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Bacteriologia: Cocos Gram-

positivos (Estreptococos e
Enterococos)
Professora Iara Furtado Santiago

Belo Horizonte, abril de 2021


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Streptococccus e
S. pyogenes
Enterococcus

S. pneumoniae Enterococcus
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Conteúdo:
I. Características gerais

II. Patologias

III. Mecanismos de patogenicidade e fatores de virulência

IV. Diagnóstico laboratorial


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Coagulase / DNAse
Sensibilidade a Novobiocina
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Família Streptococcaceae

São catalase e oxidase negativos

Anaeróbias facultativas

São exigentes nutricionais

Apresentam antígenos específicos


na parede celular
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

S. pyogenes S. dsgalactiiae
S. anginosus S. constellatus
S. agalactiae S. gallolyticus
S. mitis E. faecalis
S. mutans E. faecium
S. salivaris E. gallinarum
S. bovis E. casselifavus
S. viridans
S. pneumoniae
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Classificação
1. Padrão de Hemólise

2. Antígenos grupo-específico

3. S. pneumoniae - Polissacarídeos capsulares


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Classificação - Padrão de Hemólise


β hemolítico: hemólise completa

α hemolítico: hemólise incompleta

γ hemolítico: ausência de hemólise


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Classificação - Antígenos grupo-específico


Grupo Lancefield - Rebecca Lancefield

Carboidrato C – 20 grupos diferentes (A a V)


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Classificação - Antígenos grupo-específico


Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Classificação – Agentes patogênicos


β hemolítico
S. pyogenes (Grupo A de Lancefield) – Bacitracina S
S. agalactiae (Grupo B de Lancefield) – Bacitracina R

α hemolítico
S. pneumoniae – Optoquina S
S. viridans (S. mutans, S. salivaris e outros) – Optoquina R

γ hemolítico
Enterococcus (Grupo D de Lancefield)
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
Microbiota da pele e mucosas

Colônias: brancas mucóides, β-hemolíticas

Meio sólido ou amostra

Meio líquido
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes

VIRULÊNCIA

Impedir a
fagocitose

Adesão
Invasão das Toxinas e enzimas
cél. epiteliais
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes

Superantígeno
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
Supurativas
Meningite
Não supurativas Otite
Sinusite
Amigdalite e
faringite

Adenite
Pneumonia Sequelas (não supurativas)
Endocardite Febre reumática
Glomerulonefrite aguda
Pele
Piodermia -Impetigo
Erisipela
Escarlatina

Miosite ou Mionecrose
Fascite
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
FARINGITE

Dor de garganta, febre, mal estar e cefaleia

Eritema e exudato purulento


Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
PIODERMITE (impetigo)

Infecção superficial purulenta que afeta a pele

Lesões vesiculares e pústulas

Crostas espessas
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
ERISIPELA

Edema maciço e borda da infecção Obesos, diabéticos, com


insuficiência circulatória
com rápida progressão de extremidades

Pele avermelhada (eritema), bolhas


(face e pernas)

Pode evoluir para trombose


Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
CELULITE

Infecção aguda da pele e tecidos subcutâneos

Dor, hipersensibilidade, edema e eritema

Lesão não elevada e demarcação não nítida


entre tecido acometido e ileso
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
FASCEÍTE NECROSANTE

Destruição do tecido subcutâneo,


músculos, gordura e fáscia

Bolhas, gangrena, sintomas sistêmicos,


falência de órgãos - morte
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
Outras infecções supurativas

Escarlatina - Complicação da faringite

Síndrome do Choque tóxico - Infecções dos tecidos moles

Endocardite

Bacteremia
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pyogenes
Infecções não supurativas ANTIMICROBIANOS
β – lactâmicos
Após infecção aguda por S. pyogenes Inibidores de síntese de proteína
Inibidores de síntese de parede
Resposta a hipersensibilidade

Febre reumática
• Após faringite Glomerulonefrite aguda
• Anticorpos formados contra os antígenos • Após infecção cutânea ou faringite
• Lesão dos músculos e valvas cardíacas • Inflamação aguda dos glomérulos renais
• Imunocomplexos depositados nos glomérulos
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus agalactiae
β-hemolíticos e Grupo B de Lancefield

Fator de virulência: cápsula

Infecções no primeiro mês de vida -


sepse fulminante, meningite ou
síndrome da angústia respiratória
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus agalactiae
Formas de infecção:

PRECOSE – manifesta na 1ª semana de vida: bacteremia com


pneumonia e meningite

TARDIA – manifesta entre 1 semana e 3 meses: bacteremia


com meningite
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus agalactiae
Fatores de risco:
Mãe intensamente colonizada

Parto prematuro

Ruptura precoce das membranas fetais

Medidas de prevenção:
Pesquisa de S. agalactise na mucosa vaginal da mãe entre 35ª e 37ª semanas

Uso profilático de Pen G - 4h antes do parto.


Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pneumoniae
α-hemolíticos, encapsulados

Diplococos ou em cadeias curtas - lanceoladas

Fastidioso
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pneumoniae
FATOR DE VIRULÊNCIA AÇÃO
Adesinas Adesão cel. epiteliais
Protease IgA secretora Destrói os anticorpos IgA presentes no muco
Pneumolisina O Destruição das células ciliadas
Hialuronidase Destrói tec. conjuntivo
Ac. Teicóico Mobilização das cél. inflamatórias: para local da infecção: febre
Fragmentos do peptidioglicano Mobilização das cél. inflamatórias
Proteína A de superfície (PspA) Impede lig. de C3, retardando a fagocitose opsonizada
Cápsula Impede fagocitose
Polissacarídeos capsulares (91) Resposta inflamatória
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pneumoniae

Colonização da orofaringe

Disseminação (pulmões, seios


paranasais, ouvido médio,
cérebro, coração)

Resposta inflamatória localizada

Escape Manifestações clínicas


Pneumonia pneumocócica, sinusite, periocardite,
otite, meningite,bacteriemia
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus pneumoniae
Antimicrobianos - Testes de sensibilidade
Penicilina G ou Eritromicina

Vacina Pneumocócica 13-valente (PVC13):


Crianças entre 6 semanas e 6 anos de idade

Vacina Pneumocócica 23-valente (PPSV-23):


Adultos e Idosos – dose única
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Streptococcus viridans
Classificados em 5 grupos

α-hemolíticos e não hemolíticos

Bacteremia, Endocardite, Cárie dentária

S. mutans
Profa. Iara Furtado Santiago Doenças Clínicas

Enterococuus (“grupo D”)


E. faecalis e E. faecium

Arranjado em pares e cadeias curtas

Normalmente → não hemolíticos

Resistentes a altas concentrações de sal (6,5%), bile (40%)


e temperaturas de 10 a 45ºC

Resistência a diversos antimicrobianos


Profa. Iara Furtado Santiago Diagnóstico

Cultivo – Ágar sangue

Coloração de Gram

Testes Bioquímicos

Testes Sorológicos
Profa. Iara Furtado Santiago Diagnóstico

α-hemolíticos

Teste da Optoquina

S R

Bile esculina
S. pneumoniae +
+ -

6,5% NaCl S. do grupo viridans

+ -
Enterococcus Streptococcus do Grupo D
Profa. Iara Furtado Santiago Diagnóstico
Profa. Iara Furtado Santiago Cocos Gram-positivos (Estreptococos e Enterococos)

Recordando:
Diferenciar as características dos Estreptococos e Enterococos;

Conhecer as patologias mais frequentes e os principais fatores de virulência;

Conhecer as principais formas de diagnóstico.


Profa. Iara Furtado Santiago Referências

1. MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S. & PFALLER, M.L A. Microbiologia Médica. 8 ed. Ed. Elsevier, 2017
– Capítulo 19

2. JAWETZ, E.; MELNICK, J.L. & ADELBERG, E. Microbiologia Médica. 26ª Ed. McGraw-Hill
Interamericana do Brasil, Editora Artmed, 2014 – Capítulo 14

3. LEVINSON, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 10ª Ed. Artmed, 2010 – Capítulo 15

4. TORTORA, Gerard J. Microbiologia. 12. Porto Alegre ArtMed 2017 – Capítulo 21,22, 23, 24, 25, 26
Bacteriologia:
Cocos gram-positivos de
interesse clínico/
Estreptococos
Lucélia Coimbra

Belo Horizonte, abril de 21


Objetivos de aprendizagem

• Conhecer as principais características do gênero Estreptococos


• Conhecer as principais espécies de importância médica
• Correlacionar espécies de importância médica aos quadros
clínicos
• Avaliar opções de terapêutica antimicrobiana baseando-se nas
características morfofisiológicas dos Estreptococos

Estupro Strepto
mmm
mmm
Planejamento de aula - Streptococcus
• Streptococcus:
– Fisiologia, estrutura e classificação
• Espécies de interesse clínico:
– Streptococcus pyogenes
– Streptococcus agalactiae
– Streptococcus pneumoniae
Streptococcus
cadeias lentos /
Arranjados em
fileiras
Cocos Gram +
Streptococcus – Fisiologia e estrutura
• Cocos Gram positivos, pares e
cadeias com 0,5 - 1 m
• Hemolíticos ou não
• Anaeróbios facultativos
• Catalase negativos
• Carboidrato grupo-específico
• Imóveis e não esporulantes
• Maior exigência nutricional
comparado aos estafilococos
• Todos Cocais = Imóveis / Não tem
produz fragor
t
• Crescimento na faixa de 37ºc esporos : G. Clostridium

G. Baciolos
Cocos Gram +
Streptococcus – Classificação

Três esquemas são utilizados para diferenciar as espécies do gênero


Streptococcus:

1. Padrões hemolíticos (hemólise β – completa, α – parcial ou γ – sem


hemólise).

