Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
08/09/2022
Número: 1050657-56.2019.8.11.0041
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 1https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
de cobrar o ICMS sobre as vendas de ativo fixo e vendas de insumos e
implementos agrícolas (adquiridos de terceiros) à Scheffer e Cia (em processo de
reorganização societária), informando, para tanto, que as referidas operações
seriam efetivadas em futuro próximo e comprovadas por meio da apresentação
das NF’s que estavam com prazo para serem emitidas entre os dias 14/10/2019
e 31/10/2019.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 2https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
atuação fiscalizatória e arrecadatória da Administração
Fazendária, é a circulação de mercadorias, conceito que
depende da efetiva transferência da propriedade de
determinado bem de uma pessoa para outra. Circulação é, pois,
a mudança da titularidade jurídica do bem.
Tanto assim que não consta dos autos qualquer elemento capaz
de ser aproveitado como prova pré-constituída da efetiva
hipótese concreta de incidência. A impetrante limitou-se a
acostar aos autos extensa relação dos bens que serão
oportunamente transferidos, sem, contudo, apresentar qualquer
indicativo de que tenha já se iniciado o processo de mudança da
titularidade jurídica de tais bens.‖ Pois bem.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 3https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
―Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna
prevento o juízo.
(...)
2. DOS FATOS
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 4https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Elizeu Zulmar Maggi 13.345.277-8 10/10/2017 CNAE 0115-6/00
Scheffer e Outros (MT)
Elizeu Zulmar Maggi 13.415.575-0 22/02/2011 CNAE 0115-6/00
Scheffer e Outros (MT)
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 5https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0026-39 13.748.764-9 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0027-10 13.752.138-3 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0028-09 13.748.692-8 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0029-81 13.752.223-1 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0030-15 13.748.706-1 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0031-04 13.748.765-7 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0032-87 13.752.338-6 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0033-68 13.748.674-0 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0034-49 13.752.309-2 (MT)
Scheffer & Cia Ltda. 04.733.767/0035-20 13.752.224-0 (MT)
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 6https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Muito embora as vendas mencionadas não sejam realizadas
pelo Impetrante com habitualidade e/ou com o intuito auferir lucro, e ainda,
muito embora a comercialização destes ativos não faça parte de sua ―operação‖
agropecuária, é fato Exa., que a legislação do Estado de Mato Grosso, indo
flagrantemente contra todos os precedentes sobre a matéria, prevê que a
alienação destes bens, fora do comércio, trata-se de hipótese de incidência
tributária do ICMS, fato esse que o Impetrante discorda frontalmente, ante os
fundamentos que serão robustamente delineados no bojo desta peça processual.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 7https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
excipiente e; (iv) que o não pagamento poderá gerar a perda de incentivos
fiscais e ainda, a inclusão do mesmo no Regime Administrativo Cautelar
contido na Resolução SARP 07/08; sem prejuízo de que (v) o nome do
excipiente certamente será inserido no cadastro de proteção ao crédito (CADIN),
o excipiente vem requerer a V.Exa. o reconhecimento de efetivação do depósito
judicial do valor controverso, que, no entender do fisco (conforme legislação
infralegal editada), seria devido ao Estado de Mato Grosso sobre as operações
em questão, de modo a tão somente confirmar a suspensão da exigibilidade
dos créditos tributários em litígio até o término da presente lide nos termos
do artigo 151, II, do CTN, o qual é taxativo, viabilizando, outrossim, que a
análise de mérito seja feita com a máxima cautela e sem qualquer prejuízo ao
erário público e ao Impetrante no seu devido tempo.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 8https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
inconstitucionais do Estado, no exercício do seu poder de
tributar, geram, na ilegitimidade desse comportamento do
aparelho governamental, efeitos perversos, que,
projetando-se nas relações jurídico-fiscais mantidas com os
contribuintes, deformam os princípios que estruturam a
ordem jurídica, subvertem as finalidades do sistema
normativo e comprometem a integridade e a supremacia da
própria Constituição da República.
