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Marcos Antonio
Índice
• 1 – Histórico – Página 9
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- 9.3.3 - Desmonte Subterrâneo – Página 75
- 9.3.3.1 - Pilão de Furos Paralelos (Michigan) – Página 76
- 9.3.3.1.1 - Furos Auxiliares – Página 76
- 9.3.3.1.2 - Furos de Contorno – Desmonte Cuidadoso e Pré-Fissuramento – Página 77
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- 11.3.1 - Descrição Matemática do Método de Suporte de Taludes c/ Tirantes – Página 95
- 11.3.2 - Equações para Definição de Velocidade Crítica para Taludes de Rocha Sã – Pág. 96
- 11.4 - Vibrações no Concreto em Cura – Página 97
- 11.5 - Equações e Curvas Estimativas de PPV – Página 98
- 11.6 - Air Blast – Página 100
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Relação das Figuras
Figura 1 – Início da reação explosiva em um cartucho com grande liberação de gás
– Página 18
Figura 2 – Variação da energia por quilograma de ANFO com o aumento do
conteúdo de óleo (Mercer 1983) – Página 25
Figura 3 – Nitrato de amônio poroso – Página 26
Figura 4 – Carregamento de ANFO por uma unidade móvel (on site) – Página 32
Figura 5 – Carregamento de emulsão explosiva por bombeamento através de
unidade móvel – Página 33
Figura 6 – Aspecto Físico de um Cordel Detonante – Página 37
Figura 7 – Aspecto Físico de um Retardo MS – Página 37
Figura 8 – Aspecto Físico de um Exel SS (não elétrico) – Página 38
Figura 9 – Aspecto Físico de um Reforçador (booster) – Página 40
Figura 10 – Desmonte de uma bancada envolvendo as duas fases do processo de
detonação – Página 50
Figura 11 – Face característica de uma detonação onde foi empregada a técnica do
pré-corte – Página 70
Figura 12 – Escavação de um túnel de forma parcial – Página 75
Figura 13 – Limpeza de pilhas oriundas de um desmonte eficiente e deficiente,
respectivamente (Céu Aberto) – Página 86
Figura 14 – Limpeza de pilhas oriundas de um desmonte eficiente e deficiente,
respectivamente (Subsolo) – Página 86
Figura 15 – Gráfico de fragmentação versos custos operacionais – Página 87
Figura 16 – Limpeza de uma pilha adequadamente desmontada em função da
capacidade da escavadeira – Página 88
Figura 17 – Perfilagem da face de uma bancada de minério de ferro – Página 88
Figura 18 – Emprego do Boretrak para auditagem da perfuração – Página 89
Figura 19 – Carregamento com bolsas de air deck – Página 91
Figura 20 – Plugs de tampão – Página 91
Figura 21 - Redução do fator de segurança devido ao esforço de fadiga oriundo das
detonações – Página 94
Figura 22 – Forças que atuam em um bloco de rocha atirantado – Página 96
Figura 23 – Curvas estimativas da velocidade de partícula praticada, máxima e
mínima, em função da distância escalonada – Página 99
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1 - Histórico
Do homem primitivo aos nossos dias, a evolução não parou e todo esse progresso e
inovação devemos ao espírito de observação, a curiosidade e a racionalidade, que sempre
orientaram o ser humano. Assim também, na área de explosivos e desmonte de rocha, o
homem imbuído dos mesmos propósitos desenvolveu ao longo dos últimos séculos toda
uma série de produtos, normas e especificações.
A pólvora foi, sem dúvida, o primeiro passo para o desenvolvimento de quase uma centena
de produtos, hoje em dia, conhecidos como explosivos. Inicialmente utilizada pelos chineses
como pirotécnico passou com algumas modificações a propelente de projéteis e
armamentos em geral.
No fim da Idade Média (por volta de 1354 d.C.), na Europa, o monge Shwartz obteve mistura
explosiva, semelhante à dos chineses, que foi em seguida adotada e aplicada em suas
diversas formas e variações, para fins bélicos. Os morteiros, bombardas, columbrinas e toda
sorte de canhões bizarros, mas mortíferos, passaram com seu troar e efeitos a movimentar
rapidamente as fronteiras políticas dos impérios, principados e feudos, decretando assim a
ruína do castelo-fortaleza.
A primeira notícia de seu emprego como explosivo para fins civis data do ano de 1627, com
tais vantagens que essa nova modalidade de emprego rapidamente se generalizou. O
mineiro tirolês Kaspar Wendl foi quem realizou as primeiras experiências em uma mina da
Hungria. No mesmo ano, a pólvora negra foi empregada na extração de carvão.
Em 1778, Berthollet obteve o fulminato de prata por evaporação de uma solução amoniacal
de nitrato de prata. No mesmo ano, Hausmann descobriu o ácido pícrico, não tendo feito,
naquela época, a mínima ideia de sua utilização futura como carga de arrebentamento de
granadas. A essas descobertas veio juntar-se, pouco tempo depois, a do fulminato de
mercúrio, devida ao inglês Howard que, misturando mercúrio, ácido nítrico e álcool, obteve
um pó cristalino e pesado que verificou explodir por choque ou pela chama, com incrível
poder de decomposição.
Pouco tempo depois, de modo análogo, obteve Brugnatelli o fulminato de prata que
superou, em sensibilidade e perigo, o de mercúrio. Esses compostos foram detalhadamente
estudados e, já em 1815, o fulminato de mercúrio era empregado em cápsulas, o que
indubitavelmente, constituiu-se em progresso considerável para o uso de explosivos.
Em 1811, apareceu uma nova substância explosiva, cuja descoberta custou ao seu autor,
Dulong, um olho e três dedos. Tratava-se de um líquido amarelado e pesado, que,
posteriormente, foi reconhecido como cloreto de nitrogênio.
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A nitrocelulose foi obtida em 1838, por Pelouze, pela nitratação do papel. As propriedades
desse explosivo foram descobertas em 1846, por Schonbein e Bottger, independentemente,
passando-se a utilizá-lo como propelente e como explosivo.
A pólvora sem fumaça ou pólvora coloidal, à base de nitrocelulose e pólvora negra, foi
obtida em 1864, por Schultze.
Alguns anos mais tarde, em 1867, o sueco Alfred Nobel superou este inconveniente
adicionando Kieselghur (diatomácea) a nitroglicerina, produzindo desta forma, a dinamite:
explosivo potente que oferecia ao mesmo tempo boas condições de segurança. Durante
muito tempo na paz e nas guerras, a dinamite de Nobel foi o grande e poderoso explosivo. O
princípio do reforçador (“booster”) foi descoberto em 1868, por Brown, fazendo detonar
algodão-pólvora (nitrocelulose) úmido com algodão-pólvora seco (usado como reforçador).
Em 1912, o trinitrotolueno (TNT) foi oficialmente utilizado como explosivo militar, como
carga de ruptura de granadas. Durante a guerra de 1914-1918, foram fabricados
industrialmente mais dois explosivos: o tetril e o hexil. Ambos foram empregados,
particularmente o primeiro, mais poderoso dos dois, em iniciadores e, em mistura com
trinitrotolueno, como carga de arrebentamento de granadas, bombas, torpedos e outros
engenhos.
Como exemplo de explosivos surgidos após a primeira guerra, podemos citar a pentrita e o
hexogênio, explosivos que apresentam a característica muito importante de serem
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A casualidade por outro lado, em 1923, na cidade alemã de Oppau, deu existência industrial
a outro membro da família dos explosivos, quando ao tentar-se dinamitar um lote de nitrato
de amônio que havia empedrado pela ação da umidade, provocou-se enorme explosão,
destruindo parte da cidade.
De outro acidente nasceu o ANFO (amonium nitrate and fuel oil) mistura de nitrato de
amônio e óleo diesel, quando o choque entre dois navios, carregando esses respectivos
produtos, resultou em um incêndio seguido de violenta explosão que arrasou o Porto de
Texas City (EUA) em 1947.
Algumas emulsões são produtos comuns e utilizados no dia-a-dia, como molhos de salada,
filmes fotográficos, inseticidas e alguns cosméticos. As emulsões explosivas devido à enorme
quantidade de energia útil desenvolvida, apresentam grande capacidade de trabalho na
ruptura de rocha e materiais duros em geral.
2 - Conceitos Básicos
2.1 - Combustão: É uma reação química de oxidação e geralmente ocorre por conta do
oxigênio do ar. O fenômeno acontece em baixas velocidades e tem como exemplo mais
conhecido à queima de um pedaço de carvão.
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deflagração. Nesta reação há a participação não só do oxigênio do ar, mas também daquele
intrínseco a substância. Esta situação ocorre quando da decomposição da pólvora, ou ainda
Nitroglicerina: C3 H5 N3 O9
Nitrocelulose: C12 H24 N6 O22
Trinitrotolueno: C7 H5 N3 O6
Nitropenta: C5 H8 N4 O12
Hexogênio: C3 H6 N6 O6
Nitrato de Amônio: NH4 NO3
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3.1 - Aplicação:
Primário: São aqueles que pelo fato de oferecerem uma maior facilidade à
decomposição, quando excitados por agentes externos. Tem o seu maior emprego como
iniciadores de cargas maiores de explosivos secundários. Como por exemplo, podem ser
citados as espoletas, cordel detonante, nitropenta, azida de chumbo, fulminato de
mercúrio, etc.
serem mais estáveis necessitam de uma maior quantidade de energia para iniciar o
processo de detonação, energia está geralmente fornecida pela ação direta da
detonação de um explosivo primário. Como exemplo, podem ser citados as lamas,
emulsões, ANFOS, etc.
3.2 - Desempenho
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3.3 - Composição
Explosivos Simples: São aqueles formados por um único componente químico. Entre
eles nitroglicerina, nitroglicol, nitrocelulose, trotil e ciclonite.
Explosivos Mistos: Formados por substâncias que consomem e produzem oxigênio, mas
que não são explosivas quando isoladas. Pertencem a esta categoria os nitratos
inorgânicos, cloratos e percloratos. O mais importante é o nitrato de amônio que
misturado com óleo diesel, é um explosivo de larga utilização.
3.4 - Consistência
3.7 -Toxidez: Quanto aos gases tóxicos desenvolvidos na reação química os explosivos
industriais são classificados em três categorias:
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3.8 - Sensibilidade
3.8.2 - Sensibilidade a Propagação: Também conhecida como “Air Gap”, essa classificação
indica a maior distância longitudinal entre dois cartuchos em que ainda ocorre a propagação
da detonação do primeiro para o segundo.
3.8.3 - Sensibilidade ao Choque: Alguns explosivos podem detonar por efeito de estímulos,
tais como choque e fricção. Por segurança, é importante conhecer seu grau de sensibilidade
frente a essas ações, especialmente durante sua manipulação e transporte.
A pólvora varia entre 300 a 350ºC, enquanto que os explosivos industriais entre 180 e 230ºC.
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3.9 - Resistência à Água: É outra propriedade importante, pois, em muitos casos, haverá
concentração de água nas perfurações. Os furos, ao interceptarem as fraturas da rocha,
funcionam como captores da água acumulada nessas fraturas. Se o explosivo utilizado tiver
baixa resistência à água, ficará neutralizado e não detonará. É, por isso, necessário saber se
há ou não água nas perfurações ao se adotar um determinado tipo de explosivo.
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A pressão de Explosão (Pe) pode ser calculada teoricamente por meio da seguinte fórmula:
Pe = Pd/ 2; é medida em MPa ou KBar.
4.3 - Razão Linear de Energia: Representa a energia absoluta por metro linear de furo.
sendo:
D = diâmetro da carga explosiva em polegadas;
= densidade do explosivo (derramado, não adensado) em g / cm3
O fator 0,5067 resulta da conversão de unidades para o sistema métrico
K = 0,5067 = (π / 4).(2,54 )2 x ( 0,1 )
W = RLE / t
Sendo µ a velocidade estabilizada do explosivo, temos: t = µ-1 , e portanto:
W = RLE x µ ou W = 0,5067 x D2 x AWS x µ
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ou maior a velocidade sônica da rocha a fragmentar. Um incremento da velocidade de
detonação produz um efeito maior na fragmentação.
Esta energia é liberada para a rocha de duas formas diferentes: pressão de detonação e
pressão do furo. A pressão de detonação ou de choque, exerce uma força de fragmentação
na rocha. A pressão do furo é devida à expansão gasosa e é de ação mais lenta. É
responsável por alguma fragmentação, mas é a causa principal do movimento da massa de
fragmentos.
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expressa em termos de peso ou volume de explosivo. Pode também ser expressa como um
número absoluto ou relativo, como apresentado nos itens 4.7.1 e 4.7.2, a seguir:
4.7.1 - Energia Absoluta: É a quantidade de energia liberada por uma certa quantidade de
massa de explosivo.
4.8 - Segurança no Manuseio: O explosivo, desde sua produção até a detonação final nas
perfurações é armazenado, transportado sofrendo uma série de trasbordos e choques. Por
isso é imprescindível que apresente segurança no manuseio, isto é, que não detone com
facilidade.
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4.9 – Exsudação: Corresponde à segregação dos ingredientes sólidos e líquidos do explosivo
e que pode ocorrer devido as seguintes causas:
Longas estocagens;
Más condições de aeração durante a estocagem;
Elevada temperatura e grandes variações na pressão atmosférica.
Como consequência, ocorre a deterioração do explosivo que nestas condições, torna-se
perigoso devido ao aumento de sensibilidade e deve ser destruído, sob orientação de
pessoal especializado.
Teste da gota: deposita-se sobre uma folha de papel parafinado uma gota de líquido
exsudado e observa-se seu comportamento, se o líquido for nitroglicerina, formar-se-á
uma mancha escura sobre o papel parafinado e, em se tratando de nitratos ou água,
formam-se gotículas sobre o papel.
Teste do copo d’água: em um copo transparente com água límpida deposita-se uma
pequena parte do líquido exsudado e observa-se o comportamento do mesmo. Da
observação pode-se chegar as seguintes conclusões:
Teste da detonação: consiste em recolher uma pequena gota de líquido exsudado com
auxílio da ponta de um alfinete, depositando em um pedaço de papel parafinado
colocado sobre uma placa metálica. Bate-se com um martelo sobre a gota em referência
que, se for nitroglicerina, provocará uma pequena detonação.
4.10.1 – Densidade Crítica: São os limites superior e inferior de densidade. Um explosivo que
esteja com densidade fora dessa faixa perde suas características no momento da detonação.
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4.10.2 - Densidade de Massa: É aproximadamente igual à do cartucho, serve para
determinar se um explosivo está dentro do padrão (controle de qualidade). É a densidade
apresentada nos catálogos. É importante salientar que um explosivo que apresenta
densidade de massa superior a 1 g/cm³, irá afundar na água (desde que na água não existam
grandes quantidades de sólidos em suspensão ou sais dissolvidos).
Dc = (Q .1,97).(ϕ ². L)-1;
Onde:
Dc: densidade de carregamento (g/cm³);
Esta fórmula é muito empregada nas operações de carregamento, para o cálculo da massa
de explosivo por furo, razão linear de carga, razão de carga etc., ou seja, é a densidade que
se utiliza para o dimensionamento do plano de fogo.
Nos dias de hoje, o número de explosivos sensibilizados por bolhas de ar é cada vez maior. A
densidade depende do volume de ar misturado com os ingredientes sólidos e líquidos dos
explosivos. Sabe-se que o ar é altamente compressível, não é difícil, portanto visualizar que à
medida que se aproxima do fundo do furo, o explosivo sofra o efeito de uma pressão
crescente proveniente da porção de explosivo acima, o que faz com que o volume de ar no
explosivo se reduza e provoque um acréscimo gradativo de densidade.