2. Propriedades sorológicas: sorotipagem de Lancefield (grupos A até W).

3. Propriedades bioquímico-fisiológicas.
Cocos Gram +

Streptococcus – Classificação

• Quanto ao comportamento em AGAR-SANGUE: Padrão de hemólise

➢ β – hemolíticos: Hemólise total

➢ α – hemolíticos: Hemólise parcial

➢ Não – hemolíticos ou (gama) – hemolíticos


Ótimo
*
hdo
""

[
β – hemolítico
α – hemolíticos
αβ––hemolíticos
hemolítico
Streptococcus – Classificação
Classificação de Lancefield

Rebecca Lancefield desenvolveu um


sistema de sorotipagem para a
classificação dos estreptococos beta
hemolíticos, baseado em antígenos
específicos (carboidratos da parede
celular). 1
carboidratos do
grupo

}
Streptococcus – Classificação

Classificação de Lancefield

Lancefield, R. C. (1933). A serological


differentiation of human and other
groups of hemolytic streptococci. J.
Exp. Med., 57:571.
Streptococcus – Classificação de Lancefield
Espécies de maior importância médica
Padrão de hemólise (em Classificação Sorológica
ágar sangue) (Lancefield)
S. pyogenes β A
S.agalactiae β, ocasionalmente não B
hemolítico
S. equi, dysgalactiae β ocasionalmente α C, F, G
ou não hemolítico
S. bovis/equinus β, α, ocasionalmente não D
hemolítico

S. pneumoniae α Não grupável


Grupo viridans α ou não hemolítico Não grupável
Planejamento de aula – Streptococcus
• Streptococcus:

– Fisiologia, estrutura e classificação


Streptococcus pyogenes
Cocos Gram +
Streptococcus pyogenes

Características Gerais – Epidemiologia

• β-hemolíticos.

• Antígeno polissacarídeo específico do grupo A de Lancefield.

• Ubíquo; coloniza assintomaticamente o trato respiratório superior;


colonização transitória na pele.
Cocos Gram +
Streptococcus pyogenes
Características Gerais – Epidemiologia
• Disseminação pessoa-pessoa: perdigotos
(faringite), ou abertura na pele após
contato direto com indivíduo infectado,
ou através de fômites;
• Indivíduos com maior risco: crianças
entre 2 e 15 anos, higiene precária;
crianças pequenas e idosos com
infecções preexistentes do trato
respiratório ou de pele.
Cocos Gram +
Streptococcus pyogenes – Virulência
A virulência dos estreptococos do grupo A é determinada
pela habilidade de:

Aderir à superfície das células hospedeiras


recorrentes
=
Infecção em

Invadir as células epiteliais 1 mesma

escondido
pessoa pq fica
ele

nas células

Evitar a opsonização

Evitar a fagocitose

Produzir uma variedade de toxinas e enzimas.


Cocos Gram +

Streptococcus pyogenes
FATORES DE EFEITO BIOLÓGICO
VIRULÊNCIA
CELULARES
Cápsula Antifagocítica, composta de ácido hialurônico. =
Fagocitose ineficiente

Ácido lipoteicóico Estrutura antigênica, liga-se à fibronectina, facilitando a ligação com a célula hospedeira.

Proteína M Associada com linhagens virulentas; adesina (aderência ao epitélio da garganta e pele);
medeia a internalização pelas células hospedeiras; antifagocítica; degrada o componente C3b
do complemento. Apresenta grande diversidade antigênica.

Proteína F Liga-se à fibronectina, facilitando a ligação com a célula hospedeira.


Proteína T Marcador epidemiológico útil, não identificado como fator de virulência. Resistente à tripsina,
ao calor e à acidez.
Cocos Gram +

Streptococcus pyogenes
FATORES DE EFEITO BIOLÓGICO
VIRULÊNCIA
EXTRACELULARES → toxinas
Exotoxinas Pirogenicidade; produção da erupção da escarlatina.
pirogenicas
Estreptolisina S e Lisa leucócitos, plaquetas e hemácias, estimula liberação de enzimas lisossômicas; S é não-
O imunogênica, responsável pela beta-hemólise e estável ao O2 ; O é imunogênica e inativada pela
presença do O2.
Estreptoquinase Lisa o coágulo de fibrina, facilitando a disseminação das bactérias no tecido.
Dnase Despolimeriza o DNA livre presente no material purulento, reduzindo a viscosidade do pus.
C5a peptidase Degrada o componente C5a, inibindo a cascata do complemento.
Hialuronidases Cliva o ácido hialurônico no tecido conjuntivo (fator de disseminação).
Cocos Gram +

Streptococcus Quadros Clínicos


pyogenes
• Processos supurativos
(purulentos) e
processos não
supurativos.
• Doenças supurativas:
• Faringite, faringo-
amidalite.
Colonização da bactéria na
epiderme
Streptococcus
pyogenes Pápula

Quadros Clínicos:
Vesícula/pústula clpús
• Processos supurativos
(purulentos) Crosta →
Impetigo
• Doenças supurativas: Amarelada

Contaminação de ferida
ou picada de inseto com
S. pyogenes
• Impetigo: erupções
purulentas e amareladas
na pele.
epiderme Impetigo
Cocos Gram +
Streptococcus estão
bolhas → crosta
pyogenes
Quadros Clínicos:
• Processos supurativos
(purulentos)
• Doenças supurativas:
• Erisipela: infecção localizada da
pele. Pode ocorrer na face e
membros.
Streptococcus
• Contaminação de lesões com pyogenes
multiplicação em camada mais Erisipela
profunda (Derme).
Cocos Gram +
Streptococcus
pyogenes
• Processos supurativos Streptococcus
pyogenes
(purulentos)
Celulite
• Doenças supurativas:
• Celulite: mais profunda
que a erisipela: envolve
pele e subcutâneo. Associada a traumatismos
Associada a
traumatismos ou
evolução de feridas
superficiais.
SNC
-

atingir n
risco
Celulite periorbital
meningite
Cocos Gram +

Associada a
traumatismos

Celulite periorbital
Streptococcus Cocos Gram +

pyogenes
• Processos supurativos (purulentos)
e processos não supurativos.
• Doenças supurativas: depende cepa