Cumpre assinalar, por isso mesmo, que o caso o em exame
justifica, plenamente, que se reiterem tais asserções, pois é
necessário advertir que a prática das competências
impositivas por parte das entidades políticas investidas da
prerrogativa de tributar não pode caracterizar- se como
instrumento, que, arbitrariamente manipulado pelas
pessoas estatais, venha a conduzir à destruição ou ao
comprometimento da própria ordem constitucional. A
necessidade de preservação da incolumidade do sistema
consagrado pela Constituição Federal não se revela
compatível com pretensões fiscais contestáveis do Poder
Público, que, divorciando-se dos parâmetros estabelecidos
pela Lei Magna, busca impor ao contribuinte um estado de
submissão tributária absolutamente inconvivente com os
princípios que informam e condicionam, no âmbito do
Estado Democrático de Direito, a ação das instâncias
governamentais.
Bem por isso, tenho enfatizado a importância de que o
exercício do poder tributário, pelo Estado, deve submeter-se,
por inteiro, aos modelos jurídicos positivados no texto
constitucional, que institui, em favor dos contribuintes,
decisivas limitações à competência estatal para impor e
exigir, coativamente, as diversas espécies tributárias
existentes. O fundamento do poder de tributar – tal como
tem sido reiteradamente enfatizado pela jurisprudência desta
Suprema Corte (RTJ 167/661, 675- 676) - reside, em essência,
no dever jurídico de estrita fidelidade dos entes tributantes
ao que imperativamente dispõe a Constituição da
República.
Cabe relembrar, neste ponto, consideradas as observações
que venho de fazer, a clássica advertência de OROSIMBO
NONATO, consubstanciada em decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal (RE 18.331/SP), em acórdão no
qual aquele eminente e saudoso Magistrado acentuou, de
forma particularmente expressiva, à maneira do que já o
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 9https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
fizera o Chief Justice JOHN MARSHALL, quando do
julgamento, em 1819, do célebre caso ―McCulloch v.
Maryland‖, que ―o poder de tributar não pode chegar à desmedida
do poder de destruir‖ (RF 145/164 - RDA 34/132), eis que -
como relembra BILAC PINTO, em conhecida conferência
sobre ―Os Limites do Poder Fiscal do Estado‖ (RF 82/547562,
552) - essa extraordinária prerrogativa estatal traduz, em
essência, ―um poder que somente pode ser exercido dentro dos
limites que o tornem compatível com a liberdade de trabalho, de
comércio e de indústria e com o direito de propriedade ‖ (grifei). Daí
a necessidade de rememorar, sempre, a função tutelar do
Poder Judiciário, investido de competência institucional
para neutralizar eventuais abusos das entidades
governamentais, que, muitas vezes deslembradas da
existência, em nosso sistema jurídico, de um verdadeiro
“estatuto constitucional do contribuinte”, consubstanciador
de direitos e garantias oponíveis ao poder impositivo do
Estado (Pet 1.466/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in”
Informativo/STF nº 125), culminam por asfixiar,
arbitrariamente, o sujeito passivo da obrigação tributária,
inviabilizando-lhe, injustamente, o exercício de atividades
legítimas, o que só faz conferir permanente atualidade às
palavras do Justice Oliver Wendell Holmes, Jr. (“The power
to tax is not the power to destroy while this Court sits”), em
“dictum” segundo o qual, em livre tradução, “o poder de
tributar não significa nem envolve o poder de destruir, pelo
menos enquanto existir esta Corte Suprema”, proferidas,
ainda que como “dissenting opinion”, no julgamento, em
1928, do caso “Panhandle Oil Co. v. State of Mississippi Ex
Rel. Knox” (277 U.S. 218). É por isso que não constitui demasia
reiterar a advertência de que a prerrogativa institucional de
tributar, que o ordenamento positivo reconhece ao Estado,
não lhe outorga o poder de suprimir (ou de inviabilizar)
direitos de caráter fundamental, constitucionalmente
assegurados ao contribuinte, pois este dispõe, nos termos da
própria Carta Política, de um sistema de proteção destinado
a ampará-lo contra eventuais excessos (ou ilicitudes)
cometidos pelo poder tributante ou, ainda, contra
exigências irrazoáveis veiculadas em diplomas normativos
editados pelas instâncias governamentais.
