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CORPORATIVA
Giancarlo Giacomelli
G721 Governança Corporativa [recurso eletrônico] / Giancarlo
Giacomelli... [et al.] ; [revisão técnica: Gisele Lozada]. –
Porto Alegre : SAGAH, 2017.
CDU 336.773
Introdução
Organizações são arranjos humanos complexos em busca de objetivos e
resultados. Porém, nem sempre os objetivos são compartilhados ou en-
tendidos de maneira similar entre todas as partes que compõem o sistema
organizacional. Algumas lideranças podem ter objetivos conflitantes com
os da organização e utilizar os recursos da organização em busca destes
objetivos. A governança se apresenta como uma poderosa ferramenta
para assegurar que os objetivos das principais partes interessadas – sócios
e investidores – não sejam preteridos frente a objetivos de curto prazo.
Neste texto você vai estudar a empresa como um sistema e suas
inter-relações com o ambiente, identificando como os controles podem
ser úteis para a dinâmica organizacional e servir como uma fonte de
informação crucial para as práticas de governança.
58 A empresa como sistema e seu ambiente
Quanto mais o seu negócio cresce, maior a necessidade de pessoas. Um bom exemplo
disso é o Walmart, uma rede de varejo com atuação em diversos países do mundo.
O Walmart é reconhecido por sua eficiência logística e seus preços baixos: oferece
produtos dos mais diversos tipos, de alimentos a roupas e materiais de escritório,
para milhões de pessoas, gerando praticidade e tornando a vida dessas pessoas mais
agradável. Para isso, em 2016, o Walmart contava com 2 milhões e 100 mil colaboradores
diretos, sem contar fornecedores e parceiros. É praticamente quatro vezes a população
de Miami, por exemplo.
Dessa forma, cada pessoa dentro da empresa passa a ter uma função que
vai além do seu cargo: é fundamentalmente uma razão de estarem ali, todos
eles; desde o funcionário que foi recém contratado para uma tarefa simples e
manual (como um repositor de prateleiras, no exemplo de um supermercado),
até o executivo chefe (CEO). Todos recebem atribuições e metas, que precisam
ser previstas e monitoradas. Afinal, essas tarefas representam interesses e ob-
jetivos que necessitam estar alinhados, garantindo a prevalência do interesse da
organização ao invés dos objetivos individuais das pessoas ou departamentos.
Como resultado, o avanço nas práticas de departamentalização e controle
administrativos levaram ao surgimento do gerenciamento de processos.
Gerenciamento de processos
Inicialmente é importante estabelecer a diferença entre gestão de processos e
gestão por processos, conforme as definições de Ferreira (2013):
Conflito de agentes
Fatores como a crescente internacionalização das atividades empresariais têm pro-
movido uma maior dispersão da propriedade e, portanto, uma nítida separação desta
com a direção da empresa.
Essa contraposição de interesses cria o chamado “conflito de agentes”, definido pela
disparidade de acesso às informações do negócio existente entre os proprietários,
dispersos e, por isso, débeis, e os administradores, possuidores de total acesso a
informações privilegiadas. Essa situação transforma o proprietário na parte fraca e o
administrador na parte forte do negócio.
Enquanto os administradores estão mais preocupados em maximizar os resultados
das avaliações de gestão dos períodos correspondentes à sua atuação, os investidores
acionistas estão preocupados com o longo prazo e desejam que as condições de
benefícios sejam mantidas ao longo do tempo (AVALOS, 2009).
Para conhecer mais sobre as boas práticas de governança, você pode acessar a íntegra
do “Código de melhores práticas de governança corporativa” (INSTITUTO BRASILEIRO
DE GOVERNANÇA CORPORATIVA, 2015).
1. entorno do controle;
2. avaliação de riscos;
3. atividades de controle;
4. informação e comunicação;
5. supervisão.