• Fasciíte necrosante (“bactérias Fasciíte necrosante
comedoras de carne”): Infecção nos
tecidos subcutâneos profundos que
pode se espalhar rapidamente pela
fáscia muscular, comprometendo
músculos e gordura. Com alta taxa
de mortalidade, pode evoluir para
gangrena com toxicidade sistêmica
e falência múltipla de órgãos,
ocasionando morte em mais de
50% dos casos.
Cocos Gram +
Streptococcus pyogenes
Doenças mediadas por toxinas

• Síndrome do choque tóxico causado por estreptococos: Sintomas


inespecíficos de dor, febre, calafrios, mal estar, e à medida que a doença
progride pode evoluir para choque e falência de múltiplos órgãos.
Semelhante à toxina estafilocócica da síndrome do choque tóxico.


depende da cepa
Streptococcus • Escarlatina: Faringite (complicação da faringite
pyogenes estreptocócica por cepas produtoras de toxinas
pirogênicas)
Doenças mediadas • Acompanhada de “rash”eritematoso e língua
por toxinas em framboesa (morango – frutas vermelhas):
Cocos Gram +
Streptococcus pyogenes
Quadros Clínicos – Outras doenças:

• Sepse puerperal: Invasão do endométrio por S. pyogenes


proveniente do TRS de contactantes da parturiente.

• Pneumonia e bacteremia.
S. Pyogenes Poliartrite migratória
FEBRE REUMÁTICA
• Anticorpos formados contra os
antígenos estreptocócicos reagem de
forma cruzada nos tecidos. É uma
Artrite – manifestação mais comum (75%)
doença autoimune.

• Alterações inflamatórias envolvendo


coração, articulações, vasos Valvopatias mitral
e aórtica.
sanguíneos e tecidos subcutâneos.
Eventos repetidos
podem causar
danos crônico e
progressivo nas
válvulas cardíacas.
(Profilaxia com
penicilina).
Cardiopatia – manifestação mais grave

Pancardite
Streptococcus pyogenes – Febre Reumática
Critérios de Jones para o Diagnóstico:

• 2 sinais maiores; ou
• 1 maior e 2 menores; e Ester ptococo
↳ B-hemolítica
• Evidência de infecção pelo EBGA. Grupo
A

• Evidência da infecção: títulos de anticorpos antiestreptococos elevados ou


em ascensão [p. ex., antiestreptolisina O (ASLO), anti-DNase B], cultura
positiva de orofaringe, ou teste rápido de antígeno positivo, em uma
criança com manifestações clínicas sugestivas de faringite estreptocócica.
Evidência da infecção pelo EBGA
Faringite
• Antiestreptolisina O
(ASLO)
• Anti-DNase B
Títulos de
anticorpos
antiestreptococos
[ Eritema
Placas Amanhadog

Cultura positiva
de orofaringe

Teste rápido de Criança


antígeno positivo
Streptococcus pyogenes – Febre Reumática

Critérios de Jones – Revisado

Recidiva de FR (FR recorrente):


1º surto de FR:
- 2 critérios maiores; ou
- 2 critérios maiores; ou
• FEBRE REUMÁTICA: Critérios de Jones para diagnóstico da febre reumática
- 1 maior + 2 menores
- 1 maior + 2 menores; ou
- 3 menores
Critérios
Populações de baixo risco Populações de risco moderado/alto
Critérios maiores: Critérios maiores:
- Cardite (clínica ou subclínica); - Cardite (clínica ou subclínica);
- Artrite (apenas poliartrite); - Artrite (poliartrite, poliartralgia e/ou monoartrite);
- Coreia; - Coreia;
- Eritema marginado; - Eritema marginado;
- Nódulo subcutâneo - Nódulo subcutâneo

Critérios menores: Critérios menores:


- Poliartralgia - Monoartralgia
- Febre (≥ 38,5 ºC) - Febre (≥ 38 ºC)
- Elevação de VHS (≥ 60 mm na 1 a hora) e/ou PCR ≥ 3 mg/dL (ou > - Elevação de VHS (≥ 60 mm na 1 a hora) e/ou PCR ≥ 3mg/dL (ou > que
que valor de referência indicado) valor de referência indicado)
- Intervalo PR prolongado, corrigido para a idade (só quando não - Intervalo PR prolongado, corrigido para a idade (só quando não
houver cardite) houver cardite)
S. Pyogenes – Complicações/consequências não supurativas

Glomerulonefrite Aguda

Edema

Hipertensão
Inflamação aguda
do glomérulo renal
Hematúria

Proteinúria

µ Levam
Quadros aitônus Não
à FTL
Diagnóstico: quadro clínico + evidência de faringite OU impetigo estreptocócicos. (≠ da FR).
Streptococcus pyogenes – Diagnóstico