(...) O respeito incondicional aos princípios constitucionais
evidencia-se como dever inderrogável do Poder Público. A
ofensa do Estado a esses valores - que desempenham,
enquanto categorias fundamentais que são, um papel
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 10https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
subordinante na própria configuração dos direitos
individuais ou coletivos - introduz um perigoso fator de
desequilíbrio sistêmico e rompe, por completo, a harmonia
que deve presidir as relações, sempre tão estruturalmente
desiguais, entre as pessoas, de um lado, e o Poder, de outro.
Não posso desconhecer - especialmente neste momento em
que se amplia o espaço do dissenso e se intensificam, em
função de uma norma tão claramente hostil a valores
constitucionais básicos, as relações de antagonismo entre o
Fisco e os indivíduos - que os princípios constitucionais
tributários, sobre representarem importante conquista
político-jurídica dos contribuintes, constituem expressão
fundamental dos direitos outorgados, pelo ordenamento
positivo, aos sujeitos passivos das obrigações fiscais.
Desde que existem para impor limitações ao poder de
tributar, esses postulados têm por destinatário exclusivo o
poder estatal, que se submete, quaisquer que sejam os
contribuintes, à imperatividade de suas restrições. (Grifos e
destaques nossos).
3. DO MÉRITO
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 11https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
§5º Relativamente à saída de máquinas, aparelhos e veículos
usados, decorrente de desincorporação do ativo fixo ou
imobilizado, realizada por estabelecimento de contribuinte do
ICMS, a base de cálculo corresponderá a:
I - 20% (vinte por cento) do valor da operação, desde que ocorra
após o uso normal a que se destinarem e decorridos, ao menos,
12 (doze) meses da respectiva entrada, vedado o
aproveitamento de crédito do imposto e atendidas as condições
estabelecidas nos incisos II e III do § 1º deste artigo‖;
II – 40% (quarenta por cento) do valor da operação, desde que
ocorra após o uso normal a que se destinarem e decorridos, no
mínimo, 6 (seis) meses e inferior a 12 (doze) meses da respectiva
entrada, vedado o aproveitamento de crédito do imposto e
atendidas as considerações estabelecidas nos incisos II e III do §
1º deste artigo.
(...)
§ 8° Relativamente à saída de máquinas e implementos agrícolas
usados, decorrente de desincorporação do ativo fixo ou
imobilizado, realizada por estabelecimento de contribuinte do
ICMS, a base de cálculo corresponderá a 0% (zero por cento) do
valor da operação, desde que ocorra após o uso normal a que se
destinarem e decorridos, ao menos, 12 (doze) meses da
respectiva entrada, vedado o aproveitamento de crédito do
imposto e atendidas as condições estabelecidas nos incisos II e
III do § 1° deste artigo.‖
―Anexo IV
Capítulo XXI
Seção II
Da Isenção em Operações com Insumos para a Agropecuária
em Geral
Art. 115 Operações internas realizadas com os insumos
agropecuários a seguir indicados: (cf. cláusula terceira do
Convênio ICMS 100/97 e alterações)
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 12https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
I – inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas,
germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes,
dessecantes, espalhantes, adesivos, estimuladores e inibidores
de crescimento (reguladores), vacinas, soros e medicamentos,
produzidos para uso na agricultura e na pecuária, inclusive
inoculantes, vedada a sua aplicação quando dada ao produto
destinação diversa;
(...)
