, Causas e Tratamento. 1. Ed. Rio de Janeiro. Santos, 2016.
ATTINGER C, Pharmacologic and mechanical management of wounds. In:Stephen JM, Plastic Surgery
2nd ed. California; Elsevier, 2006; pp 863-899.
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