Identificação de cocos Gram +


Cocos Gram +

Streptococcus pyogenes – Tratamento


Inibidores pareceu Celular → bom

barato
• Sensibilidade as penicilinas = 1a escolha

disponha
• Penicilina G → Injetável ( beuntacil)

{
• Penicilina V ① alergia :
usar ,
.

ora, → cebolas p
• Amoxicilina →
maãohídio

Existem diferenças no tratamento de cada situação clínica


associada à infecção por estreptococo beta-hemolítico do grupo A
-8
Impetigo : não usa ABT

→ celulite : tratar rápido


→ Fasciíte necrosante : tratam .
emergencial e agressivo , ABT sinérgicos cirurgião
,
Plano de aula – Streptococcus
• Streptococcus:

– Fisiologia, estrutura e classificação

• Espécies de interesse clínico:

– Streptococcus pyogenes
Bacteriologia:
Cocos gram-positivos de
interesse clínico/
Estreptococos
Lucélia Coimbra

Belo Horizonte, abril de 21


Streptococcus agalactiae
Cocos Gram +
Streptococcus
agalactiae
• β-hemolítico e grupo B de Lancefield.
• Polissacarídeos capsulares.
• Enzimas: hialuronidases,
neuraminidases, proteases,
hemolisinas/ facilitam a destruição
tecidual e disseminação da bactéria.
• Epidemiologia: Colonizam o trato
respiratório superior, intestinal e
geniturinário.
• 15 a 40 % das mulheres podem
apresentar colonização transitória na
mucosa vaginal.
Cocos Gram +
S. agalactiae – Importância clínica

• Sepse puerperal: Risco para mães


com colonização no trato genital.
• Grávidas: infecções do trato
urinário; bacteremia e
complicações disseminadas
(amnionite, endometrite).
• Infecções em adultos: bacteremia,

[
pneumonia, infecções dos ossos e
articulações; infecções de pele e
tecidos moles.
em imunocomprometido
Cocos Gram +
Streptococccus agalactiae

Infecções no recém
nascido podem
ocorrer

Intraparto

Ou nos primeiros 3
meses de vida
Cocos Gram +
S. agalactiae
Infecção precoce Infecção tardia
Pneumonia, bacteremia, Bacteremia, meningite
meningite.
1 3
Zero semana meses
T Rato
resp
SUP

Fonte: microbiota Fonte: TRS dos


vaginal da mãe. cuidadores.

→ tratam
urgentes
vários

pode ser

aguçar
O

tratam empírico
Cocos Gram +
Streptococccus agalactiae
• Fatores de risco: parto prematuro,
mãe intensamente colonizada,
ruptura precoce das membranas
fetais.
• Tratamento: penicilinas, escolheu tratam
}
é
o
quadro clínico
cefalosporinas. pode ser
agentesoutros =

sinérgico
uso

• Medidas preventivas:
- Pesquisa de S. agalactiae na
mucosa vaginal da mãe, entre 35ª e
37ª semanas;
- Uso profilático de antibiótico
(Pen G) 4h antes do parto nos casos
de mães portadoras de S. agalactiae
na mucosa vaginal. Não é exame

Ressalvas...

do pré-natal
Plano de aula – Streptococcus e Enterococcus
• Streptococcus:

– Fisiologia, estrutura e classificação

• Espécies de interesse clínico:

– Streptococcus pyogenes

– Streptococcus agalactiae
E agora…
Um estrepto causador de…
• Pneumonia
• Bacteremia e sepse
• Meningite, sinusite, otite
• Empiema
• Pericardite e endocardite
• Peritonite primária
Streptococcus
pneumoniae
(Pneumococo)

• Diplococos Gram (+)


• Dispostos aos pares
ou cadeias curtas
• Não-grupável
Streptococcus pneumoniae
• Alfa hemolítico.
• Cápsula polissacarídica: Importante
fator de virulência, pois dificulta a
captura da bactéria pelo muco do TRS e Cápsula
tem ação anti-fagocitária.
• Classificação em sorotipos (mais de 90
tipos). Tem virulência
rotores de
mas é

• Patógeno oportunista. → não


consegue causou

doença se não tiver um


ratos
predisposição

de

Principal causador de pneumonia


bacteriana comunitária (80% dos casos),
principalmente em idosos e crianças.
Cocos Gram +
Streptococcus pneumoniae
Características Gerais e epidemiológicas:
• Ubíquo, habitante comum da orofaringe e da nasofaringe de indivíduos
saudáveis.
Fatores predisponentes para a doença pneumocócica:
• Infecções virais prévias do trato respiratório.
• Idade: crianças e idosos.
• Imunossupressão, acúmulo de muco, DPOC, etc... Intoxicação por álcool ou
drogas (diminuem a atividade fagocítica e o reflexo da tosse).
• Alterações circulatórias e outras como, desnutrição, ou debilidade geral
devido a doenças crônicas.
S. pneumoniae – Demais fatores de virulência

• Citolisina que atua formando poros na


Pneumolisina membrana das células do hospedeiro.

Proteína A de • Impede a ligação de C3, retardando a


superfície (PspA) fagocitose opsonizada.