III – rações para animais, concentrados, suplementos, aditivos,
premix ou núcleo, fabricados pelas respectivas indústrias,
devidamente registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento – MAPA, desde que:
a) os produtos estejam registrados no órgão competente do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
e o número do registro seja indicado no documento fiscal,
quando exigido;
b) haja o respectivo rótulo ou etiqueta identificando o produto;
c) os produtos se destinem exclusivamente ao uso na pecuária;
IV – calcário e gesso, destinados ao uso exclusivo na
agricultura, como corretivo ou recuperador do solo;
V – semente genética, semente básica, semente certificada de
primeira geração – C1, semente certificada de segunda geração –
C2, semente não certificada de primeira geração – S1 e semente
não certificada de segunda geração – S2, destinadas à
semeadura, desde que produzidas sob controle de entidades
certificadoras ou fiscalizadoras, bem como as importadas,
atendidas as disposições da Lei (federal) n° 10.711, de 5 de
agosto de 2003, regulamentada pelo Decreto (federal) n° 5.153,
de 23 de julho de 2004, e as exigências estabelecidas pelos
órgãos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– MAPA ou por outros órgãos e entidades da Administração
Federal, dos Estados e do Distrito Federal, que mantiverem
convênio com aquele Ministério;
(...)
XX – amônia, ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio,
nitrocálcio, MAP (mono-amônio fosfato), DAP (di-amônio
fosfato), cloreto de potássio, adubos simples e compostos,
fertilizantes e DL Metionina e seus análogos, produzidos para
uso na agricultura e na pecuária, vedada a sua aplicação quando
dada ao produto destinação diversa;‖
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 13https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
―Anexo IV
Capítulo III
Seção I - Da Isenção em Operações com Produtos
Hortifrutigranjeiros e com Flores
Art. 4° Saídas, internas ou interestaduais, dos seguintes
produtos, em estado natural, exceto quando destinados à
industrialização: (cf. Convênio ICM 44/75 e alterações) I –
abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra,
alecrim, alface, alfavaca, alfazema, almeirão, aneto, anis,
araruta, arruda, aspargo, azedim;
II – batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, brócolis;
III – camomila, cará, cardo, catalonha, cebolinha, cenoura,
chicória, chuchu, coentro, cogumelo, cominho, couve,
couveflor;
IV – endívia, erva-doce, erva-de-santa-maria, erva-cidreira,
ervilha, escarola, espinafre;
V – funcho, flores e frutas frescas nacionais, exceto ameixa,
amêndoa, avelã, banana, castanha, figo, maçã, melão,
morango, nectarina, noz, pera, pêssego e uva;
VI – gengibre, inhame, jiló, losna;
VII – macaxeira, mandioca, manjericão, manjerona, maxixe,
milho verde, moranga;
VIII – nabiça, nabo;
IX – ovos;
X – palmito, pepino, pimenta, pimentão;
XI – quiabo, rabanete, raiz-forte, repolho, rúcula, ruibarbo,
salsa, salsão, segurelha;
XII – taioba, tampala, tomate, tomilho, vagem;
XIII – broto de vegetais, cacateira, cambuquira, gobo, hortelã,
mostarda, repolho chinês e demais folhas usadas na
alimentação humana.
Art. 5° Operações internas e interestaduais relativas à
comercialização e industrialização de peixes criados em
cativeiro localizado no território mato-grossense, frescos,
refrigerados ou congelados, bem como de suas carnes e partes
in natura, manufaturadas, semiprocessadas ou
industrializadas, utilizadas na alimentação humana. (cf. Lei n°
8.684/2007 e alterações)
(...)
