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ACOLHIMENTO

Acolhimento é assim definido pelo Ministério da Saúde:

Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local
nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de
todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na
escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de
saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de
compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos
cidadãos que procuram os serviços de saúde.

“Recepção do usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele,


ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas preocupações, angústias, e ao mesmo
tempo, colocando os limites necessários, garantindo atenção resolutiva e a articulação com
os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência quando necessário” (Rede
Humaniza SUS).
“o acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação
de aproximação, um “estar-com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão.
Essa atitude implica, por sua vez, estar em relação com algo ou alguém. É uma das
diretrizes de maior relevância ética, estética, política da Política Nacional de Humanização do
SUS (Ministério da Saúde, 2006).
Não se trata só da construção de um vínculo ou relação, mas implica também uma técnica
ou manejo técnico.
Na função de acolhimento está implícita uma relação de cuidado, de proteção, de
continência.
Escuta é mais do que ouvir.
Significa receber a angústia do outro sem julgamentos antecipados, sem preconceitos, sendo
congruente e empático, ajudando o sujeito a restituir seu self, a dar sentido a seu trauma,
resgatando sua história e seus projetos de vida.
Através da função de acolhimento maneja a angústia para se manter num nível adequado e
produtivo para o processo. Quando maior a angústia, mais disponibilidade se coloca para
acolher os conteúdos. Permitindo a expressão de dor, o pranto a comoção e sendo mais
diretivo, com orientações e/ou sugestões. Quanto menor a angústia, menos diretivo e por
outro lado mais analítico e reflexivo de forma a levar à elaboração, ressignificação e
superação do problema.
Escutar o que o sujeito tem a dizer sobre si mesmo, VALORIZANDO a forma como narra sua
história e seus sintomas. A forma como cada um sofre/lida com sua história é singular e
temos que está preparados.
Não é ouvir e mexer no celular.
Escuta apresenta-se como uma estratégia de comunicação essencial para compreensão do
outro... (Benjamim, 1983)
É um evento ativo e dinâmico, que exige esforço por parte do ouvinte para identificar os
aspectos verbais e não verbais da comunicação.
Humanizar um atendimento por meio de uma escuta diferenciada significa também
reposicionar o sujeito que se encontra adoecido, com problemas, eu seu tratamento, sua
comunidade, sua escola.

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