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Instituto Politécnico de Castelo Branco

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias


Ciências Biomédicas Laboratoriais
2ºano- 2ºsemestre
2023/2024

Despiste da Anemia Hemolítica


Autoimune

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


Unidade Curricular: Imunohemoterapia Clínica- Laboratorial II
Castelo Branco, 6 de Março de 2024
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Ciências Biomédicas Laboratoriais
2ºano- 2ºsemestre
2023/2024

Índice
Objetivo ......................................................................................................... 3
Enquadramento Teórico ................................................................................ 3
Materiais e Métodos ..................................................................................... 5
Resultados ..................................................................................................... 6
Discussão....................................................................................................... 6
Conclusão ...................................................................................................... 7
Referências Bibliográficas .............................................................................. 7

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


Unidade Curricular: Imunohemoterapia Clínica- Laboratorial II
Castelo Branco, 6 de Março de 2024
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Ciências Biomédicas Laboratoriais
2ºano- 2ºsemestre
2023/2024

Objetivo
Esta atividade laboratorial serve para despistar uma Anemia Hemolítica
Autoimune usando sangue total colhido com tubo de EDTA, usando as metodologias
Teste de Antiglobulina Direta (TAD) e o Teste de Antiglobulina Indireta (TAI).

Enquadramento Teórico
A Anemia Hemolítica Autoimune (AHA) é caracterizada pela destruição precoce
de eritrócitos por autoanticorpos, diminuindo sua sobrevida. A grande particularidade
na fisiopatologia está ligada a reatividade térmica que anticorpos têm de se ligar e
potencializar uma reação de lise celular. O critério para classificar consiste em reações
que ocorrem em temperatura de 37ºC e 4ºC, categorizam anticorpos quentes e
anticorpos frios respetivamente. Os métodos de destruição são realizados via sistema
complemento, quando ativados por fragmentos que estão na superfície eritrócitaria,
podendo ser por ataque de membrana (intravascular) ou retiradas pelos macrófagos do
sistema reticuloendotelial (SER) (extravascular), acarretando mudanças na homeostase
do organismo debilitado.
O cenário mais frequente de relato de pacientes com crises de anemia
hemolítica, em especial a autoimune, ocorre em situações secundárias em que um
histórico de doenças de carácter autoimune, como lúpus eritematoso sistêmico (LES),
síndrome de Evans (SE), linfomas, infeções virais ou como reações a medicamentos
como a Metildopa. Entretanto, causas idiopáticas também são tidas como responsáveis.
Algumas pessoas com anemia hemolítica autoimune podem não manifestar
sintomas, particularmente quando a destruição de glóbulos vermelhos é leve e se
desenvolve lentamente. Outras pessoas apresentam sintomas similares aos de outros
tipos de anemias (tais como fadiga, fraqueza e palidez) especialmente quando a
destruição é mais grave ou rápida.
Os sintomas de destruição grave ou rápida de glóbulos vermelhos podem incluir
icterícia (coloração amarelada da pele e dos brancos dos olhos), febre, dor no peito,
desmaio, sintomas de insuficiência cardíaca (ex: falta de ar) e até mesmo morte.
Quando a destruição persiste por alguns meses ou mais, o tamanho do baço pode
aumentar, o que provoca sensação de inchaço abdominal e, ocasionalmente,
desconforto.

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


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Castelo Branco, 6 de Março de 2024
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Nas pessoas com anemia hemolítica por anticorpos frios, as mãos e os pés
podem ficar frios ou azulados.
Quando a causa de anemia hemolítica autoimune é outra doença, é possível que
predominem os sintomas da doença subjacente, como aumento ou sensibilidade dos
linfonodos e febre.
As pessoas com hemoglobinúria paroxística fria podem apresentar dores
intensas nas costas e nas pernas, vômito e diarreia. A urina pode ficar marrom escura.

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


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Materiais e Métodos
Amostra:
o Amostra de sangue total (tubo com anticoagulante EDTA)

Materiais:

o Bata branca
o Luvas
o Pipeta de Pasteur
o Micropipeta e respetivas pontas
o Tubos de hemólise, devidamente identificados
o Card AGH (IgG + C3d), devidamente identificado
o Suporte para tubos e para Card
o Centrifuga
o Centrifuga para Card

Reagentes:

o LISS
o Células comerciais (I, II e III)

Procedimento:

A. TAI: Card AGH

1. No poço 1 colocar 1 gota célula comercial I + 25 l de Plasma;


2. No poço 2 colocar 1 gota célula comercial II + 25 l de Plasma;
3. No poço 3 colocar 1 gota de célula III + 25 l de Plasma:
4. Incubar durante 15 minutos a 37ºC;
5. Centrifugar o Card durante 10 min a 910 rotações por minuto;

B. TAD: Card AGH

1. Criar uma suspensão de eritrócitos da amostra a 1% com Liss


2. Num poço de AGH deitar 50 l da suspensão;
3. Centrifugar o card durante 10 minutos a 910 rotações por minuto.

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


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Resultados
Célula I Célula II Célula III TAD
Aglutinação 2+ 2+ 2+ +
Tabela 1: Graus de Aglutinação do TAD e TAI

Figuras 1: Resultados do TAI e do TAD em gel

Discussão
Os resultados obtidos tanto na Técnica de Aglutinação de Células
Imunocomerciais (TAI) quanto na Técnica de Aglutinação de Células do Paciente (TAD)
apontam para a presença de aglutinação celular, o que pode ser um sinal de uma
possível anemia hemolítica autoimune (AHAI).
Na TAI, observou-se um grau de aglutinação mais marcante nas células
comerciais, onde todas as variantes (I, II e III) apresentaram um nível de aglutinação
forte (++). Este resultado sugere a presença de anticorpos no soro do paciente capazes
de aglutinar as células comerciais.
Por outro lado, na TAD, o grau de aglutinação foi mais suave, indicando uma
menor concentração de anticorpos aglutinantes ou de complemento no soro do

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


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paciente. Essa diferença na intensidade da aglutinação entre as células comerciais e as


células do próprio paciente sugere uma possível variação na atividade autoimune.
Essas observações são consistentes com a suspeita de uma AHAI, embora o grau
de aglutinação seja mais pronunciado nas células comerciais do que nas células do
paciente, sugerindo uma atividade autoimune menos intensa neste último caso.

Conclusão
Estes resultados levantam a possibilidade da presença de uma anemia hemolítica
autoimune, indicando que os anticorpos presentes no soro do paciente estão
aglutinando as células sanguíneas. No entanto, é crucial enfatizar que outros testes e
avaliações clínicas são indispensáveis para confirmar o diagnóstico de anemia hemolítica
e identificar sua causa específica.
O diagnóstico preciso da anemia hemolítica e a determinação da sua etiologia
exigem uma abordagem abrangente, que pode incluir exames adicionais, análise
detalhada do histórico médico do paciente, avaliação dos sintomas clínicos e, em alguns
casos, procedimentos diagnósticos invasivos. Portanto, é fundamental que o paciente
continue sendo acompanhado por profissionais de saúde capacitados para uma
investigação completa e um plano de tratamento adequado.

Referências Bibliográficas
o Braunstein, E. M. (2022, 6 de julho). Anemia hemolítica autoimune - Distúrbios
do sangue - Manual MSD Versão Saúde para a Família. Manual MSD Versão
Saúde para a Família.

o (s.d.-a).

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


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