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 14https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Art. 7° Saída interna de leite pasteurizado tipo especial, com
3,2% de gordura, e de leite pasteurizado magro, reconstituído
ou não, com até 2% de gordura, do estabelecimento varejista
com destino a consumidor final. (cf. Convênio ICM 25/83 e
alteração)‖
―Anexo VII
Capítulo I
Seção I – Do Diferimento em Operações com Algodão em
Caroço, Algodão em Pluma, Caroço de Algodão e Fibrilha de
Algodão
Art. 1° O lançamento do imposto incidente nas saídas de
algodão em caroço, algodão em pluma, caroço de algodão e
fibrilha de algodão, de produção mato-grossense, poderá ser
diferido, para o momento em que ocorrer:
I – sua saída para o exterior ou para outra unidade da
Federação;
II – a saída dos produtos resultantes do respectivo processo
industrial.‖
―Anexo VII
Capítulo I
Seção III - Do Diferimento em Operações com Amendoim,
Mamona, Milheto ou Sorgo, com Mandioca, com Babaçu ou
Palmito, com Cacau, Castanha-do-Pará ou Guaraná e com Mel
Art. 4° O lançamento do imposto incidente nas saídas de
amendoim em baga, de mamona em cacho, em baga ou em
grão, de milheto ou de sorgo, de mandioca, de babaçu ou de
palmito, de cacau bruto, de castanha-do-pará em casca, de
guaraná em bruto e de mel, de produção mato-grossense,
poderá ser diferido para o momento em que ocorrer: I – sua
saída para outra unidade da Federação ou para o exterior;
II – sua saída para outro estabelecimento comercial ou
industrial, ainda que pertencente ao mesmo titular;
III – sua saída com destino a estabelecimento varejista; IV
– a saída de produto resultante do seu beneficiamento ou
industrialização.‖
―Anexo VII
Capítulo II
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 15https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Seção I - Do Diferimento em Operações com Cana-de-Açúcar em
Caule e com Álcool Refinado e Hidratado para Uso Doméstico e
Hospitalar
Art. 10 O lançamento do imposto incidente na saída de
madeira in natura, extraída no território mato-grossense, bem
como nas saídas de lenha, resíduos de madeira, cavaco de
madeira e briquete de qualquer espécie, para utilização em
processo de combustão, será diferido em todas as operações
internas, até o momento em que ocorrer:
I – sua saída para outra unidade da Federação ou para o
exterior;
II – saída dos produtos resultantes de sua industrialização,
inclusive desdobramento de toras.‖
―Anexo VII
Capítulo III
Seção I - Do Diferimento em Operações com Gado em Pé, com
Aves Vivas, com Produtos e Subprodutos Resultantes do Abate,
bem como em Operações Vinculadas às Atividades Integradas,
relativas à Avicultura e à Suinocultura
Art. 13 O lançamento do imposto incidente nas sucessivas
saídas de gado em pé, de qualquer espécie, e de aves vivas
poderá ser diferido para o momento em que ocorrer: I – sua
saída para outro Estado ou para o exterior;
II – sua saída com destino a consumidor ou usuário final; III – a
saída de produto resultante do respectivo abate ou
industrialização.‖
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 16https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
adquiridos de terceiros, que não são de sua produção,
para a empresa Scheffer & Cia Ltda., cujos condôminos
são os mesmos sócios, tudo isso com base na
reorganização societária que já fora acima relatada que
converterá a estrutura de negócio utilizada de pessoa
física para jurídica.
O que importa para tanto é constatar o liame existente entre o fato gerador
do tributo previsto em lei e quem o produziu, agente regularmente
constituído ou não.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 17https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
―Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no
exterior‖;
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 18https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
18.2013.8.11.0027, publicado no DJE no dia 18/11/2016, in verbis:
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 19https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Ressalta-se ainda que, nos termos do art. 110, do CTN:
―A lei
tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados,
expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias‖.
Desta disposição decorre que o conceito de mercadoria não pode ser
alterado pelo fisco a seu bel prazer com o intuito de estabelecer
tributação em hipótese não prevista constitucionalmente.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 20https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
A mercadoria é bem ou coisa móvel. O que caracteriza
uma coisa como mercadoria é a destinação, uma
vez que é coisa móvel com aptidão ao comércio.
Não são mercadorias as coisas que o empresário
adquire para uso ou consumo próprio, mas somente
aquelas adquiridas para revenda ou venda.
Saliente-se que mercadorias são bens móveis que
podem ser comercializados, devendo haver intuito de
obtenção de lucro com a movimentação jurídica do
bem. Além disso, essa atividade deve ser habitual. Por
essa razão, a saída eventual de bens do ativo fixo
ou imobilizado de uma empresa não configura
circulação de mercadorias, mas mera circulação de
bens desgastados pelo uso‖. (Manual de Direito
Tributário – Editora Saraiva, 2013 – páginas 1.068 e
1.069).
