Black As Is The Raven, He'll Get A Partner - Capítulo 4 - Nekojita - All For The

Explícito
Representações Gráficas De ViolênciaEstupro

/Não-Con
M/MF
/M
Tudo para o Jogo - Nora Sakavic
Neil Josten/Andrew MinyardNeil

Josten & Jean MoreauMatt
Boyd/Danielle "Dan" WildsSeth
Gordon/Allison ReynoldsAllison
Reynolds/Renee Walker (All For The Game)
Neil Josten/Ichirou MoriyamaKatelyn
/Aaron MinyardJeremy
Knox/Jean Moreau
Neil JostenAndrew
MinyardJean
MoreauDavid
WymackRiko
MoriyamaTetsuji
MoriyamaPatrick
DiMaccioThe
Ravens (All For The Game)
Nicky HemmickAaron
MinyardOriginal
Male Character(s)
Original Female Character(s)
Kevin DayIchirou
MoriyamaDanielle
"Dan" WildsMatt
BoydAllison
Reynolds (All For The Game)
Renee Walker (All For The Game)
Seth GordonAbby
https://archiveofourown.org/works/11793270/chapters/27481713#workskin 06/01/2024, 23 56
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:
WinfieldBetsy
DobsonLola
MalcolmStuart
HatfordThea
MuldaniJeremy
KnoxJack
(All For The Game)
Sheena (All For The Game)
Baby Foxes (All For The Game)
Laila DermottSara
AlvarezRobin
CrossThe
Hatfords - Character
Corvo! NeilAUImplied
/Referenced Rape/Non-conImplied
/Referenced Child AbuseIt's
to be Darkslow
burn doesn't begin to describe thismore
tags to be added later
more more relationships to be added later - Freeform
Algothing a bit differentNeil
and Jean are brosthere's
have to overcomeneil
in protective mode
Homofobic Languagetaking
a close a close Ninho
, nem tudo é ruim,
embora muito seja um
mergulho profundo no RavensJack
e Sheena aparecem, então esteja preparado para que isso
é realmente muito lento,
sério,
muito de pining acontecendo
, quero dizer, MUITA PININGTranstorno
de
Estresse Pós-Traumático - PTSD
lidando com coisas ruins
Bee e Andrew bondingBee
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:
está lá para seu filho adotivoPersonagem
Menor Deathcharacters
outedJean
está tão acabado com todos
, mas ele recebe Jeremydubious
namoro conselhos
Lidando com TraumaBlack
-outsDissociationneil
luta sem maryEventual
Happy Endingneil
passando por todos os cinco anos na universidadeandrew
nos profissionais
inglês some_aftg_favs_longer_ish , estou enviando uma mensagem de
penas e ossos, apenas me avise que não estou esquecido aqui sozinho , foda-
se por me fazer sentir coisas , Oops I Read It Again , Hic , Best of AFTG
(Long Fics), International Fanworks Day 2022 - Classic Fic Recs , Por que
dormir? Temos ótimas histórias! , все ради игры,Tudo para as ficções do
jogo , nível de deus , Sam_tiup: Fanfictions que eu cometeria crime por ,
Venha novamente? , Rina , AFTG Fics That Met my Ridiculously High
Standards
Negro Como O Corvo, Ele Terá Um Parceiro

nekojita
Capítulo 4: (http://archiveofourown.org/works/11793270/chapters/27481713)
Máquina Quebrada
Notas:
Ok, então este capítulo pega um pouco emprestado de The Raven King
(acho que você pode descobrir de qual cena estou falando), então algum
crédito para Nora Sakavic. Mas é um pouco diferente. Espero que seja tão
interessante quanto alguns de vocês esperavam que fosse, a julgar pelos
comentários.
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:
Hmm, há os avisos habituais de Riko/Tetsuji, e Andrew sendo Andrew,
mas é isso para gatilhos, eu acredito.
*******
(Veja o final do capítulo para mais notas (#chapter_4_endnotes) .)
*******
Muito cedo em 25 de agosto, Neil se viu voando para Raleigh, Carolina
do Norte, com Riko, Nakamura e alguns dos guarda-costas menos óbvios,
enquanto Jean permaneceu para trás em Evermore - supostamente porque
Kathy Ferdinand só queria Riko e Neil em seu programa, mas ele sabia que
Jean estava sendo usada como 'seguro', então ele não teve nenhuma ideia de
tentar fugir do campus de Edgar Allan ou se comportar mal enquanto estava
na câmera. Oh não, nenhum apelo dramático de 'ajuda-me, estou sendo
mantido contra a minha vontade' por Neil, sem se barricar no banheiro do
aeroporto ou fazer uma cena enquanto passa pela segurança ou algo assim,
não quando Jean, Marley e Meg poderiam ser usados contra ele.
A mãe de Neil estaria fora de si com nojo de se permitir ficar "apegada"
a outros assim, ao dar aos Moriyamas armas tão óbvias para usar contra ele.
Mas ele claramente tinha sido o calcanhar de Aquiles de sua mãe no final,
então nem mesmo ela teria sido capaz de lidar com toda essa coisa de 'sem
fraqueza', e ele não achava que poderia continuar se não tivesse algo para
lutar enquanto estivesse preso em Evermore por tanto tempo.
Depois que Riko o ignorou na viagem do campus, ele ficou bastante
surpreso ao chegar ao aeroporto de Yeager em Charleston, Virgínia Ocidental,
e embarcar no voo para Raleigh, tenso pela perspectiva de estar perto de Riko
por tanto tempo, além de usar sua identidade falsa, e descobrir que ele tinha
um assento na primeira classe ao lado do bastardo. Riko sorriu para a
expressão confusa óbvia em seu rosto. “Você é um Raven agora, uma das
minhas Cortes Perfeitas. Nós não voamos de ônibus. Agora sente-se.”
"Sim, capitão", disse Neil, consciente de manter Riko naquele humor
aparentemente bom pela primeira vez, de garantir que a ira de Riko estivesse
focada em Kevin Day, onde pertencia. Neil marcou cinco pontos no jogo na
noite anterior, ajudou Riko a marcar mais vários contra Belmonte no que tinha
sido uma vitória decisiva (esmagadora) contra a equipe, que começou a
temporada para os Ravens com uma impressionante vantagem de pontos
sobre o resto das equipes da Classe I.
Mais importante ainda, ele ajudou a resolver as questões sobre se ele
merecia ou não ser um Corvo ou usar o número '4'. Embora ele ainda tivesse
um caminho a percorrer e muito a aprender, Tetsuji ficou satisfeito o
suficiente com seu jogo ontem à noite para permitir que ele e Jean
descansassem após o jogo, para passar algum tempo nas banheiras de imersão
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antes de se aposentar em seu quarto (eles poderiam ter se juntado a seus
companheiros de equipe para participar de massagens profissionais... mas
nenhum deles poderia se fazer continuar permitindo que estranhos tocassem).
Neil sentou-se ao lado da janela com o capuz de seu moletom de Ravens
puxado sobre sua cabeça e viu Riko flertar com a única comissária de bordo,
ficou quieto durante o voo e consciente de não se desviar muito de Riko ou
Nakamura quando chegaram à Internacional de Raleigh-Durham. Algumas
pessoas os reconheceram apesar da hora cedo, e Neil se forçou a sorrir
enquanto Riko lidava com o peso da atenção. Logo eles estavam na limusine
alugada e foram para o estúdio de Kathy Ferdinand.
"Precisamos trabalhar para melhorar sua presença", disse Riko enquanto
se derramava sobre uma dose de uísque enquanto Nakamura assistia em
silêncio - o homem de meia-idade pode se reportar a Tetsuji, mas Neil teve a
impressão de que também não queria arriscar o temperamento de Riko. “Você
é um novato, então espera-se que você seja novo nas coisas e não faça um
show de si mesmo, mas você está na Quadra Perfeita, você é um Corvo.
Todos os olhos estão em nós.”
Ego muito? Neil ficou quieto até que ele tinha certeza de que os insultos
não se produziriam quando ele abrisse a boca. “Não estou acostumado a
chamar a atenção para mim mesmo.” Ele sobreviveu não chamando a atenção
para si mesmo.
“Isso vai mudar”, Riko insistiu antes de jogar de volta a bebida. “Tudo o
mais em você já tem.”
Neil teve que se lembrar de Jean de volta ao Ninho enquanto
contemplava abrir a porta e empurrar um certo idiota presunçoso para o
tráfego que se aproximava.
Felizmente (para Riko), eles chegaram ao estúdio antes que a paciência
de Neil fosse testada demais, onde eles pararam até uma porta dos fundos e
foram apressados para dentro de uma sala cheia de sofás e cadeiras na frente
de espelhos, onde uma mulher usando muita maquiagem e um sorriso muito
largo deu um grande abraço em Riko. “Riko! Não acredito que você está
realmente aqui! E você está incrível!” Ela riu um pouco enquanto se afastaa.
“Não estou nem um pouco cansado depois daquele jogo incrível ontem à
noite! Eu estava na beira do meu assento o tempo todo!”
Riko sorriu, sua expressão de alguma forma cheia de calor e brincadeira,
o que fez Neil querer piscar algumas vezes, caso estivesse vendo coisas. “O
que posso dizer? O início da temporada e os últimos jogos sempre me enchem
de tanta pressa!” Então o sorriso dele se achatou um pouco. “Kevin já
chegou?”
“Não,” Ferdinand (pelo menos, Neil assumiu que era isso) rapidamente
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assegurou a ele. "Eles devem estar aqui em breve", disse ela a ele enquanto
seu sorriso tomava um pouco de fome. “Oh, isso vai ser tão divertido! E as
classificações!” Então ela olhou ao redor de Riko para olhar para Neil. “Olá!
Meu, assim que as pessoas superarem a grande reunião de Riko e Kevin, elas
vão comer todos vocês, querida.”
"Sim, estamos muito confiantes de que não apenas os fãs, mas os
patrocinadores o levarão", disse Riko, seu comportamento mais 'normal' de
repente. “Seu show será uma ótima introdução para ele.”
Ferdinand reorientou sua atenção de volta para o bastardo. “E eu sou
muito grata a você por esta oportunidade”, ela entusiasmou, o que parecia
restaurar um pouco o bom humor de Riko. “Quero dizer, todo mundo quer
que você e Kevin voltem a ficar juntos para uma entrevista e você veio até
mim?” Ela bateu os olhos várias vezes enquanto Neil lutava contra o desejo de
amordaçar. “Só isso vai fazer com que as classificações satram pelo telhado!
Adicione o primeiro olhar sobre o novo atacante dos Ravens? Acho que não
serei capaz de superar este show por meses!”
Riko sorriu enquanto puxava Kathy de lado para falar com ela em
particular, enquanto Neil olhava ao redor da sala e acolheva as pessoas de pé
para o lado (duas mulheres e um cara que estavam olhando para ele e Riko
com interesse, outro homem falando em um fone de ouvido enquanto
verificava um tablet) enquanto os guarda-costas se estacionavam perto da
única porta (então não há como Neil sair, em outras palavras). Depois de
alguns minutos, o cara com o fone de ouvido foi interromper Ferdinand e
Riko.
“Tudo bem, parece que Kevin finalmente chegou,” ela disse a Riko.
“Vou deixar você com Paula e os outros para deixar você e Neil prontos, e
você sairá quando for a hora.” Ela deu outro abraço em Riko e acenou para
Neil antes de sair com o cara do fone de ouvido.
Como se essa fosse a deixa deles, as duas mulheres (Paula era aquela
com cabelo loiro escuro e óculos) e o homem vieram para que Riko e Neil se
trocassem de roupas 'adequadas' para suas entrevistas (preto, o que não era
uma surpresa, caro e de forma, que Neil colocou atrás de uma tela depois de
um olhar nivelado de Riko), depois se preocuparam com o cabelo e até se
maquiaram um pouco de maquiagem. Neil sofreu com tudo isso enquanto
Riko conversava com as pessoas e desfrutava de um café, seu sorriso
desaparecendo quando as três pessoas saíram.
"Você segue meu exemplo", disse ele a Neil enquanto a televisão no
canto da sala mostrava Ferdinand cumprimentando o público; Neil se
acalmou quando reconheceu Wymack e Minyard na primeira fila, juntamente
com vários outros Palmetto State Foxes. “Cuidado com a sua boca enquanto
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estiver lá fora e comporte-se.”
Neil não precisava de um lembrete de quem pagaria o preço por sua
insolência na televisão nacional, nem como a razão pela qual eles estavam lá
era para que Riko pudesse rasgar Day. “Eu entendo.” Tudo o que ele
precisava era olhar para o ódio e o ciúme na cara do idiota enquanto Riko
olhava para a tela - no Day enquanto ele entrava no palco - para saber que o
principal objetivo de Riko naquela manhã era machucar o outro atacante o
máximo possível.
Não era como se Neil fosse se opor, não quando ele podia sentir todas as
novas cicatrizes sob as roupas pretas finas, quando ele cavava os dedos nos
braços da cadeira para evitar recuar enquanto a mulher e o homem estranhos
se preocupavam com o cabelo e esfregavam coisas no rosto, continuavam
tocando nele. Deixe o Dia sofrer um pouco depois de tudo o que ele fez e não
fez.
Eles assistiram aos primeiros minutos de Ferdinand conversando com
Day sobre suas razões para ir ao Palmetto State e ao primeiro jogo da
temporada dos Foxes antes que outro assistente escoltasse Riko e Neil para
fora da sala e em direção ao palco de som. Eles se certificaram de ficar fora
da linha de visão, uma sensação doentia de ansiedade crescendo no estômago
de Neil à medida que o sorriso de Riko se tornava mais largo e mais nítido
enquanto Ferdinand continuava a alimentar as perguntas do Day, quase como
se ele soubesse para onde as coisas estavam indo. Neil não deixaria passar
pelo bastardo que ele teveria resolvido a coisa toda com a mulher para que ela
pudesse obter suas preciosas classificações e ele sua chance de vingança.
A mudança de distrito dos Ravens foi levantada, o que fez Riko agarrar o
braço de Neil. Quando Day explicou que não falava com ninguém da equipe
há algum tempo, Ferdinand sorriu para as câmeras. “Bem, então eu tenho um
presente para você!”
Essa parecia ser a sugestão que Riko estava esperando, especialmente
desde que a música tema dos Ravens começou a tocar. Neil ensinou sua
expressão em algo em branco enquanto Riko o puxou em direção ao palco e
depois o deixou ir antes que eles saíssem para as luzes, prestando atenção em
como o rosto de Day empalidecia quando ele viu seu ex-parceiro. Ele ficou ao
lado da mesa enquanto Riko beijava a bochecha de Ferdinand e conseguiu um
leve sorriso (e não vacilar) quando a mulher se inclinou para lhe dar um
abraço em saudação, o tempo todo ciente de quão duro Day havia se tornado
na presença de Riko - isso e o movimento repentino na primeira fila. Parecia
que algumas das raposas estavam forçando Minyard a permanecer em seu
assento.
Neil poupou-lhes um olhar enquanto Riko falou com Day, por último,
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dizendo a ele quanto tempo fazia e estendendo a mão para pegar sua mão.
Enquanto uma das Raposas se sentou no colo de Minyard, Day aceitou a
relotor o aperto de mão de Riko, o que permitiu que o bastardo o puxasse para
um abraço que foi lentamente devolvido.
Neil quase podia sentir pena de Day, já que estava claro que a última
coisa que ele queria era estar perto de Riko... mas graças a Day, Neil e Jean
ficaram presos com o psicopata em tempo integral. Eles não conseguiram ir
embora depois desta entrevista.
Riko segurou Day à distância do braço e deu a ele um olhar crítico para
cima e para baixo. “Acho que você encolheu desde a última vez que te vi.
Eles não te alimentam aqui embaixo? Eu sempre ouvi dizer que a comida do
sul é pesada." Neil lutou contra o desejo de revirar os olhos para a falsa
preocupação.
O dia deu um sorriso nervoso como se estivesse tentando se reunir. "Eu
corro na quadra, eu acho."
"Que milagre." Um pouco de malícia entrou na voz de Riko, o suficiente
para colocar Neil no limite e lembrá-lo de que isso era um banho de sangue e
não uma entrevista.
Enquanto isso, Ferdinand parecia tentar se reinserir de volta às coisas. "É
realmente um milagre. Dê uma boa olhada, pessoal.” Ela gesticou para os dois
atacantes. “Seu par de ouro está de volta, mas pela primeira vez, eles são
rivais. Riko, Kevin, agradecemos do fundo do nosso coração por tolerar nosso
fanatismo incessante." Ela deu um passo à frente e fez sinal para que todos se
sentassem, com Riko aproveitando a situação para se sentar no sofá onde Day
estava antes de "travar" a entrevista, e Neil pôde ver Day fazer uma pausa e
tentar descobrir se ele poderia se sentar em outro lugar antes de ceder e se
juntar a Riko lá. Enquanto isso, Neil ficou grato por poder ficar sozinho no
outro sofá como se a distância o salvasse do desastre iminente.
Ferdinand sorriu para eles por um momento antes de retomar o show.
"Pelo que acabei de ouvir do Kevin, parece que nenhum de vocês falou há
algum tempo. É isso mesmo?"
"É", disse Riko enquanto finalmente desvava o olhar de Day, sua
máscara 'agradável' firmemente no lugar. "Você parece surpreso."
"Bem, sim", admitiu Ferdinand. "Eu não achei possível que vocês dois se
separassem."
Alguém ficaria surpreso com o que quebrar a mão de alguém poderia
fazer com um relacionamento, mas Neil permaneceu quieto, especialmente
porque ele não sabia todos os detalhes do incidente. Especialmente porque ele
não queria que os ossos de Jean sestivessem quebrados em seguida.
"Há um ano, teria sido impossível", explicou Riko, "mas você tem que
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entender como dezembro foi emocionalmente esmagador". Neil agradeceu
todos aqueles anos fugindo com sua mãe por ter sido capaz de manter o rosto
em branco naquele comentário 'esmagador'. “A lesão foi de Kevin, mas todos
nós sofremos por isso. Alguns de nós não conseguiam lidar com a realidade
do que aquele acidente significava, inclusive eu. Kevin e eu crescemos em
Evermore. Construímos nossas vidas em torno dessa equipe e do nosso
trabalho de duplas. Eu não podia acreditar que o perdemos. Eu não podia
aceitar que nossos sonhos tivessem entrado em colapso. Nem ele, então nos
retiramos um do outro." O bastardo realmente conseguiu parecer chateado
com as coisas, enquanto Neil se perguntou se Day ficaria doente na televisão
nacional.
"Mas por nove meses?" Ferdinand perguntou com uma voz rápida
enquanto ela olhava para Day enquanto Neil brincava com as algemas de sua
camisa preta para se dar algo para fazer. Por que Riko o trouxe junto se ele ia
falar sobre Day o tempo todo?
“Talvez fosse inevitável. Fizemos de Exy o centro de nossas vidas,
Kathy”, disse Day em voz tranquila, os grandes sorrisos de antes da aparição
de Riko se foram há muito tempo. “Nós mostramos o nosso melhor, mas não
mostramos o que isso nos custou. Malabarismo com três equipes, aulas
universitárias e pressão pública estava nos desgastando, mas nos recusamos a
admitir. Não queríamos acreditar que tínhamos limites."
É claro que Ferdinand comeu a coisa toda, assim como grande parte do
público; pelo que Neil pôde ver, as Raposas estavam com cara sombria e
ainda segurando Minyard, muito parecido com segurar a coleira presa a um
cachorro louco. "Eu nem consigo imaginar esse estresse e pressão. Suponho
que isso teve que sobrecarregar sua amizade."
"Somos humanos às vezes", disse Riko, "e, portanto, não podemos
deixar de ter nossas diferenças, hmm, Kevin?" A lasca de malícia muito doce
estava de volta em sua voz no final, mas Neil estava disposto a apostar que
apenas alguém que estivesse familiarizado com o idiota poderia pegá-lo.
"Nenhuma família é perfeita", concordou Day de maneira tranquila e
quebrada, enquanto Neil mais uma vez lutou para não revirar os olhos ou
zombar. Oh não, nenhuma família era realmente perfeita, e os Moriyamas
estavam longe disso. Seus dedos coçavam para sentir as cicatrizes escondidas
debaixo de sua camisa mais uma vez; os Wesninskis tinham apenas algumas
falhas.
Ferdinand em seguida trouxe à tona todo o incidente de esqui, a mentira
para cobrir o que realmente tinha acontecido em dezembro passado (talvez
um dia Jean dissesse a verdade a Neil) e, eventualmente, aludiu ao quão longe
Day havia chegado no ano passado.
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Riko não ficou satisfeito em ouvir isso, a julgar pelo ligeiro
estreitamento de seus olhos, a flexão dos dedos que causou danos tão
naturalmente. "Não tenho certeza se é", disse ele enquanto Day se deslocava
no sofá ao lado dele, "mas estou dizendo isso como seu irmão, como seu
melhor amigo. Você o viu ontem à noite, Kathy. Estou preocupado que seu
pensamento positivo e obsessão o levem a se ferir novamente. Ele pode se
recuperar uma segunda vez, emocional ou mentalmente?"
As palavras, como pretendido, atingiram Day profundamente quando seu
rosto ficou corado o suficiente para desfocar as bordas da tatuagem '2'
enquanto ele balançava a cabeça em objeção. Ele moveu os lábios algumas
vezes antes que qualquer palavra saísse. “Eu... Estou fazendo tudo o que
posso para seguir em frente. Para... Eu tenho pessoas em Palmetto para me
ajudar, tem- há amigos que-“
Neil não pôde ficar mais quieto depois de ouvir Day continuar tendo
pessoas para ajudá-lo. "Você tinha amigos em Edgar Allan, e bons nisso",
lembrou o bastardo, o covarde que fugiu e deixou Jean para trás para lidar
com tudo sozinho. “Ou você esqueceu disso quando os deixou para trás?”
Todos no palco se viraram para olhar para ele - Day em choque, Riko
com uma carranca atenciosa e Ferdinand com um sorriso falso. "Ah, perdoe
minhas más maneiras", disse ela a Neil com muita alegria. "Eu não esqueci de
você lá, só me distraí. Neil Josten, todos, o mais novo recruta e atacante dos
Ravens, seu número '4' e o novato de que todos têm falado depois de ontem!
Kevin, Neil, Neil, Kevin. O passado e o presente de Riko, ou devo dizer
passado e futuro? Especialmente depois de vê-lo em ação durante aquele jogo
incrível! Não é de admirar que você seja o terceiro atacante mais procurado
na divisão Classe I depois da sua estreia ontem à noite!" Ela brilhou para
Riko. “Essa foi uma grande conquista que você e seu tio conseguiram,
recrutando-o e mantendo-o quieto por tanto tempo!”
A carranca de Riko deu legeiro sorriso satisfeito com as palavras da
mulher. “Sim, nosso querido Neil, ele é alguma coisa, não é?” Ele acenou
com a cabeça para Kevin enquanto a expressão tomava vantagem apenas
contornando a crueldade. "Estamos de olho nele há algum tempo, você sabe, e
queríamos nos concentrar em seu jogo depois daquele desastre desagradável
em abril", ele aludiu a toda a tentativa de recrutamento e vazamento do fórum
do Foxes. “Até agora, ele está mais do que cumprindo sua promessa. Um
achado tão leal que ele está provando ser.”
Day olhou para Neil enquanto Riko falava, e a maneira como ele vacilou
quando Neil olhou de volta deixou Neil saber que o bastardo o conhecia, se
lembrou dele como Nathaniel Wesninski. Naquele dia sabia o que significava
para ele estar sentado lá com um '4' na bochecha. “Sim, ele é um bom
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:
jogador.”
“Bom o suficiente para você querer ele para suas Raposas, mas isso não
aconteceu,” Riko zombou. “Ele é bom demais para suas raposas, que é o que
vamos provar a você.” Seu comportamento se tornou sério quando ele se
virou para Ferdinand e a interrompeu antes que ela pudesse falar,
provavelmente para fazer perguntas sobre Neil. “Kevin desempenha um papel
na nossa decisão de mudar de distrito, mas é pequena”, explicou ele. “Não foi
uma decisão tomada de ânimo leve da nossa parte e recebemos um pouco de
crítica injusta por isso. O norte diz que estamos nos transferindo para manter
nossa classificação segura, como se eles já tivessem a chance de nos derrubar,
e o sul grita injusto por ter que lidar conosco. Afinal, somos a melhor equipe
do país, e o distrito do sudeste é... Bem, é abaixo da média, para ser educado.
Para ser perfeitamente honesto, suas equipes são terríveis. Esperamos que
nossa transferência mude isso. Estamos aqui para inspirar o sul, para torná-lo
melhor."
"Você quer fazer pelo sul o que Kevin está fazendo pelas Raposas",
exclamou Ferdinand, comprando a fabricação de Riko com uma facilidade
ridícula.
"Sim, mas será muito mais fácil se Kevin jogar junto", disse Riko, e Neil
sabia que eles estavam entendendo por que Riko insistiu em vir aqui naquela
manhã.
"Como assim?"
"Kevin não pode e não vai jogar para nós novamente. Ele sabe disso; é
por isso que ele não voltou para nós nesta primavera. Nosso afeto por ele não
perdoa suas novas inadequações na quadra, e ele respeita demais os Ravens
para nos arrastar para baixo. Isso não significa que Evermore não seja a casa
dele. Seu trabalho com os Foxes nesta primavera provou que podemos
encontrar um lugar para ele em nossa equipe. Nós gostaríamos que ele
voltasse para nós como um de nossos treinadores."
"Parece uma escolha difícil, Kevin", disse Ferdinand enquanto um
minuto de tremor destragou o corpo de Day. "Tenho que admitir que ambas as
ideias me fascinam. Por mais que eu ame ver as Raposas melhorarem, parte
meu coração vê-lo longe de Edgar Allan."
Enquanto Neil gostava de ver Day sofrer por ser colocado no local
assim, ele não queria o bastardo de volta para Edgar Allan apenas porque era
o que Riko queria. Ainda assim, não era como se ele pudesse fazer muito
sobre isso naquele momento, e como ele pensava isso, um barulho da platéia -
uma das raposas fazendo um som fraco de vaia - distraiu o dia o suficiente
para ele balançar a cabeça. “Eu... vou continuar a brincar com as Raposas,”
Day insistiu em voz tranquila. “Eles me acolheram, e agora vou empurrá-los
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:
para a frente.
"Palmetto é um desperdício de seus talentos", Riko insistiu enquanto
dava às Raposas um olhar estreito de descontentamento.
“Por que nós não-“
Neil cortou Ferdinand antes que ela pudesse recuperar o controle da
entrevista (antes que ela pudesse tirar o calor de Day). “Palmetto não estava lá
para você todos esses anos, não ficou ao seu lado quando você não era nada,”
ele atirou em Day.
Essa acusação fez Day ser liberado mais uma vez. “Você não sabe o que
é-“
“Oh, eu acho que sim. Fraternidade”, lembrou Neil o bastardo enquanto
um sorriso lento se espalhava pelo rosto de Riko e Ferdinand assistia com
confusão. “Eu sei o que é importante depois de apenas esses últimos dois
meses, e é meu parceiro, é minha equipe. É o que está em Evermore, é quem
fica nas minhas costas e usa minhas cores.” Foram Jean e Marley e Meg,
foram McPherson e Anders e Lau, todos os outros Ravens que foram
dedicados a Exy e fizeram o seu melhor para passar por Evermore com
alguma parte de suas almas intactas.
Ele não culpou Day por correr, apenas por correr sem cuidar de Jean,
pelo dano que ele estava deixando para trás em seu rastro. Por sentar naquele
sofá e ainda ser muito fraco para enfrentar Riko, por só se preocupar com seu
próprio pescoço quando Jean tinha sangrado tanto por causa dele.
Day tentou se reunir e olhar para Neil. “Eu sei o que é importante.”
“Você faz? Porque você não parece pensar muito em pelo menos um de
seus jogadores, e não parece certo sobre sua nova equipe mantê-lo por perto,
pelo pouco que ouvi da entrevista anterior. Os Ravens sempre tinham certeza
de você, número '2'.” Neil bateu a tatuagem na bochecha, uma ação que fez
Day vacilar. "Você tinha Riko ao seu lado", ok, não é o argumento mais forte,
mas Neil poderia mentir com os melhores deles e cuspir as palavras se eles
mantivessem Jean seguro, “você tinha pessoas nas suas costas que cresceram
com você, os melhores jogadores da divisão olhando para você. Mas você
deixou tudo para trás? Você vira as costas para todas essas pessoas como se
elas não importassem? Para mim, isso faz de você-“
"Neil", disse Riko em um assunto 'amigável', mas ele tomou isso como o
aviso de que era; tudo o que importava era que o rosto daquele Dia foi
atingido mais uma vez.
Enquanto isso, Ferdinand parecia estar fazendo o seu melhor para manter
sua gleia. “Ele é muito apaixonado, não é?”
"É refrescante ver tanta devoção", Riko concordou enquanto deu um
olhar pontudo para Day. “Isso me lembra um jovem Kevin.” O dia recuou
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:
mais uma vez. “Como Neil tão fervorosamente falou, Kevin tem muita espera
por ele de volta em Edgar Allan. Infelizmente, ele não é o que era antes, mas
sempre teremos um lugar para ele, o receberemos em nossa equipe técnica.”
Ele fez um sorriso caloroso em um dia sombrio. “Você sempre pode voltar
para casa.”
O dia ficou quieto por vários segundos antes de falar, quieto e hesitante
mais uma vez. “Eu... Eu gostaria de permanecer no Palmetto State enquanto
as Raposas me tiverem.”
As Raposas na platéia aplaudiram isso, logo seguidas pelo resto do
público, e depois de alguns segundos Ferdinand falou sobre a próxima
temporada de Exy e as escolhas antes de apontar para as câmeras logo antes
das luzes no final do palco escurecerem. Neil podia dizer que Riko não estava
satisfeito com o desafio contínuo de Day (por mais lamentável que fosse) e só
podia esperar que a birra resultante fosse limitada ao ex-Raven.
Ele fez o seu melhor para julgar o humor de Riko, enquanto Ferdinand
apertava cada uma de suas mãos por sua vez e balbuciava algo sobre refrescos
e manter as roupas que eles usavam, e entendeu como Day parecia cativado
pelo olhar escuro de Riko até que alguém chamou seu nome do público. Isso
fez o bastardo idiota como se tivesse saído de um devaneio e finalmente sair
do palco, mas Riko foi rápido em perseguir.
Claro que as coisas não poderiam acabar tão facilmente, podem? Neil
seguiu, certo de que teria problemas se deixasse o lado de Riko por muito
tempo, e não ficou surpreso ao ver o idiota alcançar o Dia uma vez fora da
vista do público. Riko girou Day e o empurrou contra uma parede enquanto
falava em japonês duro, seu tom furioso e olhos brilhantes com uma loucura
familiar. Neil pegou algumas palavras, o suficiente para saber que ele estava
indo atrás de Day por deixar Evermore, e virou as costas para os dois ex-
parceiros para ficar de olho, já que Riko estava sendo estúpido ou confiante o
suficiente (ambos, provavelmente) para escolher uma briga a céu aberto.
Não demorou muito para Minyard vir à procura de Day; Neil tomou
como uma pequena bênção que não houvesse outras raposas acompanhando.
Ainda assim, ele sabia por experiência dolorosa que o goleiro deu um soco e
tanto (mais como um balanço forte), que seu quadro curto veio junto com um
pouco de músculo - e oh sim, ele também era um bastardo psicótico. Ele não
tinha o maldito sorriso que usava em Millport, seu rosto definido em uma
expressão em branco enquanto perseguia diretamente em direção a Riko.
Por mais que Neil adorasse colocar os dois psicopatas um no outro, ele
não podia deixar isso acontecer, então ele entrou no caminho do idiota.
“Fora do meu caminho, coelho”, gritou Minyard. “Preciso falar com
Riko.”
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"Não está acontecendo", disse Neil a ele com um sorriso, mesmo
enquanto ele se preparava. “Então foda-se.”
Algo cintilou sobre o rosto de Minyard com isso, e Neil se manteve
firme sabendo o que aconteceria a seguir, apesar do punho balançando em seu
rosto; Minyard certamente sabia como dar um soco, mas Neil sabia como
levá-los depois de crescer em Baltimore, depois de anos fugindo com sua mãe
e nos últimos dois meses em Evermore. Ele vacilou, mas não desceu, apenas
continuou a sorrir enquanto o sangue encheu sua boca dos lábios divididos e
mordeu a bochecha interna.
"Você é mais impressionante com minha raquete em suas mãos", ele
provocou o idiota enquanto se recusava a se afastar, os sons da voz aguda de
Day falando apressaram o japonês vindo de trás dele. “Mas, novamente, a
maioria dos agressores precisa de um suporte.”
Minyard agarrou a frente da camisa preta de Neil e o empurrou para a
frente. “Última chance de fugir, coelho.”
Neil cuspiu na cara do idiota; ele teve que admitir que se sentiu tão bem
depois de tudo o que aconteceu, tudo por causa de Minyard decidir estragar
sua vida com aquele post no fórum.
Isso lhe rendeu outro soco, aquela vez para a parte superior do abdômen
que o deixou ofegando por ar, e então ele sentiu a pressão de algo frio contra
o pescoço. "Você se move ou sangra", disse Minyard a ele com uma voz
profunda desprovida de toda emoção, seus olhos castanhos tão planos
enquanto o spinto de sangue corria pela bochecha direita.
Primeiro o idiota vareu Neil com sua própria raquete, depois ele fodeu a
vida dele com a maldita postagem do fórum, e agora ele pensou em ameaçá-
lo? O riso borbulhou na garganta de Neil enquanto ele olhava para aqueles
olhos sem emoção. "Vá em frente", disse Neil ao idiota enquanto inclinava o
pescoço para a lâmina da faca. “Você acha que isso me assusta? Um psicopata
amador drogado como você me assusta?” Ele riu um pouco mais enquanto o
sangue escorreu pelo pescoço e pelo queixo. “Você não pode mais estragar
minha vida se eu estiver morto, então vá em frente.” Ele inclinou o pescoço
um pouco mais enquanto o sorriso que ele aprendeu com seu pai puxava seus
lábios divididos.
Tudo o que Minyard fez foi olhar para ele, uma cintilação de emoção
naqueles olhos quase dourados dele, e antes que Neil pudesse fazer algo
(cuspir na cara dele novamente, chamá-lo de bastardo), havia o som de
alguém se aproximando. “Ei, você não deveria estar de volta aqui. Você se
perdeu?”
Antes que a pessoa pudesse se aproximar, Minyard se afastou de Neil, a
faca desaparecendo enquanto ele se movia, e Riko murmurou algo para Day
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também. Então Riko agarrou Neil pelo braço esquerdo enquanto ele passava
por Minyard e não parou até que eles voltassem para a sala onde tinham
trocado de roupa mais cedo.
"Limpe seu rosto", disse Riko a ele assim que a porta estava fechada. “O
carro está pronto?” Isso foi direcionado a Nakamura.
"Sim", o assistente técnico assegurou a ele, e assim que Neil pegou
algumas coisas para ajudar a limpar o sangue em seu rosto e pescoço, elas
estavam fora da porta; ele só teve tempo de pegar seu capuz para puxar a
camisa preta também para que ele pudesse esconder o rosto.
Uma vez no carro, Riko deu a ele uma olhada de avaliação. “Você não
estava quieto, mas fez um bom show e manteve o cachorro raivoso de Kevin à
distância. Afinal, parece que você é filho do seu pai.”
Neil se recusou a reagir a essas palavras. "Foi um risco ir no programa,
deixar aquela mulher trazer a mudança distrital e tudo mais", ele mencionou
em um esforço para desviar o tópico de si mesmo.
Como esperado, Riko deixou de lado as críticas. "As pessoas estão
sempre procurando nos derrubar, já que somos os melhores. É de se esperar e
você logo aprenderá a ignorá-lo." Ele estendeu a mão para agarrar o queixo de
Neil e deu um aperto muito apertado. "Agora eles vão pensar em como Kevin
nos abandonou, em como ele fugiu. Falando por experiência própria?"
"Eu tinha algo para fugir", Neil conseguiu gritar.
"Muito verdadeiro. Agora você tem Jean e aqueles calouros esperando
por você de volta ao Ninho, não?" O sorriso de Riko se tornou cruel quando
seus dedos calalados mordiam a mandíbula de Neil. "Tantas razões para te
trazer para o calcanhar."
Tantas razões para Neil não bater o punho na cara do bastardo naquele
momento, para engolir os insultos na ponta da língua, o ódio encoalhando na
parte de trás de sua garganta. "Sim, capitão", ele conseguiu dizer de maneira
mais ou menos civilizada.
"Você se saiu bem ontem à noite e hoje, certifique-se de continuar", disse
Riko enquanto deixava Neil ir com um pequeno empurrão. "Seria uma pena
se algo acontecesse com Jean, se os outros pudessem colocar as mãos nessas
garotas."
Neil se preocupou com seu lábio inferior rasgado para se manter calmo,
para usar a dor para manter seu temperamento sob controle. "Sim, capitão."
Riko acenou isso de lado como se estivesse entediado e puxou o telefone
para ligar para alguém - Tetsuji, do som disso - e falou em japonês.
Desejando que ele realmente pudesse ser demitido tão facilmente, Neil
pegou alguns dos lenços e a garrafa de água que ele trouxe do estúdio e se pôs
a limpar antes que eles chegassem ao aeroporto.
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Ele só podia esperar que tivesse ajudado a foder o dia o suficiente para
que o ex-Corvo não estivesse se recompondo naquele momento.
*******
Andrew estava fumando um cigarro no telhado quando Renee o rastreou,
um kit de primeiros socorros em sua mão esquerda. "Eu ouvi sobre a janela",
disse ela enquanto se aproximava dele com a devida cautela, seu olhar se
lançou em sua mão direita, que ele mal teve tempo para enxaguar e enrolar
uma toalha de mão antes de sair da suíte. "Posso?"
Ele considerou isso por alguns segundos e depois encolheu os ombros
enquanto se virou para enfrentá-la, de costas para o campus. "Quem taturou?
Nicky?"
"Sim." Ela se ajoelhou na superfície áspera do "chão" do telhado e
franziu a testa enquanto descascava cuidadosamente a toalha encharcada de
sangue para revelar os inúmeros cortes em seus dedos, juntas e na parte de
trás de sua mão. "Ele está preocupado com você - isso e pediu a Matt para
consertar a janela antes que o treinador descubra."
"Poita Nicky, a eterna mãe galinha", desenhou Andrew, com a voz cheia
de sarcasmo.
Renee ficou quieta enquanto torceu a mão de Andrew como se estivesse
verificando a profundidade das feridas, sua luz de toque e olhos encapuzados.
"Não foi sua culpa, você sabe. Não há como você saber sobre Riko aparecer
esta manhã."
Andrew apertou as mãos ao mencionar o idiota, a dor disparando em seu
braço direito enquanto se lembrava (perfeitamente, é claro) da visão de Riko
passeando pelo palco com aquele sorriso tão divertido, do sangue drenando
do rosto de Kevin quando ele percebeu o que estava acontecendo, das mãos
segurando Andrew para impedi-lo de puxar suas facas para acabar com tudo
antes de começar.
De sentar lá enquanto Riko e depois Josten rasgou Kevin com palavras
farpadas e sorrisos falsos, incapazes de fazer nada para impedi-lo. "Nunca
mais me segure assim de novo", disse ele a Renee, não pela primeira vez.
"Você sabe por que fizemos isso", ela repetiu. "Mas sinto muito."
"Eu não quero suas palavras inúteis, eu quero saber que isso não vai
acontecer de novo."
Ela balançou a cabeça enquanto abria a pequena caixa de plástico. "Eu
não posso fazer nada e deixar você cometer um erro. Ir atrás de Riko
Moriyama na frente de todas essas pessoas teria sido um erro."
"Debatível", argumentou Andrew, e mal se contraiu quando pulverizou
uma solução antibiótica sobre os cortes. "Ele conseguiu o que queria,
conseguiu um tiro aberto em Kevin e o fez parecer ruim."
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Renee ficou quieta enquanto terminava de limpar a mão dele. "Sim,
odeio admitir, mas ele fez um bom trabalho nisso. Ele e Neil Josten."
"O coelhinho que talvez não seja tanto um coelho, afinal." Andrew olhou
para a mistura de sangue e solução antibiótica pingando no telhado das pontas
dos dedos enquanto pensava no que tinha acontecido quando foi buscar
Kevin, no comportamento inesperado de Josten. Huh, um coelho com dentes
e garras afiadas, no mínimo.
No processo de gravar o pior dos cortes em sua mão, Renee fez uma
pausa para dar a ele um olhar preocupado. "Andrew? Está tudo bem?"
"O que você faria se eu segurasse uma faca na sua garganta?"
"Ok." Ela arqueou uma sobrancelha enquanto alcançava a gaze para
envolver a mão dele. "Descaste-o de lado, no mínimo."
Provavelmente, deixe de lado enquanto segue com uma greve própria,
conhecendo a 'boa' garotinha cristã tentando tanto fingir que nunca foi outra
coisa. "Não Josten."
"Ah." Renee esperou alguns segundos antes de continuar como se
estivesse pensando no que ele disse. "Colocando de lado por que você fez
uma coisa dessas com ele, o que ele fez?"
'Por que', de fato. "Ele ficou entre mim e Riko, mas sim, não vamos nos
debruçar sobre isso." Andrew fez uma pausa para fazer um arrasto profundo
em seu cigarro, segurou a fumaça em seus pulmões por um momento e depois
a explodiu na direção de Renee. "Ele me provocou para ir em frente com
isso." Quando Renee olhou para cima de sua mão para encontrar seus olhos,
algo escuro queimando em seus próprios lábios enquanto seus lábios se
apertavam, ele acenou com a cabeça. "Não foi um blefe. Ele não tinha medo
nenhum, nem de mim ou do que eu faria com ele." Seu olhar ficou desfocado
por um momento enquanto se lembrava daquele sorriso cruel dirigido a ele, o
ódio brilhando naqueles olhos azuis ainda mais vívidos na vida real. Eles
eram muito melhores do que os contatos marrons feios, e sempre que o ódio
não queimava neles possuía um vazio que Andrew havia reconhecido muito
bem.
Ele também reconheceu o ódio.
"Isso parece incomum." As coisas ficaram tranquilas até que Renee
terminou com a mão. "É claro que Riko assusta Kevin e por uma boa razão."
Havia um sorriso pequeno, mas sardônico, em seus lábios enquanto ela
acenava com a cabeça para a mão enfaixada de Andrew. "Talvez Neil tenha
algo que o assuste mais?"
Talvez, mas geralmente ameaças tangíveis mais imediatas venceram, na
experiência de Andrew, pelo menos em um momento como esse. Então, o que
foi tão ruim na vida de Josten que o faria rir diante da morte eminente? Para
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fazê-lo literalmente cuspir no rosto e ovo?
Como Andrew fodeu tanto a vida dele?
Tudo sobre o garoto não se somou, era outra peça de um quebra-cabeça
maior e mais complexo, e Andrew não gostou nada disso. Ele não gostou de
como parecia incapaz de ir além de Josten, como o garoto continuava
reaparecendo em sua vida e estava se tornando algo como uma obsessão não
apenas com Kevin, mas também com ele.
Como o garoto só continuava se tornando cada vez mais interessante,
especialmente depois de se recusar a recuar, depois de levar um golpe e
depois desvendar os dentes para Andrew como um ridículo da ninhada
ousando assumir um verdadeiro predador.
Andrew suspeitava que o Neil Josten que ele tinha visto em Millport não
tinha sido autêntico, que havia algo errado sobre o garoto... mas agora ele
tinha que se perguntar se a merda quase louca e boca em Raleigh era o
verdadeiro Josten. Se não, quem foi? Quantas camadas ele teve que descascar
para chegar à real? Por que ele estava interessado?
"Eu devo estar escorregando se algo tão miserável quanto Riko pode
assustar um coelho como Josten mais do que eu", Andrew se estabeleceu
enquanto levantava seu cigarro para os lábios.
"Eu não sei... essa não é a impressão que tive de Neil", disse Renee
enquanto colocava tudo de volta no kit de primeiros socorros. Na sobrancelha
arqueada de Andrew, ela balançou a cabeça. "Que ele é um 'coelho' - ele
parecia muito focado e sólido para mim, especialmente se ele enfrentou
você."
"Há a querida da equipe, sempre disposta a pensar o melhor de todos",
entoou Andrew de maneira entediada enquanto pisava a ponta do cigarro pela
borda do telhado.
"Eu tenho você para me equilibrar, sempre disposto a pensar o pior de
todos", disse ela a ele com um sorriso alegre enquanto ele lhe dava um olhar
plano. "Você foi colocado contra ele desde o início, sabe."
"E veja o que aconteceu, vamos?" Ele ficou de pé, o que fez Renee se
levantar também, sua saia rosa balançando em torno de suas pernas. "Ele
desaparece da vista apenas para reaparecer como um Corvo no início da
temporada, todo cheio de cuspe e vinagre e ansioso para destruir Kevin.
Embora eu possa entender o último, pois nosso querido Dia pode ser um
sujeito irritante, é uma mudança bastante dramática." Especialmente para
alguém que supostamente passou tanto tempo fugindo, que deveria estar
acostumado a manter a cabeça abaixada para evitar chamar a atenção para si
mesmo.
Kevin estava errado sobre isso? Josten - Wesninski - estava de volta nas
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:
mãos dos Moriyamas por mais tempo do que o suspeito?
Novamente com todas as perguntas e peças do quebra-cabeça que não se
encaixariam. Andrew teve o suficiente para que eles deveriam estar formando
algum tipo de imagem, algum tipo de contorno do atacante novato, mas era
como se ele estivesse trabalhando com argila muito molhada ou algo assim -
exatamente quando ele pensou que tinha uma forma decente, uma sensação
das coisas e tudo mais, desmoronou sobre ele e ele teve que começar tudo de
novo.
Ele estava prestes a repetir os eventos daquela aula de arte 'terapêutica' e
começar a jogar a maldita argila a qualquer segundo agora, começar a quebrar
potes na necessidade de 'ventilar'.
"Nem tudo é uma grande conspiração", repreendeu Renee enquanto se
dirigia para a porta. “Nem todo mundo está fora para pegar você e Kevin.”
Foi por isso que Kevin estava atualmente desmaiado bêbado no sofá
alguns andares lá embaixo depois de murmurar sobre Moreau e Riko e coisas
assim por cerca de meia hora antes que a vodka entrasse em ação. Andrew
zombou das costas do benfeitor enquanto a porta se fechava e se atrapalhava
por seu maço de cigarros com a mão enfaixada enquanto se virava para olhar
para o campus, com as pernas penduradas no ar.
Havia a chave familiar do medo dentro dele, seguida pela onda
inebriante de nicotina, um duplo senso de sentimento, um aperto em seu peito
e um zumbido em sua cabeça que, pela primeira vez, não eram os malditos
remédios, que ele saboreou por alguns segundos. Então foi ultrapassado pelo
pulsar irritante de JostenJostenJosten em seu cérebro, um flash de imagens
daquele maldito rosto olhando para ele de surpresa, em vazio cuidadoso, em
ódio total e crueldade zombeta.
Ele pensou que a pior parte de tudo era que Josten parecia tão atraente,
não importa o que acontecesse, especialmente quando vestido com roupas
pretas e aquele cabelo ruivo principalmente penteado de volta de seu rosto.
Quando havia um pouco de sotaque britânico em sua voz, de todas as coisas.
Andrew puxou fundo o cigarro antes de se forçar mais uma vez para que
pudesse ver quanto esforço seria necessário para sóbrio Kevin para que eles
pudessem partir para Columbia, decidindo que era uma noite para o
Crepúsculo de Éden e algum tempo com Roland.
*******
Neil recuou quando Avery Tollis se aproximou quando saiu da sala de
descanso alguns passos atrás de Jean; ele não viu Susan Ivanova, sua parceira,
então assumiu que o atacante estava com intenção dele por algum motivo.
"Consegundo algo para ajudá-lo a estudar?" Avery perguntou enquanto
ela acenava com a cabeça para a caneca de chá na mão dele, um sorriso
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brilhante em seu rosto que ele não confiava.
Ele acenou com a cabeça para Jean para continuar. "Sim." Neil estava
ciente dos outros Ravens ao seu redor, de quantos passos para trás levaria para
ele se retirar para a sala de descanso e como seria fácil para ele jogar a água
quente no rosto do outro atacante - ele não estava usando a faca, certo?
Certamente DiMaccio não se importaria com isso? "Eu não tenho muito
tempo, então o que você quer?"
O sorriso de Tollis desapareceu em algo menos agradável nisso. "Direto
como sempre, Josten." Ela franziu a testa para McPherson e Lau, que estavam
pairando por perto, até que os dois traficantes receberam a dica e se
afastaram. "Olha, já há competição suficiente acontecendo para a linha de
atacantes desde que Riko teve que sair e trazê-lo do nada - essa deveria ser a
nossa chance agora que a de Kevin se foi." Apesar de seu tom rápido, seus
olhos castanhos claros olharam ao redor quando ela mencionou o nome de
Day como se tivesse certeza de que seu maravilhoso capitão não tinha ouvido.
"Então, o que faz você pensar que é aceitável dar uma chance a um calouro de
baixa classificação?"
Bem, pelo menos ela estava vindo atrás dele em vez de Marley - por
enquanto. "Porque você foi um calouro de baixa classificação uma vez", disse
ele enquanto olhava além dela em um sinal claro de que ela estava perdendo o
tempo dele, apesar do fato de que ela tinha alguns centímetros sobre ele.
Tollis não parecia apreciar isso, mas, novamente, ele tinha a sensação de
que o júnior não estava acostumado a ser ignorado ou negligenciado. "Eu
trabalhei duro para chegar onde estou, e não vou deixar uma vadia novata
arrebatar isso de mim porque ela bate os olhos em você ou-"
Ele foi jogar o chá na jaqueta dela, por precaução, mas ainda a fez gritar
de surpresa, o que lhe deu tempo para enfiá-la na parede enquanto a prendia
pelos ombros. "Primeiro, como se você tivesse uma escolha", disse ele a ela
com o sorriso de seu pai. "Segundo, nenhum de nós está interessado nisso -
acho que é melhor dizer que você acha que nos rebaixaríamos tão baixo."
Ela zombou enquanto tentava se afastar, mas embora Neil possa ser mais
baixo, ele dedicou muito tempo trabalhando com uma raquete pesada de
acordo com as exigências de Tetsuji, passou muito tempo em exercícios e
tudo o mais que seu 'Mestre' lhe disse para fazer. "Não me diga que você é
diferente do resto desses caras. Nada é de graça aqui, você paga por isso de
uma forma ou de outra", disse ela a ele, tudo sobre ela - sua expressão, sua
voz, seu olhar - composto de pura amargura.
"Há muitos níveis diferentes de inferno", ele a informou enquanto se
afastava. "Fique longe de Marley e Meg."
"Você realmente acha que vai mantê-los seguros? Só porque você faz
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:
parte da Corte Perfeita de Riko?" Tollis deu uma risada desdenhosa para
mostrar o que pensava sobre isso.
"Não, eu só vou evitar que eles afundem muito fundo", Neil disse a ela
enquanto se afastava. "Toque neles e eu vou arrastá-lo para baixo comigo -
você e qualquer outra pessoa." Ele se certificou de encontrar os olhos dos
poucos Ravens - Adams, Lincoln e Dixon - que permaneceram no corredor
durante o pequeno 'bate-papo'.
Virando a esquina, ele encontrou um Jean de rosto em branco esperando
por ele junto com um Ivanova visivelmente chateado; Neil geralmente se dava
bem com o goleiro titular que lhe ensinava russo sempre que eles se sentavam
juntos no banco. Ela lhe deu um sorriso de desculpas enquanto se afastava de
seu parceiro. "Eu sou... Sinto muito", disse ela com pressa. "Ela... bem, não
estava certo, mas ela está preocupada com sua posição. Ninguém a defendeu,
você sabe."
"Sim", Neil concordou, e por um momento ele conseguiu entender o que
o goleiro estava tentando dizer - Tollis tinha lutado por seu número, para ser
considerado um dos melhores atacantes da equipe. Mas agora ela estava
disposta a derrubar um novato e outra jovem, apenas por causa desse número.
Tudo por causa do que Tetsuji e Riko lhe ensinaram, tudo por causa de seu
orgulho quando ela já era boa o suficiente para ser recrutada em uma equipe
profissional.
Ele não ia deixar Marley e Meg serem destruídos assim quando fosse
tarde demais para ele e Jean.
"Mas eu ainda não vou deixá-la fazer isso com Patel e Curtis."
Os ombros de Ivanova caíram um pouco. "Eu sei, e não posso culpá-lo.
Eu só queria que tivesse havido alguém como você quando fomos
recrutados." Seu sorriso ficou melancólico e mais do que um pouco triste
quando ela se afastou.
Neil e Jean ficaram lá por alguns segundos antes de Jean clicar na língua.
"Eu te disse que você não poderia salvá-los todos."
"Sim, você fez", Neil suspirou enquanto se inclinava para o quarto deles.
"Você acha que ela vai ficar pior depois disso?"
"Tollis? Eu não vejo aquele aprendendo tão cedo."
"Maravilhoso." Além de tudo, ele também desperdiçou uma xícara de
chá perfeitamente boa com a mulher. "Por que as pessoas não podem me
incomodar com essas coisas quando eu tenho um prato cheio de couve ou
algo assim?" Que ele não se importaria de despejar no colo deles ou esmagar
o rosto deles.
Jean cantarolou um pouco enquanto fazia um show de tomar seu café, o
bastardo. "Deus não ama demônios, você sabe. Ou os britânicos, já que você é
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pouco melhor do que os pagãos."
Neil deu a ele um gesto rude por isso, o que apenas provocou um sorriso
minúsculo e satisfeito do bastardo francês presunçoso.
Eles conseguiram passar um pouco de tempo estudando antes do treino
da tarde, o que acabou sendo um lembrete doloroso do que todos estavam se
esforçando e evitando; Ross ainda não havia feito nenhum progresso com os
exercícios e Adam, um estudante do segundo ano, também estava ficando
para trás no treino. Os Ravens tiveram o jogo com os Wilkes-Barre Hornets
no dia seguinte, um jogo fora de casa, e Tetsuji obviamente não queria
nenhuma rachadura em sua fachada uniforme, não queria que nada arruinasse
o ímpeto que eles tinham entre sua vitória contra Belmonte na sexta-feira
passada e o aumento de interesse da entrevista de Ferdinand.
O que significava que eles não podiam exibir nenhuma fraqueza, não
podiam ser permitidas nenhuma fraqueza. Neil se viu caindo de volta naquele
espaço mental interior que ele não usava há anos - não desde que ele era uma
criança forçada a ver seu pai trabalhar para esculpir as pessoas enquanto elas
ainda estavam vivas.
Não desde aquele dia na Torre Leste, logo antes de sua mãe tê-lo
agarrado e fugido.
Só que desta vez ele estava de pé com um Jean rígido à direita enquanto
os dedos de sua mão esquerda cavavam no pulso direito de Marley para
mantê-la quieta, pois ela deve ter feito algo semelhante a Meg para fazer a
garota sufocar seus soluços enquanto Tetsuji derrubava sua bengala de novo e
de novo nas costas de Ross e depois de Adam antes de ordenar que os jovens
corressem voltas pela quadra externa, apesar do sangue encharcando em suas
camisas. Então o velho bastardo olhou para o resto deles como se os
desafiasse a se opor, a reclamar, antes de dar as ordens para a prática deles
naquela voz sem emoção, seu rosto em branco, mas olhos afiados como
sempre.
Mills nem uma vez olhou na direção de seu parceiro enquanto ele saiu
com Loiseau para trabalhar nos exercícios, e houve um tipo sombrio de
determinação no rosto sardo de Meg enquanto ela também ia praticar. Marley
parecia um pouco perturbada, mas Neil sabia que não deixaria o incidente
segurá-la por muito tempo.
Riko era ainda mais exigente do que o habitual, latindo ordens como se
fosse seu tio e batendo em qualquer um que ficasse entre ele e a bola, não
apenas Neil. Por um momento, Neil se perguntou se Ichirou estava na Torre
Leste antes de dizer a si mesmo que tinha coisas mais importantes para se
preocupar, como sobreviver a um pirralho sádico e mimado na quadra, e fez o
seu melhor para equilibrar a alimentação do ego de Riko com a pontuação de
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pontos suficientes para que não parecesse que ele estivesse ficando para trás
também.
Todos estavam drenados física e mentalmente quando a prática acabou, a
ponto de tudo o que Neil conseguia pensar era ficar debaixo da água quente
até que as dores em seus ombros e braços desapareceram. Ele nem se
importava em comer, embora soubesse que precisava, sabia que Jean o
arrastaria para longe da água caindo e o forçaria a se vestir, ir ao refeitório e
comer tudo (alguma da maldita couve ou espinafre ou qualquer outro vegetal
que os nutricionistas decidiram infligir naquela noite, pelo menos uma
mordida ou duas antes de trocá-la por outra coisa).
Então ele ficou tenso quando Riko entrou no vestiário com aquele olhar
no rosto, seus olhos febrilmente brilhantes com uma loucura que qualquer
pessoa com bom senso deveria ter visto anos atrás e usado como desculpa
para colocar o bastardo sádico para baixo como fizeram com animais
raivosos. Neil se tensou e se preparou para que a dor seguisse, para que as
mãos o agarrassem, batesem e o segurassem... apenas para assistir em
confusão quando Riko passou por ele.
"Vamos lá", Jean instou com uma voz quieta e tensa enquanto ele
arrastava Neil para os chuveiros.
“Mas-“
“Agora não.” Havia uma selvageria nos olhos pálidos de Jean, um
pânico que se transformou em culpa quando Neil permitiu que seu parceiro o
puxasse para a sala úmida. Uma culpa que ecoou em vários outros Ravens -
Hebig, Tyler, Lincoln, Anders e até Dixon.
Neil pensou nas duas figuras agredidas dando voltas e terminou de tirar
seu uniforme encharcado de suor. “Mas eles não são... eles não são nós.”
"Não importa quando chega a este ponto", explicou Jean, com as mãos
tremendo enquanto empurrava as cuecas boxer para baixo. “Existem alguns
limites... mas no final, eles colocam em perigo a equipe, então Riko os
ensinará a fazer melhor.”
Como Tollis disse, todos pagaram de uma forma ou de outra - um Raven
pagou para ser o melhor, e um Raven pagou se não se destacassem. “E se eles
não aprenderem a ser melhores?” Neil perguntou uma vez que eles estavam
de pé sob os chuveiros.
Jean ficou quieto por quase um minuto enquanto ensamava, sua
expressão de concentração de intenção de suas ações como se ele se recusasse
a pensar nas palavras. “Eles são Ravens ou não são nada,” foi tudo o que ele
disse por último.
Isso foi bastante sinistro, não foi? E isso tinha muitas implicações para o
que Day havia feito, fugindo de Evermore, do Nest, deixando para trás a
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equipe em que ele havia crescido, quando ninguém mais tinha essa opção.
O que diabos tornou o Dia tão especial? Por que ele deixou o pesadelo
para trás? Só por causa da mãe morta dele e do psicopata de estimação ao
lado dele?
A mãe de Neil também estava morta, e ele não precisava de nenhuma
rejeição juvie para protegê-lo.
Ele correu para enfiar a cabeça debaixo da água para cobrir o som dos
gritos do vestiário. Todo mundo demorou muito para lavar a louça naquela
noite.
Marley e Meg estavam tão subjugadas quanto todos os outros no jantar
quando Jean e Neil se encontraram com eles. "Então, Sophie me disse que Jon
será emparelhado com Ren agora, e Ed com Lee", disse Marley a eles
enquanto cutucava seu peixe assado; apesar do jantar ter um pouco de sabor
pela primeira vez, ela não parecia tão feliz.
“Ren e Lee estão no segundo ano e são baixos o suficiente nas fileiras
que é comum, sendo emparelhados com calouros.” Jean apontou para a couve
cozida no prato de Neil e fez um show de brandir sua pêra enquanto segurava
três dedos, o que significa quantas mordidas ele queria que Neil sofresse antes
de entregá-la, o sádico. “Se você conseguir imitar sua preciosa deusa Muldani
bem o suficiente, será emparelhado com pelo menos um estudante do segundo
ano em breve, talvez até um júnior, e deixará a pobre Meg para a escalha.”
"Tenho certeza de que vou sobreviver de alguma forma", comentou Meg
com um leve sorriso enquanto observava Neil engasgar uma mordida do
horrível mingau verde. “Embora isso me leve ao que eu queria te perguntar há
alguns dias.” Ela deliberadamente estendeu a mão para comer uma mordida
da couve, apesar do olhar de desaprovação que lhe rendeu de Jean. "Eu quero
entrar nos treinos extras", disse ela enquanto dava sua pêra a Neil.
"Eu te disse que isso foi um erro terrível", Jean reclamou enquanto
cobria os olhos com a mão esquerda como se estivesse tentando bloquear o
mundo.
"Você acha que respirar é um erro terrível", Neil lembrou seu parceiro
enquanto pegava a pêra oferecida. “Isso é nós correndo de cabeça para o
desastre, há uma diferença.”
“Por que há um 'nós' nessa afirmação absurda e eu não estou nem um
pouco confortado, seu diabo.” Jean franheu a testa para uma Meg sorridente
quando ela terminasse a maldita couve. “Por que você está tão divertido?”
“Vocês dois são tão fofos quando saem em suas pequenas tangentes
assim.”
Marley quase engasgou com seu arroz enquanto Neil ficou quieto
enquanto esperava pela reação de Jean, que foi de cerca de três segundos - ele
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sabia que era ruim quando seu parceiro realmente sorriu. “Sim, você vai se
juntar a nós para a prática extra.”
"Oh garoto", Marley murmurou enquanto cutucou seu peixe novamente.
“Alguém não recebeu o memorando sobre os franceses, não é?”
“Eh?” Meg olhou para seu parceiro confuso, mas tudo o que Marley fez
foi balançar a cabeça. Quanto a Neil, ele manteve sua preciosa pêra fora do
alcance de Jean e se concentrou em terminar sua refeição, contente com o fato
de que deveria cair sobre Meg e Marley limpar a quadra no final da noite.
O treino da noite foi tão ruim quanto o da tarde, apesar do fato de que
Adams e Ross não estavam por perto. Provavelmente porque eles não
estavam por perto. Neil não sabia o que Riko tinha feito com os dois jovens,
não conseguia imaginar o que os faria ficar de fora de um treino depois de
todas as vezes que ele apareceu em má forma, e parecia que todos estavam
determinados a colocá-los fora de mente e se concentrar em se preparar para o
jogo no dia seguinte. Marley mais uma vez recebeu uma aprovação de Tetsuji,
o que fez Tollis brilhar para ela, e Meg passou para o próximo exercício.
Não foi um longo treino noturno por causa do jogo no dia seguinte, mas
Jean estava em toda a sua glória mordaz com Meg e Marley, apontando cada
uma de suas falhas, especialmente as de Meg. Marley estava acostumada com
isso até então, estava acostumada a como Jean poderia bloquear suas
tentativas no gol com facilidade, enquanto Neil assistia como Meg fez o seu
melhor para não ceder à frustração - Jean poderia ser zombando e duro, mas
ele nunca cruzou a linha para ser cruel. Bem, ele nunca cruzou a linha para ser
muito cruel, pois havia uma razão para as críticas e destimas. As garotas os
ouviriam e pior de Riko e Tetsuji e vários outros Ravens, então é melhor que
Jean lhes dissesse o que eles precisavam saber enquanto eram apenas os
quatro. Diabos, ele jogou um par de Neil também, quando Neil ficou um
pouco desleixado devido à exaustão e nervosismo por causa do dia seguinte.
"Eu já tive o suficiente", declarou Jean depois de cerca de uma hora e
meia. “Estou dividido entre o total desgosto e a ruptura de um órgão interno
de reter o riso sobre suas palhaçadas miseráveis. É hora de lavar o fedor do
fracasso da minha pele e ir dormir na esperança de que a inconsciência limpe
as memórias de suas habilidades atrozes.”
Meg escancarou para ele por alguns segundos antes de acenar com a
cabeça para Marley. “Ok, você ganhou essa aposta.”
“Eu te disse que ele faria você querer estrangulá-lo das derrubadas.”
Jean fez sinal ao redor da quadra enquanto Neil imaginava Meg de todas
as pessoas estrangulando alguém. “Já que você parece ter energia suficiente
para a violência, divirta-se limpando a quadra antes de dormir.”
"Como se eu não tivesse visto isso chegando", Marley reclamou com um
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pouco de azeza enquanto colocava seu capacete de lado. “Oh, eu vou me
divertir quando conseguir essa classificação mais alta.”
"Você ainda está acordado, ma puce, pare de sonhar com tanta
bobagem", Jean a repreendeu enquanto acenava com a mão direita para Neil
em um sinal claro de que caiu sobre ele para reunir o equipamento.
Neil teria prazer em se juntar aos bastardos franceses no momento. Além
disso, ele se perguntou quanto tempo levaria para Marley descobrir seu novo
apelido.
Assim que o equipamento foi armazenado e eles terminaram de tomar
banho, ele confrontou seu parceiro. "Admita, você obtém algum tipo de
satisfação com tudo isso."
Um leve zombo veio sobre as características elegantes de Jean quando
eles voltaram para o quarto. "Se eu for forçado a perder tempo que poderia
ser melhor gasto descansando ou estudando neles, vou garantir que eles não
sejam um constrangimento."
"E se por acaso você for capaz de mandeá-los um pouco e lembrar a
todos de como você é perfeito, tanto melhor?"
Jean ficou quieto por um momento antes de chegar para dar ao cabelo de
Neil uma tentativa de tousle. "Marque este dia para baixo, diabo. Você
acabou de reconhecer minha superioridade sobre um miserável fracasso
britânico como você."
Neil revirou os olhos para isso. "Sim, a exaustão claramente me
alcançou." Ainda assim, ele sorriu quando Jean começou a cantarolar 'La
Marseilles' até o quarto deles.
No dia seguinte, eles foram dispensados de suas aulas - Edgar Allan foi
bastante flexível quando se tratava de seus alunos "favorecidos",
considerando o quão importante o programa Exy era para a universidade,
embora isso não significasse que os Ravens pudessem reprovar em suas aulas
ou pudessem deixar suas notas passar de um certo ponto. Neil saboreou a
meia hora extra de sono antes que eles tivessem que se encontrar na quadra
para uma rápida sessão de treino, e se recusou a permitir que sua atenção se
deslocasse para Adams e Ross, que se sentaram no banco em uma miséria
silenciosa. Depois de uma luta curta, mas intensa, os jogadores tomaram
banho, mudaram suas roupas de viagem (camisetas pretas com guarnição
vermelha e suas jaquetas da equipe) e pegaram suas malas para sair do estádio
para os ônibus, já que Wilkes-Barre estava a uma curta distância de carro.
Havia três ônibus pretos e vermelhos alinhados no enorme
estacionamento do lado de fora do estádio dos Ravens, e Neil olhou para Jean
para ver em qual deles eles estariam nas próximas sete horas ou mais. Seu
parceiro acenou para o primeiro, depois fez uma pausa quando olhou para
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Marley e Meg. "Vocês dois estão no-"
"Não, eles são de responsabilidade do Neil, certo?" Riko disse com um
sorriso que Neil não confiou por um momento. "Aqueles cavalguem com ele."
Neil tinha a sensação de que seu 'capitão' estava causando problemas
para as meninas, mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso, não
quando o 'rei' da equipe havia falado. "Vamos lá", ele disse a eles, enquanto
Jean ensinou sua expressão naquele vazio cuidadoso que ele sempre usava ao
redor de Riko.
"Ok." A julgar pela linha plana de seus lábios, Marley entendeu o que
Riko estava fazendo, mas sabia de uma ordem quando a ouviu, enquanto Meg
estava escondendo sua expressão por trás da queda de seu cabelo castanho
claro solto.
Riko e Tetsuji já estavam no ônibus, é claro, assim como Tollis e
Ivanova. Saunders e Johnson foram rápidos em pegar alguns dos assentos da
frente restantes, com Anders e Bautista bem atrás deles, e Neil ficou grato por
ver McPherson e Lau entrarem antes que as portas se fechassem. Os dois
traficantes se sentaram entre os calouros e os outros, e conversaram com eles
enquanto ele e Jean ocavam os dois últimos assentos.
Havia muito espaço para se esticar (especialmente se fosse curto, algo
que Jean bufou quando Neil fez um show de balançar os pés no assento longo
enquanto Jean tinha que dobrar as pernas), e no começo eles puxaram seus
respectivos laptops para se concentrar na lição de casa. Neil ficou entediado
com isso depois de um tempo e subiu para conversar com Ivanova (atente de
Tollis olhando para ele o tempo todo) para que ele pudesse trabalhar um
pouco mais em seu russo.
O tempo todo, ele estava ciente dos outros Ravens jogando em seus
telefones, enviando mensagens de texto ou tirando fotos um do outro ou do
cenário que eles passavam. Tetsuji assistiu com um olho levemente
reprovador, mas não parou, e Neil fez o seu melhor para não se encolher
quando Riko o arrastou para perto para uma foto rápida.
À luz da mudança distrital, da 'deerção' de Day e do show de Ferdinand,
foi decidido que os Ravens tinham permissão para uma quantidade limitada
de postagens nas mídias sociais. Muito limitado e muito controlado - Neil não
sabia se era Riko, Tetsuji ou um dos treinadores assistentes que aprovou tudo,
mas nada que os Ravens escreveram ou fotografaram se tornaram público sem
ser revisado primeiro. Além disso, havia diretrizes rígidas do que era
permitido: nada de dentro do Ninho, nada sobre suas práticas, nada muito
pessoal. Nada que desse muita visão sobre sua estratégia de jogo ou ser um
Raven, e definitivamente nada prejudicial sobre os Ravens ou Edgar Allan.
Apenas coisas que beneficiariam a equipe ou que os fariam parecer bons (e o
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Dia ruim).
Aparentemente, Neil tocou um acorde com toda a sua coisa de 'parceiro'
que ele mencionou naquele maldito programa, falando sobre as amizades e
pessoas que Day havia deixado para trás, e Riko tinha a intenção de jogar isso
no rosto de Day e pintar os Ravens como uma 'família' forte. Qualquer coisa
para machucar seu ex-parceiro e diminuir quaisquer argumentos que Day
pudesse fazer contra ele e sua antiga equipe no futuro, Riko estava
determinado a usar como arma.
Tudo o que Neil sabia era que estava ficando muito cansado de ter
telefones enfiados na cara nas poucas vezes que saiu do Ninho.
Marley gemeu quando finalmente voltou para o assento no ônibus e
apontou o telefone para ele. "Você faz minha cabeça doer, você realmente faz.
Quantos idiomas você conhece? Há os franceses, ouvi dizer que você fala em
espanhol contra Bautista, você está aprendendo japonês e agora russo?" Atrás
dela, Meg estava sorrindo enquanto descansava o queixo em seus braços
dobrados ao longo do topo do assento. "Essas não são as torres de Babel em
Edgar Allan, você sabe."
Jean soprou isso enquanto Neil bateu seu telefone de lado. "É o meu
curso, lembra? E eu só sei um pouco de espanhol, mal o suficiente para
sobreviver." O suficiente para insultar a habilidade de jogo e o pedigree da
família de Bautista. Ele não contou a ela sobre o alemão (e os pedaços de
outras línguas que ele aprendeu na Europa), há muito tempo costumava
segurar algumas coisas das pessoas; Tetsuji e Riko sabiam, é claro, e Jean o
ouviu praticar algumas noites para que ele pudesse acompanhar o idioma.
"Certo." Marley revirou os olhos enquanto digitava algo no telefone.
"Você é uma daquelas pessoas que gosta de ser capaz de ser sarcástica sobre
todos os outros quando ninguém consegue entendê-los, eu entendo. Meu pai é
assim - ele nos disse que queria que só falássemos inglês para que
pudéssemos avançar na escola, para que ninguém pudesse tirar sarro de nós,
mas sabíamos melhor. É para que não entendêssemos quando ele estava
tirando sarro de como o vizinho cortou o gramado ou estacionou o carro, ou
como ele rasgou a mulher enfiando o nariz para nós, mas minha mãe tem a
pior cara de pôquer. Nós sabíamos." Ela apontou o telefone de volta para Neil.
"Eu sei."
"Acho que ela está com você", murmurou Meg de seu assento enquanto
ainda sorria.
"Oh não, não esse diabo", acrescentou Jean enquanto cutucou Neil no
ombro.
"Todos vocês calam a boca e vão para o inferno", disse a eles Neil
enquanto desceu em seu assento com os braços cruzados sobre o peito.
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"Sim, sua amada casa", gritou Jean.
"Você está prestes a ser empurrado para fora da saída de emergência",
alertou Neil.
"Eu vi suas habilidades de bloqueio, isso nunca vai acontecer."
Pelo menos Neil sabia que Tetsuji ou quem quer que fosse nunca iria
aprovar as fotos dele alcançando o assento em uma tentativa de enfiar a
jaqueta de seus Ravens na boca de um certo bastardo francês.
*******
Andrew sentou-se no banco do lado ausente da quadra enquanto lutava
para adiar a tomada de outra pílula pelo maior tempo possível, a fim de
saborear sua sobriedade irregular; o jogo com os Belmonte Terrapins ainda
não tinha acabado, embora mais uma vez os Foxes estivessem perdendo. Oh,
eles não estavam indo muito mal - sem o drogado Duncan no gol, Renee
estava mantendo o ponto espalhado, mas os Terrapins eram um dos melhores
times da liga e se acreditavam de sua aniquilação na semana passada nas
mãos dos Ravens. Isso e sempre que Yee estava lá fora com Gordon, o ataque
dos Foxes estava em total confusão.
O garoto estava um pouco melhor do que na semana passada, conseguiu
firmar um pouco mais sua confiança... mas Gordon agiu como se fosse o
único atacante por aí, recusando-se a interagir com o novato de uma maneira
tão madura. Wymack parecia pronto para ter um ataque a qualquer segundo
(falando sobre maturidade), e Wilds provavelmente passaria toda a viagem de
volta a Palmetto gritando com o atacante - algo que Andrew planejava ficar
inconsciente a maior parte do tempo para evitar, graças a um frasco de uísque
em sua bolsa.
Eles conseguiram marcar mais alguns pontos quando Kevin foi substido
de volta, mas foi o suficiente para evitar que Belmonte pisasse em todos eles;
Andrew estava vendo uma tendência lá, uma de onde as Raposas não
falharam totalmente, mas ainda falharam. Kevin poderia sonhar tudo o que
quisesse, poderia reclamar e delirar e fazer todos aqueles playbooks chiques,
mas as Raposas eram as Raposas. Eles provavelmente tinham uma chance
decente de vencer contra a USC-Columbia na próxima semana só porque
aquela equipe era uma droga, colegas rivais na mediocridade, mas alguém
precisava ensinar Gordon a jogar bem com outros que não envolviam
petulância e sucção em brigas de punho.
Mente nebulosa e mãos tremendo de retirada, Andrew ignorou as
travessuras habituais do vestiário (as birras de Gordon, os discursos estúpidos
de Wymack, o beicinho de Kevin, etc.) para que ele pudesse lavar o fedor e
depois se atrapalhar em sua mochila para o frasco de pílulas de reposição e o
frasco. Pequenos círculos brancos de tormento e vício caíram em meio às
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meias e moletom limpos depois que ele puxou a tampa um pouco forte
demais, mas tudo o que ele se importava era que um acabasse na palma suada
de sua mão esquerda para que ele pudesse lamber a pílula de sabor amargo em
sua boca e lavá-la com Johnny Walker Blue. Foi um efeito placebo, a maneira
como seu corpo se amalmou apenas alguns segundos depois, mas logo o
remédio da rema entraria em ação, enviaria sua mente zumbindo para o
espaço exterior e interior enquanto a terrível euforia saía de seus ossos e o
sobrecarregava mais uma vez.
O uísque tinha desaparecido e a droga em pleno andamento quando o
resto das Raposas terminou seus banhos, e Andrew só se importava em
garantir que seu pequeno pacote de 'monstros' chegasse ao ônibus antes de
bater. Um olhar para Kevin foi o suficiente para convencer o viciado em Exy
de que ele não estava com vontade de falar sobre o jogo, e as coisas estavam
tranquilas (para ele) até chegarem ao campus e conseguirem dormir de
verdade em suas próprias camas. Então foi um café da manhã tardio e na
estrada para Columbia, onde a ameaça de ter seu precioso álcool arrebatado
impediu Kevin de falar sobre Exy pelo resto do fim de semana.
Estava ocupado no Eden's no sábado à noite, mas Andrew ainda tinha
cerca de quinze minutos no armazém com Roland, quinze minutos para um
boquete seguido de uma rápida sessão de punheta depois que o barman saiu.
Roland perguntou sobre os cortes de cura em sua mão na semana anterior e
não cometeu o erro uma segunda vez, optando por manter a boca fechada
além de perguntar sobre o habitual; tudo o que Andrew queria do homem
eram bebidas fortes e coisas em seus próprios termos.
Andrew teve o suficiente em suas mãos no momento com Kevin
surtando com a perspectiva de enfrentar Riko novamente no banquete de
outono e depois em outubro, quando os Ravens vieram para Palmetto State.
Para alguém que reclamou de toda a merda que Andrew comeu (ou não
comeu), Day certamente não se importou com o que diabos ele fez com seu
fígado com todo o álcool que estava bebendo ultimamente, mas como
Andrew o achou mais tolerável quando semi-comatoso, Andrew não se
importou.
Então foi uma coisa boa voltar ao campus e deixá-lo em sua suíte junto
com Aaron (que então fugiu para a biblioteca em uma tarde de domingo, isso
não era suspeito) e Nicky (que desmaiou em uma cadeira de saco de feijão
para jogar) para que Andrew pudesse trabalhar um pouco de energia com
Renee, que tinha seus usos na hora. Assim que ele se trocou por um par de
calças de moletom e uma camisa musculosa, ele desceu para o nível do porão
da Fox Tower para se juntar a ela em sua sessão semanal de sparring.
Ela já estava lá embaixo, vestida de calças de moletom e uma regata
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(cinza e branco pálido para o preto dele), e depois de um rápido aquecimento,
a luta começou. Andrew conseguiu alguns bons golpes - um no lado
esquerdo, no alto das costelas, um na bochecha direita que deixaria um bom
hematoma, e outro que teria o rim esquerdo se ela não girasse naquele
momento - mas ela o derrubou na parede e bateu uma faca debaixo do queixo
antes que ele pudesse reagir.
"Você está um pouco fora hoje", disse ela a ele quando ele deixou suas
mãos pressionarem contra a parede para sinalizar que a luta havia acabado.
“Está tudo bem?”
Ele deu a ela um olhar plano antes de empurrá-la mais para o lado. “Nós
terminamos agora.” Ele não estava no clima para o absurdo de 'você está bem'
de Renee, ele se cansou disso da Bee e ainda não era quarta-feira.
"Entendo", Renee suspirou enquanto limpava a franja agarrada à testa,
piscando apenas um pouco enquanto escovava o lado direito do rosto. “Você
tem alguns minutos? Eu tenho algo para te mostrar.”
Por um momento, ele quase disse a ela 'não', mas depois se lembrou de
que tinha um Kevin mu-humorado e um Nicky falante esperando por ele de
volta ao quarto. “Roof?”
“Tudo bem.” Ela sorriu para ele enquanto recuou um pouco mais e
depois foi buscar sua bolsa, da qual tirou uma jaqueta com capuz que ela
escorregou antes de pegar duas garrafas de água, uma das quais ela jogou para
ele.
Eles subiram até o telhado, onde Andrew acendeu um cigarro antes de se
sentar na parede baixa correndo ao longo da borda, com as pernas
atravessando de cada lado, e Renee se juntou a ele com um pé ou mais entre
eles. Ela puxou o telefone para fora da bolsa, enfolada no peito. "Há algo que
eu quero que você veja", ela disse a ele quando ele estava na metade do
cigarro.
“Se são fotos suas e de Reynolds, aquele telefone está saindo do
telhado,” ele alertou.
Por um momento, os lábios de Renee ficaram finos, mas ela conseguiu
controlar seu temperamento enquanto deslizava ao longo do telefone. “Na
verdade, foi Allison quem encontrou isso há alguns dias. Eu decidi que era
melhor avisá-lo antes que Kevin descobrisse.” Ela entregou o telefone a ele.
Isso parecia promissor, não parecia? Andrew colocou o cigarro entre os
lábios enquanto aceitava o dispositivo e olhava para a tela. Era uma conta do
Instagram, que ele achou ridícula, e o telefone quase foi jogado no chão
quando viu que era para os malditos Ravens.
Renee deve ter percebido isso porque acenou com as mãos, que estavam
cobertas pelos punhos de sua jaqueta. “Não, olhe para isso, vai? Eu filtrei em
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dois dos calouros.”
"Trinta segundos para que isso signifique algo ou você vai precisar de
um novo telefone", ele alertou, cinzas caindo em seu colo do cigarro se
movendo, quando ele começou a folhear as imagens. Havia as coisas insentes
de sempre sobre bebidas e cenários e equipamentos Exy (jaquetas com o que
pareciam ser os números das duas garotas, que estavam nos anos 30)... e então
ele fez uma pausa quando havia uma foto de Neil Josten.
Ele supôs que fazia sentido, já que Josten era um calouro... exceto que
Josten era um '4' e não '32' e '32', respectivamente. Josten foi emparelhado
com Moreau, e pelo que Kevin explicou após a merda do show no fim de
semana passado, esses dois deveriam ter pouco a ver com os outros Ravens -
Moreau não teve muito a ver com ninguém além de Kevin, Riko e sua rotação
constante de parceiros, daí por que Kevin levou os jabs verbais de Josten tão
pessoalmente.
A foto mostrou Josten do lado de fora no que deve ser o campus de
Edgar Allan franzindo a testa para a câmera com a legenda de 'alguém precisa
de outra xícara de chá', postada por mpatel32. O próximo foi de Josten e
Moreau andando lado a lado, pegos em uma discussão animada; as mãos de
Moreau estavam se movendo no ar e o rosto de Josten estava animado, seus
olhos azuis brilhantes e bochechas coradas. Essa legenda dizia 'eles ainda
estão debatendo Monty Python'. Andrew encontrou seus olhos demorando na
foto até que o cigarro queimou, que ele atirou de lado com nojo.
Havia uma foto com Josten, Moreau e uma garota desconhecida com
cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros, quase dourados, sua pele
com um bronzeado cremoso que se destacou em forte contraste com os dois
jovens. Ela tinha o braço esquerdo envolto levemente ao redor dos ombros de
Josten, mas não ficou muito perto como se respeitasse seu espaço, mas ele
tinha um meio sorriso no rosto, enquanto Moreau não parecia um bastardo
azedo pela primeira vez. Esse post foi rotulado como 'o futuro Tribunal,
apenas espere e veja', por mcurtis33.
A garota - ela tinha que ser Marley Patel, um dos novos recrutas dos
Ravens - estava em algumas outras fotos com Josten e mais uma com
Moreau, e ficou claro que havia algum tipo de relacionamento com o não-
coelho. O mesmo com Meg Curtis, a outra nova recruta, embora não com
tanta frequência. Eles pareciam próximos o suficiente para provocar Josten e
reclamar dele (uma foto postada por Patel era de Josten com o goleiro titular
dos Ravens e passou sobre ele aprendendo russo) de uma maneira familiar
que o garoto tolerou.
Andrew se viu demorando na foto tirada em um ônibus de Josten
dormindo com a jaqueta de Moreau coberta em cima dele e se forçou a
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entregar o telefone de volta para Renee. “Qual é o objetivo disso, além de me
mostrar que os Ravens têm muito tempo em suas mãos?”
“A conta é nova”, explicou ela enquanto folheava as postagens. “Não
subiu antes do domingo passado, então o momento é um pouco suspeito. No
entanto, os fãs estão muito felizes e já tem um grande número de seguidores.”
Ela olhou para ele através da queda grossa de sua franja pálida. “Eu pensei
que você poderia querer saber sobre isso antes que Kevin descubra.”
Sim, um certo covarde pode não reagir bem às imagens de Riko e
Moreau por aí, talvez nem mesmo alguns outros Ravens. Imagens de seus
'amigos' e o que ele deixou para trás, juntamente com sua dignidade
esfarrapada e tudo mais. “Por que eu tenho a sensação de que há um 'e'?” ele
perguntou enquanto puxaa a ponta de sua braçadeira esquerda.
“Eu também pensei que você poderia querer saber que Dan decidiu
entrar em contato com as duas garotas, já que elas têm outras contas de
mídia.”
“Acançar como?” Os homens da classe alta estavam se intrometendo, e
Andrew detestava os intrometidos. Eles sempre pioraram as coisas com suas
preciosas 'melhores intenções'.
Renee encolheu os ombros enquanto guarda o telefone. “Só para que eles
saibam que, se quiserem falar com outro jogador Exy que por acaso é uma
garota, ela está aqui para eles, junto comigo e Allison.” Ela deu a ele um olhar
nivelado enquanto abraçava a bolsa mais perto do peito. “Pelo pequeno Kevin
disse sobre os Ravens, não pode ser fácil para eles, então talvez eles queiram
um pequeno conselho ou um ombro amigável para se apoiar.”
Oh, não foi apenas nauseante, o que a religião fez com uma pessoa?
"Eles são Ravens", lembrou Andrew ao benfentor. “Amigável não está no
vocabulário deles.”
“Eles não começam assim,” repreendeu Renee. “Eles são pessoas
normais, é o que quer que aconteça naquele programa que os deixa tão
confusos. Queremos ajudar esses dois... e talvez descubramos o que está
acontecendo com Neil dessa maneira também.”
Andrew se afundou com isso. “Você é um verdadeiro samaritano, você
é.”
Os olhos escuros de Renee se estreitaram de descontentamento com o
jab. “Vamos ajudá-los de qualquer maneira, mas não será uma coisa ruim se
pudermos descobrir mais sobre Neil ao mesmo tempo.”
Ele era o pequeno lacaio de Riko, aparentemente, assim como seu pai era
de Kengo. "Continue justificando para si mesmo dessa maneira", disse
Andrew enquanto se levantava. “Apenas certifique-se de não acabar sendo
jogada, Christian Girl.”
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"Eu não vou", Renee prometeu enquanto estava de pé também.
Andrew voltou para a suíte, onde pegou um litro de sorvete e metade de
um novo romance antes de Kevin arrastá-lo para a quadra, então de volta ao
mesmo velho, mesmo velho... de volta às perguntas sobre Josten zumbindo
em sua cabeça. O que estava acontecendo com o atacante e aquelas duas
garotas? Com Moreau? Josten era suicida ou estava jogando? Ele sabia que
Andrew ficaria muito satisfeito em enfiar a cabeça no banheiro se eles se
encontrassem no banheiro masculino enquanto estavam no banquete de
outono por atormentar sua mente com todas essas perguntas insanas?
Algo para esperar, por fim.
É claro que Kevin descobriu sobre a maldita conta de mídia social na
terça-feira - Andrew teve que se perguntar se Gordon deveria 'agradecer' por
isso também, mas pode ter sido um dos colegas de classe de Kevin. Ele
encontrou o covarde olhando para o telefone durante o almoço no refeitório
mais próximo do estádio Fox, como se tivesse o plano de jogo da equipe
adversária, a intenção dos olhos e o rosto definidos naquela maneira teimosa
que fez Andrew querer bater nele (embora, para ser justo, ele queria bater em
muitas coisas e muitas pessoas).
“O que é isso? Um novo anúncio do Tribunal? A ERC faz outra decisão
ridícula? O fígado de Wymack finalmente desiste e não pratica hoje?”
Andrew entoou de maneira plana enquanto colocasse seu prato de batatas
fritas e pizza de queijo na mesa. “A menos que seja o último, eu não dou a
mínima.”
“Não, é....” Kevin balançou a cabeça sem arrancar os olhos do telefone -
oh, rasgando os olhos, agora isso soou divertido. “Riko finalmente convenceu
o Mah- ah, Tetsuji a configurar as contas de mídia.” Ele continuou a verificar
mais algumas imagens. “Parece estar fazendo muito bem a eles, permitindo
que os fãs vejam um pouco mais do lado pessoal deles. Riko sempre disse que
sorrir um pouco de vez em quando ajudaria a atrair mais os fãs, então isso é
apenas uma extensão disso.”
Sim, os melhores psicopatas eram aqueles que podiam convencer suas
vítimas de que eram amigáveis e normais, afinal - havia toda aquela besteira
'mas ele era tão legal e normal, eu nunca suspeitei de nada' que todos os
vizinhos disseram nas entrevistas. Até Kevin tinha comprado o ato de Riko
até que ele estava recebendo uma raquete, não foi? Andrew salvou os
comentários complicados que ninguém apreciou e comeu sua pizza em vez
disso, cansado de ser subestimado como sempre. Havia aquele ditado sobre os
profetas em seus tempos....
Enquanto ele rasgava um pedaço de seu almoço e o jogava na boca,
Kevin lhe deu um olhar de busca, olhos verdes estreitos e sobrancelhas
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escuras juntas. “Você sabia disso, não sabia?”