4.11 – Diâmetro Crítico: As cargas explosivas com forma cilíndrica têm um diâmetro abaixo
da qual a onda de detonação não se propaga ou propaga-se à velocidade muito abaixo das
de regime. A esse diâmetro, dá-se o nome de diâmetro crítico. Os principais fatores que
influenciam no diâmetro crítico são:
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Confinamento;
Densidade.
5 - Tipo de Explosivos
5.1 - Pólvora Negra: A pólvora negra explosiva é produzida em dois tipos. O tipo A contém
nitrato de potássio, enxofre e carvão vegetal. É utilizada nas escavações a céu aberto quase
que exclusivamente para cortar pedras, na produção de paralelepípedos, lajotas para
revestimento de pisos e paredes etc. Praticamente não é usada para o desmonte intensivo
de rocha.
A pólvora negra do tipo B contém nitrato de sódio, enxofre e carvão vegetal. É mais lenta
que a do tipo A e também de menor força; utilizada na detonação de argilas e folhelhos.
5.2 – Dinamites
5.3 - Lamas Explosivas ou Aquagéis: Os explosivos do tipo aquagel ou lama explosiva (slurry)
são produzidos primariamente para as indústrias de construção, de pedreiras e de
mineração subterrânea de metais. Estes produtos contêm concentrações relativamente altas
de ingredientes sensíveis que asseguram uma detonação confiável em furos de mina de
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diâmetros pequenos. Comparados com as dinamites, eles são mais difíceis de detonar
através do atrito, impacto e/ou fogo.
A maioria dos aquagéis são sensibilizados, pelo menos parcialmente, por bolhas de ar e/ou
gás. Alguns lamas são também sensibilizados, por explosivos de baixa sensibilidade (como o
nitrato de monometilamina, ou abreviando, MMAN). Os combustíveis incluem também pó
de alumínio. Pela variação do tipo e quantidade de combustível (e especialmente pó de
alumínio), os aquagéis podem ser feitos sob encomenda para exibir uma grande gama de
força em peso e volume.
Por aeração;
Pela injeção de uma quantidade muito pequena de solução “gaseificada” quando do seu
encartuchamento;
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Em lamas que não contém microesferas, as bolhas de ar e/ou gás são comprimidas pelo
peso próprio da coluna de lama e/ou água e, portanto, a densidade da carga aumenta na
direção do fundo do furo. Nas lamas que contêm microesferas, as bolhas de ar ainda estão
comprimidas pelo peso da coluna de lama/água acima delas, porém as microesferas mantêm
o seu tamanho original e, por isso, dão ao explosivo (lama) um nível de sensibilidade mínimo
irreduzível sob pressões limitadas. Por causa da sua alta força em volume, alta resistência à
água, boa sensibilidade e grande segurança no manuseio e uso, as lamas substituíram
naturalmente das dinamites. Onde as condições do terreno são adversas e não permitem a
pré-compressão lateral e “dead-pressing” das cargas em furos espaçados, boas lamas dão
resultados de desmonte satisfatórios.
As lamas (aquagéis) têm sido intensamente substituídas pelas emulsões devido à sua
tecnologia ser mais antiga do que a das emulsões.
5.4 - ANFO: Explosivo composto à base quase que exclusivamente de nitrato de amônio,
produto químico largamente utilizado como fertilizante agrícola ou como produto base na
fabricação de explosivos, sendo este tipo de nitrato conhecido como prill. A denominação
ANFO vem do inglês “amonium nitrate + fuel oil “, já quase que originalmente formulado a
partir da mistura de nitrato de amônio com óleo diesel (5,6%). Possui uma densidade de
carregamento na casa de 0,85 g/cm³. Geralmente o ANFO torna-se insensível quando sua
densidade alcança 1,2 g/cm³, ocorrendo o fenômeno de Dead Pressing.
100
90
80
70
Energia por Quilograma (%)
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Óleo Combustível (%)
Figura 2 – Variação da energia por quilograma de ANFO com o aumento do conteúdo de óleo (Mercer, 1983)
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O nitrato de amônio funciona como oxidante, enquanto que o óleo diesel é o redutor. O
elemento oxidante fornecido pelo nitrato de amônio é o oxigênio, o nitrogênio participa
secundariamente da reação formando o nitrogênio gasoso. A fórmula química do nitrato de
amônio é o NH4NO3, composto de 60% de oxigênio em peso, 33% de nitrogênio e 7% de
hidrogênio. Por ser um sal é facilmente dissolvido em água, de modo que se não for
recoberto por uma fina camada de materiais tais como, o talco ou a zeolita, absorve
rapidamente a umidade do ar, se dissolvendo e, dessa forma, não tendo condições de
detonar eficientemente.
O prill de nitrato de amônio, além de não poder ter contato com água, deve ser fabricado
com um teor de umidade inferior a 0,15%, pois quando prills de nitrato de são saturados
com água, esses se dissolvem, de modo que microporos e pequenos vazios que agem como
centro reativos (hot-spots) desaparecem, resultando em uma mistura insensível (dead
pressing) para detonação.
O prill de nitrato de amônio pode sofrer outro fenômeno chamado recristalização ou cycling.
Recristalização é a propriedade do material mudar sua forma cristalina de acordo com
mudanças na temperatura ambiente, afetando seriamente o armazenamento e a
performance do ANFO. O efeito da recristalização é a quebra dos prills em partículas
menores, de modo que essa constante quebra aumenta a densidade do ANFO.
Para esse tipo de explosivo é necessário o emprego de uma escorva para que ocorra a
detonação, isto é, de um outro tipo de explosivo ou de um reforçador para iniciar o
processo. Deve-se evitar o uso do cordel detonante para detonação do ANFO, pois na
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iniciação lateral, o referido cordel detonante deflagra o ANFO axialmente, dessensibilizando-
o com uma velocidade próxima de 1.000 m/s, muito abaixo da sua velocidade linear de
7.000 m/s, ocorrendo uma reação de baixa eficiência.
É um explosivo que não possui resistência à água, baixa densidade e baixo custo. Devido à
baixa densidade é recomendado muitas vezes, para o preenchimento da carga de coluna.
Pode ser utilizado em carregamento por derramamento ou injetado através de equipamento
pneumático “anfo loader “. Neste caso é obrigatório o uso de mangueira de carregamento
do tipo antieletrostática e o devido aterramento do equipamento ao solo.
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5.4.3 - Misturas ANFO/Emulsão (ANFO “Pesado”)
O ANFO “pesado” consiste de uma mistura de nitrato de amônio (NA) granulado e poroso,
óleo e agente detonante emulsivo. Por causa do seu estado líquido viscoso dotado de
fluidez, a emulsão é capaz de substituir o ar nos interstícios entre as partículas de ANFO. A
taxa de emulsão é tal que muitos dos microvazios dentro dos componentes do ANFO são
preenchidos com emulsão. A densidade do ANFO “pesado” se situa entre os valores de 1,00
a 1,23 g/cm³. Se todo o ar dentro destes interstícios fosse substituído, o agente detonante
resultante tenderia a exibir uma sensibilidade inadequada (os microvazios preenchidos e,
exceto pelos grânulos de baixa densidade e alta porosidade, um número insuficiente de
centros de iniciação de carga).
Uma vez que as emulsões são do tipo “água-em-óleo”, eles oferecem excelente resistência à
água. A água do furo “enxerga” apenas a matriz da emulsão (ou seja, o óleo); e ela é
protegida do contato e, portanto, dissolve as microgotículas pela película (insolúvel) de óleo
envolvente. A resistência à água da emulsão é maior quando comparada às lamas e
dinamites.
Enquanto que alguns graus de sensibilidade resultam do alto grau de interligação física dos
componentes oxidantes e combustíveis, as bolhas de gás ou ar são os maiores sensibilizantes
das emulsões. Onde as cargas podem ser comprimidas por pressões estáticas e/ou
dinâmicas anteriormente à detonação, as bolhas devem apresentar a forma de microesferas,
daí se conclui que cada bolha apresenta um alto grau de permanência dimensional, ou seja,
manutenção da esfericidade.
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Ao contrário da maioria das lamas, as sensibilidades não decrescem significativamente com
a queda de temperatura, visto que cada micro gotícula da solução oxidante é isolada das
microgotículas adjacentes por uma película matriz de óleo. Uma queda na temperatura não
permite que mais sais se cristalizem dentro de cada micro gotícula, nem permite que os
cristais oxidantes cresçam ou se agrupem.
O ANFO consiste de nitrato de amônio e óleo diesel. Uma emulsão padrão não tem força em
peso teórica (ou seja, rendimento energético teórico por unidade de peso) tão alta quanto à
do ANFO por consistir de oxidantes, combustível e água. Se a força em peso do ANFO é tida
como 100, a força em peso calculada de uma emulsão pode ser dita como sendo 80. Mas
isto não indica que a eficiência do desmonte da emulsão seja de apenas 80% da eficiência de
um peso igual de ANFO. Os rendimentos energéticos reais das emulsões são maiores do que
o esperado (isto se deve ao alto grau de interligação combustível e oxidante das emulsões
As densidades das emulsões normalmente estão na faixa de 1,1 a 1,2 g/cm³. Baseada em
uma força em peso relativa calculada de 80, uma emulsão com uma densidade de 1,15g/cm³
tem uma força em peso relativa calculada de:
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80 x 1,15/0,84 = 110
(onde 0,84 é a densidade média assumida de uma polpa de ANFO). Mas em razão da força
em peso efetiva relativa desta emulsão ser considerada como sendo maior do que 80 (veja o
parágrafo precedente), a força em volume efetiva relativa é considerada como sendo
significativamente maior do que 110. Mesmo força em volumes maiores podem ser obtidas
quando um pó de alumínio misturado a um combustível é adicionado a uma emulsão.
As emulsões são embaladas em cartuchos de plástico fino e resistentes. Isto permite que
estes cartuchos apresentem:
Se uma concentração de energia máxima possível no fundo do furo for exigida, os cartuchos
devem ser rasgados de ponta a ponta no momento em que são colocados no fundo do furo,
a emulsão então se esparrama, desloca mais ar e água e preenche uma maior porcentagem
do volume disponível para carga. Este preenchimento considerável pode ser uma vantagem
nos furos da linha de frente da bancada que têm afastamento do pé excessivos. Quando há
passagem de água através do furo, no entanto, os cartuchos não devem ser rasgados, mas
simplesmente jogados, e o período entre o carregamento e a detonação deve ser o menor
possível. Para carregar furos muito irregulares, as emulsões em cartuchos de papel estão
atualmente disponíveis, sendo as características de carregamento destes produtos similares
aos das dinamites. Como as emulsões não detonam quando submetidas a testes de impacto,
o carregamento com esta categoria de explosivos reduz consideravelmente os riscos
associados com a perfuração acidental ou sem cuidado próxima a áreas de furos
anteriormente detonados. Sob nenhuma circunstância, no entanto, a perfuração deve ser
feita nestas áreas de furos previamente detonados com emulsão, devido à possibilidade de
presença de espoletas não detonadas.
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fumaça, e seria um perigo assumir que uma quantidade muito pequena de fumaça após uma
detonação de emulsão fosse um sinônimo de falta de fumos e um sinal que é seguro
retornar à área de desmonte logo após a detonação. Os fumos decorrentes da detonação
são com certeza “melhores” do que os das dinamites, mas a atmosfera não será
necessariamente segura quando ela estiver livre de fumaça. Pelas razões expostas a seguir,
as emulsões devem substituir as dinamites e as lamas na maioria das atividades de
desmonte de rocha com emprego de explosivo:
As emulsões encartuchadas são firmes, fáceis de manusear, carregar e socar;
Devido a sua velocidade de detonação ser muito alta, os cartuchos possuem grande
capacidade para iniciar (como os primers) as misturas do tipo ANFO;
Suas altas relações de energia de onda de deformação para energia de deslocamento
fazem com que elas sejam mais indicadas para fragmentar maciços mais resistentes;
A ausência de nitroglicerina elimina a possibilidade de efeitos físicos perigosos ou
desagradáveis (como as dores de cabeça) durante o seu manuseio.
Com grandes porcentagens de uma fase seca sendo adicionadas às emulsões, ambas as taxas
de reação e velocidade de detonação decrescem. A reação na fase inicial prossegue e
acontece dentro da matriz de emulsão, a reação na fase seca (mais grosseira) é iniciada pela
reação das emulsões e se estende por um período de tempo consideravelmente longo.
Portanto, a duração global de uma reação aumenta com a adição de uma fase seca e, em
consequência, há um aumento na energia de deslocamento (e, portanto, liberação do
material desmontado) às custas da energia da onda de deslocamento. Em rochas
relativamente pouco resistentes e/ou porosas, a presença de uma fase seca tem o efeito
benéfico de reduzir as perdas de energia associadas com a fragmentação excessiva e
deformação plástica próximas à carga.
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Onde a fase seca é totalmente envolvida por uma emulsão altamente reativa, sua reação
começa com grande vigor e prossegue por completo mais fácil e eficiente do que no caso do
ANFO (onde os grânulos são rodeados essencialmente pelo ar). Portanto, parece ser
razoável acreditar que a relação entre a energia teórica para uma mistura de emulsão/fase
seca é maior do que para o ANFO. Este é o fator mais importante para se explicar à
observação de que tais produtos tenham melhor performance do que sugerem suas forças
em peso relativas teóricas.
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As emulsões são facilmente bombeáveis, decorrendo desse fato uma grande rapidez no
carregamento mecânico dos furos, particularmente nos de grande diâmetro. Para que se
obtenha todo o rendimento desse explosivo recomenda-se empregar um “booster
“(reforçador), cujo diâmetro seja o mais próximo o possível do diâmetro do furo.
As emulsões podem ser utilizadas mesmo em perfurações com 100 % de água. Por possuir
uma densidade maior que a da água e por sua elevada resistência ao referido meio,
expulsam-na em boa parte, ocupando seu espaço no furo.
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6 - Acessórios de Detonação
Introduzidas às cargas explosivas nos furos, procede-se à detonação inicial, através de acessórios
especiais, que provocam a detonação das cargas.
6.1 - Espoleta Simples: Consiste numa cápsula de alumínio, fechada em uma extremidade,
preenchida com um explosivo da base (tetranitrato de penta-eritritol) e carga iniciadora de
azida de chumbo.
São sempre iniciadas por estopim comum introduzido na outra extremidade da cápsula por
meio de alicate especial. As espoletas simples são muito usadas em detonações secundárias
onde há necessidade ou é possível haver uma sequência de fogo, como nos fogachos, por
exemplo. Não são recomendadas para a detonação simultânea de várias cargas, porque
dificilmente os estopins atingiram todas as espoletas ao mesmo tempo. O bom
funcionamento da espoleta depende muito da perfeição do seu acoplamento com o
estopim.
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6.2 - Estopim: O estopim tem o aspecto externo de um cordão. Consiste num núcleo de
pólvora negra de nitrato de potássio revestido com tecidos impermeabilizantes que
protegem o núcleo de pólvora contra a penetração de água e abrasão.
CARACTERÍSTICAS
Núcleo Misto de Pólvora Negra
Queima Lenta
Tempo de Queima 145 s/m ( ± 10 %, 500 m ,20 º C )
Peso Médio de Pólvora 5,5 g/m
Comprimento Mínimo da Chispa Aprox. 50 mm (sem confinamento )
Resistência à água (revestimento) Classe 1
Resistência Máxima a Tração 28 kgf
Revestimento Externo Termoplástico
Flexibilidade Boa
Raio máximo de curvatura 12,5 mm
Tabela 3 – Propriedades físicas básicas de um estopim
6.3 - Cordão Ignitor: Cordão fino e flexível que queima com chama firme. Possui revestimento,
que lhe confere resistência à água.