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 21https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
No julgamento da Apelação Cível (Recurso Necessário)
número 37188/2017, sob relatoria da Desembargadora Doutora
Helena Maria Bezerra Ramos, que fora publicado no Diário da
Justiça Eletrônico em 20 de maio de 2019, foi decidido à
unanimidade:
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 22https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Desembargadora Relatora, Excelentíssima Doutora Helena Maria
Bezerra Ramos, em 13-05-2019, decidiu:
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 23https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
do mesmo artigo deixou à lei complementar tarefa de
definir os contribuintes desse tributo.
Por sua vez, a Lei Complementar 87/96 (norma federal
que
dispões sobre ICMS), define o contribuinte na primeira
parte no seu artigo 4º, vejamos:
...
Portanto, na esteira do conceito de ICMS delimitado
pelos Tribunais Superiores, se o contribuinte do ICMS
pratica um ato esporádico e incompatível com seu
objeto social (venda de equipamentos do ativo) sem
o intuito de se manter com as receitas provenientes
daquela atividade (em função da raridade com que tal
evento ocorre), logo, não haverá uma operação
comercial relevante para fins de incidência do tributo
em análise. É necessário segregar aquelas operações
reiteradas que se constituem fatos passíveis de
tributação daquele fato isolado, praticado sem o
propósito de atingir os objetivos sociais da
empresa.
No caso em tela, está claramente visível que se trata de
uma venda isolada de ativo fixo do produtor rural,
assim, não caracterizando um ato de comércio
praticado com habitualidade pelo comerciante, restando
desta forma demonstrada a violação a direito líquido e
certo do Impetrante, devendo a r. sentença ser
ratificada‖.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 24https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
As coisas vendidas, embora apresentassem suas
respectivas utilidades, não saíram de estoques de
mercadorias destinadas à venda, mas do ativo fixo
das empresas que compuseram o consórcio, que
não as adquiriram para comércio, mas como
instrumento de execução e material da construção
civil.
Isso significa que ditas operações não refletem
exercício de mercancia, atividades que o consórcio de
empresas, ora apelante, não exercitam, porque se
dedicam a atividade do ramo da construção civil.
O que ocorreu não foi a busca de “lucro”, que é
objeto da mercancia, mas sim a necessidade de
descartar coisas úteis, porém dispensáveis, que já
não expressavam interesse econômico às
empresas consorciadas, como máquinas,
equipamentos e ferramentas usadas. Entretanto, não
saíram das empresas que fazem parte do consórcio
Cigla-Sade como mercadorias, mas como desova de
seus ativos fixos.
...
Portanto, na esteira do conceito de ICMS delimitado
pelos Tribunais superiores, se o contribuinte desse
imposto pratica a venda de equipamentos do ativo sem
o intuito de se manter com as receitas provenientes
daquela atividade, logo, não haverá uma operação
comercial relevante para fins de incidência do tributo
em análise‖. (grifo nosso)
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 25https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
verbete Sumular n.º 541 do STF. Vejamos:
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 26https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
"QUINTOS" INCORPORADOS POR FORÇA DE LEI LOCAL -
DECRETO QUE MODIFICOU DIREITO ADQUIRIDO -
INCONSTITUCIONALIDADE - CONTROLE DIFUSO DA
CONSTITUCIONALIDADE DO ORDENAMENTO LEGAL -
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA HIERARQUIA DAS LEIS -
Ordem concedida.
1. O Mandado de Segurança não é o meio idôneo para se atacar
a lei em tese, mas quando esta gera situação específica e
pessoal, causando a violação concreta de direitos individuais,
é o remédio cabível para corrigir a grave distorção...5. Ordem
concedida. (Processo MS 427395 DF – Relator(a): P.A. ROSA DE
FARIAS – JULGAMENTO 29/10/1996 – Conselho Especial –
Publicado DJU 26/03/1997. Pg. 5.095‖.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 27https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO DE SENTENÇA –
MANDADO DE SEGURANÇA – ICMS ESTIMATIVA POR
OPERAÇÃO (ART. 30, V, DA LEI 7.098/98, INTRODUZIDO
PELO ART. 17 DA LEI 9.226/2009) – PRELIMINARES DE
CARÊNCIA DE AÇÃO - AUSÊNCIA DE INTERESSE E
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA - INACOLHIDAS -
MATÉRIA RESERVADA À LEICOMPLEMENTAR, NOS
TERMOS DO ART. 146-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL –
ILEGALIDADE DECLARADA - SENTENÇA RATIFICADA -
RECURSO DESPROVIDO.