Proteína C de • Ligação às células epiteliais.


superfície (PspC) • Invasão da mucosa.

• Quebra o ác. Hialurônico presente no


Hialuronidase tecido conectivo.

• Evita a ação protetora do anticorpo


IgA1 presente na mucosa.
Aí se multiplicam na :

Pneumonia Pneumocócica – Patogenia resumida


]

alveohos → pneumonia

menigm epitélio

µ

a
meningite usp

SG bacteremia repuxo me


sepse e

cíeiso
→ seios paranasais → sinusite e otite
ouvido

• Defesas do hospedeiro diminuídas: • Manifestações clínicas: surgimento


e

bactérias se multiplicam nos abrupto de calafrios intensos com


alvéolos, provocando uma resposta tremores, febre alta (39 a 41°C),
inflamatória. A infecção provoca ele se alimenta
tosse produtiva com escarro
µ edema →
do
meio

extravasamento de líquido (edema) nutritivo


sanguinolento e dor torácica.

de
paz quimiotaria

no interior dos alvéolos, seguido de


• Resolução: ocorre quando se
eritrócitos, leucócitos e macrófagos
desenvolvem anticorpos específicos
alveolares.
anti-capsulares, facilitando a
• Muitos pneumococos são fagocitose do microrganismo e sua
encontrados no exsudato e podem morte. O anticorpo é específico e
atingir a corrente sanguínea. não confere imunidade cruzada.
de
apoio e sorotivos

diferentes
S. Pneumoniae – Identificação do Pneumococo
No escarro: diplococos Gram positivos Em ágar sangue: alfa-hemólise.
em forma de lança, circundados por uma
cápsula não corada.

S. pneumoniae em escarro
Cocos Gram +
Streptococcus
pneumoniae
• Imunidade
Produção de anticorpos tipo-
específicos contra o polissacarídeo
capsular (Ac opsonizantes).
• Tratamento
β-lactâmicos, macrolídeos,
fluoroquinolonas.
depende da
depende do
se cepa

Amostras resistentes aos β- Nao caso clínico

tratam
→ tem o

lactâmicos devido a alteração das empírico protocolo

m
PBPs. Cifuentes doa 5. Pyogenes S
Sinms e .
Aszahote)
Cocos Gram +
Streptococcus
pneumoniae
Prevenção: vacinação
• Vacina contendo 23 sorotipos
capsulares (Pneumo23).
Indicações: Idosos, portadores
de pneumopatias crônicas,
imunossupressão por HIV.
• Vacina com 10 sorotipos
capsulares.
Indicações: bebês – três doses
mais reforço.
↳ CIIZ nem
Doenças
estreptocócicas:
Acometem múltiplos
órgãos e sistemas.
Planejamento de aula – Streptococcus
• Streptococcus:

– Fisiologia, estrutura e classificação

• Espécies de interesse clínico:

– Streptococcus pyogenes

– Streptococcus agalactiae

– Streptococcus pneumoniae
Cocos Gram +

Enterococcus

Aos pares ou cadeias


Cocos Gram +
Enterococcus
O gênero inclui bactérias antes classificadas como Streptococcus do grupo D

Streptococcus faecalis Enterococcus faecalis


1984
1984
Streptococcus faecium Enterococcus faecium
Cocos Gram +
Gênero Enterococcus

E. faecalis Schleifer & Kilpper-Bälz 1984


E. faecium Schleifer & Kilpper-Bälz 1984
E. avium Collins et al. 1984
E. casseliflavus Collins et al. 1984
E. durans Collins et al. 1984
E. gallinarum Collins et al. 1984
E. malodoratus Collins et al. 1984
E. hirae Farrow & Collins 1985
E. mundtii Farrow, Collins & Jones 1986
Enterococcus sp.
em cultura de sangue
Cocos Gram +
Gênero Enterococcus
Gênero Enterococcus
PATÓGENO HOSPITALAR OPORTUNISTA EMERGENTE

• EnterococcusPATÓGENO HOSPITALAR OPORTUNISTA EMERGENTE


faecium faecalis
faecium/faecalis

E•nterococcus
Staphylococcus aureus (MRSA)
faecium/faecalis mais resistente

Staphylococcus aureus (MRSA) µ


• Klebsiella pneumoniae (KPC)
Enterococcus faecium
• 5-10% das infecções
Klebsiella pneumoniae (KPC) enteroccócicas
• 5-10% das infecções enterocóccicas
• cinetobacter
A Acinetobacter baumannii
baumannii • 80-90% das infecções
Enterococcus faecalis enteroccócicas
• seudomonas
P Pseudomonas aeruginosa
aeruginosa um
• 80-90% ↳ das infecções enterocóccicas
+ prevalente
Enterobacter sp/E. coli (ESBL)
•1 Enterobacter sp/E. coli (ESBL)
boa com resistência multipolar
Enterococcus: PATÓGENO HOSPITALAR OPORTUNISTA EMERGENTE

OPORTUNISTA →
o probiema é a P resistência

Enterococcus faecium • 5-10% das infecções enterocóccicas

Enterococcus faecalis • 80-90% das infecções enterocóccicas

Enterococcus faecium • 5-10% das infecções enterocóccicas


• Infecções do trato urinário (15%)
• Infecções de feridas
Enterococcus faecalis • 80-90% das infecções enterocóccicas
• Bacteremias (7%), [Endocardites (15-20 %)]
• Infecções pélvicas, intra-abdominais cirurgias →

Obs: Aparece no ambiente hospitalar: 1960


Cocos Gram +
Enterococcus resistente: habitat

Trato gastrointestinal

Trato geniturinário

Cavidade oral
wniqo
gesistât Solo, água, vegetais e alimentos

Sobrevive em ambientes contaminados


Cocos Gram +
Infecções Enterocóccicas

Endógena Comunitária
Origem Aquisição/
Transmissão
Exógena Hospitalar
Enterococcus: patogenicidade Cocos Gram +

OPORT ambientes
Fatores/mecanismos de virulência →
=

FOVORAVEIS
em

como uso ABT =


b microbiota residente

Aderência (hemaglutininas; substância de agregação)

Citolisinas (hemolisina/bacteriocina)

Invasão (substância de agregação; translocação intestinal)

Lise dependente do complemento

Resistência à lise pelos neutrófilos

Resistência a antimicrobianos
Riscos de aquisição de infecção enterocóccica
espécie

Microrganismo →
f.
→ permanência no ambiente

resistência

Hospedeiro

Ambiente Hospitalar
Riscos de aquisição de infecção enterocóccica
Fatores relacionados ao microrganismo

• Distribuição ubiquitária. • Emergência de novos padrões


de resistência:
• Fontes: endógena X exógena
(comunitária e hospitalar). – Resistência a níveis
AGALOADO

elevados de
• Marcadores importantes: aminoglicosídeos, β-
– Resistência a phs e lactâmicos, glicopeptídeos.
temperaturas variados. • Favorecimento da
– Capacidade de adquirir patogenicidade:
resistência aos – Vantagens seletivas:
antimicrobianos. sobrevivência e disseminação
Riscos de aquisição de infecção enterocóccica
Fatores relacionados ao hospedeiro
• Doença de base grave
• Hospitalização prolongada (UTI, unidades
renais, oncológicas)
•Fatores
Cirurgia (cardiovascular,
relacionados com o abdominal)
hospedeiro
• Cateterização
Doença de base (urinária,
grave venosa)
•Fatores
Terapia antimicrobiana
Hospitalização
Relacionados com o prolongada
prolongada :
(UTI, unidades
Ambiente
renais,
Hospitalar oncológicas)
– Cefalosporinas
••Transmissibilidade
Cirurgia (cardiovascular, abdominal)
– Aminoglicosídeos
• Cateterização
•Pressão (urinária,
seletiva pelo
– Fluoro-quinolonas uso devenosa)
antimicrobianos
• Terapia antimicrobiana prolongada :
– Glicopeptídeos
– Cefalosporinas
Fatores Relacionados ao Ambiente Hospitalar
– Aminoglicosídeos
•Transmissibilidade
– Fluoro-quinolonas
•Pressão seletiva pelo uso de antimicrobianos
– Glicopeptídeos
Cocos Gram +
Isolamento de Enterococos

• Seleção do espécime clínico

• Coleta

• Transporte

• Semeadura:
Meios Simples
Meios Enriquecidos
Meios Seletivo-Indicadores
Resistência de Enterococcus a Antimicrobianos

Resistência adquirida
Resistência Intrínseca
(plasmídeos e transposons)
•Aminoglicosídeos (níveis elevados)
– Estreptomicina: ribossômica / adenil-
transferase
•Aminoglicosídeos (níveis baixos)
– Gentamicina: acetil-transferase + fosfo-
•β-lactâmicos (valores de CIM transferase
relativamente elevados)
•β-lactâmicos (alteração das PBPs;
•Lincosaminas (níveis baixos) produção de β-lactamases; tolerância)
•Trimetoprim-Sulfametoxazol (somente •Glicopeptídeos (VanA, VanB, VanD, VanE)
“in vivo”)
•Fluoroquinolonas
•Vancomicina (E. casseliflavus, E.
gallinarum) •Lincosaminas (níveis elevados)
•Macrolídeos
•Rifampicina
•Tetraciclinas
Enterococcus Cocos Gram +

Emergência de novos perfis e mecanismos de


Resistência a Antimicrobianos

Aminoglicosídeos β-Lactâmicos

Glicopeptídeos
(Vancomicina)
Cocos Gram +
Resistência a Níveis Elevados de
Aminoglicosídeos

Mecanismos de resistência:
(plasmídios/transposons):

• Enzimas modificadoras de aminoglicosídeos (EMAS)

• Alteração do sítio alvo (Resistência ribossômica/estreptomicina)


Cocos Gram +
Resistência a Níveis Elevados de
β-lactâmicos

Modificação das proteínas ligadoras de penicilina (PBPs)


• Amostras resistentes à penicilina (E. faecium) têm sido
relatadas há décadas (CMIs 8-64 µg/ml)
• Amostras resistentes a níveis mais elevados têm sido
relatadas com mais freqüência atualmente
Produção de β-lactamase
• 1981 – 1o relato de amostra produtora de β-lactamase
• Gene tem localização plasmidial
Antimicrobial resistance among enterococci
causing hospital infections
Vancomycin-resistant enterococci VRE
30

