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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ - FORO
CENTRAL DE MARINGÁ
1ª VARA CÍVEL DE MARINGÁ - PROJUDI
Av. Pedro Taques, 294 - Edifício Empresarial Atrium, 1º Andar, Torre Sul - Zona
No dia 15/07/2004, Luiz Baldo Kozak “se dizendo procurador de Pedro, Euclides e
Cleuza Manzottí, EM NOME DOS MESMOS, cede "parte do total dos créditos, ou seja, 100% (cem por
cento) dos 1". 2" e 3" décimos vencidos, com toda a correção que vier a incidir, do PRECATÓRIO
REOUISITÓRIO. referentes aos AUTOS ... n°005102/00 " ... a João Melitão Cagní, negócio a que se
atribuiu o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).” “Gize-se que Luiz Carlos Baldo Kozak
NUNCA FOI procurador dos Manzotti. As procurações por ele mencionadas naquele ato não
traduziam mandato. Ademais, os supostos cedentes, na ocasião, NÃO possuíam direitos
creditórios incidentes sobre o precatório mencionado, uma vez que já os tinha cedido a Luiz
Carlos Baldo Kozak.”
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oportunidade estava "distratando" a cessão de direitos que os Manzotti lhe teriam feito (fez menção
à "Escritura Pública de Cessão de Direitos Creditórios" lavrada às fls.4/5, do livro 787-E, datada de 09.07.2004, lavrada na 6ª Serventia Notarial
Malucelli),
na verdade, ocorreu uma cessão de direitos creditórios da Administradora Brasil de
Imóveis Ltda para os Manzotti, vez que quem cedera tais direitos a ela Administradora, fora
Luiz Carlos Baldo Kozak. O instrumento de cessão, titulado de "Escritura Pública de Distrato de
d) “Por sua vez João Melitão Cagni, a quem Luiz Carlos Baldo Kozak "cedera "
(com aspas) sem ser possuidor ou mesmo estar autorizado, "parte do total dos créditos, ou
seja, 100% (cem por cento) dos 1", 2" e 3" décimos vencidos..." (doc. 3) supostamente
decorrentes do precatório de que os Manzotti são credores, arvorando-se em possuidor,
entendeu de negociar o que não tinha:
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dos 1º, 2º e 3º décimos vencidos" daquilo que supostamente lhe cabia. A "Escritura Pública de
Cessão e Transferência de Direitos de Crédito" foi lavrada na 11 Serventia Notarial Cartório
Caetano, de Curitiba, livro 394- N, fis. 38 - doc. 12.
As dos litisconsortes Móveis Leva Já Ltda; Tozzetto & Cia. Ltda; Évora Comercial;
Supermercados Luedgil; AM Supermercados; e Lumiparts, igualmente NÃO PODEM PROSPERAR
vez que seus supostos direitos creditórios foram "cedidos" (com aspas) por João Melitão Cagní
que também NÃO OS POSSUÍA, ante ao fato da nulidade do negócio que fez com Luiz Carlos Baldo
Kozak, supostamente em nome dos Manzotti.
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ambos também do Código Civil.
À evidência, Luiz Carlos Baldo Kozak agiu de má-fé. Agiu com artificio, com
expediente astucioso, no sentido de induzir a empresa Pennacchi à aquisição^ de supostos
direitos creditórios, não só com o propósito de prejudicá-la, COMO TAMBÉM DE PREJUDICAR OS
g) “Da mesma forma NULO se há de reputar o negócio realizado entre Luiz Carlos
Baldo Kozak e João Melítão Cagní, supostamente a mando dos autores Manzotti, à vista do
que dispõe o mencionado artigo 145, do Código Civil. Quando da "cessão " (com aspas) a que
se refere a "Escritura" lavrada no livro 0787-E, fls.87-88 (doc.5), em 15.07.2004, Luiz Carlos
Baldo Kozak NÃO ERA PROCURADOR DOS MANZOTTI (como artificiosamente alegou), NEM ELES
POSSSUIAM DIREITOS CREDITÓRIOS INCIDENTES SOBRE O PRECATÓRIO 476/97, decorrente da Ação
Ordinária n° 5.102/000, em curso da 3" Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
-Reafirmando. A procuração que Pedro Manzotti (só por ele) outorgou a Luiz
Carlos Bado Kozak, no Serviço Notarial de Nova Esperança (livro 132-P, fls.50-51), conferiu ao
outorgado poderes irrevogáveis e irretratáveis de cessão de '^direitos integrais quanto a tal
precatório ficando o procurador isento de prestação de contas, o que significa dizer, tratar-se de
procuração em causa própria. O mesmo pode ser dito a respeito da procuração outorgada por
Euclídes Manzotti e sua mulher Cleuza Manzotti a Luiz Carlos Baldo Kozak (Serviço Notarial
"De Cario", Presidente Castelo Branco-PR, livro 19-P, fls.125- 126).
- Isto implica em dizer que o procurador Luiz Carlos Baldo Kozak, a partir do
"recebimento" dessas procurações passou a ser dono único, por cessão, dos "direitos integrais"
que os Manzotti, àquela época, possuíam sobre o citado precatório pendente de pagamento.
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-A "cessão" (com aspas) realizada por Luiz Carlos Baldo Kozak a João Melitão,
em consequência de mandato não outorgado pelos supostos proprietários (os Manzotti),
constitui negócio jurídico NULO.”
a) A procuração passada pelos Autores à Luiz Carlos Baldo Kozak “pode sim
servir de instrumento de mandato, podendo o mandatário celebrar negócios em nome próprio
ou mesmo em nome dos mandantes.”.
b) “Nunca houve, da análise dos documentos acostados aos autos, cessão dos
direitos dos Manzotti para o Sr. Luiz Carlos Baldo Kosak, o que houve sim foram negócios
realizados em nome dos Manzotti efetivados por procuração pelo requerido.
c) “Na própria petição os autores se contradizem, visto que num momento dizem
que o requerido era dono dos direitos de precatórios e em outro momento atestam que ele era
procurador. Ou seja, quando este representou os autores nas vendas para o ora requerido, não
poderia fazer por procuração, visto que era dono e não procurador. Num outro momento,
quando fez a venda para administradora Brasil daí os autores entendem que ele poderia agir
como procurador, pois, isto lhes trazia benefícios.”
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Kosak, visto que todos os negócios que realizou segundo os autores são nulos. Ou seja, se os
autores venderam os direitos ao requerido e este não poderia representa-los e sim negociar em
contra própria os direitos cedidos, todos os atos a partir daí praticados são nulos, inclusive a
venda para administradora Brasil, que depois, segundo os autores, distratou mais tarde direitos
de precatórios que não possuía. Neste ponto, a nosso ver os autores são carecedores da ação
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documento, visto que entende tratar-se de uma fraude, o que será no futuro levantado através
de perícia, que desde já requer a esse MM. Juizo. Basta um simples olhar para a citado
documento e podemos vislumbrar que o mesmo carece de verdade material. O mesmo foi feito
no dia 17.01.2005, e datado de 21 de outubro de 2005, o que já traz uma desconfiança quanto
a sua veracidade”
b) “Os Autores reconhecem que a procuração outorgada ao Sr. Luiz Carlos Baldo
Kosak era em causa própria e, às fls. 14 reconhecem que " o procurador Luiz Carlos Baldo
Kosak, a partir do 'recebimento' dessas procurações passou a ser dono único, por cessão, dos
"direitos integrais" que os Manzotti. àquela época, possuíam sobre o citado “precatório
pendente de pagamento".
Desta forma, como Luiz Carlos Baldo Kosak passou a ser detentor dos direitos
sobre o referido precatório, os Autores estão destituídos de legitimidade para figurar no polo
ativo da relação, vez que pleiteiam direito alheio em nome próprio. Diante disso, requer desde
já que o presente feito seja julgado extinto sem julgamento de mérito, ante a ilegitimidade ativa
dos Autores.”.
Basta uma rápida leitura nas procurações (fls. 26 e 29) para se constatar isso,
verbis: "...poderes amplos, gerais e ilimitados para o fim especial de representar o outorgante na assinatura da escritura
pública declaratória e de cessão de direitos creditórios, cessão essa relativa à transferência de todos os direitos concernentes à
Ação Ordinária de Indenização n.° 5120/0000..., podendo para tanto dito procurador assinar as escrituras necessárias com as
cláusulas e condições de estilo, transferindo direitos integrais quanto a tal precatório, inclusive sobre corrèção monetária ....,
podendo tomar todas as demais providências que se fizerem necessárias para bem representar o outorgante.... O presente
instrumento é feito em caráter irrevogável e irretratável, isento de prestação de contas...”
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a transferência possa ser feita a ele ou a quem ele quiser. Nada impedia o Outorgado de ceder
os direitos sobre o precatório expedido nos autos 5102/0000 a terceiros. A doutrina é pacífica
neste sentido: "A procuração em causa própria ou mandato in rem suam é outorgado no
interesse exclusivo do mandatário e utilizada como forma de alienação de bens. Recebe estes
poderes para transferi-los para o seu nome ou para o de terceiro (finalidade mista),
e) “Nem se alegue que os direitos de crédito cedidos a João Militão Cagni teriam
sido anteriormente cedidos à Administradora Brasil.
Após a cessão de crédito celebrada pelos Autores, representados por Luiz Carlos
Baldo Kosak, à Administradora Brasil de Imóveis (fls. 31), a escritura foi retificada (doe. II),
passando a constar como percentual cedido o seguinte: "O percentual cedido na referida
escritura passa a ser de 70% (setenta por cento), correspondente aos 4°. 5°. 6°. T. 8° 9° e 10°
décimos vincendos do precatório constante da referida escritura".
João Melitão Cagni, Lumiparts comercial Ltda., e, Pennacçhi & Cia. Ltda.),
só permanecendo Luiz Carlos Baldo Kozak
e Administradora Brasil de imóveis Ltda, e não tendo a última contestado, seja decretado a sua
revelia. Ainda que requereu instalação de inquérito policial contra os Réus na 15ª Subdivisão
de Cascavel-PR(autos 2007.2184-4).
7. Na decisão do evento 1.23 foi deferida a exclusão os Réus não citados, sendo
cumprido pela Distribuição(1.24) com exclusão das Rés AM Supermercado Ltda, Móveis Leja
Já e Pennachi e Cia Ltda.
8. Diante da existência de inquérito policial contra LUIZ CARLOS BALDO KOSAK, foi
aguardada a conclusão do feito na esfera criminal, entretanto em 10/07/2018, vem notícia aos
Autos(ev 65) que o inquérito policial iniciado em 2007 foi arquivado a pedido do Ministério
Público em face da prescrição da pena em perspectiva(CP, art. 107,IV) por decisão judicial
PROJUDI - Processo: 0011724-85.2007.8.16.0017 - Ref. mov. 71.1 - Assinado digitalmente por Mario Seto Takeguma:8236
03/08/2018: JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO. Arq: Sentença
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datada de 15/10/2013 e transitou em julgado em 01/12/2014(ev 65.22). Verifica-se do inquérito,
que quase nenhuma prova foi produzida.
É o relatório.
QUESTÕES PRELIMINARES
9. A ação foi proposta inicialmente contra Évora Comercial de Gêneros Alimentícios Ltda,
Luiz Carlos Baldo Kozak, Administradora Brasil de Imóveis Ltda, Supermercados Luedgíl Ltda, Am
Supermercados Ltda, Tozetto & Cia Ltda, Moveis Leja Já , João Melitão Cagní, Lumíparts Comercial Ltda, e
Pennacchi & Cia Ltda.
QUESTÕES DE MÉRITO
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(f. 7 do ev 1.9 ou f. 85/físicos) e não contestou o pedido.
- da "cessão" (com aspas) feita por Luiz Carlos Baldo Kozak a João Melitão
Cagni
A causa de pedir é que as procurações foi dada pelos Autores em causa própria
em favor de Luiz Carlos Baldo Kozak, mas utilizou-a como se fosse procurador dos Autores.
Entretanto, não se trata de procuração em causa própria(in rem suam), por não
conter a cláusula “em causa própria” exigido expressamente pelo art. 685 do CC[5] e nem
outros requisitos, pois denota-se de suas redações(fls. 10 e 12 do ev 1.4) que nenhuma das
procurações contém a cláusula “em causa própria” e apenas a segunda (outorgada por
Euclides/Cleuza) contém a isenção de prestar contas. Ambas procurações conferem poderes ao
MANDATÁRIO para representá-los para cessão de direitos creditórios, bem como perante
precatórios requisitórios, evidenciando-se que os Autores passaram tal procuração para que
LUIZ CARLOS negociasse tais créditos em seu nome, e não para fins de auto contrato, que só
serviria a LUIZ CARLOS se ele tivesse débito junto ao Estado do Paraná, o que não é o caso.
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todos quantos este público instrumento de procuração em causa própria...”, para que se
possa diferenciar da regra do mandato ad negotia, o que não ocorre nas procurações sub
judice. Nesse sentido:
1.O artigo 682, inciso I do Código Civil é claro ao dispor que o mandato cessa pela revogação ou pela renúncia,
ou seja, o mandato é essencialmente revogável, a qualquer tempo e sem necessidade de justificativa o mandante
pode revogar a procuração outrora outorgada, o que também é válido em relação ao substabelecimento.
2. Uma das hipóteses em que o mandato não poderá ser revogado é a prevista no artigo 685 do Código Civil, a
3. Para que o instrumento de mandato, com cláusula in rem suam tenha os efeitos do contrato de compra e
venda, afora os elementos essenciais desse negócio jurídico, deve conter cláusulas de irrevogabilidade,
instrumentalizam um mandato em causa própria, pois não contém a cláusula "em causa própria", nem tampouco
autorização expressa de transferência do bem para o próprio outorgado desde logo. Carece o aludido
instrumento, ainda, de qualquer menção acerca do eventual pagamento, pelo mandatário/outorgado, do preço do
imóvel. Por fim, não foram inseridas no instrumento do mandato as cláusulas de irretratabilidade e de
irrevogabilidade.
5. Os poderes especiais ali mencionados não devem ser interpretados de maneira ampla, mas restrita, não sendo
possível deduzir subjetividades não expostas de maneira clara e objetiva, sob pena de se incorrer em
insegurança jurídica. Assim, conclui-se que se trata de procuração ad negotia , sendo firmada apenas para
gestão dos negócios relativos ao imóvel, de modo que permanece, portanto, hígida a possibilidade, ao
6. O apelante não se desincumbiu dos ônus probatórios que lhe competiam, nos termos do artigo 373 do CPC.
7. Embora a ré/apelada tenha sido revel no presente processo e um dos efeitos da revelia, segundo o artigo 344
do CPC, seja a presunção da veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor da ação, a jurisprudência
consolidada do c. STJ entende que essa presunção é relativa, uma vez que o juiz deve atentar-se para os
elementos probatórios dos autos, formando livremente sua convicção, para, só então, decidir pela procedência ou
8. Recurso conhecido e improvido.” (TJES, 2ªCCiv, Ap. 56825-55.2012.8.08.0030, Rel. Fernando Estevam
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PROCURAÇÃO AD NEGOTIA. REVOGABILIDADE DIANTE DA INTELIGÊNCIA DO ART. 682, II DO CÓDIGO
CIVIL. MANDATO EM CAUSA PRÓPRIA (IN REM SUAM) NÃO EVIDENCIADO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
I.A revogabilidade do mandato é a regra, devendo a sua exceção estar expressamente mencionada no
II.Neste contexto, sabendo que o mandato ¿em causa própria¿ (in rem suam) previsto no art. 685 do CC constitui
exceção à regra, a sua outorga deve se dar de maneira expressa para possa se diferenciar da regra do mandato
III.Diante da ausência de certeza de que fora outorgado o mandato específico ¿em causa própria¿, não há como
negar a extinção dos poderes outorgados ao mandatário pelo falecimento do mandante, na forma do art. 682, II
do CC, de modo a invalidar todos os atos por ele praticados após o falecimento, notadamente porque inaplicável,
Outro fato que denota não se tratar de procuração em causa própria é o que não
contém o preço pela cessão e nem outro contrato paralelo apresentasse pelos Autores, onde
constasse por qual preço vendeu cedeu os direitos creditórios a LUIZ CARLOS, como ensina a
doutrina:
14.2 Aliado a isso, se é procuração em causa própria para fins de auto contrato
em favor de LUIZ CARLOS, diante da irrevogabilidade do contrato e isenção de prestar contas,
os créditos cedidos são de sua propriedade, de modo que não poderiam os Autores pleitear a
nulidade de contratos, onde o objeto são créditos pertencentes a LUIZ CARLOS, que não seria
procurador, mas proprietário dos referidos créditos.
14.3 Portanto, não são nulas as cessões realizadas por LUIZ CARLOS em nome
dos AUTORES, e de consequência a cessão realizada pela ADMINISTRADORA BRASIL DE IMÓVEIS
PROJUDI - Processo: 0011724-85.2007.8.16.0017 - Ref. mov. 71.1 - Assinado digitalmente por Mario Seto Takeguma:8236
03/08/2018: JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO. Arq: Sentença
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LTDA à PENNACCHI & CIA. LTDA e as outras envolvendo Supermercados Luedgil Ltda; AM
Supermercados Ltda; Évora Comercial de Gêneros Alimentícios Ltda; Tozzetto & Cia. Ltda;
Lumiparts Comercial Ltda; e Móveis Leva Já Ltda, quer pelo fato das procurações outorgadas
pelos AUTORES dar poder para LUIZ CARLOS representá-los, ou que pelo fato de só poder
fazer auto contrato, ser LUIZ CARLOS o proprietário dos créditos de modo que poderia
São os fundamentos.
Anote-se na distribuição.
ANTE O EXPOSTO, e com base nos arts. 653 e 685, ambos do CC, julgo
improcedentes os pedidos demais iniciais e condeno a parte AUTORA ao pagamento de 20%
das custas processuais e honorários advocatícios que arbitro em 10% do valor dado a
causa(sem correção), com base no art. 85 do CPC, em favor do advogado de Luiz Carlos Baldo
Kozak.
P.R.I.
[1] Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando :
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
[2] Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários
serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu. § 1º Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a
responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
[3] Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
[4] Art. 653 do Código Civil: Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou
administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.
PROJUDI - Processo: 0011724-85.2007.8.16.0017 - Ref. mov. 71.1 - Assinado digitalmente por Mario Seto Takeguma:8236
03/08/2018: JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO. Arq: Sentença
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
[5] Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de
qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do
mandato, obedecidas as formalidades legais.