É utilizado para ignição de qualquer número de linhas de estopim através dos conectores,
eliminando-se dessa forma, a necessidade de ascender cada estopim individualmente.
Recomenda-se um espaçamento entre os conectores de no mínimo 50 cm. O comprimento de
cada linha de estopim deve permitir à chama do cordão ficar cerca de 5 m à frente de cada linha
de estopim que vai detonar, a fim de não ser afetado, isto é para qual não haja interrupção.
Trata-se de um cordão fino revestido com polietileno flexível e incendiário, que queima com
chama vigorosa. Possui em seu interior um fio de aço galvanizado que possibilita a sua fixação ao
conector, além de impedir seu rompimento após a combustão, evitando a iniciação indesejável
das linhas fora de sequência.
Atualmente o seu emprego é quase inexistente, no entanto foi muito utilizado em minerações de
subsolo, principalmente na abertura de túneis, galerias e lavras, onde se exige detonações
sequenciais, eliminando a necessidade de se ascender cada estopim individualmente.
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6.4 - Cordel Detonante: É uma das formas mais segura para a detonação de fogo a céu
aberto ou em atividades subterrâneas, porque não requer eletricidade. Por ser um
explosivo, dispensa as espoletas. Quando detona, age como escorva par as cargas explosivas,
detonando-as também.
O PETN detona com velocidade de cerca de 7.000 m/s, superior, portanto à de muitas
dinamites e gelatinas. Os revestimentos encontrados no mercado são:
A ligação das conexões à linha-tronco pode ser feita através de fita isolante. A outra forma
de se realizar as ligações é através de nós padronizados. A iniciação do cordel detonante
pode ser feita através de espoletas elétricas ou simples.
No caso de se utilizar espoleta elétrica, esta deverá ser ligada à extremidade do cordel
somente quando a malha estiver toda concluída, o pessoal abrigado e o equipamento
retirado, para evitar riscos, inclusive a detonação por corrente induzida.
No caso de iniciação por meio de espoleta comum, está será detonada através de um
estopim.
A alta velocidade do cordel detonante e a característica de atuar como escorva das cargas
explosivas dão-lhe a condição de determinar a velocidade de detonação do próprio
explosivo, que passa a ser do cordel em todo segmento em que o explosivo estiver em
contato com ele e quando o cordel tiver velocidade de detonação superior à do explosivo.
NP 10: Para iniciação simultânea de cargas explosivas, ou com esperas, quando associado
em série a retardos. É recomendado para as linhas-tronco e derivações nas minerações a céu
aberto e subsolo.
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Características NP 3 NP 5 NP 10
Carga Explosiva Mínima ( g/m) 3 5 10
Cor do Revestimento Externo Amarelo Rosa Vermelho
Diâmetro Médio ( mm ) 3,3 3,5 4,8
Flexibilidade Ótima
Resistência à Água - Classe 1 1 1
Resistência à Temperatura ( º C ) 60 60 60
Tipo de Carga Explosiva Tetranitrato de Penta-Eritritol ( PETN )
Velocidade Mínima ( m / s ) 6.650 6.650 6.650
Tipo de Revestimento Externo Plástico ( PVC )
Tabela 4 – Propriedades físicas básicas de um cordel detonante
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6.6 - Espoleta Elétrica de Retardo ou Instantânea: São detonadas por uma corrente elétrica
sendo necessária uma intensidade mínima para provocar a detonação. Permitem iniciar
diversas cargas ao mesmo tempo.
- Espoleta Elétrica de Retardo é composta por um estojo de alumínio onde estão inseridos
uma ponte elétrica, o elemento de retardo e as cargas de iniciação. Conectada aos fios
condutores, a ponte elétrica inicia o elemento de retardo, conforme o tempo da espoleta,
em sequência a azida de chumbo e a carga principal de PETN.
6.7 - Linha Silenciosa (não elétricos): Basicamente o sistema se baseia em um tubo plástico
cuja superfície interna é impregnada com uma substância reativa que mantém a propagação
da onda de choque a uma velocidade de cerca de 2.000 m/s. Esta onda tem energia
suficiente para iniciar um explosivo primário ou uma espoleta de retardo.
Uma vez que a reação está confinada no tubo, este não explode e atua como mero condutor
de energia. Este tubo é fabricado em plástico de alta qualidade com um diâmetro externo de
cerca de 3 mm.
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Na sua forma padrão ele é transparente e atende a maioria das exigências dos desmontes de
rochas. Para alguns casos, onde as condições são mais severas, existe um tubo de alta
qualidade (“Heavy Duty - HD“), o qual tem uma maior resistência ao desgaste e à tração.
Por exemplo à razão entre as esperas 2500/50, permite a sensibilização de 50 furos antes
que o primeiro detone. Essa razão é definida para detonações furo a furo. No caso de se
empregar o escalonamento de dois furos por espera, obtém-se a sensibilização de 100 furos
antes que os dois primeiros detonem.
6.9 – Reforçadores (“booster”): São cargas explosivas de alta potência para reforçar a
iniciação de explosivos de baixa sensibilidade, como é no caso do ANFO, pastas detonantes e
outros. Além de serem utilizados para assegurar a continuidade da propagação da onda
explosiva ao longo da carga de coluna constituída por aqueles explosivos. Os reforçadores
são constituídos de carga explosiva acondicionada em um corpo plástico de formato tronco-
cônico, dotado de um furo central ao longo de toda altura. A iniciação é feita por meio de
cordel detonante passando através do furo central, ou por espoletas simples ou elétricas.
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Tem-se provado que a forma do reforçador pode contribuir para uma maior pressão de
detonação e melhoria da eficiência da iniciação, além de facilitar o carregamento.
Basicamente existem quatro formatos de reforçadores: cilíndrico, cônico, esférico e plano, e
suas principais características físicas e químicas são apresentadas na tabela 5 a seguir:
Características
Cargas Explosivas (g) 150 250 350 450
Explosivo Pentolite
Densidade Média (g/cm3) 1,43 1,43 1,43 1,43
Energia Absoluta (WG)
AWS (kcal/kg) 1.460 1.460 1.460 1.460
ABS (kcal/l) 2.087,8 2.087,8 2.087,8 2.087,8
Energia Disponível ( kcal/peça ) 219 365 511 657
Temperatura de Explosão (K) 3.750 3.750 3.750 3.750
Classe de Resistência à Água 1 1 1 1
Sensibilidade à Iniciação Cordel Detonante NP10 ou Espoleta N.º 8
Velocidade de Detonação (m/s) 7.400 7.400 7.400 7.400
Pressão de Detonação (kBars) 195,8 195,8 195,8 195,8
Potência Disponível (kcal/s) 1,621 x 10 2,701 x 10 3,781 x 10 4,862 x 106
6 6 6
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- Qualquer que seja o método de iniciação usado, a confecção de escorvas deve ser feita
cuidadosamente na hora e local do carregamento;
- O mínimo de força deve ser usado na preparação das escorvas. Os furos devem ser pré-
formados (estiletes de bronze ou madeira) nos cartuchos para permitir facilmente a inserção
da espoleta ou do cordel;
- O diâmetro do furo deve manter uma folga em relação aos cartuchos de explosivos, o
suficiente para que não se requeira uma força indevida durante a operação de
carregamento;
* Estopim
* Espoleta
* Conjunto Estopim/Espoleta
- O comprimento do estopim deve ser suficientemente longo para que o blaster tenha
tempo de alcançar um local seguro antes da detonação;
- Não tentar acender mais estopins do que se pode ser feito com segurança.
- Todas as conexões entre as linhas de cordel devem ser feitas de forma a manter o seu
núcleo de nitropenta seco. Onde isso não for possível, e caso as pontas do cordel tenham
sido expostas à umidade, as conexões devem ficar no mínimo a 50 cm destas;
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- As linhas de cordel, acima de 10 g/m, devem ser mantidas pelo menos 20 cm distantes
entre si, esticadas, porém sem tensão excessiva;
- A espoleta deve ser ligada ao cordel com sua carga dirigida no sentido da detonação.
- O sistema de iniciação com shock tubes não pode ser conferido através de instrumentos. É
imprescindível que as conexões sejam feitas tão precisamente quanto possível de forma que
um eficiente controle pessoal possa ser realizado;
- O sistema de ligação em superfície deve ser feito tão curto quanto possível, esticado, mas
sem tracionamento indevido;
- Manter o comprimento dos “shock tubes” nas conexões tão curto quanto possível (não
cortar);
- A espoleta empregada para iniciar o circuito, deve estar no mínimo 0,80 m da conexão mais
próxima, e deverá ser conectada somente quando toda a amarração estiver completa e
pronta para ser iniciada;
- Nunca puxar bruscamente até esticar ou romper os “shock tubes”, isto pode causar
detonação acidental (“snap” ou “shot”) ou desconectar a espoleta e assim causar falhas.
- Recolher amostras;
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- Escavação cuidadosa;
7.9 - Estocagem
- Instalações destinadas para armazenar explosivos não devem ser usadas para outro fim.
- Altura máxima das pilhas: 2 metros ou 10 caixas, afastadas uma das outras no mínimo de
6 cm e dispostas sobre estrados de madeira;
7.10 - Armazenamento
- Permitir acesso aos paióis apenas de pessoal habilitado, assim como o manuseio dos
explosivos e acessórios;
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* Estrados de Madeira;
* Afastadas das Paredes;
* Afastadas do Teto (0,70 m);
* Altura Máxima (2 m);
- Validade dos Produtos – (O prazo de validade impressas nas embalagens somente será
válido se forem obedecidas às condições de armazenagem constantes no R105);
7.11 - Destruição
Recomendações Importantes:
Perigos na Destruição:
* Blaster habilitado;
* Local da destruição;
* Detonação acidental;
* Destruição parcial;
Processos de Destruição:
* Detonação.
Nitrato de Amônia e ANFO não devem ser destruídos por queima pois há risco de
explosão.
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havendo ainda confinamento a deflagração pode ser acelerada para uma detonação cujos
efeitos são desastrosos.
Também já foi observado que ao fundir durante a queima o ANFO penetra no solo e acaba
ficando confinado. A conjugação da alta temperatura na superfície e a elevação da pressão
no confinado resultam na explosão. A melhor alternativa para substituir a queima é coletar
o material em pequenas quantidades (até 10 kg) e realizar a detonação, preferencialmente
aproveitando as próprias perfurações nas minas, pedreiras ou canteiro de obras.
8 - Mecanismo de Detonação
8.1 - Introdução
Estudos mais recentes, em modelos físicos com a aplicação da técnica de foto elasticidade,
em modelos matemáticos e também através de testes no campo, deram origem a um novo
capítulo no estudo da mecânica das rochas: a dinâmica das rochas.
Segundo esse estudo, a detonação de uma carga explosiva confinada em um maciço rochoso
(estudo feito inicialmente para cargas esféricas e depois estendido para cargas cilíndricas)
apresenta duas fases distintas e características: uma Fase Dinâmica correspondente aos
fenômenos oriundos do caminhamento das ondas de choque pelo maciço rochoso
(geralmente dentro dos primeiros 5 milissegundos após a iniciação do explosivo), e uma Fase
Quase-Estática correspondente ao trabalho mecânico realizado durante o processo de
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Ao percorrer a coluna de explosivo, esta onda de choque, propaga-se pelo maciço vizinho à
cavidade desta, afastando-se concentricamente, atuando com pulsos de compressão, até
atingir a face livre, onde se reflete e retorna para o interior do maciço aplicando esforços de
tração a este.
A sequência cronológica dos eventos que ocorrem durante o caminhamento das ondas de
choque, ou seja, na duração da Fase Dinâmica é basicamente a seguinte:
3 - Retorno das ondas de choque com o aparecimento das fraturas tangenciais. Estes
eventos verificam-se em quatro zonas distintas no maciço rochoso, que podem ser definidas
como:
Zona Plástica - Ainda face às altas tensões, atuantes nesta zona, no regime plástico,
ocorre uma pulverização da rocha que, inclusive, pode ser constatada na “meia cana” do
furo após o desmonte.
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Zona Elástica - Também conhecida como Zona Sísmica é a mais afastada da cavidade do
explosivo e onde as tensões tangenciais já não são suficientemente elevadas para
superar a resistência à tração da rocha. Por conseguinte, não ocorrem, nesta zona,
fraturas radiais, porém as ondas de choque propagam-se através desta até atingir a faces
livres e retornam aplicando altas tensões de tração ao maciço dando origem, assim, às
fraturas tangenciais.
As velocidades com que estas ondas P e S se se propagam pelo maciço são características de
cada rocha, sendo maiores para as compactas e/ou em estado são e menores para as menos
compactas e/ou alteradas. Ao mesmo tempo as ondas P são mais velozes que as ondas S.
Como ilustração apresentamos a seguir alguns valores destas velocidades para os tipos mais
frequentes de rochas e meios físicos.
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Material Densidade Velocidade ( m/s )
Onda P Onda S
Granito 2,67 3960 - 6100 2130 - 3350
Gabro 2,98 6550 3440
Basalto 3,00 5610 3050
Dunito 3,28 7990 4080
Arenito 2,45 2440 - 4270 910 – 3050
Calcário 2,65 3050 - 6100 2740 – 3200
Folhelho 2,35 1830 - 3960 1070 – 2290
Sal 2,20 4390 - 6490 -
Gipsita 2,30 2130 - 3660 1100
Ardósia 2,80 3660 - 4450 2870
Mármore 2,75 5790 3510
Quartzito 2,85 6050 -
Xisto 2,80 4540 2870
Gnaisse 2,65 4720 - 5580 -
Aluvião 1,54 500 - 1980 -
Argila 1,40 1130 - 2500 580
Solo 1,10 - 2,00 150 - 760 90 - 550
Filito 1,50 - 2,00 400 -
Água 1,00 1460 0
Ar - 340 0
Tabela 6 - Velocidades de propagação das ondas P e S
Apresentamos a seguir um modelo simplificado que explica fenômeno da reflexão das ondas
de choque e aparecimento das fraturas tangenciais.
Admitindo ser Pe a pressão exercida pela frente da onda de detonação que percorre a
coluna de explosivos calculada pela relação abaixo:
Pe = ρe . VOD ² . 1/4
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Podemos assim calcular a tensão de compressão atuante na rocha que rodeia o explosivo
pela seguinte expressão:
σci = 2 . | Pe |
(1 + Zer)
Zer = γe . Ce
γr Cr
onde:
Esta tensão de compressão ci atuante na rocha sofre atenuações, pois a rocha não é um
corpo elástico perfeito. Assim, a uma distância r do centro da carga de raio r0 a tensão de
compressão é considerada por Atchison e Roth como sendo função de uma expressão do
tipo:
σc = [ r . ro-1 ] x . σci
em que x varia entre -1,5 e -2,5 em função da rocha e do explosivo. Da mesma forma como
ocorre na superfície de separação explosivo-rocha, as tensões atuantes na superfície de
separação rocha-ar podem ser calculadas em função da impedância Zra (rocha-ar) desta
superfície, pela relação:
Zra = γr . Cr
γa Ca
onde:
Zra = γr . Cr
γa Ca
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Esta impedância Zra rege a distribuição da tensão de compressão σc incidente na face livre em
duas outras σr e σp respectivamente tensão da onda refletida (tensão de tração) e tensão da
onda transmitida para a vizinhança (vibração e ruído), pelas seguintes relações:
σr = σc.
Sendo assim, tem-se a ocorrência das fraturas de tração ou fraturas tangenciais, fenômeno
que encerra a fase dinâmica da detonação de uma carga explosiva.
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Destas três formas de energia somente as duas primeiras realizam trabalho mecânico, sendo
a terceira perdida para a atmosfera.
A energia cinética das ondas de choque produz, através das altas tensões aplicadas durante
a fase dinâmica, todo o trabalho mecânico de compartimentação do maciço (conjunto de
fraturas radiais e tangenciais que divide o maciço em blocos de menores dimensões).
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Energia Atmosfera
Termoquímica
↑
↓ Detonação
↓ ε1 ↓ ε2
↓
Fragmentação e Lançamento da Rocha
Tanto no caso de 1 em que a energia cinética das ondas de choque que gera o trabalho
mecânico de compartimentação, como no caso de 2 em que a energia potencial dos gases
da detonação gera o trabalho mecânico de separação e movimentação do blocos existem
fatores de rendimento no trabalho 1 e 2 que em função de seus valores levar-nos-ão a
maiores ou menores perdas de energia para a vizinhança (meio ambiente).
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Os valores dos fatores de rendimento serão tanto maiores quanto melhores ou mais
adequadas forem às condições em que se realizar a detonação. Para tanto são de
fundamental importância a escolha correta do explosivo, a especificação adequada da
geometria da detonação e outras medidas que contribuem para um correto, econômico e
eficiente dimensionamento da detonação.
O processo de redução de tamanho, no caso dos desmontes com explosivos, de blocos maciços a
fragmentos de diversas dimensões apropriadas para posterior manuseio, é do tipo cominuitivo e
como tal à energia externa aplicada ao sistema, oriunda da detonação é de alguma forma
proporcional à redução de tamanho conseguida.
Esta redução de tamanho com o uso de explosivos também conhecida, como “cominuição grossa
“pode ser quantificada pela lei de Rittinger:
Entende-se por superfície específica o quociente entre a soma das superfícies externas de todas
as partículas e a massa total do corpo sólido. Para complementar apresentamos o seguinte
exemplo:
Seja um cubo com massa M (kg) e área da face S (m2) que após o trabalho de fraturamento
resulta em 8 cubos iguais de massa (1/8).M (kg) e tendo a área da face (1/4). S (m2 ).
Na situação inicial a superfície específica é de (6S) / M (m2 / kg) enquanto que no final passa a ser
(8.(6.(S/4))) / M (m2 / kg), igual a (12.S) / M (m2 / kg). Assim o acréscimo de superfície específica
conseguido após o trabalho de fraturamento será igual a (6S) / M e podemos calcular a
quantidade de trabalho mecânico gasta no fraturamento pela relação:
δ = W . ( 6S / M )
Nesta relação W representa o Índice de trabalho de cominuição (“Work Index “), característico de
cada material rochoso em geral, ou seja, W é a quantidade de trabalho mecânico externo que
precisamos realizar para criar um acréscimo unitário na superfície específica do material.
Por exemplo podemos ver que para uma dada rocha o grau de fragmentação conseguido será
diretamente proporcional ao trabalho realizado pelo explosivo. Como ilustração vemos abaixo
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A energia total de projeção dos fragmentos (energia potencial dos gases de detonação) é, ainda
segundo Langefors, diretamente proporcional ao excesso de razão de carregamento a partir de
valores limites com os quais esta projeção é nula. Esses limites estão fixados em torno de 0,10
(kg/m3) para detonações instantâneas e 0,18 (kg/m3) para detonações retardadas.
Ao mesmo tempo conclui, Langefors, também que da energia útil do excesso de razão de
carregamento somente uma parcela de mais ou menos 16% é efetivamente usada no
lançamento dos fragmentos. O restante é consumido para abertura das fraturas e separação dos
blocos. Assim, de uma forma geral, podemos supor a seguinte distribuição de energia durante a
detonação:
Energia Cinética das Ondas de Choque - Responsável pela fase dinâmica da detonação, ou
seja, pelo trabalho de compartimentação do maciço, consome os primeiros 0,10 ou 0,18
(kg/m3) do carregamento de explosivo respectivamente no caso de detonações instantâneas
ou retardadas.
Energia Potencial dos Gases - Responsável pelos trabalhos de separação dos blocos e de
movimentação dos mesmos, que compõem a fase quase-estática da detonação, sendo seus
valores de respectivamente, 84 % e 16 % da energia útil liberada pelo excesso da razão de
carregamento sobre os valores 0,10 e 0,18 (kg/m3) acima citados.
Langefors sugere a seguinte tabela (8) para cálculo da movimentação do centro de gravidade de
um maciço após a detonação:
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Suas causas mais frequentes são: razão de carregamento exagerada, alta concentração de carga
explosiva (caso dos furos de grande diâmetro), afastamento subdimensionado, existência prévia
de fendas e blocos livres e altura de tampão muito pequena.
existência de fendas ou blocos soltos. Em caso positivo faz-se necessária uma redução da carga
explosiva neste local.
Outra ocorrência menos frequente, mas bastante perigosa, e que por isso merece aqui ser
mencionada, é o ultra lançamento de rochas oriundas do pé da bancada causado por desvios na
perfuração. Em bancadas muito altas pode acontecer de um furo executado com afastamento de
por exemplo 3,0 metros chegar ao pé da mesma com cerca de 0,50 metros. A rocha situada em
frente a este furo será lançada como um projétil a grande distância, pondo em risco vidas e bens
materiais.
O desmonte de rochas a céu aberto com explosivos é realizado através do sistema chamado
de bancada. Numa bancada nós temos dois planos horizontais e um plano vertical ou
inclinado, limitando a rocha a ser desmontada. O plano horizontal superior é o topo da
bancada, o horizontal inferior é a praça e o plano vertical ou inclinado é a face. O encontro
da face com a praça é o pé da bancada. Se fica alguma porção de rocha junto à face e acima
do plano da praça, esta porção chama-se repé.
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Os furos para o explosivo são realizados paralelamente à face, em uma ou mais fileiras. À
distância de uma fileira (linha) à face ou entre duas fileiras é denominada afastamento.
Se os furos forem inclinados, devemos distinguir entre o afastamento real, visto que esse é
medido perpendicularmente a face, e o afastamento aparente, que é medido
horizontalmente, no topo da bancada. À distância entre os furos em uma mesma fileira é o
espaçamento.
A carga explosiva às vezes fica mais concentrada na parte do fundo do furo, ou então se usa
aí um explosivo mais denso e com maior força, uma vez que o fundo do furo é a região mais
difícil de se obter o arranque. Esta parcela da carga é chamada de carga de fundo; o restante
do explosivo constitui a carga de coluna.
O explosivo não deve ser carregado até a parte superior do furo; à parte que fica sem
carregar deve ser preenchida com material inerte (areia, argila, solo etc.) chamada tampão.
Um plano de fogo, para ficar bem caracterizado, precisa indicar os seguintes valores:
afastamento, espaçamento, altura da bancada, subperfuração (se houver), inclinação dos
furos (com estes dados fica definida a profundidade de perfuração), diâmetro da perfuração,
disposição dos furos (se uma fileira ou mais), quantia aproximada de furos (em cada fogo),
tipo de explosivo (diâmetro, comprimento, força, velocidade de detonação e peso
específico), peso do explosivo em cada furo (com isto ficam caracterizadas a altura da coluna
de explosivos e do tampão), razão de carregamento (dada em g/m3 ou g/t), tipo de
acessórios utilizados, sequência de detonação dos furos, plano de fogo (esquema de
ligação), além de outros eventualmente necessários.
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9.1.5 Malhas.
Malha quadrada (onde o afastamento é igual ao espaçamento entre furos, ou seja, A=E);
Malha retangular inversa (onde a divisão do afastamento pelo espaçamento está entre 1
e 2, ou seja, no intervalo 1 < A/E < ou = 2). Esses dois tipos de malhas possibilitam a
obtenção de matacões com pouco lançamento de material. Para essas malhas, cuidados
especiais devem ser tomados com o tampão, a fim de se evitar a ejeção do tampão
(“efeito canhão”);
Malha retangular de corte (onde o afastamento é sempre maior que duas vezes o
espaçamento, ou seja, A > 2E). Permite o corte segundo uma linha de furos. Utilizada
normalmente no pré-fissuramento, ou detonação amortecida.
Malha retangular (onde o espaçamento dividido pelo afastamento, está sempre entre 1
e 2, ou seja, 1 < E/A < ou = 2). É utilizada nos desmontes comuns onde se busca uma boa
fragmentação e lançamento.
Malha retangular alongada (onde o espaçamento dividido pelo afastamento é maior que
2, ou seja, E/A > 2). Com este tipo de malha pode-se obter: melhor fragmentação, maior
lançamento, maior rebaixamento da pilha, redução no custo perfuração, explosivo e
desmonte secundário.
Até os dias de hoje, a perfuração e o desmonte não têm tido influência grande na seleção da
altura da bancada. A altura de futuras bancadas deve ser definida somente depois de serem
considerados os seguintes pontos:
Para furos verticais de um dado diâmetro, a carga da linha da frente torna-se excessiva
para bancadas mais altas que uma certa altura. Os furos de diâmetro pequeno
perfurados em bancadas altas precisam ser inclinados pelo menos na linha da frente;
Em minas a céu aberto e obras civis, uma porcentagem alta de bancadas são de 5, 10 e 15
metros de altura. Estas são alturas de bancadas “fáceis” para trabalhar. Mas a probabilidade
de a altura de bancada ótima ser um múltiplo de 5 é pequena.
Considera-se uma nova cava de grande porte com planos operacionais de desmonte em
bancadas de 10 metros para uma profundidade final de 240 metros. Se a altura da bancada
for aumentada de 10 para 12 metros, as seguintes vantagens serão obtidas:
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Para uma dada área de bloco para o desmonte, o número de desmonte por ano será
aproximadamente 17% menor. O período de tempo necessário para evacuação da área
de desmonte, espera para a detonação e a volta para a área após o sinal de liberação é
improdutivo, e esse tempo perdido diminuirá em cerca de 17%.
Talvez torne necessário substituir a perfuração de avanço simples por uma de avanço
duplo. Neste caso, furos em terrenos com presença de água podem ser perdidos quando
se adiciona a segunda haste de perfuração (salienta-se que com planejamento adequado
à perfuratriz escolhida seria capaz de perfurar os furos mais profundos em um único
lance);
Talvez haja uma maior necessidade por furos inclinados na linha da frente do desmonte
(novamente um planejamento adequado, preveria um diâmetro de furo suficientemente
grande para prevenir esta necessidade);
Ocorrerão casos para os quais as vantagens resultantes têm maior peso que as vantagens
decorrentes da utilização de bancadas mais altas. Em outros casos, as desvantagens
superarão as vantagens.
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Os furos verticais são bastante utilizados, principalmente porque são os mais simples de
fazer. No entanto, os furos inclinados são teoricamente os mais adequados, visto que
quando aumentamos a inclinação da bancada e consequentemente dos furos, uma parcela
maior das ondas de choque passam a refletir-se na face livre melhorando o rendimento da
detonação, essa situação é verificada por alguns itens, são eles:
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Entretanto, os furos devem ser conduzidos na inclinação certa, para que o afastamento na
parte do fundo permaneça regular. Em geral, a inclinação máxima adotada é de 30º em
relação a vertical, sendo 10º a 20º uma inclinação adequada.
Entre as vantagens de trabalhar com maior diâmetro, estão a produção da rocha por metro
perfurado (proporcional ao quadrado do diâmetro da perfuração), e o maior rendimento
obtido nas detonações primárias.
O custo de perfuração cresce com o aumento do diâmetro do furo. No entanto o custo total
da operação é menor com furos de grande diâmetro (desde que a perfuratriz não esteja
operando no limite superior de sua faixa de diâmetros em rochas resistentes e duras).
9.1.8 – Explosivos.
O tipo de explosivo deve ser escolhido em função das suas características e do tipo de rocha
a ser desmontada.
De um modo em geral, quanto mais dura for à rocha, maior deve ser a velocidade e a força
do explosivo, embora para as rochas muito fragmentadas uma velocidade baixa seja
preferível.
Na escolha do explosivo deverão ser levados em consideração os seguintes fatores:
Presença de água;
custo (final).
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Além disso, quanto mais potente for um explosivo, maior será o afastamento e o
espaçamento para uma dada razão de carregamento e, portanto, menor será a quantidade
de furos necessários. Assim, na maior parte dos casos compensa utilizar um alto explosivo,
mesmo que seja mais caro, pela economia de perfuração que ele pode proporcionar, entre
outros motivos.
Se soubermos qual deve ser a produção diária de rocha compacta, dividimos esta produção
pelo volume extraído por furo, teremos a quantidade diária necessária de furos. A
quantidade de furos em cada fogo deve ser fixada tendo em vista vários fatores. Se de cada
vez forem detonados poucos furos, a quantidade de detonações vai aumentar, com
diminuição no rendimento do carregamento e com mais paralisações no trabalho da mina.
Por outro lado, detonações muito grandes podem trazer problemas como ruído e vibrações
excessivas, necessidade de maior frente de trabalho (ou de detonações com maior número
de fileiras de furos), entre outros.
Em geral, dimensiona-se igual ao afastamento. Para um tampão menor, o explosivo que está
na parte superior do furo tenderá a sair por onde a resistência oferecida é menor, ou seja,
pela “boca do furo”. Quando o tampão é insuficiente, os gases do explosivo, ao saírem por
este tampão tendem a arrancar pedras que são lançadas a grande distância. Se o tampão for
muito maior que o afastamento, a parte superior do material irá ficar pouco fragmentada.
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T = A0,7
A perfuração das rochas dentro do campo dos desmontes é a primeira operação que se
realiza e tem como finalidade realizar furos, distribuídos geometricamente dentro do
maciço, visando alojar as cargas explosivas.
Também conhecido por perfuração de martelo, é o método mais comum de perfuração para
a maioria das rochas, os martelos podem ser acionados a ar comprimido ou por sistemas
hidráulicos. Tanto o martelo de superfície como o de base (DTH – down the hole) são
empregados. Na trituração por impacto a rocha é partida em fragmentos, por meio de uma
grande força que é aplicada sobre um botão ou pastilha de material duro.
Quando se utiliza este método de perfuração, emprega-se bits tri cônicos, onde a energia é
transmitida para o bit através de um tubo, que gira e pressiona o referido bit contra a rocha.
Os botões de metal duro são pressionados na rocha, causando o fraturamento desta, de
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rotação é de 120 ver/min para um furo de 110 mm e 300 ver/min para furos de 60 mm de
diâmetro.
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O resultado de qualquer desmonte de produção com diversos furos depende muito das
interações entre os furos. A sequência na qual os furos são iniciados e o intervalo de tempo
entre as detonações sucessivas tem uma maior influência na performance total do
desmonte. Um plano de fogo insatisfatório (até o ponto do esquema de iniciação) não pode
ser corrigido por meio de um bom esquema de iniciação. A performance dos desmontes
somente pode ser otimizada quando as cargas são detonadas em uma sequência controlada,
em intervalos de tempo adequadamente espaçados.
O resultado de um desmonte com vários furos e bem planejado não pode ser copiado pela
detonação, de maneira individual ou aleatória, do mesmo número de furos.
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O tempo de retardo entre furos adjacentes em uma linha perfurada é usualmente referido
como retardo “entre furos”. Detonar uma única linha de furos com o retardo entre furos
ótimo produz os seguintes resultados:
A fragmentação não pode ser melhorada sem que haja alguma alteração na malha, no
tipo de explosivo ou em alguma outra variável para aumentar a energia de explosão por
metro cúbico de rocha;
O deslocamento para frente é sempre um pouco menor que aquele para um desmonte
instantâneo em uma única linha, mas o deslocamento e o perfil da pilha de fragmentos
podem ser alterados pela mudança de retardo entre furos;
A ultraquebra ou overbreak é similar àquela produzida por um desmonte com uma linha
por vez, e um perfil da parede lisa pode ser obtido pela manipulação de retardo entre
furos;
Níveis de vibração do terreno e de sobrepressão atmosférica podem ser mantidos
próximos ou iguais ao do nível de desmonte com furo-único. Se necessário, a energia
pode ser canalizada para uma banda de freqüência mais apropriada.
Para uma rocha frágil, elástica e homogênea, um pequeno retardo entre furos é
normalmente apropriado, enquanto que uma rocha porosa, plástica e muito fissurada
requer mais tempo entre as detonações de furos adjacentes, tendendo a maximar o
deslocamento frontal às custas da fragmentação e de níveis de vibração. Retardos longos
tendem a fazer com que cada furo trabalhe independentemente, reduzindo a interação
positiva.
O resultado de uma grande faixa de condições indica, que o retardo entre furos ótimo para o
desmonte convencional normalmente se encontra entre 3 e 7 ms por metro de
espaçamento do furo (quando medida ao longo de uma linha ou escalonado). O retardo
ótimo para cada situação é influenciado pelas propriedades da rocha, pela geometria de
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Cargas com excessivo afastamento lateral tendem para crateras na direção do colar, suas
únicas alternativas de face livre. Furos que estão sujeitos a este tipo de confinamento lateral
não têm performance eficiente, e o resultado global do desmonte é não é satisfatório.
Em um desmonte de multilinhas simples com uma única face livre, todos furos podem ser
iniciados simultaneamente. Neste evento, furos da linha de frente teriam um afastamento
limitado e produziriam uma certa quantidade de fragmentação, deslocamento para frente,
vibração do terreno, etc. Entretanto, todos os furos atrás da linha da frente teriam uma
performance efetivamente menor por causa do confinamento lateral excessivo na hora da
detonação. Essas cargas tenderiam para crateras para cima, com efeito mais pronunciado
em direção à linha de trás, consequentemente, fragmentação e deslocamento para frente
ficariam em desvantagem, enquanto ultra quebra, níveis de vibração do terreno e
sobrepressão atmosférica aumentariam. A pilha de fragmentos resultante tornar-se-ia
progressivamente mais difícil para escavar na direção dos lados e para trás, onde a rocha
deve estar virtualmente imóvel na direção do pé.
Um desmonte de multilinhas pode ser detonado para uma face livre em uma sequência
linha-a-linha pela introdução de um retardo entre a detonação de sucessivas linhas. Se este
intervalo de retardo é adequado, a performance global do desmonte talvez aumente
significada mente por causa do alívio progressivo da rocha sob influência do furo. Isto
assegura que cada linha de furos tenha uma face livre subvertical efetiva que possa ser
atingida, porque a linha precedente já se fragmentou e deslocou a sua rocha envolvente. No
entanto, se o intervalo de retardo entre as linhas sucessivas não for suficiente para
proporcionar um alívio apropriado, as linhas a serem detonadas posteriormente tornam-se
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O retardo entre linhas ótimo afeta a performance do desmonte das seguintes formas:
O retardo entre linhas ótimo para uma aplicação específica não pode ser calculado através
de princípios básicos. Em qualquer situação, alguma experimentação é recomendada. No
entanto os resultados de uma ampla gama de condições indicam que o retardo entre linhas
ótimo para um desmonte convencional está normalmente na faixa de 10 a 20 ms/m de
afastamento efetivo (medidas entre os furos dependentes ou linhas sucessivas). O retardo
entre linhas ótimo para cada situação é fortemente influenciado pelas propriedades da
rocha, pela geometria do desmonte e pelo resultado desejado, mas uma sugestão de 15
ms/m é normalmente um bom ponto de partida.
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Para uma rocha frágil, elástica e bastante fissurada, um retardo entre linhas relativamente
curto é normalmente apropriado. Uma rocha porosa, densa, plástica, homogênea exige mais
tempo para a movimentação da rocha envolvente. Retardos longos facilitam o deslocamento
para frente e liberação do material fragmentado. Retardos curtos tendem a restringir o
movimento lateral (com possibilidade de furos “roubados”), a reduzir a escavabilidade e
causar vibrações de terreno mais elevadas.
Em rochas maciças, na qual fatores de alta energia e tamponamentos curtos são usados, o
retardo ótimo pode ser bem mais curto do que o exigido para a performance ótima do
desmonte. Como uma recomendação geral, o retardo máximo entre furos não deve exceder
6 ms/m de espaçamento efetivo dos furos para evitar cortes das linhas que descem nos
furos, a menos que os retardos de furos sejam usados.
Os retardos no furo fornecem um intervalo de tempo entre a iniciação de cada linha interna
do furo e a detonação da carga explosiva correspondente. A provisão dos tempos de retardo
adequados assegura que o sinal de iniciação alcance a(s) espoleta(s) dentro de cada carga
antes que ela ou cargas adjacentes comecem a quebrar o maciço rochoso circundante.
Isto minimiza a probabilidade de que as linhas dos furos sejam danificadas fisicamente ou
truncadas pelo movimento do terreno durante a detonação, e permite o uso de retardos
entre linhas mais longos, que são frequentemente essenciais para a otimização da
performance do desmonte de rocha.
Quando um único retardo no furo é usado, ele deve ser de 3 a 5 vezes mais longo que o
retardo de superfície. Uma relação entre o retardo no furo e o retardo superfície nesta faixa
proporciona equilíbrio prático entre dois fatores conflitantes.
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Resultados consistentes podem ser obtidos pelo uso de retardos nos furos que apresentam
tempos de esperas 4 vezes maiores do que os dos retardos de superfície mais longos. Uma
taxa menor pode ser aceitável em condições favoráveis (onde as detonações se direcionam
para uma extremidade livre e com um baixo fator de energia e colunas de tamponamento
longas). Sob condições severas, no entanto, uma taxa maior deve ser escolhida para
aumentar a frente de detonação entre o sistema de retardo de superfície e a detonação
subsequente das cargas (como em rochas maciças e resistentes com fator de alta energia em
um desmonte de rebaixamento sem face livre). A seleção do retardo no furo para um furo
de diâmetro de 114 mm em uma rocha bastante resistente é ilustrada pelo seguinte
exemplo:
Retardos de Superfície (experimental)
Entre linhas = 42 ms; Entre furos = 17 ms
Portanto o retardo adotado para o furo (in hole delay) no plano de fogo será de:
4 x 42 = 168 ms
Uma espoleta não elétrica de 175 ms (espera 7; 7 x 25 ms = 175 ms) seria apropriada. Para
escorvas duplas deve-se usar um retardo de 175 ms na escorva do fundo e um retardo de
200 ms na escorva de segurança colocada no meio da coluna explosivo ou no topo.
A detonação furo a furo pode ser obtida pelo uso de espoletas no furo. No entanto, a faixa
disponível de retardos no furo é limitada e, por isso, é raro de se ver grandes desmontes a
céu aberto sendo detonados com sequenciamento controlado por retardos nos furos.
Na prática a iniciação furo a furo é normalmente obtida pelo uso de um sistema de retardo
de superfície para controlar o sequenciamento da detonação.
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Se retardos entre linhas relativamente longos ou retardos entre furos são necessários para
produzir os resultados desejados, uma combinação de retardos de superfície e do (dentro)
furo serão exigidos para evitar cortes da linha do furo causados pelo movimento do terreno
durante a detonação. Quando este sistema de combinação é usado, cada furo contém
normalmente o mesmo retardo. Os tempos de retardo entre linhas são controlados pelo
sistema de iniciação de superfície, enquanto que o retardo no furo proporciona um fator de
segurança contra truncamentos potenciais de linhas-tronco e linhas de furo causados pelo
movimento do terreno durante a detonação.
Basicamente temos que aplicar, através da detonação instantânea das cargas explosivas,
esforços com intensidade tal que a resultante de compressão seja menor que a resistência à
compressão da rocha, mas que a resultante de tração seja maior que a resistência à tração
desta rocha.
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Como estimativa inicial, a carga de explosivo deve ser aplicada à razão de 200 a 500 g/m² de
parede de rocha a pré-fissurar, sendo os valores mais baixos válidos para rochas elásticas
e/ou compactas e os mais altos para as situações inversas. Em função do valor adotado para
a carga explosiva por m² e da razão linear em (kg/m linear), pode-se estabelecer o
espaçamento entre os furos do pré-fissuramento.
Quanto à iniciação dos furos, podemos dizer que está deve ser necessariamente instantânea
para reforçar a combinação dos esforços mecânicos gerados em cada furo.
Figura 11 – Face característica de uma detonação onde foi empregada a técnica do pré-corte
Caso haja limitação da carga por espera, em face de problema de controle de vibrações,
pode-se empregar retardos (para cordel detonante ou linha silenciosa), com a restrição de
que onde estes forem aplicados deveremos executar mais um furo descarregado entre os
dois carregados que detonarão defasados no tempo.
Outra observação é que para pré-fissuramentos altos (maiores que 10 m) seja executada
uma subfuração de mais ou menos 0,30 m, com emprego de emulsão encartuchada na
dimensão de 2” x 12” para furos com diâmetro de até 3”, acima disso temos de calcular o
diâmetro dos cartuchos que devem ser usados conforme de diâmetro de perfuração.
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O objetivo básico no fogo de acabamento, muitas vezes definido como fogo cuidadoso, é o
mesmo que o citado na técnica de pré-corte (pré-splitting), ou seja, criar uma superfície
melhor acabada, com um mínimo de trincamento na rocha remanescente para lhe conferir
boas condições de estabilidade.
Os critérios para dimensionar este tipo de detonação são os mesmos dos já apresentados no
caso das detonações em bancadas a céu aberto, com restrições tais como: detonação
instantânea de somente uma linha de furos, afastamento dos furos a face livre (reduzido em
relação aos valores normais para evitar o aparecimento da ultra quebra no topo da bancada
ou o fissuramento excessivo ao longo da “meia cana” dos furos), aplicação de explosivos de
baixa velocidade de detonação e baixa expansão gasosa, em cartuchos de bitola tal que não
preencha mais do que 70% da seção transversal do furo e com razão de carregamento de
cerca de 200 a 300 g/m³ para rochas compactas e ao mesmo tempo entre 200 e 500 g/m² de
parede a acabar.
É muito frequente nas obras rodoviárias, a necessidade de escavar valas em rocha para
implantação de drenagem profunda nos cortes. Outros serviços de engenharia civil poderão
exigir a escavação de valas em rocha, como por exemplo, a construção de adutoras de água
potável, coletoras de esgoto, etc.
Tratando-se de valas estreitas, isto é, com até 1 metro de largura no fundo, duas linhas de
furos paralelas distantes de 0,15 a 0,30 m das bordas das paredes laterais da vala são
suficientes. Essas perfurações poderão estar dispostas uma de frente à outra, ou alternadas,
ou ainda, inclinadas em direção à face livre da vala.
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geralmente obtidos bons resultados com dinamites de força 40 a 60%, ambos os casos
possuindo parte de nitrato de amônio na composição.
A razão de carregamento é alta e situa-se entre 0,5 kg/m³ e 2,0 kg/m³, dependendo das
condições da rocha. Na tabela 10, a seguir, são apresentados alguns valores para o
estabelecimento da malha de fogo inicial.
O diâmetro das perfurações é de 7/8” (22 mm), para as perfuratrizes manuais, nas montadas
sobre carreta devem ser de 11/2” a 21/2”.
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• Forma
• Tamanho
• Potência
• Mergulho (dip), plunge etc.
Distribuição de teores.
• Regular/Irregular
• Errática/Heterogênea etc.
Condições diversas.
Produzir a baixo custo sempre foi uma meta de todos e em todos os tempos. Já o conceito
de segurança diretamente relacionado às condições geomecânicas de estabilidade do
maciço a escavar, constitui uma nova conotação com destaque especial nas definições a se
tomar.
9.3.2 – Túneis.
Já nos grandes túneis é comum se realizar a escavação por etapas, escavando-se primeiro
um túnel piloto com posterior alargamento (abóbada). E por último como bancada, a parte
restante da seção (piso).
Desmontes em túneis com boa relação custo-benefício são o resultado da escolha correta de
explosivos e de iniciadores, de um bom plano de fogo e do grande cuidado e precisão na sua
implementação. O diâmetro, comprimento e inclinação dos furos, tipo e quantidade dos
explosivos, tipo e qualidade dos iniciadores, técnica de carregamento, propriedades da
rocha, malha de furos, sequência de iniciação e tempo de retardo são fatores que tem um
efeito considerável na relação custo benefício do desmonte e, portanto, em toda operação.
Os fatores de maior peso para selecionar entre as formas de escavar a seção de um túnel
(completa ou por etapas), são os seguintes:
Tipo de rocha;
Tipo de estrutura geológica (diâmetro do vão);
Programa de execução;
Tipo de equipamentos (perfuração, carregamento e limpeza);
Custos.
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Em geral é mais conveniente atacar toda a seção, sempre que a rocha, estrutura geológica e
a capacidade dos equipamentos permitam.
Em trabalhos, onde a rocha tenha como característica baixa competência, pode-se optar
pela escavação parcial, observando-se o aspecto segurança.
a) Desmontes que tem somente uma face livre para saída do fogo, sendo comuns em túneis,
rampas, poços etc.
b) Desmontes que tenham 2 ou mais faces livres para saída do fogo, sendo comuns em
realces de minas e para ampliação de túneis.
Os desmonte que tem 2 ou mais faces livres, podem ser encarados com critérios similares
aos utilizados para desmontes a céu aberto.
Já nos desmontes que possuem apenas uma face livre é necessário criar uma segunda face
de alívio. Desta se forma através de um ou mais furos na face exposta. Tal artifício é
conhecido como pilão.
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O pilão é sem dúvida um dos fatores mais importantes para o êxito do desmonte.
9.3.3.1 – Pilão de Furos Paralelos (Michigan): Se caracteriza pelo fato de todos os furos
serem paralelos entre si e perpendiculares à face. É fundamental nesse tipo de pilão que os
furos sejam perfurados o mais paralelo possível, visto que há falta de paralelismo repercute
seriamente no resultado do desmonte.
Existem inúmeros tipos de pilão de furos paralelos sendo que cada um apresenta uma
combinação característica de furos vazios e carregados, de disposição geométricas, de
sequência de iniciação dos furos etc.
Muitas vezes é conveniente e adequado variar a posição do pilão paralelo, dependendo das
condições do terreno em que se está perfurando. Rochas com muito falhamento ou
intemperizadas, obstruem os furos já executados, impedindo assim o correto carregamento
dos furos. Devido a isto se recomenda perfurar o pilão em região mais sã.
9.3.3.1.1 - Furos Auxiliares: Como regra geral para o estabelecimento das posições
geométricas dos furos auxiliares, sugere-se dispô-los em quadrados consecutivos, em torno
do pilão, tangentes aos vértices dos anteriores. A partir de um certo tamanho, esses
quadrados são substituídos por polígonos cujos lados também são tangentes aos vértices
anteriores. Essa disposição corresponde à aplicação da fórmula:
A = 0,7 x E
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São detonados de maneira cuidadosa para evitar abalos e/ou trincamentos excessivos e
assim garantir a boa estabilidade da rocha remanescente.
Redução do espaçamento dos furos de contorno para valores normalmente entre 0,5 a
0,8 m;
Detonação das contorno no(s) último(s) retardo(s) em um tempo suficiente para que as
cargas detonadas anteriormente criem faces livres efetivas extensas (contra o qual as
cargas de contorno irão detonar).
Um alto grau de resistência à água (para que possa suportar as piores condições
possíveis).
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Estas duas exigências são melhores obtidas usando-se cartuchos de explosivos com
dimensões de 25 x 200 mm espaçados e presos com fita adesiva a uma vara de madeira
(conhecido como “churrasco”). O rendimento energético por metro de furo é reduzido pelo
simples aumento do comprimento da lacuna de ar entre as cargas consecutivas. Por não
poder contar com a propagação da onda de detonação de um cartucho para outro através
das longas lacunas de ar, é necessário ligar cada carga com um cordel detonante de 10 g/m.
Esta montagem deve ser preparada em lugar seguro e conveniente atrás da face do túnel, e
então levada à face como uma carga única. Quando o carregamento se inicia é necessário
apenas inserir a espoleta selecionada na escorva antes de colocar toda a carga dentro do
furo. Respeitando-se este procedimento de carregamento, é possível reduzir o tempo de
carregamento e, consequentemente, o período de ciclo. O grau de controle do usuário sobre
o rendimento energético por metro de comprimento de carga é melhor obtido com os
cartuchos presos a uma vara de madeira do que com qualquer sistema explosivo.
Os pilões em cunha não são tão “apertados” como os pilões de furos paralelos e, em grande
parte por esta razão, o pilão pode ser detonado usando-se uma razão de carregamento mais
baixa. O tempo levado pelas cargas da cunha para liberar seus encargos ou afastamentos do
maciço rochoso é menor do que o das cargas de pilão paralelo. Devido à maior rapidez no
desenvolvimento de faces livres secundárias em pilões em cunha, há uma menor
necessidade de uso de retardos entre furos de 100 ms, bastante empregados nos pilões de
furos paralelos. Segue-se, então, que as detonações de pilão em cunha podem ser
detonadas consecutivamente apenas com retardos de milissegundos em túneis com seções
transversais relativamente grandes. Todavia, o uso de ambos retardos de milissegundos e de
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meio-segundo (ou de período longo) é recomendado sempre que a área da seção transversal
exceder a 25 m².
9.4 - Plano de Fogo: É definido como sendo o conjunto total de furos, incluindo os furos do
pilão, assim como a distribuição e ordem de saída dos mesmos. Os principais fatores que
influem na confecção do plano de fogo são:
Em geral, resultados satisfatórios de desmontes são obtidos pelo uso de explosivos que
geram altas taxas de energia por metro de comprimento de carga. Entretanto, na maioria
dos furos de contorno (exceto nos de levante) e em alguns do pilão queimado (“burn cut”),
não são necessárias concentrações máximas de energia.
Quando as condições forem confiavelmente secas, o ANFO pode ser utilizado. Se a umidade
do furo for intensamente variável, adota-se um explosivo resistente a água (encartuchado –
emulsão).
É importante perceber que um explosivo mais barato e menos potente pode não ser o mais
eficiente. Se o uso de um explosivo relativamente caro resulta em reduções nos custos
combinados de perfuração, desmonte e formação da pilha de material desmontado, ele
pode muito bem ser mais eficiente do que um explosivo mais barato de força menor.
Em certas rochas, a região do pilão pode “congelar”, ou seja, tornar-se recimentada, ficando
fortemente presa, se a concentração de energia ou velocidade de detonação do explosivo
(em furos do pilão) for muito alta.
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É muito difícil prever se uma detonação por simpatia irá ocorrer ou não. Por exemplo, cargas
de dinamite com diâmetro de 32 mm podem detonar simpaticamente em distâncias de
separação maiores do que 300 mm se houver juntas abertas na rocha ou se houver um
caminho de choque direto através de canais saturados de água.
A detonação por simpatia ocorre com menor freqüência quando os furos do pilão queimado
são protegidos um do outro por furos de alívio. Quando este fenômeno ocorre, logicamente,
a detonação quase simultânea de duas ou mais cargas no pilão impede o lançamento
sucessivo do segmento de rocha fragmentado de cada furo. Por esta razão, a probabilidade
de um pilão “congelado” (e uma salva congelada) aumenta. Felizmente, a substituição lenta
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Muitos explosivos tornam-se menos sensíveis em densidades maiores. Esta relação tende a
ser mais acentuada para aquelas composições que não contenham um sensibilizador de
explosivo. Por exemplo, a variação da sensibilidade com a densidade a ser maior para as
emulsões do que para as dinamites.
A dessensibilização física dos explosivos é causada na maioria das vezes pela destruição das
bolhas de ar/gás e, portanto, na zona explosiva na qual ocorre a iniciação. Este tipo de
dessensibilização é chamada de “dead pressing”.
Em túneis e cavernas, as cargas podem ser adensadas e, por isso, dessensibilizadas apenas
pelas pressões dinâmicas (ou seja, induzidas pela detonação); os furos não são profundos o
suficiente para submeter às cargas a altas pressões hidrostáticas. Os explosivos podem ser
pressurizados e, por isso, dessensibilizados por eventos dinâmicos em três maneiras
principais. A incidência de dessensibilização por pressão dinâmica é a mais pronunciada em
pilões queimados onde os furos, estão relativamente próximos e não estão protegidos por
um furo de alívio.
Com as emulsões e o ANFO, a dessensibilização por pressão dinâmica pode causar falhas
repetidas a menos que o problema seja diagnosticado de forma correta e ações de correção
sejam tomadas. Em condições severas, a performance satisfatória da emulsão e/ou do ANFO
pode necessitar de modificações na geometria do pilão queimado. O redesenho do pilão
queimado pode ser facilitado pela observação das seguintes recomendações:
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O comprimento do colar dos furos (que não estão com carga) varia de acordo com a posição
do furo na sequência de detonação e com a resistência efetiva da rocha.
Quando os furos de contorno são carregados com explosivos espaçados, os colares destes
furos devem ser tamponados de modo a minimizar a possibilidade dos cartuchos serem
expelidos pela boca do furo ou desacoplados pelo efeito da detonação anterior de outras
cargas. Se isto não for feito, números consideráveis de cartuchos provenientes dos furos de
contorno certamente serão encontrados na pilha de material desmontado. As observações
de campo têm mostrado que este problema é reduzido sempre que a extremidade exterior
da coluna de explosivos for prensada, através de um esquema semelhante a uma cunha,
contra o colar do furo.
9.6 - Problemas e possíveis causas que podem ocorrer na aplicação dos explosivos e seus
acessórios:
Furos Falhados
Fragmentação Deficiente
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Uma das principais preocupações nas atividades subterrâneas está relacionada à qualidade
do ar subterrâneo. Os explosivos a serem empregados nesse tipo de ambiente devem
apresentar cuidados especiais no que se refere a se evitar a liberação de grandes
quantidades de gases nocivos após a detonação. Cada um dos componentes do ar
subterrâneo, bem como, as características físicas deste, devem ser mantidos dentro de
limites previamente estabelecidos para eliminar os riscos de ações nocivas à vida humana ou
quaisquer acidentes.
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O ser humano em condições normais de atividade física necessita de 25 litros de ar puro por
minuto, ao mesmo tempo o ar por ele expirado contém 4% de gás carbônico que vai
misturar-se novamente com o ar fresco. O ar da atmosfera subterrânea não deve perder
mais do que 1% em oxigênio, daí fornece-se ao ambiente por operário e por minuto a
quantidade de 100 litros de ar. Considerando que além do ar para respiração humana, existe
aquele necessário para a combustão de materiais, e para a compensação do CO2 de retorno
dos motores, deve-se manter um mínimo por operário de 3 m³/min com uma velocidade de
8 m/s, seguindo-se as Normas Internacionais.
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Tentar avaliar qualquer uma dessas operações de maneira distinta é um erro muito grave e
comum. A avaliação dessas operações deve ser feita entendendo a importância da
interligação das mesmas. Uma performance ruim, em qualquer uma dessas etapas
compromete toda a cadeia de operações. Em particular, nas operações de perfuração e
desmonte de rocha, uma má perfuração, implica diretamente no resultado da detonação, e
essa consequentemente na limpeza e no transporte.
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Onde se deseja uma cominuição que proporcione baixa granulometria, e esta não ocorre,
frequentemente expõe-se os equipamentos de limpeza, transporte e britagem a uma
situação, onde estes manuseiam grandes massas de rocha, quando o correto seria a
movimentação de um grande volume de material.
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Se está não atingir um valor razoável, vamos modificando o plano de fogo até obtermos uma
razão de carregamento correta. A seguir são apresentados os valores aproximados da razão
de carregamento para diversos tipos de rochas, são eles:
Rocha Razão de Carregamento (g/m3)
Granito e Gnaisse 600 a 800
Basalto 270 a 500
Rocha Decomposta 250 a 340
Rochas Sedimentares 140 a 210
Arenito e Folhelho 200 a 300
Cassiterita 520 a 540
Hematita Compacta 440 a 540
Calcário 120 a 190
Tabela 12 - Razão de carregamento aproximada para diversos tipos de rocha
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10.1 - SABREX: O programa SABREX (Scientific Approach to Breaking Rock with Explosives) é
um programa modular, que prevê o comportamento da detonação em:
- Distribuição Granulométrica;
- Velocidade de Lançamento dos Fragmentos;
- Formato da Pilha de Fragmentos;
- Danos ao Talude Remanescente;
- Análises dos Custos de Perfuração, Explosivos e Acessórios.
As previsões dos resultados são exibidas em gráficos e em forma tabular. Para gerar as
previsões, o SABREX utiliza informações da carga e de geometria da perfuração,
características de detonação dos explosivos e as propriedades dinâmicas da rocha. Os
cálculos efetuados pelo programa SABREX, levam em conta os efeitos de choque e pressão
quase estáticas da rocha ao redor do furo. Uma característica do programa SABREX é a
apresentação de um sumário onde se pode revisar e comparar os resultados de várias
alternativas de carregamento.
10.3 - Perfilagem de Faces e Auditagem de Furos: Nos serviços de desmonte de rocha a céu
aberto, este equipamento destina-se a fazer a perfilagem da face do banco e o projeto de
perfuração da malha.
O Lazer Profile baseia-se na leitura das coordenadas do topo dos furos e/ou da face por
intermédio de um teodolito a lazer conectados a um CDU (coletor de dados). Os dados
coletados são transmitidos para o computador onde, através de um software específico, os
mesmos são processados, sendo os resultados apresentados gráfica e analiticamente.
Podemos visualizar a em face de ser desmontada por uma visão 3D, transversal, longitudinal,
em planta e de maneira analítica.
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A obtenção dos dados necessários ao programa é simples, bastando gerar fotos da pilha de
fragmentos, contendo um gabarito esférico de diâmetro conhecido. Após este procedimento
as fotos são pré-processadas pelo programa. O powersieve reúne todos os fragmentos
dessas fotos e apresenta a distribuição granulométrica resultante da detonação em forma de
gráfico e/ou tabular.
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10.6 – VOD – Velocity of Detonation Probe: O VOD Probe é um cronômetro eletrônico, que
possibilita a medição da velocidade de detonação do explosivo, em um furo carregado. A
medição é executada introduzindo dentro do furo quatro cabos de fibra ótica com suas
extremidades posicionadas em 4 pontos, com distâncias entre eles conhecidas. O momento
em que a detonação passa por esses pontos, o VOD Probe registra o instante e calcula os
intervalos de tempo e as velocidades de detonação entre esses pontos.
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10.9 - Air Deck: Trata-se de uma moderna tecnologia em desmonte de rocha, na qual os
explosivos são combinados com uma câmara de ar (Multi-Plug) em perfurações de pré-corte
ou produção. Esta nova tecnologia foi desenvolvida com o propósito de controlar a ação de
uma detonação com uma eficiente redistribuição da energia, logrando um incremento
substancial na uniformidade da quebra da rocha, a um baixo custo.
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11 - Controle de Vibrações e Air Blasto.
São vários os tipos de vibrações oriundas da detonação de uma carga explosiva: choque no
ar, choque hidráulico e vibração da rocha. As vibrações são causadas por um movimento
rápido e relativo em um meio. No ar e na água elas são representadas pelo movimento da
partícula ou molécula em compressão simples ou rarefação. Nos sólidos a energia de
vibração é transmitida não somente de diferentes modos, mas também em diferentes
velocidades.
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A velocidade de propagação, é a velocidade com a qual uma onda sísmica viaja através do
terreno desde a detonação até o geofone, sendo esses parâmetros uma característica dos
materiais atravessados, variando de 2.000 até 5.000 m/s.
Com relação aos meios, tem-se que nos porosos a água não tem praticamente nenhuma
influência, no máximo nota-se uma ligeira variação de velocidade (inferior a 10%) quando as
porosidades são superiores a 20%. Nos meios fissurados os fenômenos são mais complexos.
As velocidades de propagação das ondas P são sempre superiores quando as rochas estão
saturadas. As ondas transversais são por outro lado menos sensíveis à presença de água, não
tendo sido observado variações maiores que 15%.
11.2 – Sismógrafos.
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As detonações nas minas a céu aberto geram forças contrárias as da gravidade muito
prejudiciais à estabilidade do talude. Estas podem diminuir o ângulo de atrito das
descontinuidades do maciço e consequentemente o fator de segurança. No intuito de se
obter a estabilização de blocos ou de grandes massas de rocha, a instalação de tirantes ou
chumbadores é com certeza uma das opções mais efetivas.
Quando a onda de choque atravessa o talude, a resistência deste diminui assim como o fator
de segurança. Após a onda de choque ter passado e o talude voltar ao seu estado anterior, o
fator de segurança aumenta até certo valor, menor que o valor antecedente a detonação. A
figura 21, a seguir, apresenta o gráfico referente a esta situação.
Figura 21 - Redução do fator de segurança devido ao esforço de fadiga oriundo das detonações
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É evidente que um talude pode estar sujeito a repetido ciclos de detonações durante um
extenso período de tempo causando destruição gradual ou total da sua resistência e
consequentemente redução do fator de segurança. Poderá iniciar-se então a ruptura por
fadiga se o fator de segurança se tornar inferior a uma unidade (FS. < 1).
Segue-se então uma breve apresentação matemática das equações envolvidas neste método
de suporte.
WsenΨ + V - Tcosβ
onde:
β - Ângulo entre o tirante instalado e o plano;
φ - Ângulo de atrito entre o bloco e o plano;
Ψ - Inclinação do plano;
U - Força que representa a pressão de água ao longo do plano;
V - Força que expressa a pressão de água na fenda de tração;
W - Força peso;
A - Área da base do bloco;
c - Coesão aparente do material rocha com a superfície inclinada.
e a componente normal, será:
WsenΨ - U + Tsenβ
A condição limite para este caso, é definida por:
WsenΨ + V - Tcosβ = cA . (WsenΨ - U + Tsenβ) tg φ
Esta equação mostra a influência do tirante, reduzindo a força deslizante e aumentando a força
normal. A tensão mínima necessária à estabilização do bloco é obtida tirando o valor de T na
expressão acima.
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Para se obter o ângulo (β) que o tirante faz com o plano inclinado, bastará derivar essa
expressão em relação a β e iguala-la a zero, isto é:
dT = dβ
donde se obtém:
β=φ
Isto nos diz que o tirante deve fazer com o plano, um ângulo igual ao ângulo de atrito entre o
bloco e este mesmo plano.
Um dos mais recentes métodos para se estimar a velocidade crítica de vibração para taludes
é apresentado por Forsyth (1993):
Vcrit = 0,1 x s x V x E -1
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A seguir são apresentadas algumas fórmulas empíricas que servem para uma primeira
estimativa do cálculo das cargas máximas operantes (Q), segundo o período de cura do
concreto e a distância à área de detonação (D).
Outros fatores importantes e que devem ser avaliados são as frequências características das
vibrações, condições externas do concreto, superfície de contato rocha-concreto. Algumas
escolas europeias (principalmente sueca), direcionam suas avaliações para estimar o nível
máximo de velocidade de partícula, através da resistência à compressão adquirida pelo
concreto.
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Concreto em Massa:
Concreto Estrutural:
onde α e β, são constantes obtidas com o tratamento estatístico dos dados de campo, ou seja α
e β, são respectivamente, o intercepto e a inclinação da reta que melhor se ajusta aos pontos
plotados no gráfico.
O termo ν é um valor que ajusta o fator distância (d) ao fator carga máxima por espera (q). Os
valores de a mais empregados para este tipo de análise e seus respectivos autores, estão
apresentados na tabela 14, a seguir:
Autor(es) Valor de
Devine 0.50
Ambrassey e Hendron 0.33
Langefors 1.50
Tabela 14 – Autores e critérios mais empregados para correlação.
entre a distância e a carga máxima por espera
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Pela forma da equação estimativa, verifica-se que Vp é função da distância entre a
detonação e o ponto de captação e da carga máxima por espera:
Vp = (d,q)
O termo distância escalonada, é a razão entre estas variáveis, sendo que a carga máxima por
espera (q) é sempre elevada a um expoente (ν), já definido anteriormente.
1000
Captações
PPV Mínima
PPV Máxima
PPV Média
100
PPV (mm/s)
10
1
1 10 100
Figura 23 – Curvas estimativas da velocidade de partícula praticada, máxima e mínima, em função da distância escalonada
Para situações, em que não se possui nenhuma informação (captações) e deseja-se uma
estimativa grosseira, pode-se adotar = 1140, = -1/2 e = -1,6, aplicados a seguinte
equação:
Vp = α .(d/qν)β
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11.6 - Air Blast.
O air blast é a onda de pressão associada à detonação de uma carga explosiva, sendo o ruído
a parte audível e infrasônica do espectro, na faixa de 20 Hz a 20 kHz. A onda aérea (air blast)
é uma vibração do ar com baixa freqüência, inferior a casa de 20 Hz. A onda aérea, contém
uma considerável quantidade de energia de baixa freqüência que pode levar a produzir
A combinação das vibrações associadas as possíveis fontes, dão lugar a uma frente móvel de
sobrepressão do ar que se desloca desde o ponto da detonação. Como o ar é compreensível,
esse absorve parte da energia da onda de pressão para liberá-la posteriormente mediante
expansão dos gases quentes, causando uma depressão em vários pontos.
Em geral a onda de choque (" air blast ") através da atmosfera atenua-se mais do que as
vibrações no terreno. Visto que para distâncias superiores a 100 metros, as ondas retardadas
formaram um trem único de ondas.
Especial atenção deve-se ter quando da comparação dos níveis de ruídos, visto que dB(L) se
referem a uma escala logarítmica, ou seja, uma sobrepressão de 120 dB(L) é 78,6% maior
que outra de 115 dB (L).
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O cálculo da equação estimativa para previsão do valor da sobrepressão do ar, é semelhante ao
empregado para velocidade de partícula. A equação é da seguinte forma:
P = K [R.W-1/3] -N
Onde:
Os valores padrões recomendados para uma prévia e grosseira estimativa dos níveis de
sobrepressão para cargas adequadamente confinadas, em fogos convencionais com face livre,
são:
12 – Tópicos Especiais.
12. 1 – Principais Métodos de Lavra Subterrânea para Minas Metálicas e Não Metálicas.
O fator mais importante que determina o método de lavra é a resistência das rochas, minério ou
encaixante. A avaliação do comportamento de uma escavação subterrânea e adoção do sistema
de contenção mais conveniente, requer inicialmente o conhecimento das propriedades do
maciço rochoso e suas características de auto sustentação. As magnitudes das tensões nas
vizinhanças da
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As dimensões das câmaras e pilares dependem nestas circunstancias da resistência à compressão
do minério e da pressão da rocha. Os pilares normalmente são dispostos em uma distribuição
regular, podendo ter seção circular ou retangular, ou ainda ter a forma de paredes espessas
entre a frente de trabalho. O minério existente nos pilares, pode ocasionalmente ser extraído,
porém como regra geral é considerado perdido.
O depósito a ser lavrado necessita ter uma espessura conveniente, em adição ao fato que tanto o
minério quanto à massa rochosa encaixante, necessitam ter elevada resistência à compressão. O
método é mais empregado para extração de minerais não metálicos como carvão, calcário, sal,
potássio, dolomito, etc. Um exemplo de mineral metálico, lavrado por câmaras e pilares, é o
manganês.
minério com uma inclinação mais acentuada, normalmente entre 20º e 40º, o desmonte é
efetuado avançando-se de baixo para cima no interior do corpo mineralizado.
Em casos especiais, muito raros atualmente, empregam-se escavações muito maiores que as
câmaras padrões e com pilares largos, em uma variação do método, chamada de “salões e
pilares”. Os referidos salões são lavrados pelo método descendente, pelo funil subterrâneo ou
por métodos ascendentes de recalque. Em alguns casos, os salões são preenchidos, recaindo em
métodos de enchimento, se contemporâneo com a lavra. Esta variação é considerada obsoleta
para minas metálicas, com emprego reduzido em sal, ardósias, folhelhos etc. Aplicável em
maciços, veios e camadas potentes, de minério e encaixantes fortes, material de pouco valor e
sem seletividade.
Vantagens
Seletividade;
Fácil mecanização;
Boas condições de ventilação;
Método dinâmico (maior número de frentes).
Desvantagens
Perda de minério, deixado nos pilares estruturais (trata-se de uma recuperação difícil muitas
vezes não só pelo caráter técnico, mas por inviável economicamente).
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12.1.1.2 – Sublevel Stoping.
Este método é também caracterizado pela abertura de salões ou painéis que são deixados vazios
ou preenchidos com material estéril após a extração do minério. Estes salões possuem
frequentemente dimensões bastantes grandes, especialmente na altura.
As paredes não são reforçadas e no caso de um corpo de grandes proporções, o minério pode ser
dividido em diversos salões menores, nos quais, os corpos mineralizados deixados no local
servem como pilares verticais.
Vantagens
Grandes painéis;
Boa eficiência (ton/dr., ton/homem-hora) – obs.: dr. oitava parte de uma onça ou 60 gramas;
Maior segurança;
Boas condições de ventilação.
Desvantagens
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12.1.1.3 – Vertical Retreat Mining (V.R.M.).
Trata-se de um método de desmonte, desenvolvido no Canadá, que pode ser empregado para
abertura de realces, ou como uma variação na forma de se executar o desmonte, em outros
métodos, como o shrinkage ou sublevel stoping. Grandes diâmetros, usualmente na casa de 150
a 165 mm, em perfuração paralela, e carregados com uma carga curta (esférica), locada no fundo
de cada furo. A escavação é feita do fundo do furo para cima, em uma fatia horizontal. Este
método não requer slot (face livre da lavra), visto que a abertura normal do realce, para
execução do corte por baixo (undercut) é suficiente para extrair o minério.
O V.R.M. (também conhecido como vertical crater retreat, V.C.R.) é largamente utilizado para
recuperação de pilares e realces primários em corpos de minério com mergulho acentuado,
sendo uma alternativa para o sublevel stoping. É um efetivo método de mineração que requer
pouco desenvolvimento. Apresenta também facilidades para implantação de mecanização,
permitindo assim uma alta produtividade por homem/hora. Por outro lado, não se trata de um
método seletivo e demanda alta acurácia na perfuração e no controle das detonações para
garantir uma boa fragmentação.
É um método usado principalmente para corpos estreitos filonianos, com mergulho acima do
ângulo de repouso e com rocha encaixante competente. Os custos de desenvolvimento são
normalmente baixos. Neste método o minério é extraído com fatias horizontais, iniciando-se no
sentido ascendente.
O realce ou alargamento típico contém, entre dois níveis de transporte da mina, um subnível de
desmonte, duas ou três passagens para acessos e ventilação e quantidade variável de pontos de
recolhimento (draw point ou chutes) abertos no pilar que fica entre a galeria de transporte e o
subnível de desmonte.
O minério é desmontado, sendo o excesso recolhido nos draw points ou chutes. Parte deste
minério desmontado, deixado no local, irá servir de plataforma para assegurar a continuidade de
operação, bem como servir de suporte para as paredes laterais. Após a detonação, o volume de
material desmontado aumenta cerca de 70%, portanto 40% do minério deve ser continuamente
removido de maneira a deixar um espaço suficiente entre o teto e o piso formado pela superfície
do material acumulado. Quando a operação de lavra atinge a parte superior do corpo
mineralizado os restantes 60% do minério serão removidos.
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Os corpos de minério de grandes proporções são explorados em vários painéis separados,
divididos por pilares que tem por função sustentar as paredes. Quando a lavra principal é
concluída, o minério contido nestes pilares é normalmente recuperado também.
rejeitos de concentração, que serão espalhados por meios mecânicos. Este método apresenta
custo maior que o método de recalque (shrinkage).
Este método tem uma aplicabilidade adequada para corpos de forte mergulho, corpo
mineralizado competente (potência entre 5 e 6 metros), encaixantes fracas ou fortes. O
desenvolvimento é semelhante à lavra de alargamentos abertos ascendentes, de média
potência. São necessárias escavações ascendentes, que permitiram a descida do enchimento no
alargamento. As passagens de enchimento, quando estas provêm de fora, devem ser contínuas,
Em minérios fortes, potências maiores são lavráveis, as escavações centrais ficam no corpo
mineralizado, com chutes para retirada de minério. Passagem para descida de enchimento
externo são executadas junto à lapa, com interrupções e chutes nas cotas sucessivamente
atingidas. Plataformas de rocha (crow pillar) com cerca de 3 metros devem ser preservadas, sob
o nível superior preenchido.
Neste método o minério é trabalhado em fatias horizontais. As operações têm início na parte
mais baixa do corpo mineralizado prosseguindo no sentido ascendente. O minério é
transportado para fora do painel de lavra. Quando uma determinada porção de minério já foi,
retirada, o espaço correspondente ao mesmo é completado com material de enchimento, que
funciona tanto como suporte para as paredes de rocha, assim como piso, quando os trabalhos
continuam na lavra da próxima fatia.
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Vantagens
Seletividade;
Baixa diluição e pouca perda de minério;
Segurança em rochas de baixa competência geomecânica;
Acomodação na própria mina do material rejeitado (back fill).
Desvantagens
Custos elevados;
Dificuldade de ventilação;
Baixa eficiência.
Quando as aberturas são muito altas para econômica utilização de esteios (“fogueiras de
madeira”) ou de área que requeira uma sustentação mais forte, emprega-se este método. Este
tipo de lavra, chegou a ser standart na lavra de grandes corpos, nos EUA. Mas pelo elevado custo
das madeiras, foi substituído pelos métodos de recalque, enchimento e abatimento. Seu
emprego ficou reduzido a casos especiais e com minérios de alto valor, mais precisamente:
As estruturas retangulares (square set) não fornecem suporte permanente, visto que a madeira
apodrece ou esmaga-se sob pressão de extensas áreas lavradas. O desmoronamento pode
produzir tensões de fadiga em blocos adjacentes, tornando sua lavra difícil e cara. Um completo
enchimento dos alargamentos lavrados por este método poderá ser imposto pela necessidade de
preservar os terrenos superiores ou devido à presença de rochas de baixa competência que
requeiram completo e imediato suporte das frentes de desmonte superiores.
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Vantagens
Eficiência, quando adequadamente utilizado para lavrar quase todos os tipos de minério;
Flexibilidade;
Segurança, desde que a área aberta possa ser ajustada a sua resistência;
Facilidade de triagem nos alargamentos;
Facilidade no manuseio do minério e de suporte dos trabalhadores, nos alargamentos;
Boas condições de ventilação;
As paredes dos antigos alargamentos podem ser lavradas, se desejado.
Desvantagens
Neste método o minério é escavado em fatias, usualmente longitudinais ao corpo (ou seja, a face
de trabalho). A área escavada fecha a face e é suporte para provir espaço para perfuração e
remoção. O longwall mining é aplicado somente para depósitos de corpos estreitos, deitados e
de espessura uniforme, normalmente ocorrem em camadas planas e de largura horizontal
extensa. O método pode ser empregado em situações onde se trabalhe com rochas de alta ou
baixa competência geomecânica, desde que a área de trabalho suporte bem o método. As minas
de ouro da África do Sul são exemplos de aplicação do método de longwall em rochas
competentes, enquanto que as minas de carvão, exemplificam a aplicação do referido método
para rochas pouco competentes.
Este método emprega a fragilidade do minério para promover o desmonte e transporte por
gravidade aos pontos de carga. Faz-se necessário à abertura de um nível de transporte, galerias
de desenvolvimento e acessos (ore pass, chutes, etc.).
Neste método, o minério é dividido em blocos com dimensões variando entre, 30 a 300 metros
de comprimento, 20 a 100 metros de altura, e 20 a 100 metros de altura, com uma seção
transversal no sentido horizontal de mais de 1000m². Em sua parte inferior, o bloco é
completamente descalço, isto é, uma porção horizontal é detonada removendo o suporte do
minério situado acima.
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O desmonte cria um sucessivo fraturamento do minério, que gradualmente afeta todo bloco. A
elevada pressão criada pela gravidade esmaga o minério na parte inferior do bloco
proporcionando uma fragmentação capaz de permitir o carregamento do material nos pontos de
carga.
A não ocorrência de grande diluição por abatimento das encaixantes laterais (maciços ou
veios com mais de 65º de mergulho);
Possibilidade de uma liberação lateral (se economicamente viável);
Limites regulares do corpo;
Corpos moderadamente macios (competentes) ou moderadamente duros (incompetentes);
Grande disponibilidade inicial de capital.
São métodos de abatimento em bloco através de chutes “Bloking Caving into Chutes”. O
desenvolvimento é adaptado à forma do corpo e a modalidade do método utilizado. Em alguns
casos, são empregadas travessas ou cabeceiras, em diversos níveis para o recolhimento do
minério abatido por LHD´s, basculando o minério em passagens construídas na própria rocha (ore
pass), no fundo das quais são britados e depois levados por correias transportadoras aos skips,
escoando assim o material da mina. O abatimento é rigidamente controlado pelos ângulos de
retirada.
Vantagens
Desvantagens
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12.1.3.2 – Sublevel Caving.
O corpo mineral ideal para este método é um depósito extenso de baixo teor, de moderada
resistência e encaixantes fracas e facilmente abatíveis, mergulhando de 60 a 90º. Seu
desenvolvimento é semelhante ao desmonte por subníveis (Sublevel Open Stope). A diferença
entre os métodos, reside no preenchimento dos vazios, sendo que no sublevel caving o referido
preenchimento é feito com rocha estéril da encaixante abatida. O desenvolvimento dos subníveis
como no realce aberto, pode ser longitudinal (empregados para corpos estreitos) ou transversal,
ficando a face livre no contacto da capa ou dentro do minério. O recuo dos subníveis também
tem sequência diferente do subníveis abertos, ou seja, os subníveis superiores são abertos em
avanço (antecipadamente) aos inferiores.
Neste método o corpo de minério é atravessado por galerias em vários subníveis, distantes entre
si na vertical de 8 a 15 metros. As galerias são desenvolvidas ao mesmo tempo em que o sistema
normal de galerias e cobrem todo corpo de minério. No caso de corpos de minério muito
extensos, as galerias dos subníveis cruzam o corpo de minério a partir de uma galeria principal
situada ao longo da lapa (footwall), já para os depósitos de corpos estreitos (largura inferior a 20
metros) as galerias devem ser dispostas ao longo dos mesmos. Dos subníveis o corpo
mineralizado é perfurado em leques direcionados de baixo para cima. A detonação dos leques
tem início junto à capa (hanging wall) continuando para frente em direção a lapa (foot wall) ou
aos pontos de carga.
Quando um leque é detonado, o minério é forçado pela ação da gravidade para o interior a
galeria, onde é carregado e transportado para uma passagem de minério (ore pass). O minério é
gradativamente substituído pelo material desmoronado. Isto significa que o minério é misturado
com estéril, e que esta mistura aumenta à medida que cada ciclo individual de carregamento
avança.
Quando a mistura de estéril com minério atinge um certo limite, o carregamento é paralisado e
um novo leque é então detonado. Uma quantidade de minério é consequentemente não
recuperável. A mistura do seu estéril com o minério pode variar de 10 a 35% enquanto que as
perdas de minério variam de 5 a 20%.
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Vantagens
Separação de maior frente das escavações em diferentes subníveis, fator que possibilita a
padronização dos trabalhos;
Os acessos e a perfuração da lavra são terminados bem antes, isto acelera o desmonte e a
limpeza, possibilitando assim uma eficiente utilização dos equipamentos de perfuração e
carregamento, ou seja, alta capacidade de mecanização;
É um método que contribui para a segurança da mina, porque não se faz necessário ter
grandes trechos abertos em subsolo e o desmoronamento é controlado, sendo que os
acessos podem ser controlados ou atarantados;
Na maioria das vezes as condições de operação da lavra, fornecem uma boa flexibilidade ao
processo, assim como permitem prever súbitas quedas de produção;
Desvantagens
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13 - Glossário de Termos Técnicos Técnico.
Neste item são apresentadas algumas definições dos termos técnicos mais empregados nas
atividades de desmonte de rocha com emprego de explosivos.
A
Acoplamento - Coupling: É a relação entre o diâmetro da carga e o diâmetro do furo. Explosivos
bombeados oferecem total acoplamento. Cartuchos rígidos são desacoplados.
Aderência - Adhesion: Resistência ao cisalhamento entre uma rocha e qualquer outro material
em contato, sob uma pressão normal nula.
Afastamento - Burden: Distância da primeira fileira de furos à face livre da bancada. O mesmo
que linha de menor resistência.
Sobrepressão do Ar - Air Blast: Sobrepressão (aumento da pressão) do ar, que ocorre devido à
liberação de grande quantidade de energia (calor, som, vibrações) e gases em um intervalo muito
pequeno de tempo. São caracterizadas por apresentam baixas frequências, com valores
geralmente abaixo de 20 Hz.
O nível do som usualmente medida em: Pa ou dB. O nível do som em dB (em homenagem Alexader
Grahan Bell) é definido para corresponder à sensação humana de audição.
N = 10 log10 (P/Po)2
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Angulo de Atrito Interno - Angle of Internal Friction: Ângulo formado com o eixo das tensões
normais pela tangente à curva envoltória de Mohr representativa das resistências ao
cisalhamento da rocha, sob diferentes aspectos.
Área de Detonação - Blasting Zone: É a área sob influência dos fragmentos, gases ou abalos.
Atrito Interno Dinâmico - Internal Friction: Mecanismo de dissipação da energia vibratória sob a
forma de calor, resultante da existência nos corpos de propriedades anelásticas, viscosas, de
relaxação mecânica e de gradientes e de temperatura.
B
Balanço de Oxigênio - Oxygen Balancing: É a porcentagem teórica de oxigênio em um material
explosivo ou ingrediente excedente (+) ou menor que (-) o necessário para produzir produtos
ideais de reação.
Bancada - Bench: Forma geométrica dos taludes nas escavações a céu aberto com diferentes
níveis, lembrando degraus de uma escada.
Agentes Explosivos - Blasting Agents: Material explosivo que satisfaz critérios pré-estabelecidos
de sensibilidade à iniciação.
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C
Cedência - Yielding: Comportamento de um corpo submetido a tensões e que precede a
respectiva ruptura, sendo caracterizado pela falta de linearidade entre tensões e
correspondentes deformações, reveladas pelo abandono do comportamento elástico.
Chumbador - Ancho Bar: Parafuso alongado instalado com calda de cimento argamassa ou
resina, para sustentação de blocos dos tetos e paredes das escavações abertas em maciços
rochosos.
Cisalhamento (Corte) - Shear: Solicitação tangente a uma superfície de um sólido, que pode dar
origem a um fenômeno de ruptura em que dois pontos inicialmente vizinhos, um de cada lado da
superfície, tendem a afastar-se segundo trajetórias paralelas.
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Compressão - Compression: Tipo de carga aplicada a um corpo, que provoca aproximação das
suas partículas segundo a direção de atuação dessa carga. Se as tensões são aplicadas ao longo
de três direções ortogonais do espaço a compressão se diz tri axial, se uma dessas tensões é
nula, diz biaxial, e se duas são nulas a compressão é uniaxial ou simples.
Compressão diametral refere-se a que se introduz sobre duas geratrizes opostas de um corpo
cilíndrico de seção circular, e compressão puntiforme, à que se aplica nas mesmas circunstâncias,
mas sobre dois pontos opostos.
D
D’autriche: Método de determinação da velocidade de detonação de um explosivo.
Espaçador - Deck: Material inerte que separa uma carga explosiva de outra carga dentro do furo.
Deflagração – Deflagration: É uma reação mais rápida que a combustão que se move através de
uma coluna de explosivo com uma velocidade menor que a velocidade do som no material.
Densidade - Density: É a massa de uma substância por unidade de volume, usualmente expressa
usualmente em g/cm3.
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Descontinuidade - Discontinuity: Estrutura geológica plana que interrompe a continuidade física
dos maciços rochosos, causando a sua compartimentação. Termo genérico que engloba todas as
estruturas tais como falhas, diáclases, juntas, fissuras, fraturas, etc.
Deslocamento - Displacement: Distância entre a posição inicial e final de um ponto sólido depois
de submetido a forças exteriores, estáticas ou dinâmicas.
Desmonte - Blasting: Operação que visa arrancar os blocos de rocha de sua posição natural,
fragmentando-as convenientemente, e recorrendo-se em geral ao emprego de explosivos.
Detonação - Detonation: É uma reação que se move através de uma coluna de explosivo com
uma velocidade maior que a do som no material.
Dinâmica das Rochas – Rock Dinamics: Ramo da Mecânica de Rochas que visa o estudo e o projeto
de problemas que envolvem a aplicação aos maciços rochosos de forçam exteriores cujo o tempo
de aplicação é muito curto ou cuja a grandeza se modifica rapidamente com o tempo, produzindo
efeitos que se materializam através da propagação de ondas.
Distância Escalonada - Scaled Distance: Refere-se ao fator de escala que é incorporado a influência
do peso da carga nas funções que dão origem e são geradoras de vibrações e ruídos. É calculada
obtendo-se a razão entre a distância da fonte até o ponto de captação, pela raiz quadrada ou
cúbica da carga. O expoente da carga (Q) dependerá da geometria da carga explosiva; 1/3 para
cargas esféricas (L/D < ou = 6) e 1/2 para cargas cilíndricas (L/D > 6). Existem vários critérios para
cálculo da distância escalonada, os mais conhecidos são os de Devine, Langefors e Ambrassey e
Hendron, que utilizam os seguintes expoentes para a carga Q:
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Ductibilidade – Ductility: Propriedade das rochas, pela qual o seu comportamento mecânico se
desvia do elástico frágil, em virtude da aplicação de altas pressões de confinamento, de altas
temperaturas ou de altas velocidades de deformação, resultantes de forças artificiais ou
movimentos tectônicos.
E
Empolamento - Swelling: Aumento de volume que sofre determinado material rochoso ao
passar do estado intacto ao estado fragmentado.
Envoltória de Mohr - Mohr´s Envelope: Curva que envolve uma série de círculos de Mohr
representando diferentes condições de ruptura de um dado material.
Espaçamento - Spacing: Distância entre furos paralelos entre si, ao longo de uma fileira paralela
à frente do desmonte, em uma bancada.
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F
Fadiga – Fatigue: Condição que os materiais apresentam, de tendência à ruptura, na qual o efeito
repetido de ciclos de carga, ou de vibrações, provoca uma redução nas capacidades resistentes.
Fluência - Flow: Deformação sob carga constante, dependente do tempo, revelando propriedades
viscoelásticas de um material.
G
Geomecânica - Geomechanics: Designação mais ampla que o conceito de Mecânica das Rochas,
pois se refere ao ramo de ciência que estuda, sob os aspectos teórico e aplicado, o
comportamento mecânico de todos os materiais geológicos (solos, rochas etc.), e as suas reações
aos campos de forças que se manifestam sobre o respectivo ambiente físico.
I
Impedância - Impedance: Grandeza dinâmica que caracteriza a capacidade transmissora de
energia de um corpo, através de propagação ondulatória, sendo igual ao produto de sua massa
específica pela velocidade propagatória das ondas longitudinais nesse corpo.
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Isotropia - Isotropy: Constância do valor de uma ou mais propriedades mecânicas de um corpo,
segundo a mesma direção do espaço.
L
Limite Elástico - Elastic Limite: Valor da tensão aplicada correspondente ao fim do ramo linear da
curva tensão-deformação de um corpo submetido à compressão uniaxial. Também chamado
tensão de cedência do material, pois a partir desse valor a deformação entra em fase plástica.
M
Maciço Rochoso - Rock Mass: Unidade geológica considerada como um conjunto de blocos de
rocha e as descontinuidades que os limitam.
Mecânica das Rochas - Rock Mechanics: É o estudo da reologia dos materiais geológicos,
nomeadamente daqueles considerados na prática como rochas, que se distinguem dos solos por
não serem desagregáveis depois de sofrer agitação em meio líquido, sob condições de
confinamento nulo.
E = 2G (1 + µ)
ou de outra forma
E = VL. δ. (1 - 2µ).(1 + µ).(1 - µ) -1;
onde:
G - Módulo de Rigidez;
VL - Velocidade de propagação da onda no referido meio (velocidade da onda P);
δ - Densidade da rocha;
µ - Coeficiente de Poisson.
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Módulo de Elasticidade Volumétrico - Bulk Modulus: É a relação entre a tensão de confinamento
hidrostática aplicada a um sólido e a deformação volumétrica (ou dilatação) que o mesmo sofre.
O
Onda - Wave: Perturbação que se propaga ao longo de um meio, tal que em qualquer ponto a sua
amplitude é função do tempo e em qualquer instante o deslocamento sofrido pelo ponto é
função da sua posição no espaço. Nas rochas podem propagar-se ondas de vários tipos: de tensão
(longitudinais, transversais e flexurais), de choque, plásticas, de Rayleigh, Stonelly e de Love.
P
Perfurabilidade - Drillability: Velocidade, expressa em cm/min, com que uma perfuratriz padrão
trabalhando sob condições padronizadas, avança uma broca de 33 mm de diâmetro em um furo
horizontal, medindo entre 0,80 e 1,60 metros de profundidade.
Pilão - Cut: Esquema de fogo adotado na abertura de escavações subterrâneas com explosivos,
visando à retirada da parcela inicial do maciço da frente de escavação.
Plano de Fogo - Blasting Round: Disposição de furos carregados de explosivos, que por meio de
detonação instantânea ou retardada das cargas, provocam o desmonte de determinado volume
de rocha, quer a céu aberto, quer em escavação subterrânea.
Q
Quase-Estático - Quasi-Static: Fase de expansão gasosa dos produtos de uma explosão, que por
se desenrolar em intervalos de tempo muito maiores que os da fase dinâmica (propagação de
ondas) pode ser considerada com efeitos comparáveis ao de uma pressurização estática.
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Razão de Carregamento - Specific Charge: Quantidade de explosivo necessário para o desmonte
de um metro cúbico de rocha.
Reologia - Rheology: Ramo da Ciência que estuda o comportamento da matéria sob a influência de
cargas exteriores e de forças de massa, interessando-se essencialmente pelos mecanismos de
deformação e de ruptura, incluindo sua dependência do tempo.
Resistência à Tração - Tensile Strenght: Valor máximo de tensão de tração que determinado
volume padronizado de um corpo suporta, num ensaio de tração não confinada. Nas rochas a
resistência à tração não coincide com a tensão de ruptura à tração, sendo numericamente superior
a esta.
Ruptura - Failure: Processos pelo qual um sólido perde a capacidade de transmitir qualquer carga,
por se dividir em fragmentos individualizados, através de planos de fratura que resultam da
aplicação de estados de tensão exteriores, que vencem a resistência do sólido ao tipo de
solicitação em causa.
S
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T
Tensão - Stress: Força dividida pela unidade da área sobre a qual atua, considerada no interior de
um corpo. É sempre expressa em unidade de pressão.
Tensão Residual - Residual Stress: Grandeza da diferença entre os valores das tensões reinantes
“in situ” num ponto no interior de um maciço rochoso e os valores calculados em função apenas
do peso próprio dos terrenos sobrejacentes. Tal diferença atribui-se ao passado geológico do
maciço, sendo também conhecida (impropriamente) por tensão interna.
Tensão Virgem - Virgin Stress: Estado de tensão reinante num ponto não perturbado do interior
de um maciço rochoso, sendo causado pela ação do peso dos terrenos sobrejacentes, e que se
adicionam eventualmente ações tectônicas. Também chamada tensão natural, ou tensão
geostática, ou ainda tensão litostática, dependendo dos autores.
Tensômetro - Stress Meter: Designação geral que se diz respeito a todos os aparelhos destinados à
medição (laboratorial ou “in situ”) dos estados de tensão, a partir das suas componentes principais.
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V
Velocidade de Propagação da Onda - Wave Propagation Velocity: Espaço percorrido em cada
unidade de tempo pela frente de uma onda, ou por qualquer ponto de amplitude fixa fazendo
parte do seu perfil.
Vpr sólido > Vpr Líquido > Vpr Gasoso. Usualmente medida em: m/s
Velocidade de Vibração da Partícula - Particle Vibration Velocity: Variação com o tempo, dos
sucessivos deslocamentos que sofre um ponto de um corpo percorrido por um movimento
vibratório. Usualmente medida em: mm/s ou pol./s
Z
Zona de Acomodação - Loosening Zone: Volume de rocha, geralmente fraturada, que se
encontra na vizinhança imediata dos abobados das escavações subterrâneas, ficando
envolvida pelo arco de pressão (ver Arqueamento). Geralmente, compete aos elementos de
suporte evitar as quedas de blocos da zona de acomodação, por efeito do estado de
compressão que reina nessa zona.
Zona Clástica - Clastic Zone: Região que envolve diretamente uma escavação subterrânea,
sendo constituída por rocha fraturada.
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14 – Bibliografía Empregada.
KONYA, C.J., Blast Design, Montville, USA, 1995.
SEN, G.C., Blasting Tecnology for Mining and Civil Engineers, Sidney, Australia, 1995.
OLOFSSON, S.O., Applied Explosives Tecnology for Construction and Mining, Arla,
Sweden, 1990.
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