1. Não há que se falar, no caso, em MANDADO de
SEGURANÇA contra LEI em TESE, visto que o regime de
apuração do ICMS por estimativa vem sendo aplicado desde a
edição do Decreto n. 2.734/2010, e os arts. 87-J a 87-J-5 do
RICMS/MT possuem efeitos concretos.
(...)
4. Apelo desprovido. Sentença Ratificada.
(N.U 0005640-87.2014.8.11.0041, , MARIA EROTIDES KNEIP
BARANJAK, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO E
COLETIVO, Julgado em 11/09/2017, Publicado no DJE
25/04/2018)
4 – DA LIMINAR
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 28https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
demonstrado, eis que, argumentou-se e provou-se que a venda de bens do ativo
fixo da empresa, bem como de insumos e produtos, já efetivada, não se
enquadra na hipótese de incidência determinada pelo art. 155, II, da Carta
Federal, tendo em vista que, em tal situação, inexiste circulação de mercadoria
no sentido jurídico-tributário: os bens não se ajustam ao conceito de
mercadorias e as operações não são efetuadas com a finalidade de obtenção de
lucro.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 29https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
Justamente por esta razão, o Impetrante promoveu o depósito
judicial do valor correspondente ao ICMS sub judice, por cada inscrição
estadual, totalizando o valor total de R$ 4.988.569,95 (quatro milhões,
novecentos e oitenta e oito mil, quinhentos e sessenta e nova reais e noventa e
cinco centavos).
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 30https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
A operação de desincorporação e venda dos ativos, insumos e
implementos agrícolas alçará precisamente o montante de R$ 4.988.569,95
(quatro milhões, novecentos e oitenta e oito mil, quinhentos e sessenta e nova
reais e noventa e cinco centavos), dividido entre as “inscrições estaduais
contribuintes”, conforme consta da relação analítica de bens (Doc. 06), que
demonstra de forma pormenorizada o cálculo realizado pelo Impetrante, com
base nas ilegais regras impostas pelos já colacionados artigos do RICMS/MT.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 31https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
depósito judicial, como disposto no art. 151, II do CTN, constitui-se como
genuíno direito subjetivo dos contribuintes, sendo a suspensão da exigibilidade
do crédito tributário tão somente consequência direta de tal ato.
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 32https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
SÚMULA 7/STJ. 1. No acórdão regional ficou consignado:
"Registre-se que é direito da parte, a suspensão da
exigibilidade do tributo, quando realizar o depósito do valor
equivalente (fls. 78 destes autos digitais), nos exatos termos do
art. 151, inciso II, do CTN, direito esse que decorre da Lei e é
exercitável independentemente de autorização judicial ou
concordância da Fazenda, uma vez que o seu pretenso crédito
acha-se garantido, no caso de improcedência do pedido do
contribuinte. Ou seja, o sujeito passivo não sofre os atos
executórios enquanto pendente a demanda, e, à Fazenda, fica
assegurado o direito de converter em renda o valor depositado"
(fl. 435, e-STJ) 2. O exame da presença dos pressupostos
autorizadores à concessão da antecipação de tutela - in casu, a
verossimilhança da alegação e o dano irreparável ou de difícil
reparação (art. 300 do CPC)- exige o
Assinado eletronicamente por: CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO - 04/11/2019 19:29:36 Num. 25756892 -
Pág. 33https://pje.tjmt.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110419293675700000025111039
reexame do conjunto fático-probatório, o que é vedado na via
estreita do Recurso Especial, por força da Súmula 7/STJ. 3.
Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não
provido.‖
(STJ - REsp: 1690575 SP 2017/0187742-2, Relator: Ministro
HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 05/10/2017, T2 -
SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/10/2017)
5. DO REQUERIMENTO
Rol de documentos: