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LEGISLAÇÃO DO

SETOR DE MEIO
AMBIENTE
Aspectos Florestais e Ambientais –
Lei n. 12.651/2012

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO DO SETOR DE MEIO AMBIENTE
Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
Vitor Batalha

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012. ...........................................................................5
Resolução n. 378. . ..........................................................................................................................................................45
Resolução n. 379............................................................................................................................................................46
Questões de Concurso................................................................................................................................................50
Gabarito...............................................................................................................................................................................60
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................61
Referências........................................................................................................................................................................77

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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LEGISLAÇÃO DO SETOR DE MEIO AMBIENTE
Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
Vitor Batalha

Apresentação
Ótimo dia, futuro(a) servidor(a) do IBAMA!
Espero que todos estejam bem. Irei a partir dos nossos encontros tentar ajudá-los a com-
pletar com êxito mais uma etapa, muito importante, diga-se de passagem, de suas vidas.
Trabalhar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
deve ser considerado uma honra para vocês, tendo em vista a importância que essa instituição
tem na proteção dos direitos socioambientais em nossa coletividade. A população brasileira
acredita nos membros do IBAMA e eu, como professor, acredito no potencial de vocês na con-
quista dessa vaga.
Ser técnico ou analista ambiental é fornecer à nossa sociedade segurança e respeito aos
princípios ligados ao desenvolvimento sustentável e à proteção ambiental, com fundamentos
na moral, na lei, na ética, buscando principalmente a justiça e a paz social. Através do traba-
lho organizado, detalhado e preciso de vocês, o meio ambiente seguirá sendo resguardado.
O serviço público que vocês exercerão será de extrema importância e um ato institucional de
resistência, visto ser a fauna e a flora os principais entes a serem tutelados, além de colocar
limites nas atividades degradadoras do meio ambiente. Na longa e bem-sucedida carreira que
lhes aguardam, vocês lidarão diretamente com a tutela dos principais direitos fundamentais
individuais e coletivos, como a vida, a liberdade, a propriedade e o MEIO AMBIENTE. Sim, a
aula é minha então vou “puxar saco” da minha matéria. Além deste senso de responsabilidade
inabalável que tenho certeza de que todos vocês têm (e continuarão tendo, NÃO É MESMO!),
vamos combinar que o salário que os aguardam é bem satisfatório né, dá para comprar uma
área rural e transformá-la em RPPN, plantar uns orgânicos e nadar em um rio, respeitando as
licenças ambientais, obviamente!
Brincadeiras à parte (mais ou menos), a chance para a realização do sonho está bastante
próxima, a quantidade de vagas é enorme e vocês estão com uma equipe engajadíssima no
sucesso profissional dos quase técnicos e analistas do IBAMA.
A meu ver, como conselhinho, vocês, queridos alunos, precisam de duas coisas para pas-
sar nessa provinha. Paixão e sapiência.

Como assim professor?? Cê tá louco?

Calma, jovem padawan! Acompanhe o raciocínio.


Quando falamos em paixão significa fazer aquilo que realmente gostamos, que dá pra-
zer, que causa felicidade. Vocês precisam acordar e ir dormir motivados com a carreira que
escolheram.

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Sapiência, como fazia o Mestre dos Magos, de Caverna do Dragão (talvez vocês não sai-
bam do que estou falando), tem a ver com gestão de tempo. Todos temos tarefas cotidianas a
realizar, relações interpessoais para lidar, dias ruins e muitas coisas para nos tirar do foco, mas
precisamos dedicar tempo ao objetivo a ser alcançado. E quando digo isso, não estou dizendo
para vocês estudarem 21 horas por dia, afinal quantidade não é qualidade.
Não existe fórmula matemática de estudo, cada um tem um jeito de internalizar o conte-
údo, seja escrevendo, ouvindo ou assistindo, não importa! O importante é perceber se está
havendo aprendizado.
Façam intervalos durante os estudos, brinquem com os doguinhos e gatinhos de vocês,
leiam um capítulo de um livro, façam um lanche vegano, bebam água, meditem, se alonguem,
assistam a um episódio de La Casa de Papel ou Lúcifer, isso fará com que a qualidade do
seu trabalho cerebral aumente. Guarde um dia da semana para você! Você não precisa ser
abduzido e voltar quando passar na prova! A palavra é gestão. Organizemo-nos! Calma, vai
dar tudo certo!
Serão 7 encontrinhos e o quinto se refere ao tão discutido Novo Código Florestal, Lei n.
12.651/2012 e seus desdobramentos. O propósito dessa aula é conhecer a lei em questão e
interpretar alguns conceitos que não são de assimilação imediata. Irei comentar e explicar
os artigos ou capítulos de forma a tornar o conteúdo mais didático. Vamos lá e protejam as
florestas!!!
Acho que já escrevi demais, vamos começar nossa aula, espero que tudo entre “susten-
tavelmente” na cabeça de vocês. Qualquer dúvida pesquise no Google. NÃO, não façam isso.
Podem me perguntar que estarei à disposição.
Após toda essa explanação, colocarei algumas questões para que vocês respondam (SEM
OLHAR O GABARITO) e, logo após, também comentarei estes exercícios. OK? OK!

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ASPECTOS FLORESTAIS E
AMBIENTAIS – LEI N. 12.651/2012
Olá de novo! Espero que todos estejam bem! O Novo Código Florestal, Lei n. 12.651/2012,
foi amplamente divulgado nas mídias quando estava tramitando no Congresso Nacional.
O país (para variar) ficou polarizado, entre os chamados ambientalistas, que alegavam que
a promulgação deste Código seria um retrocesso ambiental, de modo que anistiava degrada-
dores (principalmente aqueles com alto poder aquisitivo), além de diminuir direitos ambientais
conquistados, no âmbito da vegetação brasileira.
Do outro lado do “ringue político” estavam os denominados ruralistas, representando os
empresários do Agronegócio, que argumentavam que esse Código tinha o propósito de obs-
tar o desenvolvimento econômico do Brasil, visto que o setor primário, agricultura, pecuária
e extrativismo era o responsável pelo crescimento financeiro nacional, deixando a balança
comercial superavitária. E, por isso, não seria interessante manter determinadas “amarras” no
ordenamento jurídico-ambiental.
Vários são os estudos, o que torna essa informação quase um consenso dentro do meio
acadêmico, jurídico e daqueles ambientalmente engajados, que comprovam que os “ruralistas”
levaram a melhor com a promulgação dessa Lei, que revogou o Código Florestal anterior, Lei
n. 4.771/1965.
No decorrer da leitura dessa norma, farei alguns comentários sobre alguns conceitos, de
forma bem objetiva. Digo isso, porque as bancas examinadoras, inclusive o CEBRASPE, costu-
mam cobrar o conteúdo na literalidade da Lei. Simbora!
Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Pre-
servação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de
matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção
dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de
seus objetivos.

 Obs.: Primeiramente, podemos observar as motivações da Lei, o que ela veio tutelar. O prin-
cipal objetivo é a proteção da vegetação, APPs e Reserva Legal, além de elencar regras
para a exploração das florestas, inclusive prevendo meios econômicos e financeiros
para a utilização de recursos para obtenção de resultados satisfatórios.

Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá
aos seguintes princípios:
I – afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e
demais formas de vegetação nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídri-
cos e da integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e futuras;

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II – reafirmação da importância da função estratégica da atividade agropecuária e do papel


das florestas e demais formas de vegetação nativa na sustentabilidade, no crescimento eco-
nômico, na melhoria da qualidade de vida da população brasileira e na presença do País nos
mercados nacional e internacional de alimentos e bioenergia;
III – ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, consagrando o com-
promisso do País com a compatibilização e harmonização entre o uso produtivo da terra e a
preservação da água, do solo e da vegetação;
IV – responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em cola-
boração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da
vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais;
V – fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o uso sus-
tentável do solo e da água, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de
vegetação nativa;
VI – criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a re-
cuperação da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas
sustentáveis.

 Obs.: O legislador expressamente determinou que essa Lei seguisse o Princípio do Desen-
volvimento Sustentável, tutelado pela Constituição Federal em seu artigo 225, onde
se deve buscar a preservação das florestas, das vegetações e toda a biodiversidade
presentes nas mesmas, protegendo os recursos naturais e incentivando as pesquisas
científicas que visem uma exploração sustentável e a sua recuperação, sem esquecer-
-se do desenvolvimento econômico e financeiro do país. Lembrando que a responsabi-
lidade de aplicar esses conceitos é do poder público e da sociedade civil.

Art. 2º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação na-


tiva, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos
os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legis-
lação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.
§ 1º Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões contrárias às dispo-
sições desta Lei são consideradas uso irregular da propriedade, aplicando-se o procedimento
sumário previsto no inciso II do art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de
Processo Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1º do art. 14 da Lei no
6.938, de 31 de agosto de 1981, e das sanções administrativas, civis e penais.
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor,
de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

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 Obs.: Informação IMPORTANTE: todas as responsabilidades referentes às áreas, seja em


relação à reserva legal ou a área de preservação permanente, NÃO são personalíssi-
mas, elas acompanham o bem imóvel (a coisa), ou seja, se o proprietário ou posseiro de
uma fazenda vendê-la, o adquirente é totalmente responsável em recompor uma exten-
são territorial desmatada. A obrigação não “morre” com o vendedor (dono anterior).

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:


I – Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e
Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocantins e Goi-
ás, e ao oeste do meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão;
II – Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegu-
rar o bem-estar das populações humanas;

 Obs.: Não confundir área de preservação permanente (APP) com área de preservação
ambiental (APA) que é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável.

III – Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimi-
tada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável
dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de
fauna silvestre e da flora nativa;

 Obs.: A Reserva Legal possui dois lados: o primeiro é a proteção ambiental, de espécies,
visando à conservação ecológica e o segundo trata da questão da exploração econô-
mica sustentável. Ao contrário do que a maioria pensa e divulga a reserva legal não é
imutável, ela PODE servir para obtenção de lucros, se observados os limites impostos
pela lei. Por exemplo: não se pode desmatar uma reserva já registrada, para plantar
pasto para a criação pecuária, mas pode-se utilizar desse espaço para uma atividade
turística remunerada, com pouquíssima degradação ambiental. Ah! RESERVA LEGAL
=> IMÓVEL RURAL (pense nessa rima, faça uma música, ou qualquer outro artifício
lhes façam lembrar-se disso). Não existe reserva legal em imóvel urbano. OK? OK!

IV – área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a
22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida,
neste último caso, a adoção do regime de pousio;

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V – pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho


pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e
projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3º da Lei no 11.326, de 24 de ju-
lho de 2006;
VI – uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por
outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmis-
são de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de
ocupação humana;
VII – manejo sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de bene-
fícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do
ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização
de múltiplas espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem
como a utilização de outros bens e serviços;
VIII – utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de trans-
porte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprova-
dos pelos Municípios, saneamento, energia, telecomunicações, radiodifusão, bem como mine-
ração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções
ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;
IX – interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como
prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e prote-
ção de plantios com espécies nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural
familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura
vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educa-
cionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condi-
ções estabelecidas nesta Lei;
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente
por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições esta-
belecidas na Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009;

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e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes


tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela
autoridade competente;
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta,
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;
X – atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando neces-
sárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de
água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes
tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades qui-
lombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimen-
to de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade;
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previs-
tos na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas,
como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos
genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos
vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente nem prejudique a função
ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo
a extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura
vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto
ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA ou dos Conselhos Es-
taduais de Meio Ambiente;
XII – vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente
com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa – buriti emergente, sem formar dossel, em meio a
agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas;
XIII – manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das
marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas, às quais se associa, predominante-

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mente, a vegetação natural conhecida como mangue, com influência fluviomarinha, típica de
solos limosos de regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da costa brasileira,
entre os Estados do Amapá e de Santa Catarina;
XIV – salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em regiões com frequ-
ências de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de quadratura, com solos cuja
salinidade varia entre 100 (cem) e 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode
ocorrer a presença de vegetação herbácea específica;
XV – apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores,
inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a 150 (cento e
cinquenta) partes por 1.000 (mil), desprovidas de vegetação vascular;
XVI – restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alonga-
da, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades
que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias,
cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional,
estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado;
XVII – nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá iní-
cio a um curso d’água;
XVIII – olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente;
XIX – leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso d’água du-
rante o ano;
XX – área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação,
preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zonea-
mento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção de moradias, destina-
dos aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos
recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações
culturais;
XXI – várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos d’água su-
jeitas a enchentes e inundações periódicas;
XXII – faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação adjacente
a cursos d’água que permite o escoamento da enchente;
XXIII – relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área caracteriza-
da por movimentações do terreno que geram depressões, cuja intensidade permite sua classi-
ficação como relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso.
XXIV – pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuá-
rios ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capaci-
dade de uso ou da estrutura física do solo;

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XXV – áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por
águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à
inundação;
XXVI – área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do art. 47 da Lei no
11.977, de 7 de julho de 2009;
XXVII – crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e incorpóreo transacionável.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado aos imóveis a
que se refere o inciso V deste artigo às propriedades e posses rurais com até 4 (quatro) módu-
los fiscais que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas e às
demais áreas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território.
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para
os efeitos desta Lei:
I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seis-
centos) metros;
II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hecta-
res de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do em-
preendimento
IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V – as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% (cem
por cento) na linha de maior declive;
VI – as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII – os manguezais, em toda a sua extensão;

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VIII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nun-
ca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX – no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem)
metros e inclinação média maior que 25º, as áreas delimitadas a partir da curva de nível corres-
pondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo
esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou,
nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X – as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação;
XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cin-
quenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
§ 1º Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios arti-
ficiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais.
§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hec-
tare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do caput, vedada
nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão ambiental compe-
tente do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.
§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o inciso V
do art. 3º desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na
faixa de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique
supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo
e seja protegida a fauna silvestre.
§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que
tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física
diretamente a ela associada, desde que:
I – sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,
garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de
Meio Ambiente;
II – esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recur-
sos hídricos;
III – seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;
IV – o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural – CAR.
V – não implique novas supressões de vegetação nativa
Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou
abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão
administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu en-
torno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30
(trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze)
metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.

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Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
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§ 1º Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreende-


dor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso
do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão
competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, não podendo o uso exceder a
10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente.
§ 2º O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para
os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão
ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da ope-
ração do empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da
licença de instalação.
Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse
social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas
de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:
I – conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;
II – proteger as restingas ou veredas;
III – proteger várzeas;
IV – abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V – proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI – formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII – assegurar condições de bem-estar público;
VIII – auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.
IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente
Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo
proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direi-
to público ou privado.
§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente,
o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recom-
posição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.
§ 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de
transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
§ 3º No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de
2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não
cumpridas as obrigações previstas no § 1º.

 Obs.: Note que a responsabilidade quanto à manutenção da vegetação em APP é do proprie-


tário, posseiro ou ocupante, seja ele público ou privado, pessoa física ou jurídica, sendo
estes OBRIGADOS a recompor área vegetal degradada. Obrigação essa que transfere
para os novos proprietários, que adquiriram de forma onerosa ou não o bem imóvel.

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Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
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Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Per-


manente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo
impacto ambiental previstas nesta Lei.
§ 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente
poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Perma-
nente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4º poderá ser autorizada, excepcional-
mente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução
de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de
interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda.
§ 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em
caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil
destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas.
§ 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou
supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei.
Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente
para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

 Obs.: IMPORTANTE: pode haver intervenção ou supressão de vegetação nativa em APP? Em


geral as pessoas responderiam não. MAS, vocês que são ótimos, inteligentes e futuros
servidores públicos responderão que SIM, em caráter excepcional, mas SIM! Quais são
essas exceções Professor? Digo-lhes: utilidade pública, interesse social e atividades
de baixo impacto ambiental.

DAS ÁREAS DE USO RESTRITO

Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a exploração ecologicamente


sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesqui-
sa, ficando novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas
à autorização do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações menciona-
das neste artigo.
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25º e 45º, serão permitidos o manejo florestal susten-
tável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura
física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas,
sendo vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e in-
teresse social.

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DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL


DOS APICUNS E SALGADOS

Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4º do art. 225 da Constitui-
ção Federal, devendo sua ocupação e exploração dar-se de modo ecologicamente sustentável.
§ 1º Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas,
desde que observados os seguintes requisitos:
I – área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento) dessa modalida-
de de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do País,
excluídas as ocupações consolidadas que atendam ao disposto no § 6º deste artigo;
II – salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos processos eco-
lógicos essenciais a eles associados, bem como da sua produtividade biológica e condição de
berçário de recursos pesqueiros;
III – licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental estadual, cientifi-
cado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e,
no caso de uso de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada regularização prévia
da titulação perante a União;
IV – recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e resíduos;
V – garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as Áreas de Pre-
servação Permanente; e
VI – respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades locais.
§ 2º A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos, renovável apenas
se o empreendedor cumprir as exigências da legislação ambiental e do próprio licenciamento,
mediante comprovação anual, inclusive por mídia fotográfica.
§ 3º São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e Relató-
rio de Impacto Ambiental – RIMA os novos empreendimentos:
I – com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do projeto para
ocultar ou camuflar seu porte;
II – com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores de significati-
va degradação do meio ambiente; ou
III – localizados em região com adensamento de empreendimentos de carcinicultura ou
salinas cujo impacto afete áreas comuns.
§ 4º O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá, sem prejuízo
das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, bem como do dever de recuperar os
danos ambientais causados, alterar as condicionantes e as medidas de controle e adequação,
quando ocorrer:
I – descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou medidas de con-
trole previstas no licenciamento, ou desobediência às normas aplicáveis;

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II – fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por omissão, em qual-


quer fase do licenciamento ou período de validade da licença; ou
III – superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à saúde pública.
§ 5º A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o Zoneamento Ecológico-
-Econômico da Zona Costeira – ZEEZOC, com a individualização das áreas ainda passíveis de
uso, em escala mínima de 1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máxi-
mo de 1 (um) ano a partir da data da publicação desta Lei.
§ 6º É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de carcinicultura e
salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde que
o empreendedor, pessoa física ou jurídica, comprove sua localização em apicum ou salgado
e se obrigue, por termo de compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos
adjacentes.

 Obs.: CURIOSIDADE: carcinicultura é a criação de crustáceos.

§ 7º É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer hipótese ou


forma, de ocupação ou exploração irregular em apicum ou salgado, ressalvadas as exceções
previstas neste artigo.

DA ÁREA DE RESERVA LEGAL

Da Delimitação da Área de Reserva Legal


Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Perma-
nente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados
os casos previstos no art. 68 desta Lei:

 Obs.: Informação importante: os imóveis rurais (não urbanos) devem possuir cobertura
vegetal nativa a título de reserva legal, independentemente de APPs no mesmo imóvel.
Elas se somam, são institutos individuais, um não exclui o outro.

I – localizado na Amazônia Legal:


a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II – localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).
§ 1º Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assenta-
mentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do disposto do caput, a
área do imóvel antes do fracionamento.

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§ 2º O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações florestais, de


cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido considerando separadamente
os índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do caput.

NOTA: imagine que exista uma propriedade dentro da Amazônia legal, grande o suficiente para
abraçar 3 biomas diferentes (QUE RIIICA!), as reservas legais (os percentuais 80, 35 ou 20)
serão aplicadas conforme cada estilo de vegetação, separadamente.

§ 3º Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou outras formas


de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sis-
nama se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30.
§ 4º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva Legal para
até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o Município tiver mais de
50% (cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de conservação da natureza de do-
mínio público e por terras indígenas homologadas.
§ 5º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o Conselho Esta-
dual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento),
quando o Estado tiver Zoneamento Ecológico-Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e
cinco por cento) do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de domí-
nio público, devidamente regularizadas, e por terras indígenas homologadas.
§ 6º Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não
estão sujeitos à constituição de Reserva Legal.
§ 7º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por
detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hi-
dráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações
ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica.
§ 8º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o
objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias.
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE estadual, realiza-
do segundo metodologia unificada, o poder público federal poderá:
I – reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante recomposição, regenera-
ção ou compensação da Reserva Legal de imóveis com área rural consolidada, situados em
área de floresta localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da proprie-
dade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos hídri-
cos e os corredores ecológicos;
II – ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) dos percentuais
previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de proteção à biodiversidade ou de
redução de emissão de gases de efeito estufa.

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§ 1º No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de imóvel rural que


mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área superior aos percentuais exigidos no
referido inciso poderá instituir servidão ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no
6.938, de 31 de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental.
§ 2º Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-Econômicos – ZEEs se-
gundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco)
anos, a partir da data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação.
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em considera-
ção os seguintes estudos e critérios:
I – o plano de bacia hidrográfica;
II – o Zoneamento Ecológico-Econômico
III – a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preserva-
ção Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida;
IV – as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e
V – as áreas de maior fragilidade ambiental.
§ 1º O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada deverá aprovar
a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei.
§ 2º Protocolada a documentação exigida para a análise da localização da área de Reserva
Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclu-
sive restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em
razão da não formalização da área de Reserva Legal.

 Obs.: NÃO ESQUEÇA: o proprietário do imóvel pode escolher onde será a Reserva Legal,
obedecendo aos critérios legais e poder público DEVERÁ APROVAR essa localização.

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do
percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:
I – o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso
alternativo do solo;
II – a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme
comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e
III – o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental
Rural – CAR, nos termos desta Lei.
§ 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese
prevista neste artigo.
§ 2º O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no Ca-
dastro Ambiental Rural – CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por
esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota
de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

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§ 3º O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da


Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação.
§ 4º É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de Preser-
vação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais flores-
tas e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem:
I – 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal;
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre
propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel.
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser
agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

DICA DE PROVA: essas pessoinhas amáveis que elaboram


provas de seleção gostam de inverter os conceitos de APP e
reserva legal em relação ao cômputo disposto no artigo 15.
Fique ligado(a)!

Do Regime de Proteção da Reserva Legal

Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo pro-
prietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado.
§ 1º Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável,
previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as modalidades
previstas no art. 20.
§ 2º Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse rural familiar,
os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elabo-
ração, análise e aprovação de tais planos de manejo.
§ 3º É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva Legal desma-
tada irregularmente.
§ 4º Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser inicia-
do, nas áreas de que trata o § 3º deste artigo, o processo de recomposição da Reserva Legal
em até 2 (dois) anos contados a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal processo
ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambiental – PRA, de
que trata o art. 59.
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por
meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação,
nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as exceções previs-
tas nesta Lei.

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§ 1º A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação de planta e


memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um
ponto de amarração, conforme ato do Chefe do Poder Executivo.
§ 2º Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de compromisso firmado
pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama, com força de título executivo extrajudi-
cial, que explicite, no mínimo, a localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumi-
das pelo possuidor por força do previsto nesta Lei.
§ 3º A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no termo
de compromisso de que trata o § 2º.
§ 4º O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de
Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o pro-
prietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato.
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal
não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será
extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado
segundo a legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1º
do art. 182 da Constituição Federal.
Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva Legal, serão adotadas
práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo sustentável sem propósito comer-
cial para consumo na propriedade e manejo sustentável para exploração florestal com propó-
sito comercial.
Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos, cipós, fo-
lhas e sementes, devendo-se observar:
I – os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos específicos, quando houver;
II – a época de maturação dos frutos e sementes;
III – técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da espécie cole-
tada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes.
Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com propósito co-
mercial depende de autorização do órgão competente e deverá atender as seguintes diretrizes
e orientações:
I – não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação da vegetação
nativa da área;
II – assegurar a manutenção da diversidade das espécies;
III – conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que favoreçam a
regeneração de espécies nativas.
Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem propósito comercial,
para consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes, devendo
apenas ser declarados previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume
explorado, limitada a exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos.

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Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-se igualmente o dis-
posto nos arts. 21, 22 e 23.
Do Regime de Proteção das Áreas Verdes Urbanas
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes urba-
nas, com os seguintes instrumentos:
I – o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais rele-
vantes, conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001;
Para vocês saberem: o direito de preempção citado nesse inciso nada mais que uma prefe-
rência que o poder público municipal tem na compra desses remanescentes florestais.
II – a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas
III – o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos
comerciais e na implantação de infraestrutura; e
IV – aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação ambiental.

DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO

Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de domínio
público como de domínio privado, dependerá do cadastramento do imóvel no CAR, de que trata
o art. 29, e de prévia autorização do órgão estadual competente do Sisnama.
§ 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a
utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão.
§ 4º O requerimento de autorização de supressão de que trata o caput conterá, no mínimo,
as seguintes informações:
I – a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da Reserva Legal e das
áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com pelo menos um ponto de amarração do
perímetro do imóvel;
II – a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4º do art. 33;
III – a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas;
IV – o uso alternativo da área a ser desmatada.
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abri-
gue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos
órgãos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da
adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.
Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo no
imóvel rural que possuir área abandonada.

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Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
Vitor Batalha

DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural – CAR, no âmbito do Sistema Nacional de
Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional,
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambien-
tais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento,
planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
§ 1º A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão am-
biental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou pos-
suidor rural:
I – identificação do proprietário ou possuidor rural;
II – comprovação da propriedade ou posse;
III – identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação
das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imó-
vel, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preserva-
ção Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente, também
da localização da Reserva Legal.
§ 2º O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito
de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art.
2º da Lei no 10.267, de 28 de agosto de 2001.
§ 3º A inscrição no CAR é obrigatória e por prazo indeterminado para todas as proprieda-
des e posses rurais.
§ 4º Os proprietários e possuidores dos imóveis rurais que os inscreverem no CAR até o
dia 31 de dezembro de 2020 terão direito à adesão ao Programa de Regularização Ambiental
(PRA), de que trata o art. 59 desta Lei.
Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na matrícula do imóvel
e em que essa averbação identifique o perímetro e a localização da reserva, o proprietário não
será obrigado a fornecer ao órgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previs-
tas no inciso III do § 1º do art. 29.
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput, deverá apre-
sentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a averba-
ção da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos de posse.

 Obs.: O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é uma tentativa governamental de tentar organizar a
bagunça fundiária que assola o nosso país. O CAR é obrigatório para todas as proprie-
dades rurais e visa coletar informações reais sobre as propriedades e armazenar de
forma digital e com ajuda de coordenadas (via satélite). Os dados obtidos serão com-
parados com aqueles já existentes, dentro dos órgãos ambientais, Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) entre outros que forem importantes.
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Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
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 O CAR não regulariza imóvel, é apenas um instrumento administrativo agrário-ambien-


tal que visa sistematizar informações. Exemplo: um posseiro faz o CAR e requer a Escri-
tura Pública do Imóvel para o seu nome na tentativa de adquirir a propriedade. NÃO. MIL
VEZES NÃO! Um possível meio legal seria entrar como uma ação de usucapião.
 O Cadastro Ambiental Rural, é feito através de um programa digital, que apesar de ser
permitido a qualquer pessoa fazer download e preencher as informações, geralmente
esse trabalho é feito por profissionais como engenheiros, geólogos, biólogos, advoga-
dos, em virtude da complexidade e da quantidade de recursos técnicos exigidos.
 A título de ilustração, para quem nunca viu segue uma foto do programa em referência.

DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio público


ou privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23 e 24, dependerá de licenciamento
pelo órgão competente do Sisnama, mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal
Sustentável – PMFS que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e
manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme.
§ 1º O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos:
I – caracterização dos meios físico e biológico;
II – determinação do estoque existente;
III – intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte ambiental
da floresta;

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IV – ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume de produto


extraído da floresta;
V – promoção da regeneração natural da floresta;
VI – adoção de sistema silvicultural adequado;
VII – adoção de sistema de exploração adequado;
VIII – monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente;
IX – adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.
§ 2º A aprovação do PMFS pelo órgão competente do Sisnama confere ao seu detentor a
licença ambiental para a prática do manejo florestal sustentável, não se aplicando outras eta-
pas de licenciamento ambiental.
§ 3º O detentor do PMFS encaminhará relatório anual ao órgão ambiental competente com
as informações sobre toda a área de manejo florestal sustentável e a descrição das atividades
realizadas.
§ 4º O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operações e atividades
desenvolvidas na área de manejo.
§ 5º Respeitado o disposto neste artigo, serão estabelecidas em ato do Chefe do Poder
Executivo disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena esca-
la e comunitário.
§ 6º Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse rural familiar, os ór-
gãos do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e
aprovação dos referidos PMFS.
§ 7º Compete ao órgão federal de meio ambiente a aprovação de PMFS incidentes em flo-
restas públicas de domínio da União.
Art. 32. São isentos de PMFS:
I – a supressão de florestas e formações sucessoras para uso alternativo do solo;
II – o manejo e a exploração de florestas plantadas localizadas fora das Áreas de Preserva-
ção Permanente e de Reserva Legal;
III – a exploração florestal não comercial realizada nas propriedades rurais a que se refere
o inciso V do art. 3º ou por populações tradicionais.
Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal em suas ativi-
dades devem suprir-se de recursos oriundos de:
I – florestas plantadas;
II – PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama;
III – supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do Sisnama;
IV – outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do Sisnama.
§ 1º São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizam ma-
téria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que detenham autorização
para supressão de vegetação nativa.

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§ 2º É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que utilize:


I – costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da atividade industrial
II – matéria-prima florestal:
a) oriunda de PMFS;
b) oriunda de floresta plantada;
c) não madeireira.
§ 3º A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não desobriga o interessado da
comprovação perante a autoridade competente da origem do recurso florestal utilizado.
§ 4º A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da matéria-prima utilizada,
mediante o plantio de espécies preferencialmente nativas, conforme determinações do órgão
competente do Sisnama.
Art. 34. As empresas industriais que utilizam grande quantidade de matéria-prima florestal
são obrigadas a elaborar e implementar Plano de Suprimento Sustentável – PSS, a ser subme-
tido à aprovação do órgão competente do Sisnama.
§ 1º O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-prima florestal pela
atividade industrial.
§ 2º O PSS incluirá, no mínimo:
I – programação de suprimento de matéria-prima florestal
II – indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas;
III – cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir suprimento de
matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a terceiros.
§ 3º Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no mercado:
I – na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e durante o período,
não superior a 10 (dez) anos, previstos no PSS, ressalvados os contratos de suprimento men-
cionados no inciso III do § 2º;
II – no caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de florestas exóticas, li-
cenciadas por órgão competente do Sisnama, o suprimento será comprovado posteriormente
mediante relatório anual em que conste a localização da floresta e as quantidades produzidas.
§ 4º O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que consumam grandes
quantidades de carvão vegetal ou lenha estabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima
oriunda de florestas plantadas ou de PMFS e será parte integrante do processo de licencia-
mento ambiental do empreendimento.
§ 5º Serão estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os parâmetros de utilização
de matéria-prima florestal para fins de enquadramento das empresas industriais no dispos-
to no caput.

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DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS

Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos


florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, co-
ordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do Sisnama.
§ 1º O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou exóticas independem
de autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, de-
vendo ser informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle
de origem.
§ 2º É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas nas áreas não
consideradas Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.
§ 3º O corte ou a exploração de espécies nativas plantadas em área de uso alternativo do
solo serão permitidos independentemente de autorização prévia, devendo o plantio ou reflo-
restamento estar previamente cadastrado no órgão ambiental competente e a exploração ser
previamente declarada nele para fins de controle de origem.
§ 4º Os dados do sistema referido no caput serão disponibilizados para acesso público por
meio da rede mundial de computadores, cabendo ao órgão federal coordenador do sistema
fornecer os programas de informática a serem utilizados e definir o prazo para integração dos
dados e as informações que deverão ser aportadas ao sistema nacional.
§ 5º O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá bloquear a emissão de Docu-
mento de Origem Florestal – DOF dos entes federativos não integrados ao sistema e fiscalizar
os dados e relatórios respectivos.
Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de madeira, lenha, carvão e
outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de florestas de espécies nativas, para fins
comerciais ou industriais, requerem licença do órgão competente do Sisnama, observado o
disposto no art. 35.
§ 1º A licença prevista no caput será formalizada por meio da emissão do DOF, que deverá
acompanhar o material até o beneficiamento final.
§ 2º Para a emissão do DOF, a pessoa física ou jurídica responsável deverá estar registrada
no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Re-
cursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
§ 3º Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha,
carvão e outros produtos ou subprodutos de florestas de espécies nativas é obrigado a exigir
a apresentação do DOF e munir-se da via que deverá acompanhar o material até o beneficia-
mento final.
§ 4º No DOF deverão constar a especificação do material, sua volumetria e dados sobre
sua origem e destino.

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§ 5º O órgão ambiental federal do Sisnama regulamentará os casos de dispensa da licença


prevista no caput
Art. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa dependerá
de licença do órgão estadual competente do Sisnama e de registro no Cadastro Técnico Fede-
ral de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto
no art. 17 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências cabíveis.
Parágrafo único. A exportação de plantas vivas e outros produtos da flora dependerá
de licença do órgão federal competente do Sisnama, observadas as condições estabeleci-
das no caput.

DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS

Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações:
I – em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas
agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competen-
te do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios
de monitoramento e controle;
II – emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com
o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de
Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características
ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;
III – atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente apro-
vado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante
prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.
§ 1º Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental competente do Sisnama
exigirá que os estudos demandados para o licenciamento da atividade rural contenham plane-
jamento específico sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios.
§ 2º Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de prevenção e combate
aos incêndios e as de agricultura de subsistência exercidas pelas populações tradicionais e
indígenas.
§ 3º Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou par-
ticulares, a autoridade competente para fiscalização e autuação deverá comprovar o nexo de
causalidade entre a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado.
§ 4º É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das responsabilidades
por infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares.
Art. 39. Os órgãos ambientais do Sisnama, bem como todo e qualquer órgão público ou
privado responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa ou plantios florestais, deverão
elaborar, atualizar e implantar planos de contingência para o combate aos incêndios florestais.

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Art. 40. O Governo Federal deverá estabelecer uma Política Nacional de Manejo e Controle
de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, que promova a articulação ins-
titucional com vistas na substituição do uso do fogo no meio rural, no controle de queimadas,
na prevenção e no combate aos incêndios florestais e no manejo do fogo em áreas naturais
protegidas.
§ 1º A Política mencionada neste artigo deverá prever instrumentos para a análise dos im-
pactos das queimadas sobre mudanças climáticas e mudanças no uso da terra, conservação
dos ecossistemas, saúde pública e fauna, para subsidiar planos estratégicos de prevenção de
incêndios florestais.
§ 2º A Política mencionada neste artigo deverá observar cenários de mudanças climáticas
e potenciais aumentos de risco de ocorrência de incêndios florestais.

DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO


DO MEIO AMBIENTE

Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da
legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem
como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária
e florestal, com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvi-
mento ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade, abran-
gendo as seguintes categorias e linhas de ação:
I – pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, monetária ou não, às
atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem serviços ambientais, tais
como, isolada ou cumulativamente:
a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do
fluxo de carbono;
b) a conservação da beleza cênica natural;
c) a conservação da biodiversidade;
d) a conservação das águas e dos serviços hídricos;
e) a regulação do clima;
f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico;
g) a conservação e o melhoramento do solo;
h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito;
II – compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumpri-
mento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros:
a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros meno-
res, bem como limites e prazos maiores que os praticados no mercado;
b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado;

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c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito


da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, gerando créditos
tributários;
d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água, na for-
ma da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a manutenção, recuperação ou recomposição
das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração
da receita;
e) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária de vegeta-
ção nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e
agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas
degradadas;
f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fios de
arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração de solo, dentre outros
utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Perma-
nente, de Reserva Legal e de uso restrito;
III – incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação,
conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa, tais como:
a) participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da produção agrícola;
b) destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural rela-
cionadas à melhoria da qualidade ambiental.
§ 1º Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das propriedades
rurais, o programa poderá prever:
I – destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural rela-
cionadas à melhoria da qualidade ambiental;
II – dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou possuidor de imó-
vel rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos efetuados com a recomposição das
Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja
anterior a 22 de julho de 2008;
III – utilização de fundos públicos para concessão de créditos reembolsáveis e não reem-
bolsáveis destinados à compensação, recuperação ou recomposição das Áreas de Preserva-
ção Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de
julho de 2008.
§ 2º O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação tributária para
empresas que industrializem ou comercializem produtos originários de propriedades ou pos-
ses rurais que cumpram os padrões e limites estabelecidos nos arts. 4º, 6º, 11 e 12 desta Lei,
ou que estejam em processo de cumpri-los.

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§ 3º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no CAR, inadimplentes em


relação ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA ou que estejam sujeitos a sanções
por infrações ao disposto nesta Lei, exceto aquelas suspensas em virtude do disposto no Ca-
pítulo XIII, não são elegíveis para os incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput
deste artigo até que as referidas sanções sejam extintas.
§ 4º As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva
Legal e de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos ou incentivos por serviços
ambientais, configurando adicionalidade para fins de mercados nacionais e internacionais de
reduções de emissões certificadas de gases de efeito estufa.
§ 5º O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I do caput deste artigo
deverá integrar os sistemas em âmbito nacional e estadual, objetivando a criação de um mer-
cado de serviços ambientais.
§ 6º Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de Conserva-
ção de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação
prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e
manutenção de áreas prioritárias para a gestão da unidade.
§ 7º O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se refere o inciso I deste artigo
serão prioritariamente destinados aos agricultores familiares como definidos no inciso V do
art. 3º desta Lei.
Art. 42. O Governo Federal implantará programa para conversão da multa prevista no art.
50 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado a imóveis rurais, referente a autu-
ações vinculadas a desmatamentos em áreas onde não era vedada a supressão, que foram
promovidos sem autorização ou licença, em data anterior a 22 de julho de 2008.
Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental – CRA, título nominativo representativo de
área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação:
I – sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 9º-A da Lei no 6.938, de 31
de agosto de 1981;
II – correspondente à área de Reserva Legal instituída voluntariamente sobre a vegetação
que exceder os percentuais exigidos no art. 12 desta Lei;
III – protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, nos termos
do art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000;
IV – existente em propriedade rural localizada no interior de Unidade de Conservação de
domínio público que ainda não tenha sido desapropriada.
§ 1º A emissão de CRA será feita mediante requerimento do proprietário, após inclusão do
imóvel no CAR e laudo comprobatório emitido pelo próprio órgão ambiental ou por entidade
credenciada, assegurado o controle do órgão federal competente do Sisnama, na forma de ato
do Chefe do Poder Executivo.

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§ 2º A CRA não pode ser emitida com base em vegetação nativa localizada em área de
RPPN instituída em sobreposição à Reserva Legal do imóvel.
§ 3º A Cota de Reserva Florestal – CRF emitida nos termos do art. 44-B da Lei no 4.771, de
15 de setembro de 1965, passa a ser considerada, pelo efeito desta Lei, como Cota de Reserva
Ambiental.
§ 4º Poderá ser instituída CRA da vegetação nativa que integra a Reserva Legal dos imóveis
a que se refere o inciso V do art. 3º desta Lei.
Art. 45. A CRA será emitida pelo órgão competente do Sisnama em favor de proprietário de
imóvel incluído no CAR que mantenha área nas condições previstas no art. 44.
§ 1º O proprietário interessado na emissão da CRA deve apresentar ao órgão referido no
caput proposta acompanhada de:
I – certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pelo registro de imóveis competente;
II – cédula de identidade do proprietário, quando se tratar de pessoa física;
III – ato de designação de responsável, quando se tratar de pessoa jurídica;
IV – certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;
V – memorial descritivo do imóvel, com a indicação da área a ser vinculada ao título, con-
tendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado relativo ao perímetro do imóvel e
um ponto de amarração georreferenciado relativo à Reserva Legal.
§ 2º Aprovada a proposta, o órgão referido no caput emitirá a CRA correspondente,
identificando:
I – o número da CRA no sistema único de controle;
II – o nome do proprietário rural da área vinculada ao título;
III – a dimensão e a localização exata da área vinculada ao título, com memorial descritivo
contendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado;
IV – o bioma correspondente à área vinculada ao título;
V – a classificação da área em uma das condições previstas no art. 46.
§ 3º O vínculo de área à CRA será averbado na matrícula do respectivo imóvel no registro
de imóveis competente.
§ 4º O órgão federal referido no caput pode delegar ao órgão estadual competente atribui-
ções para emissão, cancelamento e transferência da CRA, assegurada a implementação de
sistema único de controle.
Art. 46. Cada CRA corresponderá a 1 (um) hectare:
I – de área com vegetação nativa primária ou com vegetação secundária em qualquer es-
tágio de regeneração ou recomposição;
II – de áreas de recomposição mediante reflorestamento com espécies nativas.
§ 1º O estágio sucessional ou o tempo de recomposição ou regeneração da vegetação
nativa será avaliado pelo órgão ambiental estadual competente com base em declaração do
proprietário e vistoria de campo.

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LEGISLAÇÃO DO SETOR DE MEIO AMBIENTE
Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
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§ 2º A CRA não poderá ser emitida pelo órgão ambiental competente quando a regenera-
ção ou recomposição da área forem improváveis ou inviáveis.
Art. 47. É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no prazo de 30 (trinta) dias,
contado da data da sua emissão, em bolsas de mercadorias de âmbito nacional ou em siste-
mas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Art. 48. A CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, a pessoa física ou a pes-
soa jurídica de direito público ou privado, mediante termo assinado pelo titular da CRA e pelo
adquirente.
§ 1º A transferência da CRA só produz efeito uma vez registrado o termo previsto no caput
no sistema único de controle.
§ 2º A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de imóvel rural situado no
mesmo bioma da área à qual o título está vinculado.
§ 3º A CRA só pode ser utilizada para fins de compensação de Reserva Legal se respeita-
dos os requisitos estabelecidos no § 6º do art. 66.
§ 4º A utilização de CRA para compensação da Reserva Legal será averbada na matrícula do
imóvel no qual se situa a área vinculada ao título e na do imóvel beneficiário da compensação.
Art. 49. Cabe ao proprietário do imóvel rural em que se situa a área vinculada à CRA a res-
ponsabilidade plena pela manutenção das condições de conservação da vegetação nativa da
área que deu origem ao título.
§ 1º A área vinculada à emissão da CRA com base nos incisos I, II e III do art. 44 desta Lei
poderá ser utilizada conforme PMFS.
§ 2º A transmissão inter vivos ou causa mortis do imóvel não elimina nem altera o vínculo
de área contida no imóvel à CRA.
Art. 50. A CRA somente poderá ser cancelada nos seguintes casos:
I – por solicitação do proprietário rural, em caso de desistência de manter áreas nas condi-
ções previstas nos incisos I e II do art. 44;
II – automaticamente, em razão de término do prazo da servidão ambiental;
III – por decisão do órgão competente do Sisnama, no caso de degradação da vegetação
nativa da área vinculada à CRA cujos custos e prazo de recuperação ambiental inviabilizem a
continuidade do vínculo entre a área e o título.
§ 1º O cancelamento da CRA utilizada para fins de compensação de Reserva Legal só pode
ser efetivado se assegurada Reserva Legal para o imóvel no qual a compensação foi aplicada.
§ 2º O cancelamento da CRA nos termos do inciso III do caput independe da aplicação das
devidas sanções administrativas e penais decorrentes de infração à legislação ambiental, nos
termos da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
§ 3º O cancelamento da CRA deve ser averbado na matrícula do imóvel no qual se situa a
área vinculada ao título e do imóvel no qual a compensação foi aplicada.

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DO CONTROLE DO DESMATAMENTO

Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do desmatamento em desa-


cordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso alter-
nativo do solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental,
propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada.
§ 1º O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o desmatamento ilegal,
não alcançando as atividades de subsistência ou as demais atividades realizadas no imóvel
não relacionadas com a infração.
§ 2º O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar publicamente as informações so-
bre o imóvel embargado, inclusive por meio da rede mundial de computadores, resguardados
os dados protegidos por legislação específica, caracterizando o exato local da área embargada
e informando em que estágio se encontra o respectivo procedimento administrativo.
§ 3º A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável emitirá certidão em que cons-
te a atividade, a obra e a parte da área do imóvel que são objetos do embargo, conforme o caso.

DA AGRICULTURA FAMILIAR

Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente


e de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental, previstas no
inciso X do art. 3º, excetuadas as alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se
refere o inciso V do art. 3º, dependerão de simples declaração ao órgão ambiental competente,
desde que esteja o imóvel devidamente inscrito no CAR.
Art. 53. Para o registro no CAR da Reserva Legal, nos imóveis a que se refere o inciso V do
art. 3º, o proprietário ou possuidor apresentará os dados identificando a área proposta de Re-
serva Legal, cabendo aos órgãos competentes integrantes do Sisnama, ou instituição por ele
habilitada, realizar a captação das respectivas coordenadas geográficas.
Parágrafo único. O registro da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o inciso V do art.
3º é gratuito, devendo o poder público prestar apoio técnico e jurídico.
Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal nos imóveis a que se
refere o inciso V do art. 3º, poderão ser computados os plantios de árvores frutíferas, ornamen-
tais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em
consórcio com espécies nativas da região em sistemas agroflorestais.
Parágrafo único. O poder público estadual deverá prestar apoio técnico para a recomposi-
ção da vegetação da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º.
Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º observará
procedimento simplificado no qual será obrigatória apenas a apresentação dos documentos
mencionados nos incisos I e II do § 1º do art. 29 e de croqui indicando o perímetro do imóvel,
as Áreas de Preservação Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal.

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Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS comercial nos imóveis a que se refere o inciso
V do art. 3º se beneficiará de procedimento simplificado de licenciamento ambiental.
§ 1º O manejo sustentável da Reserva Legal para exploração florestal eventual, sem pro-
pósito comercial direto ou indireto, para consumo no próprio imóvel a que se refere o inciso V
do art. 3º, independe de autorização dos órgãos ambientais competentes, limitada a retirada
anual de material lenhoso a 2 (dois) metros cúbicos por hectare.
§ 2º O manejo previsto no § 1º não poderá comprometer mais de 15% (quinze por cento) da
biomassa da Reserva Legal nem ser superior a 15 (quinze) metros cúbicos de lenha para uso
doméstico e uso energético, por propriedade ou posse rural, por ano.
§ 3º Para os fins desta Lei, entende-se por manejo eventual, sem propósito comercial, o
suprimento, para uso no próprio imóvel, de lenha ou madeira serrada destinada a benfeitorias
e uso energético nas propriedades e posses rurais, em quantidade não superior ao estipulado
no § 1º deste artigo.
§ 4º Os limites para utilização previstos no § 1º deste artigo no caso de posse coletiva de
populações tradicionais ou de agricultura familiar serão adotados por unidade familiar.
§ 5º As propriedades a que se refere o inciso V do art. 3º são desobrigadas da reposição
florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo próprio.
Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º, o manejo florestal madeireiro sus-
tentável da Reserva Legal com propósito comercial direto ou indireto depende de autorização
simplificada do órgão ambiental competente, devendo o interessado apresentar, no mínimo, as
seguintes informações:
I – dados do proprietário ou possuidor rural;
II – dados da propriedade ou posse rural, incluindo cópia da matrícula do imóvel no Regis-
tro Geral do Cartório de Registro de Imóveis ou comprovante de posse;
III – croqui da área do imóvel com indicação da área a ser objeto do manejo seletivo, esti-
mativa do volume de produtos e subprodutos florestais a serem obtidos com o manejo seleti-
vo, indicação da sua destinação e cronograma de execução previsto.
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais competentes dos
respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações do detentor do imóvel, o poder
público poderá instituir programa de apoio técnico e incentivos financeiros, podendo incluir
medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que
se refere o inciso V do caput do art. 3º, nas iniciativas de:
I – preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites estabelecidos no art. 12;
II – proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção;
III – implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril;
IV – recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal;
V – recuperação de áreas degradadas;

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VI – promoção de assistência técnica para regularização ambiental e recuperação de áreas


degradadas;
VII – produção de mudas e sementes;
VIII – pagamento por serviços ambientais.
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão implantar Programas de Regu-
larização Ambiental (PRAs) de posses e propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las
aos termos deste Capítulo. (Redação dada pela Lei 13.887, de 2019) (Vide ADC N. 42) (Vide
ADIN N. 4.902)
§ 1º Na regulamentação dos PRAs, a União estabelecerá normas de caráter geral, e os
Estados e o Distrito Federal ficarão incumbidos do seu detalhamento por meio da edição de
normas de caráter específico, em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas, histó-
ricas, culturais, econômicas e sociais, conforme preceitua o art. 24 da Constituição Federal..
(Redação dada pela Lei 13.887, de 2019)
§ 2º A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão ao PRA, que
deve ser requerida em até 2 (dois) anos, observado o disposto no § 4º do art. 29 desta Lei.
(Redação dada pela Lei 13.887, de 2019)
§ 3º Com base no requerimento de adesão ao PRA, o órgão competente integrante do
Sisnama convocará o proprietário ou possuidor para assinar o termo de compromisso, que
constituirá título executivo extrajudicial.
§ 4º No período entre a publicação desta Lei e a implantação do PRA em cada Estado e
no Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver sendo
cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por
infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação
em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.
§ 5º A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas as sanções decor-
rentes das infrações mencionadas no § 4º deste artigo e, cumpridas as obrigações estabeleci-
das no PRA ou no termo de compromisso para a regularização ambiental das exigências desta
Lei, nos prazos e condições neles estabelecidos, as multas referidas neste artigo serão consi-
deradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais consolidadas conforme definido no PRA.
§ 7º Caso os Estados e o Distrito Federal não implantem o PRA até 31 de dezembro de
2020, o proprietário ou possuidor de imóvel rural poderá aderir ao PRA implantado pela União,
observado o disposto no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei 13.887, de 2019)
Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização de imóvel ou posse
rural perante o órgão ambiental competente, mencionado no art. 59, suspenderá a punibilidade
dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquanto
o termo estiver sendo cumprido.

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§ 1º A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da pretensão punitiva.


§ 2º Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista nesta Lei.
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a conti-
nuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais
consolidadas até 22 de julho de 2008.
§ 1º Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados
da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água.
§ 2º Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) mó-
dulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo
de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais
em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura
do curso d´água.
§ 3º Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro)
módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao
longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas mar-
ginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente
da largura do curso d’água.
§ 4º Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam
áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais,
será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais:
II – nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o mínimo de 20 (vinte)
e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do leito regular.
§ 5º Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no en-
torno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades agros-
silvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mí-
nimo de 15 (quinze) metros.
§ 6º Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação
Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades
agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de
faixa marginal com largura mínima de:
I – 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal;
II – 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até
2 (dois) módulos fiscais;
III – 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e
de até 4 (quatro) módulos fiscais; e

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IV – 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais.
§ 7º Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição
das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e enchar-
cado, de largura mínima de:
I – 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; e
II – 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módu-
los fiscais.
§ 8º Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1º a 7º, a área detida pelo
imóvel rural em 22 de julho de 2008.
§ 9º A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR para fins
de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo
e da água que visem à mitigação dos eventuais impactos.
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já existentes, é
o proprietário ou possuidor rural responsável pela conservação do solo e da água, por meio de
adoção de boas práticas agronômicas.
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios técnicos de con-
servação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a conversão de
novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais.
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às ativida-
des agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades,
independentemente das determinações contidas no caput e nos §§ 1º a 7º, desde que não
estejam em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas.
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente,
pelos seguintes métodos:
I – condução de regeneração natural de espécies nativas;
II – plantio de espécies nativas;
III – plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de
espécies nativas;
IV – plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, exóticas com na-
tivas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por cento) da área total a ser recomposta,
no caso dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3º;
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, verificada a existência de
risco de agravamento de processos erosivos ou de inundações, determinará a adoção de me-
didas mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a qualidade da água, após deli-
beração do Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual equivalente.
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de adesão ao PRA de
que trata o § 2º do art. 59, é autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas nas áre-
as de que trata o caput, as quais deverão ser informadas no CAR para fins de monitoramento,
sendo exigida a adoção de medidas de conservação do solo e da água.

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§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos nos limites


de Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato do poder público até a data
de publicação desta Lei não são passíveis de ter quaisquer atividades consideradas como
consolidadas nos termos do caput e dos §§ 1º a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de
Manejo elaborado e aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão competente
do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe do Poder Executivo, devendo o
proprietário, possuidor rural ou ocupante a qualquer título adotar todas as medidas indicadas
§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em legislação es-
pecífica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio, estabelecer metas e diretrizes de
recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às definidas no caput e nos §§ 1º
a 7º, como projeto prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual
de Meio Ambiente.
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008,
detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente é garantido que a exigência de recompo-
sição, nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel,
não ultrapassará:
I – 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até 2 (dois)
módulos fiscais;
II – 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 2
(dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais;
Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária, a recomposição de
áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo ou no entorno de cursos
d’água, lagos e lagoas naturais observará as exigências estabelecidas no art. 61-A, observados
os limites de cada área demarcada individualmente, objeto de contrato de concessão de uso,
até a titulação por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra.
Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de energia ou abas-
tecimento público que foram registrados ou tiveram seus contratos de concessão ou autoriza-
ção assinados anteriormente à Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa
da Área de Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo normal e
a cota máxima maximorum.
Art. 63. Nas áreas rurais consolidadas nos locais de que tratam os incisos V, VIII, IX e X do
art. 4º, será admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas,
perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de
atividades agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.
§ 1º O pastoreio extensivo nos locais referidos no caput deverá ficar restrito às áreas de
vegetação campestre natural ou já convertidas para vegetação campestre, admitindo-se o con-
sórcio com vegetação lenhosa perene ou de ciclo longo.

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§ 2º A manutenção das culturas e da infraestrutura de que trata o caput é condicionada à


adoção de práticas conservacionistas do solo e da água indicadas pelos órgãos de assistência
técnica rural.
§ 3º Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso VIII do art. 4º,
dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no âmbito do PRA, a partir de boas prá-
ticas agronômicas e de conservação do solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de
outras atividades agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de vida.
Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação
Permanente, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de re-
gularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana.
§ 1º O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá incluir estudo técnico
que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior com a
adoção das medidas nele preconizadas.
§ 2º O estudo técnico mencionado no § 1º deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:
I – caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada;
II – especificação dos sistemas de saneamento básico;
III – proposição de intervenções para a prevenção e o controle de riscos geotécnicos e de
inundações;
IV – recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização;
V – comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental, consi-
derados o uso adequado dos recursos hídricos, a não ocupação das áreas de risco e a prote-
ção das unidades de conservação, quando for o caso;
VI – comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada pela regulari-
zação proposta; e
VII – garantia de acesso público às praias e aos corpos d’água.
Art. 65. Na Reurb-E dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação
Permanente não identificadas como áreas de risco, a regularização fundiária será admitida por
meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regula-
rização fundiária urbana.
§ 1º O processo de regularização fundiária de interesse específico deverá incluir estudo
técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior e
ser instruído com os seguintes elementos:
I – a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da área;
II – a identificação dos recursos ambientais, dos passivos e fragilidades ambientais e das
restrições e potencialidades da área;
III – a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e de saneamento
básico implantados, outros serviços e equipamentos públicos;

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IV – a identificação das unidades de conservação e das áreas de proteção de mananciais


na área de influência direta da ocupação, sejam elas águas superficiais ou subterrâneas;
V – a especificação da ocupação consolidada existente na área;
VI – a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de movimentos de
massa rochosa, tais como deslizamento, queda e rolamento de blocos, corrida de lama e ou-
tras definidas como de risco geotécnico;
VII – a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as características
típicas da Área de Preservação Permanente com a devida proposta de recuperação de áreas
degradadas e daquelas não passíveis de regularização;
VIII – a avaliação dos riscos ambientais;
IX – a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental e de
habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e
X – a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às praias e aos
corpos d’água, quando couber.
§ 2º Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos rios ou de qual-
quer curso d’água, será mantida faixa não edificável com largura mínima de 15 (quinze) metros
de cada lado.
§ 3º Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e cultural, a faixa não edificá-
vel de que trata o § 2º poderá ser redefinida de maneira a atender aos parâmetros do ato do
tombamento.

 Obs.: IMPORTANTE: os módulos fiscais possuem tamanhos variáveis. Cada município


possui uma tabela de módulos fiscais, de acordo com a extensão territorial municipal.
Por exemplo: um módulo fiscal em alguma cidade do estado de Sergipe pode equivaler
a 5 hectares e em um município do Pará pode ser 80 hectares. É uma referência legal
adaptada às características municipais.

Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal


Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de 2008,
área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art. 12, poderá regularizar sua
situação, independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada
ou conjuntamente:
I – recompor a Reserva Legal;
II – permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;
III – compensar a Reserva Legal.
§ 1º A obrigação prevista no caput tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso
de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

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§ 2º A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender os critérios estipulados


pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada
2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à sua complementação.
§ 3º A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada mediante o
plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal,
observados os seguintes parâmetros:
I – o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas de ocor-
rência regional;
II – a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% (cinquenta por
cento) da área total a ser recuperada.
§ 4º Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor a Reserva Legal
na forma dos §§ 2º e 3º terão direito à sua exploração econômica, nos termos desta Lei.
§ 5º A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser precedida pela inscrição
da propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:
I – aquisição de Cota de Reserva Ambiental – CRA;
II – arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva Legal;
III – doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de Conservação de
domínio público pendente de regularização fundiária;
IV – cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal, em imóvel de
mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa estabelecida, em
regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma.
§ 6º As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do § 5º deverão:
I – ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada;
II – estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser compensada;
III – se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como prioritárias pela
União ou pelos Estados.
§ 7º A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6º buscará favorecer, entre outros,
a recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, a criação de corredores
ecológicos, a conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou recuperação de
ecossistemas ou espécies ameaçados.
§ 8º Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que trata o inciso III do caput
poderá ser feita mediante concessão de direito real de uso ou doação, por parte da pessoa ju-
rídica de direito público proprietária de imóvel rural que não detém Reserva Legal em extensão
suficiente, ao órgão público responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no
interior de Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou pendente de regulari-
zação fundiária.
§ 9º As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser utilizadas como
forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

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Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro)
módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores
ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegeta-
ção nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternati-
vo do solo.
Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram supressão de
vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos pela legislação em
vigor à época em que ocorreu a supressão são dispensados de promover a recomposição,
compensação ou regeneração para os percentuais exigidos nesta Lei.
§ 1º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas situações
consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos de ocupação da re-
gião, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos
bancários relativos à produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos.
§ 2º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal, e seus herdei-
ros necessários que possuam índice de Reserva Legal maior que 50% (cinquenta por cento) de
cobertura florestal e não realizaram a supressão da vegetação nos percentuais previstos pela
legislação em vigor à época poderão utilizar a área excedente de Reserva Legal também para
fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental – CRA e outros instru-
mentos congêneres previstos nesta Lei.
Art. 69. São obrigados a registro no órgão federal competente do Sisnama os estabeleci-
mentos comerciais responsáveis pela comercialização de motosserras, bem como aqueles
que as adquirirem.
§ 1º A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a cada 2 (dois) anos.
§ 2º Os fabricantes de motosserras são obrigados a imprimir, em local visível do equipa-
mento, numeração cuja sequência será encaminhada ao órgão federal competente do Sisna-
ma e constará nas correspondentes notas fiscais.
Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de unidades de conservação
da natureza, na forma da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e de outras ações cabíveis volta-
das à proteção das florestas e outras formas de vegetação, o poder público federal, estadual
ou municipal poderá:
I – proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo ou amea-
çadas de extinção, bem como das espécies necessárias à subsistência das populações tradi-
cionais, delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de autorização prévia,
nessas áreas, o corte de outras espécies;
II – declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização, raridade, beleza
ou condição de porta-sementes;

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III – estabelecer exigências administrativas sobre o registro e outras formas de controle de


pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à extração, indústria ou comércio de produtos ou
subprodutos florestais.
Art. 71. A União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, realizará
o Inventário Florestal Nacional, para subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas
do País, em imóveis privados e terras públicas.
Parágrafo único. A União estabelecerá critérios e mecanismos para uniformizar a coleta, a
manutenção e a atualização das informações do Inventário Florestal Nacional.
Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando realizada em área apta ao
uso alternativo do solo, é equiparada à atividade agrícola, nos termos da Lei no 8.171, de 17 de
janeiro de 1991, que “dispõe sobre a política agrícola”.
Art. 73. Os órgãos centrais e executores do Sisnama criarão e implementarão, com a par-
ticipação dos órgãos estaduais, indicadores de sustentabilidade, a serem publicados semes-
tralmente, com vistas em aferir a evolução dos componentes do sistema abrangidos por dis-
posições desta Lei.
Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, de que trata o art. 20-B da Lei no 9.649,
de 27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.216-37, de 31 de agos-
to de 2001, é autorizada a adotar medidas de restrição às importações de bens de origem agro-
pecuária ou florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de proteção
do meio ambiente compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira.
Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados e Distrito Federal deverão incluir meca-
nismo que permita o acompanhamento de sua implementação, considerando os objetivos e
metas nacionais para florestas, especialmente a implementação dos instrumentos previstos
nesta Lei, a adesão cadastral dos proprietários e possuidores de imóvel rural, a evolução da re-
gularização das propriedades e posses rurais, o grau de regularidade do uso de matéria-prima
florestal e o controle e prevenção de incêndios florestais.
Art. 78. O art. 9º-A da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguin-
te redação:

Art. 9º-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento
público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama,
limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os
recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental.
§ 1º O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no mínimo, os seguin-
tes itens:
I – memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos um ponto de amarra-
ção georreferenciado;
II – objeto da servidão ambiental;
III – direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor;
IV – prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental.

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§ 2º A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal
mínima exigida.
§ 3º A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no
mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal.
§ 4º Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de imóveis competente:
I – o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental;
II – o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental.
§ 5º Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental deve ser averbada na
matrícula de todos os imóveis envolvidos.
§ 6º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área,
nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos
limites do imóvel.
§ 7º As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da
Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de
servidão ambiental. (NR)

Art. 78-A. Após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras só concederão crédito


agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam
inscritos no CAR.
Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo será prorrogado em observância aos no-
vos prazos de que trata o § 3º do art. 29.
Art. 79. A Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar acrescida dos seguintes
arts. 9º-B e 9º-C:

Art. 9º-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua.
§ 1º O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos.
§ 2º A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, tributários e de acesso aos recur-
sos de fundos públicos, à Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, definida no art. 21 da
Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.
§ 3º O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ou parcialmente,
por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de entidade públi-
ca ou privada que tenha a conservação ambiental como fim social.
Art. 9º-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental deve ser averbado
na matrícula do imóvel.
§ 1º O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
I – a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou recuperação ambiental;
II – o objeto da servidão ambiental;
III – os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes ou sucessores;
IV – os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental;
V – os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão ambiental;
VI – a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas judiciais necessárias, em
caso de ser descumprido.

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§ 2º São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras obrigações estipuladas no contrato:
I – manter a área sob servidão ambiental;
II – prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos recursos naturais ou
artificiais;
III – permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão ambiental;
IV – defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito admitidos.
§ 3º São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras obrigações estipuladas no contrato:
I – documentar as características ambientais da propriedade;
II – monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão ambiental está sendo mantida;
III – prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição ou aos sucessores da
propriedade;
IV – manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área objeto da servidão;
V – defender judicialmente a servidão ambiental.

Para este Concurso é necessária também a leitura de 2 Resoluções do CONAMA, a 378 e a


379, ambas de 2006. Colocarei aqui para o seu conhecimento.

Resolução n. 378
Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou
regional para fins do disposto no inciso III, § 1º, art. 19 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965, e dá outras providências.
Art. 1º Para fins do disposto no inciso III, § 1º, art. 19 da Lei no 4.771, de 15 de setembro
de 1965, com redação dada pelo art. 83 da Lei no 11.284, de 2 de março de 2006, compete ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA a aprovação
dos seguintes empreendimentos:
I – exploração de florestas e formações sucessoras que envolvam manejo ou supressão de
espécies enquadradas no Anexo II da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies
da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES, promulgada pelo Decreto no 76.623,
de 17 de novembro de 1975, com texto aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 24 de ju-
nho de 1975;
II – exploração de florestas e formações sucessoras que envolvam manejo ou supressão
de florestas e formações sucessoras em imóveis rurais que abranjam dois ou mais Estados;
III – supressão de florestas e outras formas de vegetação nativa em área maior que: a)
dois mil hectares em imóveis rurais localizados na Amazônia Legal; b) mil hectares em imóveis
rurais localizados nas demais regiões do país;
IV – supressão de florestas e formações sucessoras em obras ou atividades potencial-
mente poluidoras licenciadas pelo IBAMA;
V – manejo florestal em área superior a cinquenta mil hectares. Parágrafo único. A explo-
ração de florestas e formações sucessoras deverá respeitar as regras e limites dispostos em
normas específicas para o bioma.

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Art. 2º Os entes federados poderão celebrar instrumentos de cooperação para exercerem


as competências previstas no art. 19 da Lei no 4.771, de 1965, com redação dada pelo art. 83
da Lei no 11.284, de 2006.
Art. 3º A autorização para manejo ou supressão de florestas e formações sucessoras em
zona de amortecimento de unidade de conservação e nas Áreas de Proteção Ambiental-APAs
somente poderá ser concedida pelo órgão competente mediante prévia manifestação do ór-
gão responsável por sua administração.
Art. 4º A autorização para exploração de florestas e formações sucessoras que envolva
manejo ou supressão de florestas e formações sucessoras em imóveis rurais numa faixa de
dez quilômetros no entorno de terra indígena demarcada deverá ser precedida de informação
georreferenciada à Fundação Nacional do Índio-FUNAI, exceto no caso da pequena proprieda-
de rural ou posse rural familiar, definidas no art. 1º, § 2º, inciso I da Lei no 4.771, de 1965.
Art. 5º Aplicam-se a esta Resolução, no que couber, as disposições da Resolução CONA-
MA no 237, de 19 de dezembro de 1997. Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.

Resolução n. 379
Cria e regulamenta sistema de dados e informações sobre a gestão florestal no âmbito do
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA.
Art. 1º Os órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA dispo-
nibilizarão na Rede Mundial de Computadores – INTERNET as informações sobre a gestão
florestal, no prazo máximo de cento e oitenta dias, observadas as normas florestais vigentes
e, em especial:
I – autorizações de Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS, sua localização georre-
ferenciada e os resultados das vistorias técnicas;
II – autorizações para a supressão da vegetação arbórea natural para uso alternativo do
solo, cuja área deverá estar georreferenciada, nos termos da legislação em vigor, bem como a
localização do imóvel, das áreas de preservação permanente e da reserva legal;
III – Plano Integrado Floresta e Indústria – PIFI ou documento similar;
IV – reposição florestal no que se refere a: a) operações de concessão, transferência e
compensação de créditos; b) apuração e compensação de débitos;
V – documento para o transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais
de origem nativa;
VI – informações referentes às aplicações de sanções administrativas, na forma do art. 4º
da Lei no 10.650, de 16 de abril de 2003 e do 61-A do Decreto no 3.179, de 21 de setembro de
1999, incluindo a tramitação dos respectivos processos administrativos, bem como os dados
constantes dos relatórios de monitoramento, controle e fiscalização das atividades florestais;

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VII – imagens georreferenciadas e identificação das unidades de conservação integran-


tes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, terras indígenas e quilombo-
las demarcadas e, quando a informação estiver disponível, as Áreas de Preservação Perma-
nente – APPs;
VIII – legislação florestal;
IX – mecanismos de controle e avaliação social relacionados à gestão florestal; e
X – tipo, volume, quantidade, guarda e destinação de produtos e subprodutos florestais
apreendidos.
§ 1º Fica dispensada da indicação georreferenciada da localização do imóvel, das áre-
as de preservação permanente e da reserva legal de que trata o inciso II deste artigo, a pe-
quena propriedade rural ou posse rural familiar, nos termos do art. 1º, § 2º, inciso I da Lei n.
4.771, de 1965.
§ 2º Os órgãos integrantes do SISNAMA disponibilizarão semestralmente as informações
referidas no caput deste artigo, ao Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente –
SINIMA, instituído na forma do art. 9º, inciso VII da Lei no 6.938, de 1981.
§ 3º Além das informações referidas neste artigo deverão ser disponibilizadas anualmente
para fins de publicidade aquelas pertinentes à gestão florestal relativas a:
I – instituições responsáveis pela gestão florestal;
II – recursos humanos envolvidos com a gestão florestal;
III – recursos orçamentários previstos e efetivamente aplicados à gestão florestal;
IV – infraestrutura e equipamentos utilizados na gestão florestal; e
V – apoios recebidos para o fortalecimento institucional dos órgãos florestais.
§ 4º Os órgãos integrantes do SISNAMA elaborarão anualmente relatório de avaliação de
desempenho relacionado ao licenciamento, controle e fiscalização das atividades florestais,
que será disponibilizado na INTERNET.
§ 5º O CONAMA definirá, no prazo de cento e oitenta dias, a contar da publicação desta
Resolução, os critérios e procedimentos para acompanhamento e avaliação do processo de
gestão florestal compartilhada, ouvida a Comissão Nacional de Florestas – CONAFLOR.
§ 6º Caberá aos conselhos de meio ambiente o acompanhamento e a avaliação da gestão
florestal, sem prejuízo de outras instâncias de gestão florestal existentes.
Art. 2º O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBA-
MA disponibilizará de imediato, sem ônus para os órgãos integrantes do SISNAMA, o sistema
de controle e emissão dos documentos relacionados às atividades florestais, e apoiará a capa-
citação para sua implementação, mediante assinatura de termo de cooperação com os entes
da federação interessados.
Art. 3º Caberá aos órgãos integrantes do SISNAMA responsáveis pela gestão florestal:
I – facilitar e disponibilizar a todos os entes da federação o acesso a sistemas e docu-
mentos de controle da atividade florestal, em especial aqueles necessários às atividades de
fiscalização ambiental;

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II – disponibilizar ao público, por meio da INTERNET, as informações necessárias para ve-


rificação da origem de produtos e subprodutos florestais;
III – adotar os critérios fixados nesta Resolução e o conteúdo mínimo de informações na
expedição de documentos para o controle do transporte de produtos e subprodutos florestais;
IV – publicar e manter atualizada e disponível na INTERNET a lista de produtos e subpro-
dutos florestais dispensados de cobertura de documento de transporte, no âmbito de sua
jurisdição.
§ 1º O atendimento ao disposto neste artigo dar-se-á no prazo de até cento e oitenta dias
a partir da data de publicação desta Resolução.
§ 2º Os sistemas eletrônicos e os modelos de documentos para controle do transporte
e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa serão cadastrados
junto ao IBAMA.
Art. 4º O Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA manterão atualizado um portal na INTER-
NET, que integre e disponibilize as informações sobre o controle da atividade florestal, para
atendimento do disposto na legislação ambiental, em especial as que tratem do fluxo interes-
tadual de produtos e subprodutos florestais.
§ 1º A metodologia do portal deverá considerar a identificação e padronização dos dados
e informações, visando à operacionalização integrada, sem prejuízo dos sistemas e instrumen-
tos adotados pelos entes da federação.
§ 2º As informações referentes às autorizações, em especial de supressão de vegetação
nativa, licenciamentos e documentos para o transporte e armazenamento, necessários à fis-
calização das atividades florestais, em especial ao fluxo de produtos e subprodutos florestais,
permanecerão disponíveis na INTERNET em sistema integrado.
§ 3º Os documentos para cobertura, transporte e armazenamento de produtos e subpro-
dutos florestais de origem nativa emitidos pelos órgãos ambientais, na forma do Anexo desta
Resolução terão validade em todo o território nacional.
Art. 5º As informações referentes às autorizações, licenciamentos e documentos para o
transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa observa-
rão, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I – garantia do controle da origem, destino e respectivas transformações industriais dos
produtos e subprodutos florestais de origem nativa;
II – garantia do acesso aos usuários, União, estados, municípios e Distrito Federal e ao pú-
blico em geral às informações por meio da INTERNET;
III – geração, emissão e controle dos documentos por meio de sistema eletrônico e in-
formatizado;
IV – emissão, uso e conteúdo de responsabilidade do usuário;
V – transparência das informações disponibilizadas na INTERNET.

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Art. 6º Os documentos para o transporte e armazenamento de produtos e subprodutos flo-


restais de origem nativa, instituídos pela União, estados, municípios e Distrito Federal, conterão
as informações e características mínimas contidas no Anexo desta Resolução.
§ 1º Todas as informações constantes do Anexo desta Resolução devem conter forma-
to eletrônico e ficar disponíveis para consulta na INTERNET em sistema que permita aferir
sua validade.
§ 2º Os estados, cujos documentos do controle do transporte e armazenamento de pro-
dutos florestais atendam ao Anexo desta Resolução, poderão continuar a utilizar estes instru-
mentos com validade em todo o país.
Então é isso, espero que você tenha compreendido o assunto. Quero dizer que estou à dis-
posição para tirar dúvidas caso elas surjam no seu caminho. OK? OK! Abraços.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – VESPERTINA/2016) De acordo com a
Lei n. 12.651/2012, será admitido o cômputo da Reserva Legal do imóvel no cálculo do per-
centual da Área de Preservação Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não
implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser computada
esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao
órgão estadual integrante do Sisnama; o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do
imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.

002. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – VESPERTINA/2016) Segundo a Lei n.


12.651/2012, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para
os efeitos desta Lei, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermiten-
te, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: trinta
metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura; sessenta metros, para os
cursos d’água que tenham de dez a cinquenta metros de largura.

003. (UFPR/COPEL/TÉCNICO FLORESTAL I/2015) O Diário Oficial da União publicou a Lei


Federal n. 12.651/2012, que dispõe sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente
o código até então vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais consoli-
dadas” são áreas:
a) Ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.
b) Destinadas para a pecuária.
c) De uma propriedade rural consolidadas após 2012.
d) De preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.
e) Com declive e destinadas à produção de madeira.

004. (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA DE PROJETOS – ENGENHARIA/2015) O novo código


florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que já existia, pois a lei aprovada em
2012 permitiu tão somente ajustes pontuais para adequação da situação de fato à situação de
direito pretendida pela legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao
código citado:
I – As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no entorno de recur-
sos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.
II – Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimita-
da com a função de assegurar o uso econômico, de modo sustentável, dos recursos naturais
do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da
flora nativa.

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III – O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis georreferencia-
dos, mas também a delimitação geográfica das áreas do interior das propriedades, cujo acom-
panhamento e fiscalização poderão passar a ser feitos por imagens de satélite.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

005. (FGV/OAB-EXAME DE ORDEM UNIFICADO-XVI-PRIMEIRA FASE/2015) Hugo, proprie-


tário de imóvel rural, tem instituída Reserva Legal em parte de seu imóvel. Sobre a hipótese,
considerando o instituto da Reserva Legal, de acordo com a disciplina do Novo Código Flores-
tal (Lei n. 12.651/2012), assinale a afirmativa correta.
a) As áreas de Reserva Legal são excluídas da base tributável do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR), compreendendo esta uma função extrafiscal do tributo.
b) Caso Hugo transmita onerosamente a propriedade, o adquirente não tem o dever de recom-
por a área de Reserva Legal, mesmo que averbada, tendo em vista o caráter personalíssimo da
obrigação.
c) Hugo não pode explorar economicamente a área de Reserva Legal, conduta tipificada como
crime pelo Novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012).
d) A área compreendida pela Reserva Legal é considerada Unidade de Conservação de Uso
Sustentável, admitindo exploração somente se inserida no plano de manejo instituído pelo
Poder Público.

006. (CESPE/TJ-DF/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO/2014)


Consoante a Lei n. 12.651/2012, consideram-se de interesse social as atividades impres-
cindíveis à:
a) Concessão de serviços públicos de transporte, tais como obras de infraestrutura.
b) Defesa civil.
c) Proteção da integridade da vegetação nativa.
d) Segurança nacional.
e) Proteção sanitária.

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007. (UFMT/MPE-MT/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Levando-se em conta as disposições


da Lei N.º 12.651/2012 (Código Florestal), é correto afirmar quanto ao regime de proteção da
reserva legal:
a) É prerrogativa exclusiva do proprietário ou do posseiro a definição da área de imóvel rural a
ser mantida como reserva legal, incumbindo ao órgão ambiental homologar tal situação, sem
possibilidade de discordar com o local designado.
b) Os imóveis situados na Amazônia Legal terão a área de reserva legal fixada conforme os
biomas que ostentar.
c) É vedada a exploração econômica dos recursos naturais existentes nas áreas de reserva legal.
d) Às pessoas jurídicas de direito público, é facultado instituir e conservar as áreas de reserva
legal em imóveis rurais de sua propriedade.
e) Formalizada e constituída a reserva legal, é possível a alteração de sua destinação, nos ca-
sos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento.

008. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA AMBIENTAL/2014) Com base no disposto nas Leis n.


12.651/2012 e n. 12.727/2012 bem como nas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Am-
biente (CONAMA) n. 378/2006 e n. 379/2006, julgue os itens a seguir.
Os valores de largura de área de preservação permanente (APP) não foram alterados pelo
Novo Código Florestal Brasileiro: a largura do curso d’água permaneceu como medida prepon-
derante para se definir a largura de APP. Essa lei alterou apenas o ponto a partir do qual se de-
vem delimitar essas áreas, que passou a ser a partir do nível mais alto do leito do curso d’água.

009. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) A Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, dispõe sobre a proteção da
vegetação nativa e dá outras providências. Com relação à possibilidade de intervenção ou su-
pressão de vegetação nativa em áreas de preservação permanente, descritas no mencionado
diploma legal, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para
a(s) falsa(s):
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública.
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de interesse social.
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública, interesse social e baixo impacto
ambiental.
A sequência correta é:
a) F, F, F.
b) F, F, V.
c) V, V, F.
d) F, V, V.
e) V, F, F.

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010. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Assinale com V (verdadeiro) ou com


F (falso) as seguintes afirmações, em relação às disposições da Lei n.º 12.651/2012, Novo Có-
digo Florestal, com as alterações da Lei n.º 12.727/2012.
( ) Sob os aspectos jurídico, político e notadamente científico, é possível afirmar que as ino-
vações trazidas pelo Novo Código revelam que este é mais protetivo ao ambiente do que
o revogado.
( ) Os princípios basilares do direito ambiental brasileiro estão expressamente arrolados já no
primeiro artigo do Novo Código Florestal, dentre os quais o do desenvolvimento sustentável, o
da função ambiental da propriedade e o da proibição de retrocesso.
( ) A nova legislação trata de forma diferenciada as pequenas propriedades e posses rurais
com até 4 (quatro) módulos fiscais, o que reflete significativamente nas Áreas de Preservação
Permanente.
( ) A nova lei florestal reconhece os mercados de carbono como instrumento válido e eficaz
para financiar e promover medidas de adequação à legislação ambiental no Brasil.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) F, V, F, F.
e) V, F, V, F.

011. (FGV/OAB-EXAME DE ORDEM UNIFICADO-XIV-PRIMEIRA FASE/2014) A definição dos


espaços territoriais especialmente protegidos é fundamental para a manutenção dos proces-
sos ecológicos. Sobre o instituto da Reserva Legal, de acordo com o Novo Código Florestal (Lei
n. 12.651/2012), assinale a afirmativa correta.
a) Pode ser instituído em área rural ou urbana, desde que necessário à reabilitação dos proces-
sos ecológicos.
b) Incide apenas sobre imóveis rurais, e sua área deve ser mantida sem prejuízo da aplicação
das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente.
c) Foi restringida, de acordo com a Lei n. 12.651/2012, às propriedades abrangidas por Unida-
des de Conservação.
d) Incide apenas sobre imóveis públicos, consistindo em área protegida para a preservação da
estabilidade geológica e da biodiversidade.

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012. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) Com relação à Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa e dá outras providências, analise as afirmativas a seguir:
I – Todo imóvel urbano e rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de
reserva legal.
II – Não será admitido, em nenhuma hipótese, o cômputo das Áreas de Preservação Perma-
nente no cálculo do percentual da área de Reserva Legal do imóvel.
III – O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro
de Imóveis.
Assinale-se:
a) Somente a afirmativa I estiver correta.
b) Somente a afirmativa II estiver correta.
c) Somente a afirmativa III estiver correta.
d) Somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) Todas as afirmativas estiverem corretas.

013. (FGV/SUSAM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – ENGENHARIA AMBIENTAL/2014) A


Lei n. 12.651/2012 dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Segundo esse instrumento
legal, considera-se Área de Preservação Permanente em zonas urbanas as áreas no entorno
dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 10 metros.
b) 20 metros.
c) 30 metros.
d) 50 metros.
e) 100 metros.

014. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO – CONSULTOR LEGIS-


LATIVO ÁREA XI/2014) As florestas públicas e privadas são objeto de regulamentação no Bra-
sil. O tema suscitou recentemente diversos debates nacionais e internacionais sobre o novo
Código Florestal. A respeito desse assunto e de suas interfaces com outras áreas, julgue os
itens subsequentes. Nesse sentido, considere que a sigla APP, sempre que empregada, refere-
-se à área de preservação permanente.
O Código Florestal de 2012 proíbe o uso do fogo no meio rural, de forma a reduzir a ocorrência
de incêndios florestais.

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015. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Considere as seguintes afirmações


relativas à Área de Preservação Permanente (APP), em conformidade com o Novo Código Flo-
restal, Lei n. 12.651/2012, com as alterações da Lei n. 12.727/2012.
a) A APP pode estar coberta por vegetação nativa ou por vegetação exótica.
b) Independentemente do tipo de APP, descabe indenização ao proprietário rural que deva ter
em seu imóvel tal área protegida.
c) O novo Código Florestal ocupa-se da APP em zonas rurais, não da existente nas zo-
nas urbanas.
d) Áreas já desmatadas perdem sua característica de Área de Preservação Permanente.
e) A APP tem a função de facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, constituindo-se tal transmis-
são genética exclusiva dessa área protegida.

016. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) A Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da
vegetação nativa e dá outras providências, trouxe novidades para a proteção do meio ambien-
te. Nos termos deste diploma legal, considera(m)-se área(s) de preservação permanente:
a) O entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represa-
mento de cursos de águas naturais.
b) As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 15 metros, para os
cursos d’água de menos de 10 metros de largura.
c) As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de margens.
d) As encostas ou parte destas com declividade superior a 50 graus, equivalente a 100% (cem
por cento) na linha de maior declive.
e) Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 30 metros, a
partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

017. (CESPE/TJ-DF/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RESGISTROS – PROVIMEN-


TO/2014) Consoante a Lei n. 12.651/2012, em uma determinada propriedade onde haja área
de preservação permanente, a vegetação nativa:
a) Deve ser mantida pelo proprietário, sendo a obrigação de natureza pessoal.
b) Pode ser suprimida, ainda que protetora de nascente, em caso de utilidade pública.
c) Deve ser preservada, vedada qualquer forma de supressão.
d) Deve ser mantida, em caso de transferência de domínio do imóvel, apenas se tal hipótese
estiver prevista no contrato de compra e venda.
e) Pode ser removida para fins de interesse social, caso seja protetora de dunas.

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018. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) De acordo com o Novo Código Flo-


restal, Lei n. 12.651/2012, com as alterações da Lei n. 12.727/2012, determinadas áreas co-
bertas com florestas ou outras formas de vegetação são consideradas de Preservação Perma-
nente independentemente de qualquer ato do Chefe do Poder Executivo.
A esse respeito, considere os itens listados abaixo:
I – Manguezais, em toda a sua extensão.
II – Áreas destinadas a proteger várzeas.
III – Restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
IV – Áreas destinadas a proteger as restingas ou veredas.
V – Áreas que tenham a finalidade de conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e
deslizamentos de terra e de rocha.
Quais deles se inserem no tipo de Áreas de Preservação Permanente descrito acima?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas IV e V.
e) I, II, III, IV, V.

019. (BIO-RIO/ELETROBRAS/PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR – ENGENHARIA AM-


BIENTAL/2013) Excetuando os casos previstos no art. 68 da Lei 12651/2012 (Código Flores-
tal), todo imóvel rural localizado na Amazônia Legal deve manter um percentual de área com
cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das nor-
mas sobre as Áreas de Preservação Permanente. Em imóveis situados em áreas de florestas,
o percentual mínimo de Reserva Legal nesta região, em relação à área do imóvel, é de:
a) 80%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração seleti-
va, apenas na modalidade de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial.
b) 35%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração se-
letiva nas modalidades de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial.
c) 35%, não podendo, neste caso, realizar quaisquer práticas de exploração na área de Re-
serva Legal.
d) 80%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração se-
letiva nas modalidades de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial.
e) 35%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração seleti-
va apenas na modalidade de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial.

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020. (FCC/AL-PB/PROCURADOR/2013) Segundo a Lei Federal no 12.651/2012 (Código


Florestal):
a) As florestas existentes no território nacional são bens da União.
b) Será admitido o cômputo das áreas de preservação permanente no cálculo do percentual da
reserva legal do imóvel, desde que preenchidos certos requisitos previstos em lei.
c) Será permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente apenas
para obtenção de água.
d) Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, des-
de que observada, dentre outros requisitos, a salvaguarda da integridade das restingas e dos
processos ecológicos a elas associados.
e) Para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, o poder público estadual contará, dentre
outros instrumentos, com o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescen-
tes florestais relevantes.

021. (VUNESP/CETESB/ADVOGADO/2013) Nos termos da Lei n. 12.651/2012, a localização


da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em conta, dentre outros, os seguintes
estudos e critérios:
a) O plano macroecológico da área ocupada.
b) As áreas de menor fragilidade ambiental.
c) O Zoneamento Ecológico-Econômico.
d) As áreas de proteção mínima dos apicuns e salgados.
e) A formação de corredores socioecológicos com Unidades de Preservação Continuada.

022. (VUNESP/CETESB/ADVOGADO/2013) Para os efeitos previstos na Lei n. 12.651/2012,


que trata do Código Florestal, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais
ou urbanas:
a) As faixas marginais de qualquer curso de água artificial, perene e intermitente, incluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 150 metros, para os
cursos de água de menos de 15 metros de largura.
b) As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 100 me-
tros, em zonas urbanas, exceto para o corpo de água com até trinta hectares de superfície, cuja
faixa marginal será de 100 metros.
c) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos de água perenes, qualquer que seja sua si-
tuação topográfica, no raio mínimo de 50 metros.
d) As restingas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
e) Os manguezais, em faixa com largura mínima de 100 metros em zonas urbanas.

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023. (TJ-SC/TJ-SC/JUIZ/2013) Observadas as proposições seguintes, assinale a alternati-


va correta:
I – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,
sendo o percentual mínimo de 80% se situado em área de florestas da Amazônia Legal, con-
forme o Código Florestal.
II – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,
sendo o percentual mínimo de 35% se situado em área de cerrado da Amazônia Legal, confor-
me o Código Florestal.
III – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sendo o percentual mínimo de 20% se situado em área de campos gerais da Amazônia
Legal, conforme o Código Florestal.
IV – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Le-
gal, sendo o percentual mínimo de 20% se situado nas demais regiões do país que não estejam
abrangidas pela Amazônia Legal, conforme o Código Florestal.
a) Somente as proposições I e II estão corretas.
b) Somente as proposições I e III estão corretas.
c) Somente as proposições II e IV estão corretas.
d) Somente as proposições III e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

024. (FEPESE/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Considera-se Área de Preserva-


ção Permanente, segundo o Código Florestal, Lei Federal no 12.651, de 25 de maio de 2012:
a) as restingas, em toda a sua extensão.
b) as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
c) os manguezais, nas áreas alagadas.
d) os manguezais, como fixadores de dunas ou quando estabilizadores de vegetação marítima.
e) as veredas, em faixa marginal com largura mínima de 100 metros, a partir do espaço de
cursos d’água naturais.

025. (CESPE/PGM-MANAUS/PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE MANAUS 3ª CLASSE/2018)


Com base na legislação aplicável ao SNUC e aos espaços territoriais especialmente protegi-
dos, julgue o seguinte item.
A inclusão de uma APP no cômputo da área de reserva legal de um imóvel rural não altera o
regime de proteção dessa APP.

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026. (CESPE/CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO – PROVA


2/2021) Um cidadão, por descuido, iniciou um incêndio em sua propriedade, situada em área
rural coberta pelo bioma campos, o que resultou na destruição da vegetação nativa de outras
duas propriedades vizinhas.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue
o próximo item.
O cidadão deverá recompor 20% da vegetação nativa da área destruída pelo incêndio, a título
de área de preservação permanente (APP).

027. (CESPE/CEBRASPE/TC-DF/PROCURADOR/2021) A respeito de responsabilidade am-


biental, de áreas de preservação permanente e de servidão ambiental, julgue o item a seguir.
A restrição à utilização da propriedade referente a área de preservação permanente em parte
de imóvel urbano afasta a incidência do imposto predial e territorial urbano (IPTU).

028. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-


-3ªTURMA-2ª PROVA/2020) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do
Código Florestal, julgue o item a seguir.
No âmbito da Amazônia Legal, um imóvel rural situado em área de floresta deve ter, no mínimo,
80% de reserva legal, sem prejuízo da aplicação das normas referentes às áreas de preserva-
ção permanente.

029. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-


-3ªTURMA-2ª PROVA/2020) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do
Código Florestal, julgue o item a seguir.
Define-se área de preservação permanente toda área que seja coberta por vegetação nativa e
que tenha a função de assegurar a exploração sustentável dos recursos naturais.

030. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-3ª-


TURMA-2ª PROVA/2020)
Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do Código Florestal, julgue o
item a seguir.
Os direitos de propriedade são exercidos de forma plena nas florestas e demais vegetações
nativas existentes no território nacional.

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GABARITO
1. E
2. E
3. a
4. d
5. d
6. c
7. b
8. E
9. b
10. c
11. b
12. c
13. c
14. E
15. a
16. c
17. b
18. b
19. d
20. b
21. c
22. c
23. e
24. b
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. E

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LEGISLAÇÃO DO SETOR DE MEIO AMBIENTE
Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
Vitor Batalha

GABARITO COMENTADO
001. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – VESPERTINA/2016) De acordo com a
Lei n. 12.651/2012, será admitido o cômputo da Reserva Legal do imóvel no cálculo do per-
centual da Área de Preservação Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não
implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser computada
esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao
órgão estadual integrante do Sisnama; o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do
imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.

A questão está ERRADA porque se inverteram os conceitos dispostos no artigo 15, caput da
Lei n. 12.651/2012 que diz:

Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reser-
va Legal do imóvel, desde que: [...]
Errado.

002. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – VESPERTINA/2016) Segundo a Lei n.


12.651/2012, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para
os efeitos desta Lei, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermiten-
te, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: trinta
metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura; sessenta metros, para os
cursos d’água que tenham de dez a cinquenta metros de largura.

A questão está ERRADA porque, quando falamos das faixas marginais de qualquer curso
d’água entre 10 e 50 metros de largura, o mínimo de APP é 50 (cinquenta) metros e NÃO 60
como diz a questão.
Artigo 4º, I, alínea b da Lei n. 12.651/2012.
Errado.

003. (UFPR/COPEL/TÉCNICO FLORESTAL I/2015) O Diário Oficial da União publicou a Lei


Federal n. 12.651/2012, que dispõe sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente
o código até então vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais consoli-
dadas” são áreas:
a) Ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.
b) Destinadas para a pecuária.
c) De uma propriedade rural consolidadas após 2012.
d) De preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.
e) Com declive e destinadas à produção de madeira.

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O gabarito é a letra a, pois está em conformidade com o artigo 61-A, caput da Lei n. 12.651/2012.
Letra a.

004. (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA DE PROJETOS – ENGENHARIA/2015) O novo código


florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que já existia, pois a lei aprovada em
2012 permitiu tão somente ajustes pontuais para adequação da situação de fato à situação de
direito pretendida pela legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao
código citado:
I – As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no entorno de recur-
sos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.
II – Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimita-
da com a função de assegurar o uso econômico, de modo sustentável, dos recursos naturais
do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da
flora nativa.
III – O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis georreferencia-
dos, mas também a delimitação geográfica das áreas do interior das propriedades, cujo acom-
panhamento e fiscalização poderão passar a ser feitos por imagens de satélite.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

O item I está errado, pois várias são as possibilidades de se configurar uma Área de Preser-
vação Permanente, NÃO são áreas EXCLUSIVAMENTE no entorno de recursos hídricos. Vide
artigo 4º da Lei n. 12.651/2012. Essas são apenas algumas das opções possíveis.
O item II está certo porque é esse o conceito exato disposto no artigo 3º, III, da Lei n. 12.651/2012.
O item III está certo porque está em conformidade com o artigo 29, caput e incisos da Lei n.
12.651/2012.
Letra d.

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005. (FGV/OAB-EXAME DE ORDEM UNIFICADO-XVI-PRIMEIRA FASE/2015) Hugo, proprie-


tário de imóvel rural, tem instituída Reserva Legal em parte de seu imóvel. Sobre a hipótese,
considerando o instituto da Reserva Legal, de acordo com a disciplina do Novo Código Flores-
tal (Lei n. 12.651/2012), assinale a afirmativa correta.
a) As áreas de Reserva Legal são excluídas da base tributável do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR), compreendendo esta uma função extrafiscal do tributo.
b) Caso Hugo transmita onerosamente a propriedade, o adquirente não tem o dever de recom-
por a área de Reserva Legal, mesmo que averbada, tendo em vista o caráter personalíssimo da
obrigação.
c) Hugo não pode explorar economicamente a área de Reserva Legal, conduta tipificada como
crime pelo Novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012).
d) A área compreendida pela Reserva Legal é considerada Unidade de Conservação de Uso
Sustentável, admitindo exploração somente se inserida no plano de manejo instituído pelo
Poder Público.

a) Certa e em conformidade com o Artigo 41, II, alínea c, da Lei n. 12.651/2012.


b) Errada, porque a responsabilidade de recompor área de reserva legal degradada é transmi-
tida junto com o imóvel, não “morre” junto com o proprietário anterior, NÃO é personalíssima
essa obrigação.
c) Errada, pois não é conduta tipificada como crime explorar economicamente a reserva legal.
O artigo 66, § 4º da Lei n. 12.651/2012 demonstra justamente o inverso. O artigo 17, § 1º, da
referida lei autoriza expressamente a exploração econômica, mediante manejo sustentável.
d) Errada, pois a área de Reserva Legal não faz parte de Unidades de Conservação de Uso Sus-
tentável, conforme já visto na Lei do SNUC.
Letra d.

006. (CESPE/TJ-DF/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO/2014)


Consoante a Lei n. 12.651/2012, consideram-se de interesse social as atividades impres-
cindíveis à:
a) Concessão de serviços públicos de transporte, tais como obras de infraestrutura.
b) Defesa civil.
c) Proteção da integridade da vegetação nativa.
d) Segurança nacional.
e) Proteção sanitária.

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O gabarito da questão é a letra c. O único item que dispõe sobre “interesse social”, conforme
artigo 3º, IX, alínea a da Lei n. 12.651/2012. TODOS os outros itens se referem à “utilidade pú-
blica”, expresso no inciso VIII do artigo citado. NÃO CONFUNDA!
Letra c.

007. (UFMT/MPE-MT/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Levando-se em conta as disposições


da Lei N.º 12.651/2012 (Código Florestal), é correto afirmar quanto ao regime de proteção da
reserva legal:
a) É prerrogativa exclusiva do proprietário ou do posseiro a definição da área de imóvel rural a
ser mantida como reserva legal, incumbindo ao órgão ambiental homologar tal situação, sem
possibilidade de discordar com o local designado.
b) Os imóveis situados na Amazônia Legal terão a área de reserva legal fixada conforme os
biomas que ostentar.
c) É vedada a exploração econômica dos recursos naturais existentes nas áreas de reserva legal.
d) Às pessoas jurídicas de direito público, é facultado instituir e conservar as áreas de reserva
legal em imóveis rurais de sua propriedade.
e) Formalizada e constituída a reserva legal, é possível a alteração de sua destinação, nos ca-
sos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento.

a) Errada, pois o Órgão estadual pode discordar do local designado para a Reserva Legal esco-
lhida pelo proprietário e posseiro. Deve-se obedecer aos requisitos dispostos no artigo 14 da
Lei n. 12.651/2012.
b) Certa e em conformidade com o artigo com o artigo 12, inciso I da Lei n. 12.651/2012. As
reservas legais dentro da Amazônia Legal podem tem os percentuais de 80, 35 e 20, conforme
o bioma.
c) Errada, pois é PERMITIDA a exploração econômica dentro da Reserva Legal, conforme artigo
17, § 1º, da Lei n. 12.651/2012.
d) Errada, pois as pessoas jurídicas de direito público são obrigadas a instituir e conservar Re-
serva Legal. Artigo 17, caput, da Lei n. 12.651/2012.
e) Errada, porque é VEDADA a alteração da destinação da reserva legal formalizada e constitu-
ída, conforme artigo 18, caput da Lei n. 12.651/2012.
Letra b.

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008. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA AMBIENTAL/2014) Com base no disposto nas Leis n.


12.651/2012 e n. 12.727/2012 bem como nas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Am-
biente (CONAMA) n. 378/2006 e n. 379/2006, julgue os itens a seguir.
Os valores de largura de área de preservação permanente (APP) não foram alterados pelo
Novo Código Florestal Brasileiro: a largura do curso d’água permaneceu como medida prepon-
derante para se definir a largura de APP. Essa lei alterou apenas o ponto a partir do qual se de-
vem delimitar essas áreas, que passou a ser a partir do nível mais alto do leito do curso d’água.

A questão está ERRADA porque dentre as várias coisas que foram alteradas pelo Novo Código
Florestal, as larguras das APPs estão incluídas.
Errado.

009. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) A Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, dispõe sobre a proteção da
vegetação nativa e dá outras providências. Com relação à possibilidade de intervenção ou su-
pressão de vegetação nativa em áreas de preservação permanente, descritas no mencionado
diploma legal, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para
a(s) falsa(s):
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública.
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de interesse social.
( ) Ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública, interesse social e baixo impacto
ambiental.
A sequência correta é:
a) F, F, F.
b) F, F, V.
c) V, V, F.
d) F, V, V.
e) V, F, F.

O primeiro e o segundo item são falsos, em virtude da palavra “somente”.


O terceiro item é verdadeiro porque está expresso no artigo 8º, caput, da Lei n. 12.651/2012.
Letra b.

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010. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Assinale com V (verdadeiro) ou com


F (falso) as seguintes afirmações, em relação às disposições da Lei n.º 12.651/2012, Novo Có-
digo Florestal, com as alterações da Lei n.º 12.727/2012.
( ) Sob os aspectos jurídico, político e notadamente científico, é possível afirmar que as ino-
vações trazidas pelo Novo Código revelam que este é mais protetivo ao ambiente do que
o revogado.
( ) Os princípios basilares do direito ambiental brasileiro estão expressamente arrolados já no
primeiro artigo do Novo Código Florestal, dentre os quais o do desenvolvimento sustentável, o
da função ambiental da propriedade e o da proibição de retrocesso.
( ) A nova legislação trata de forma diferenciada as pequenas propriedades e posses rurais
com até 4 (quatro) módulos fiscais, o que reflete significativamente nas Áreas de Preservação
Permanente.
( ) A nova lei florestal reconhece os mercados de carbono como instrumento válido e eficaz
para financiar e promover medidas de adequação à legislação ambiental no Brasil.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) F, V, F, F.
e) V, F, V, F.

O primeiro item é falso, pois o Novo Código Florestal, após discussões, foi promulgado de
modo MENOS protetivo ao meio ambiente.
O segundo item é falso, pois o único princípio ambiental expresso no primeiro artigo da Lei n.
12.651/2012 é o desenvolvimento sustentável.
O terceiro item é verdadeiro porque segue o disposto no artigo 61-A da Lei n. 12.651/2012.
O quarto item é verdadeiro porque está de acordo com o artigo 41, I, alínea a, da Lei n.
12.651/2012.
Letra c.

011. (FGV/OAB-EXAME DE ORDEM UNIFICADO-XIV-PRIMEIRA FASE/2014) A definição dos


espaços territoriais especialmente protegidos é fundamental para a manutenção dos proces-
sos ecológicos. Sobre o instituto da Reserva Legal, de acordo com o Novo Código Florestal (Lei
n. 12.651/2012), assinale a afirmativa correta.
a) Pode ser instituído em área rural ou urbana, desde que necessário à reabilitação dos proces-
sos ecológicos.
b) Incide apenas sobre imóveis rurais, e sua área deve ser mantida sem prejuízo da aplicação
das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente.

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c) Foi restringida, de acordo com a Lei n. 12.651/2012, às propriedades abrangidas por Unida-
des de Conservação.
d) Incide apenas sobre imóveis públicos, consistindo em área protegida para a preservação da
estabilidade geológica e da biodiversidade.

a) Errada, porque reserva legal só pode ser instituída em propriedade ou posse RURAL, não
urbana. Artigo 3º, III, da Lei n. 12.651/2012.
b) Certa, pois está correlato ao artigo 12, caput, da Lei n. 12.651/2012.
c) Errada, porque não houve restrição das propriedades abrangidas por Unidades de Conser-
vação.
d) Errada, porque a Reserva Legal incide em imóveis públicos e privados.
Letra b.

012. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) Com relação à Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa e dá outras providências, analise as afirmativas a seguir:
I – Todo imóvel urbano e rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de
reserva legal.
II – Não será admitido, em nenhuma hipótese, o cômputo das Áreas de Preservação Perma-
nente no cálculo do percentual da área de Reserva Legal do imóvel.
III – O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro
de Imóveis.
Assinale-se:
a) Somente a afirmativa I estiver correta.
b) Somente a afirmativa II estiver correta.
c) Somente a afirmativa III estiver correta.
d) Somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) Todas as afirmativas estiverem corretas.

O item I está errado, pois imóveis URBANOS NÃO devem possuir reserva legal, apenas os rurais.
O Item II está errado, pois o cômputo referido na questão é permitido expressamente pelo arti-
go 15, caput, da Lei n. 12.651/2012.
O item III está certo, porque é o que dispõe o artigo 18, § 4º da Lei n. 12.651/2012.
Letra c.

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013. (FGV/SUSAM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – ENGENHARIA AMBIENTAL/2014) A


Lei n. 12.651/2012 dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Segundo esse instrumento
legal, considera-se Área de Preservação Permanente em zonas urbanas as áreas no entorno
dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 10 metros.
b) 20 metros.
c) 30 metros.
d) 50 metros.
e) 100 metros.

O gabarito da questão é a letra c, 30 (trinta) metros. Artigo 4º, II, alínea b da Lei n. 12.651/2012.
Letra c.

014. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO – CONSULTOR LEGIS-


LATIVO ÁREA XI/2014) As florestas públicas e privadas são objeto de regulamentação no Bra-
sil. O tema suscitou recentemente diversos debates nacionais e internacionais sobre o novo
Código Florestal. A respeito desse assunto e de suas interfaces com outras áreas, julgue os
itens subsequentes. Nesse sentido, considere que a sigla APP, sempre que empregada, refere-
-se à área de preservação permanente.
O Código Florestal de 2012 proíbe o uso do fogo no meio rural, de forma a reduzir a ocorrência
de incêndios florestais.

Não há proibição, pelo Novo Código Florestal, do emprego de fogo no meio rural. O artigo 38 da
referida Lei, permite, através de EXCEÇÕES, o uso de fogo, incluindo no meio rural.
Errado.

015. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Considere as seguintes afirmações


relativas à Área de Preservação Permanente (APP), em conformidade com o Novo Código Flo-
restal, Lei n. 12.651/2012, com as alterações da Lei n. 12.727/2012.
a) A APP pode estar coberta por vegetação nativa ou por vegetação exótica.
b) Independentemente do tipo de APP, descabe indenização ao proprietário rural que deva ter
em seu imóvel tal área protegida.
c) O novo Código Florestal ocupa-se da APP em zonas rurais, não da existente nas zo-
nas urbanas.
d) Áreas já desmatadas perdem sua característica de Área de Preservação Permanente.
e) A APP tem a função de facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, constituindo-se tal transmis-
são genética exclusiva dessa área protegida.

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a) Certa, porque está em conformidade com o artigo 7º caput e § 1º do Novo Código Florestal.
Tenta-se manter a vegetação nativa, mas no caso de ter havido a supressão desta, o proprietá-
rio tem a responsabilidade da recomposição (vegetação exótica).
b) Errada, pois existem alguns casos em que o proprietário será indenizado. Exemplo: imagine
uma situação em que o poder público suprima parte de uma APP dentro de uma propriedade
rural privada, por interesse social para fins de reforma agrária. O proprietário deverá ser inde-
nizado.
c) Errada, pois existem APPs rurais e URBANAS.
d) Errada, pois mesmo que as áreas que foram desmatadas não perdem a característica da
APP, se assim foi configurada, inclusive sendo necessária a recomposição quando possível e
dentro dos critérios legais.
e) Errada, em virtude da palavra “exclusiva”. Cuidado com essas palavras “sempre”, “absoluta”,
“somente”, “nada”, “nenhuma”, “tudo”, “todas”, geralmente elas fazem que a questão fique erra-
da. Raríssimas são as exceções.
Letra a.

016. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ENGENHARIA DE AGRIMEN-


SURA/2014) A Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da
vegetação nativa e dá outras providências, trouxe novidades para a proteção do meio ambien-
te. Nos termos deste diploma legal, considera(m)-se área(s) de preservação permanente:
a) O entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represa-
mento de cursos de águas naturais.
b) As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 15 metros, para os
cursos d’água de menos de 10 metros de largura.
c) As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de margens.
d) As encostas ou parte destas com declividade superior a 50 graus, equivalente a 100% (cem
por cento) na linha de maior declive.
e) Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 30 metros, a
partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

O gabarito da questão é a letra c, de acordo com o artigo 4º, VI, da Lei n. 12.651/2012.
Letra c.

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017. (CESPE/TJ-DF/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RESGISTROS – PROVIMEN-


TO/2014) Consoante a Lei n. 12.651/2012, em uma determinada propriedade onde haja área
de preservação permanente, a vegetação nativa:
a) Deve ser mantida pelo proprietário, sendo a obrigação de natureza pessoal.
b) Pode ser suprimida, ainda que protetora de nascente, em caso de utilidade pública.
c) Deve ser preservada, vedada qualquer forma de supressão.
d) Deve ser mantida, em caso de transferência de domínio do imóvel, apenas se tal hipótese
estiver prevista no contrato de compra e venda.
e) Pode ser removida para fins de interesse social, caso seja protetora de dunas.

O gabarito da questão é a letra b. A vegetação nativa protetora de nascentes PODE ser suprimi-
da em casos de UTILIDADE PÚBLICA. Artigo 8º, § 1º, da Lei n. 12.651/2012.
Letra b.

018. (MPE-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) De acordo com o Novo Código Flo-


restal, Lei n. 12.651/2012, com as alterações da Lei n. 12.727/2012, determinadas áreas co-
bertas com florestas ou outras formas de vegetação são consideradas de Preservação Perma-
nente independentemente de qualquer ato do Chefe do Poder Executivo.
A esse respeito, considere os itens listados abaixo:
I – Manguezais, em toda a sua extensão.
II – Áreas destinadas a proteger várzeas.
III – Restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
IV – Áreas destinadas a proteger as restingas ou veredas.
V – Áreas que tenham a finalidade de conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e
deslizamentos de terra e de rocha.
Quais deles se inserem no tipo de Áreas de Preservação Permanente descrito acima?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas IV e V.
e) I, II, III, IV, V.

O gabarito da questão é a letra b. Os itens I e III são APPs independentemente de qualquer ato
do Chefe do Executivo. Artigo 4º, VI e VII do Novo Código Florestal. Os itens II, IV e V estão
dispostos no artigo 6º da mesma Lei.
Letra b.

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019. (BIO-RIO/ELETROBRAS/PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR – ENGENHARIA AM-


BIENTAL/2013) Excetuando os casos previstos no art. 68 da Lei 12651/2012 (Código Flores-
tal), todo imóvel rural localizado na Amazônia Legal deve manter um percentual de área com
cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das nor-
mas sobre as Áreas de Preservação Permanente. Em imóveis situados em áreas de florestas,
o percentual mínimo de Reserva Legal nesta região, em relação à área do imóvel, é de:
a) 80%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração seleti-
va, apenas na modalidade de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial.
b) 35%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração se-
letiva nas modalidades de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial.
c) 35%, não podendo, neste caso, realizar quaisquer práticas de exploração na área de Re-
serva Legal.
d) 80%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração se-
letiva nas modalidades de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial.
e) 35%, podendo, neste caso, utilizar a área de Reserva Legal para práticas de exploração seleti-
va apenas na modalidade de manejo sustentável para consumo na propriedade sem propósito
comercial.

O gabarito da questão é a letra d. Artigos 12, I, alínea a C/C artigo 20, ambos da Lei n.
12.651/2012.
Letra d.

020. (FCC/AL-PB/PROCURADOR/2013) Segundo a Lei Federal no 12.651/2012 (Código


Florestal):
a) As florestas existentes no território nacional são bens da União.
b) Será admitido o cômputo das áreas de preservação permanente no cálculo do percentual da
reserva legal do imóvel, desde que preenchidos certos requisitos previstos em lei.
c) Será permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente apenas
para obtenção de água.
d) Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, des-
de que observada, dentre outros requisitos, a salvaguarda da integridade das restingas e dos
processos ecológicos a elas associados.
e) Para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, o poder público estadual contará, dentre
outros instrumentos, com o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescen-
tes florestais relevantes.

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Aspectos Florestais e Ambientais – Lei n. 12.651/2012
Vitor Batalha

O gabarito da questão é a letra B. Artigo 15 do Novo Código Florestal. Cuidado para não inver-
ter os conceitos do artigo, área de preservação permanente e reserva legal.
Letra b.

021. (VUNESP/CETESB/ADVOGADO/2013) Nos termos da Lei n. 12.651/2012, a localização


da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em conta, dentre outros, os seguintes
estudos e critérios:
a) O plano macroecológico da área ocupada.
b) As áreas de menor fragilidade ambiental.
c) O Zoneamento Ecológico-Econômico.
d) As áreas de proteção mínima dos apicuns e salgados.
e) A formação de corredores socioecológicos com Unidades de Preservação Continuada.

Artigo 14, II, da Lei n. 12.651/2012. Os outros estudos e critérios são: o plano de bacia hidrográ-
fica; a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação
Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida; as áreas
de maior importância para a conservação da biodiversidade; e as áreas de maior fragilidade
ambiental.
Letra c.

022. (VUNESP/CETESB/ADVOGADO/2013) Para os efeitos previstos na Lei n. 12.651/2012,


que trata do Código Florestal, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais
ou urbanas:
a) As faixas marginais de qualquer curso de água artificial, perene e intermitente, incluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 150 metros, para os
cursos de água de menos de 15 metros de largura.
b) As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 100 me-
tros, em zonas urbanas, exceto para o corpo de água com até trinta hectares de superfície, cuja
faixa marginal será de 100 metros.
c) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos de água perenes, qualquer que seja sua si-
tuação topográfica, no raio mínimo de 50 metros.
d) As restingas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
e) Os manguezais, em faixa com largura mínima de 100 metros em zonas urbanas.

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Vitor Batalha

a) Errada, pois ambos os tamanhos (largura) citados estão em desconformidade com o artigo
4º do Novo Código Florestal.
b) Errada, pois está em desconformidade com o artigo 4º, II, alínea a da Lei n. 12.651/2012.
O correto é “exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa
marginal será de 50 (cinquenta) metros”.
c) Certa, porque é exatamente o que diz o artigo 4º, IV, do Novo Código Florestal.
d) Errada, pois houve uma troca para confundi-los. Colocaram restingas, o CERTO era “encos-
tas ou partes desta”.
e) Errada, pois são APPs os manguezais, EM TODA A SUA EXTENSÃO.
Letra c.

023. (TJ-SC/TJ-SC/JUIZ/2013) Observadas as proposições seguintes, assinale a alternati-


va correta:
I – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,
sendo o percentual mínimo de 80% se situado em área de florestas da Amazônia Legal, con-
forme o Código Florestal.
II – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,
sendo o percentual mínimo de 35% se situado em área de cerrado da Amazônia Legal, confor-
me o Código Florestal.
III – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sendo o percentual mínimo de 20% se situado em área de campos gerais da Amazônia
Legal, conforme o Código Florestal.
IV – O imóvel rural deve manter área de cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Le-
gal, sendo o percentual mínimo de 20% se situado nas demais regiões do país que não estejam
abrangidas pela Amazônia Legal, conforme o Código Florestal.
a) Somente as proposições I e II estão corretas.
b) Somente as proposições I e III estão corretas.
c) Somente as proposições II e IV estão corretas.
d) Somente as proposições III e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

Todos os itens estão corretos e são exatamente o que está disposto no artigo 12, I, alíneas a,
b, c, do Novo Código Florestal.
Letra e.

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024. (FEPESE/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Considera-se Área de Preserva-


ção Permanente, segundo o Código Florestal, Lei Federal no 12.651, de 25 de maio de 2012:
a) as restingas, em toda a sua extensão.
b) as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
c) os manguezais, nas áreas alagadas.
d) os manguezais, como fixadores de dunas ou quando estabilizadores de vegetação marítima.
e) as veredas, em faixa marginal com largura mínima de 100 metros, a partir do espaço de
cursos d’água naturais.

São APPs as restingas como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues, conforme


artigo 4º, VI, do Novo Código Florestal. O que deixa a letra a errada e a b certa.
c) e d) Erradas. Os manguezais são APPs em toda sua extensão, de acordo com o artigo 4º,
VII, da Lei n. 12.651/2012.
e) Errada, porque considera-se APP em veredas em veredas, a faixa marginal, em projeção ho-
rizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente
brejoso e encharcado.
Letra b.

025. (CESPE/PGM-MANAUS/PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE MANAUS 3ª CLASSE/2018)


Com base na legislação aplicável ao SNUC e aos espaços territoriais especialmente protegi-
dos, julgue o seguinte item.
A inclusão de uma APP no cômputo da área de reserva legal de um imóvel rural não altera o
regime de proteção dessa APP.

A questão está CORRETA e em consonância com o artigo 15, caput e § 1º, do Novo Código
Florestas.
Certo.

026. (CESPE/CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO – PROVA


2/2021) Um cidadão, por descuido, iniciou um incêndio em sua propriedade, situada em área
rural coberta pelo bioma campos, o que resultou na destruição da vegetação nativa de outras
duas propriedades vizinhas.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue
o próximo item.
O cidadão deverá recompor 20% da vegetação nativa da área destruída pelo incêndio, a título
de área de preservação permanente (APP).

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A questão está ERRADA porque a recomposição deverá ser a título de Reserva Legal e não de
APP. Vide artigo 12 do Código Florestal.

Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observa-
dos os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel [...]
Errado.

027. (CESPE/CEBRASPE/TC-DF/PROCURADOR/2021) A respeito de responsabilidade am-


biental, de áreas de preservação permanente e de servidão ambiental, julgue o item a seguir.
A restrição à utilização da propriedade referente a área de preservação permanente em parte
de imóvel urbano afasta a incidência do imposto predial e territorial urbano (IPTU).

A questão está ERRADA, pois a restrição à utilização da propriedade referente a área de pre-
servação permanente em parte de imóvel urbano NÃO afasta a incidência do imposto predial
e territorial urbano, EM CONFORMIDADE COM JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
Errado.

028. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-


-3ªTURMA-2ª PROVA/2020) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do
Código Florestal, julgue o item a seguir.
No âmbito da Amazônia Legal, um imóvel rural situado em área de floresta deve ter, no mínimo,
80% de reserva legal, sem prejuízo da aplicação das normas referentes às áreas de preserva-
ção permanente.

A questão está CERTA e em consonância com o artigo 12, caput e inciso I, alínea “a”, do Código
Florestal.
Certo.

029. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-


-3ªTURMA-2ª PROVA/2020) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do
Código Florestal, julgue o item a seguir.
Define-se área de preservação permanente toda área que seja coberta por vegetação nativa e
que tenha a função de assegurar a exploração sustentável dos recursos naturais.

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A questão 29 está ERRADA porque para ser APP a área PODE ou NÃO ser coberta por vegeta-
ção nativa. Vide artigo 3º, inciso II, do Código Florestal.
Errado.

030. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – CURSO DE FORMAÇÃO-3ª-


TURMA-2ª PROVA/2020)
Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do Código Florestal, julgue o
item a seguir.
Os direitos de propriedade são exercidos de forma plena nas florestas e demais vegetações
nativas existentes no território nacional.

A questão está ERRADA porque os direitos de propriedade NÃO são exercidos de forma plena
nas florestas e demais vegetações nativas. EXISTEM LIMITAÇÕES, direito à propriedade não é
absoluto, precisa ser útil à coletividade. Vide artigo 2º do Código Florestal.

Art. 2º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reco-
nhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes
do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e
especialmente esta Lei estabelecem.
Errado.

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REFERÊNCIAS
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Saraiva, 2013.

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Coleção Jornada de Estudos Esmaf. Brasília: ESMAF, 2013.

LEHFELD, Lucas de Souza; CARVALHO, Nathan Castelo Branco de; BALBIM, Leonardo Isper
Nassif. Código Florestal Anotado e Comentado Artigo por Artigo. Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: Método, 2013.

MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 22. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente. 9 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014.

MUKAI, Toshio. Direito Ambiental Sistematizado. 8 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

RIOS, Aurélio Virgílio Veiga; IRIGARAY, Carlos Teodoro Hugueney. O direito e o desenvolvimen-
to sustentável: Curso de direito ambiental. São Paulo: Peirópolis, 2005.

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SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

TRENNEPOHL, Terence Dorneles. Manual de Direito Ambiental. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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Vitor Batalha
Graduado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (2012), com Especialização em Direito Ambiental
pela Universidade Federal do Paraná-UFPR (2015). Atua na área de Direito, com ênfase em Direito Civil,
Administrativo, Agrário e Ambiental. Foi conciliador durante 4 anos no Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Territórios.

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