Não vendo nenhuma razão para esticar a verdade, Andrew deu de
ombros. “Renee me contou sobre isso outro dia.” Ele comeu um pouco mais
de sua pizza enquanto Kevin de mau humor, como de costume. “Por que dois
calouros estão saindo com Moreau e Josten?” Ele estendeu a mão para tocar
na tela do telefone de Kevin, que instantaneamente voltou à vida para mostrar
uma foto de Riko, o que não foi uma surpresa; o idiota estava assaltando a
câmera com o braço em torno de um Josten de rosto em branco. “Você me
disse que eles eram 'diferentes'.” Ele teve que estar atento ao que disse, já que
eles estavam em público.
No começo, Kevin não respondeu enquanto olhava para a imagem
exibida, seu rosto carregando uma variedade nojenta de emoções semelhantes
ao remorso, confusão e dor quando ele só deveria sentir ódio e raiva. “Eles
são, e eu não sei o que está acontecendo.” Uma risada sem alegria escapou
dele enquanto ele folheava o aplicativo. “Mas o que mais há de novo? Talvez
seja um truque para me fazer pensar que as coisas estão mudando lá.”
Andrew zomou enquanto rasgava a última de sua pizza. “Tente
novamente.”
“Eu não sei,” Kevin repetiu. “Números mais altos como Jean e Na- ah,
Neil não se associa com pessoas mais baixas como aquelas garotas, além de
tê-las por perto e cuidar das coisas. Eles têm que trabalhar duro para subir nas
fileiras, na quadra e no Ninho.”
Os sinos de aviso tocoram na cabeça de Andrew quando ele ouviu isso.
“E daí, eles estão basicamente à sua disposição, hmm?” ele perguntou
enquanto pegaa uma batata frita. “Você gosta de ter um novato para pedir por
aí, '2'?” Ele cutucou o frito no rosto de Kevin, bem na tatuagem antes de jogá-
la de lado.
Kevin se afastou e desistou. “Nós aturamos todos os jogadores mais
velhos por anos, crescemos no Nest”, argumentou ele. “Sempre sendo dito
para buscar isso e aquilo, para limpar a quadra e guardar as raquetes. Foi
assim que foi feito.”
Oh, como isso deve ter incomotado o pobre widdle Riko, o suposto
herdeiro de Exy, o sangue de Tetsuji e um Moriyama, sim? Chefou por aí e
homem baixo no totem - pelo menos até que ele finalmente cresceu o
suficiente para fazer algo a resso. Até que ele mesmo se tornou um Raven. “E
quanto a Moreau?”
Essa pergunta era como levar um alfinete a um balão em como isso
desinflou a raiva de Kevin de uma só vez. "Ele... ele é diferente", enfatizou
Kevin enquanto procurava até encontrar uma foto do backliner. “Ele sempre
foi do Riko.”
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O que significa que ele sempre foi uma posse, o que implicava que
Josten também era uma posse. E as posses podem ser tratadas com cuidado ou
quebradas por capricho. Então, qual foi o Josten? Foi o último? Isso explicou
por que Josten não tinha medo de Andrew?
Por que quanto mais Andrew tentou descobrir a pequena merda, mais ele
caiu na toca do coelho?
Ha, buraco de coelho.
"Pare de olhar para eles", disse ele ao covarde enquanto roubava o
telefone. “Você os deixou para trás, lembra?” Kevin vacilou com essas
palavras. “Eles não poderiam fazer nada por você lá, e tenho certeza de que
você não quer estar de volta lá com seu querido amigo Riko, então pare de
olhar para eles e coma seu maldito peito de frango.”
Kevin ficou quieto quando pegou o garfo com a mão esquerda com
cicatrizes. “Jean... ele... naquela noite. Ele me ajudou.”
Isso de novo. “E sobrará alguma coisa para ajudar se você voltar?” Isso
causou outro vacilo, mais um pronunciado, quando Kevin se atrapalhou para
pegar um pedaço de frango. Quando nenhum outro comentário ou argumento
foi divulgado, Andrew entendeu que isso significava que ele poderia terminar
de comer sua refeição em paz (e, pela primeira vez, nenhum comentário sobre
a falta de vegetais e proteína adequados, que bom).
Ele também manteve o telefone de Kevin e, quando os outros estavam no
tribunal, o usou para verificar as atualizações da conta dos Ravens, já que seu
telefone flip estava bastante carente de ler as mídias sociais - algo que ele
geralmente considerava um bônus quando infligido a um primo como Nicky.
Ele rapidamente filtrou para aqueles posts contendo Josten (njosten4), não se
importando com o resto dos passarinhos chatos, especialmente os psicóticos.
Não houve muito nos últimos dois dias, mas, novamente, as fotos
continham Moreau (o que fazia sentido, já que eram parceiros), e sempre
foram tiradas por Curtis ou Patel, com exceção de uma, que era um Moreau
encharcado e brilhante que aparentemente havia sido pego no campus durante
uma chuva inesperada, e tinha uma legenda de 'une baguette trempée, plus
crue'.
O que diabos isso significava, algo sobre pão?
Há também um de um Josten sem se divertir com aqueles olhos azuis
estreitos para um Moreau ligeiramente sorrindo que segurou um punhado de
folhas verdes até o queixo em uma tentativa clara de fazê-lo comer as coisas,
um Patel rindo ao fundo e uma legenda de 'rosbifs et salade'.
Andrew tinha a impressão de que estava perdendo algo, assim como a
maioria dos fãs dos Ravens, a julgar pelos comentários, mas as postagens
atraíram algumas 'curtidas' e republicações, então ficou claro que o plano de
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Riko estava funcionando. Uma pesquisa rápida mostrou que a popularidade
de Josten como atacante estava crescendo, aproximando-o de Jeremy Knox,
mesmo, algo que certamente provocaria um discurso divertido de Gordon
com a mera menção do 'Class I Exy striker ranking'.
A merda estúpida só tinha a si mesmo a culpa a esse respeito, não é? Ele
havia afastado Josten (Wesninski) dos Foxes antes que Kevin tivesse a chance
de se agarrar a ele, tinha atraído os Moriyamas para o garoto, e aqui estavam
eles - assistindo Yee finalmente estalar e dar um balanço em um Gordon
atordoado (Andrew realmente sentiu vontade de bater palmas no garoto) com
sua raquete, apenas para Boyd ser um buzzkill e puxar Yee de volta bem a
tempo, enquanto Nicky surtou e Wymack pediu uma pausa.
"Apostas quando estava ficando bom", Aaron resmungou de onde estava
caído no banco. “Meu dinheiro está no Gordon.”
"Sim", disse Andrew, o que fez Aaron olhar para ele de surpresa.
“Gordon é toda a boca. Alguém como Yee já aprendeu alguns truques ou
então ele não estaria em condições de jogar.” Muito pequeno e muito 'outro',
Andrew conhecia essa história de cor; era a única coisa em comum que ele
compartilhou com Yee. Não que isso significasse que eles jamais seriam
amigos, não que isso significasse que ele se seguraria em bater no bastardo
estúpido no chão, se necessário, mas ele sabia o suficiente para que Yee
pudesse se manter na maioria dos encontros.
Isso e aquelas sessões de sparring com Boyd ajudaram.
Ele fechou o único aplicativo e puxou a lista de contatos de Kevin para
memorizar um número com o qual ele nunca se preocupou antes 'por
precaução'. Então ele assistiu ao circo ocorrendo na quadra, Wymack e Dan
gritando com os dois grevistas e Kevin aparecendo ao fundo enquanto o
espírito de desaprovação de Exy estava pronto para condenar todos eles.
Houve dias em que Andrew não conseguia parar de amaldiçoar os
remédios, e dias em que ele não conseguia parar de xingar que eles não eram
mais fortes, que eles não o nocautearam o suficiente para tornar tudo isso
suportável. Que eles não o anestesiaram em vez disso, apenas o esvaziaram a
ponto de que esse ridículo não era nada - assim como ele. Então ele nem se
importava mais com aquelas poucas horas de sentimento genuíno, sobre por
que sua promessa com Kevin era tão importante, por que o maldito fascínio
de Kevin pela crença de Exy e Renee em sua fé e a insistência de Wymack em
estar lá para todas as raposas quebradas incomodavam tanto Andrew.
Nada disso importava, na verdade, então deveria parecer que importava.
*******
No dia anterior ao banquete de outono, os Ravens entrariam nos ônibus
para descer até a Universidade da Carolina do Norte em Greensboro para
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enfrentar os espartanos - eles passariam a noite lá antes de ir ao banquete
realizado na Universidade Blackwell, já que não faria sentido voltar para
Edgar Allan e depois na estrada novamente na manhã seguinte.
Neil foi 'convidado' para a Torre Leste na quarta-feira para receber um
aviso de Lola sobre não fugir na sexta-feira à noite ou durante o banquete,
enquanto Ichirou assistiu sem dizer uma palavra. Uma vez que ela terminou,
Ichirou comentou sobre o quão satisfeito ele estava por Neil estar se
mostrando popular entre os fãs, mas manteve as mãos para si mesmo. No
entanto, seu olhar tinha sido intencional o tempo todo, e Neil se sentiu
estranhamente consciente do homem e grato por retornar ao Ninho.
Pelo menos, até que ele encontrou um Riko ciumento. Por causa do
banquete de outono, Riko se conteveu do rosto de Neil. Por causa do jogo de
sexta-feira, ele se limitou a alguns socos. Mas houve um momento em que
Neil estava de joelhos e Federov chamou o 'título' de Riko que ele achava que
o abuso não terminaria por aí... até que alguém saiu de uma sala e Neil foi
solto.
Ele foi solto então, mas Riko era uma cobra enrolada com a cauda
chacoalhando, presas exadas e a cabeça puxada para trás preparada para um
ataque; no sábado ele estaria cara a cara com Day novamente, teria outra
chance de infligir mais dor e dano em qualquer jogo/relacionamento
distorcido que ele tivesse com seu ex-parceiro, e Neil não achava que as
coisas terminariam em Blackwell. Não, parecia ser como dar a um jovem
filhote de tigre ainda chupando carne crua de sua mãe - logo ele não ansiaria
por nada além da morte fresca.
Os Ravens tiveram que sofrer Riko até que ele teve a próxima chance de
atacar Day - Neil e Jean tiveram que sofrer Riko. Isso ficou evidente quando
Neil voltou ao seu quarto, com o braço esquerdo enrolado em torno de sua
barriga latejante, para encontrar seu parceiro curvado em sua mesa com uma
bolsa de gelo fresca pressionada contra seu rosto machucado.
Neil sentiu uma onda tórrida de ódio ao ver a bochecha direita de Jean
enquanto seu parceiro encolhava os ombros. “Ele se esqueceu”, era tudo o
que Jean tinha a dizer. “Pelo menos no início.”
Se ao menos Neil pudesse se 'esquecer' o suficiente para puxar a faca no
bolso, mas ele não amaldiçoaria Jean assim. “Ouvi dizer que a couve é muito
boa para hematomas. Terei a gentileza de deixar você comer todos os meus
hoje para ajudar com isso”, disse ele enquanto se esticava na cama de Jean, já
que era o mais próximo; eles teriam que ir jantar em breve, mas para lá, ele só
queria fingir que eram apenas os dois e tudo estava bem.
O rosto de Jean torceu um pouco antes de ele gemer. “Só um diabo
tentaria me fazer rir quando meu rosto doía tanto assim.” Ele veio e, depois
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de um momento de hesitação, sentou-se na cama e se inclinou para trás para
descansar contra os quadris de Neil.
“Não é muito cara, não sei por que você está reclamando.” Neil
estendeu a mão para escovar o cabelo que cai na testa de Jean. “Cara de
sapo.”
“Diabo de gengibre”, Jean atirou de volta enquanto puxava um fio de
cabelo de Neil em troca. Eles ficaram quietos por vários minutos, ambos
parecendo se confortar em estar um com o outro, sabendo que poderiam estar
tão próximos um do outro e não serem prejudicados, para que não houvesse
nenhuma dor, mas na verdade uma sensação de paz no contato, até que fosse
hora de ir.
Eles já tiveram que aturar um Riko imprevisível, eles não podiam
arriscar alienar Tetsuji antes de um jogo, mesmo que a UNC Greensboro não
fosse uma das equipes mais bem classificadas. Então, é melhor manter o
cronograma, passar pelas práticas e perseverar nas mudanças de humor
psicóticos de Riko.
Pelo menos até Neil encontrar o que precisava para puxar as presas do
bastardo de uma vez por todas.
*******
Notas:
*******
Eh... então, montando coisas aqui, uma ou duas coisas. O banquete está
chegando! Próximo capítulo, sim, sim. A coisa das mídias sociais não é um
capricho (e sim, então a AU está definida no presente dessa maneira), mas
você verá.
Trabalhando em quando trazer uma certa pessoa... ainda de olho na
linha do tempo. Mas será em breve.
Pretendo começar no HL15 a seguir. Veremos.
Hmm... mais alguma coisa?
Como sempre, os comentários e parabéns são muito apreciados.
*******
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Black As Is The Raven, He'll Get A Partner - Capítulo 4 - Nekojita - All For The

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