25
Percent Resistance

20

15

10

Source: National
Nosocomial Infections
Surveillance NNIS)
Non-Intensive Care Unit Patients Intensive Care Unit Patients System
Cocos Gram +
Resistência de Enterococcus a
Glicopeptídeos
Fenótipo Van A Van B Van C

CMI (mg/ml):
Vancomicina 64 - >1000 4 - >1000 2-32
Teicoplanina 16 - 512 0,5 - 1 0,5-1

Expressão Induzida Induzida Constitutiva

Localização Plasmídeos Cromossomo Cromossomo


dos genes Cromossomo Plasmídeos

Genótipo vanA vanB vanC


Produtos D-Ala-D-Lac D-Ala-D-Lac D-Ala-D-Ser

Espécies E. faecium E. faecium E. gallinarum


E. faecalis E. faecalis E. casseliflavus
E. avium
E. durans
E. mundtii
E. casseliflavus E. gallinarum
Cocos Gram +
Testes de Susceptibilidade aos
Antimicrobianos

TSA para Enterococcus

• Importância da Aderência à Padronização:


– Execução, Controle de Qualidade.
– Interpretação.

• Importância de Manutenção Constante de Atualização no


Tema.

• Importância de Avaliação Crítica dos Resultados .


Novos antimicrobianos para o tratamento
de infecções por VRE
vsosinércoico
Quinupristin-Dalfopristin
Associação de estreptogramina B + estreptogramina A
(30:70). Tratamento de infecções por E. faecium Van R
Aprovado em Dez/1999

Linezolida
Oxazolidinona
Aprovado em Abr/2000

Resistência tem sido documentada em amostras de


origem humana e animal
Cocos Gram-Positivos Intrinsicamente
Resistentes a Vancomicina:
Patógenos Emergentes

Enterococcus
Leuconostoc
Pediococcus
Planejamento de aula – Streptococcus e
Enterococcus
• Streptococcus:
– Fisiologia, estrutura e classificação
• Espécies de interesse clínico:
– Streptococcus pyogenes
– Streptococcus agalactiae
– Streptococcus pneumoniae
• Enterococcus
Conceitos-chave
• Estreptococos: Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalactiae e Streptococcus pneumoniae
causam um amplo espectro de doenças.

• Streptococcus pyogenes: Cocos Gram + Beta –hemolíticos do grupo A de Lancefield (EBGA)


• Virulência: capacidade de evadir da fagocitose (mediado principalmente pela cápsula, proteínas
M e tipo M, C5a peptidase), aderir e invadir as células hospedeiras (proteína M, ácido
lipoteicoico, proteína F) e produzir toxinas (exotoxina pirogênica estreptocócica, estreptolisina S,
estreptolisina O, estreptoquinase, DNases)
• Responsável por doenças supurativas (faringite, infecções em tecidos moles, choque tóxico
estreptocócico) e não supurativas (febre reumática, glomerunonefrite)
• O teste da antiestreptolisina O é útil na confirmação de febre reumática ou glomerulonefrite
associadas à faringite;
• Penicilina V e amoxicilina são usadas no tratamento da faringite; cefalosporinas orais ou
macrolídeos para pacientes alérgicos à penicilina; penicilina intravenosa associada à
clindamicina para infecções sistêmicas
Conceitos-chave
• Streptococcus pneumoniae: diplococos encapsulados
• Virulência determinada pela capacidade de colonizar à orofaringe (adesinas proteicas de
superfície), disseminar-se por tecidos normalmente estéreis (pneumolisina, protease IgA),
estimular resposta inflamatória local (ácido teicoico, fragmentos do peptidoglicano,
pneumolisina) e evadir da morte por fagócitos (cápsula polissacarídica)
• Responsáveis por pneumonia, sinusite, otite média, meningite e bacteremia

• Streptococcus agalactiae Cocos Gram-positivos beta-hemolíticos do grupo B de Lancefield


• Colonização assintomática do trato respiratório superior e geniturinário
• Responsável por doenças neonatais (doença de início precoce e de início tardio com
meningite, pneumonia, bacteremia); infecções na mulher grávida (endometrite, infecções de
feridas e do trato urinário); e em outros adultos (bacteremia, pneumonia, infecções de
articulações e ossos e infecções da pele e de tecidos moles)
Conceitos-chave
• Enterococos: Virulência mediada pela capacidade de aderir às superfícies do hospedeiro,
formar biofilmes e pela resistência aos antibióticos.
• Quadros clínicos: Infecções do trato urinário, peritonite (geralmente polimicrobiana),
infecções de ferida e bacteremia com ou sem endocardite

• Colonizam o trato gastrointestinal do ser humano e animais; se o uso de antibióticos de largo


espectro eliminar a população bacteriana normal, podem se disseminar para outras
superfícies mucosas

• Principalmente infecções endógenas (da microbiota bacteriana do paciente); algumas


causadas por transmissão paciente-paciente Os pacientes com risco aumentado incluem
aqueles hospitalizados por períodos prolongados e tratados com antibióticos de largo
espectro (especialmente cefalosporinas, às quais o enterococo tem resistência intrínseca)
Referências
• JAWETZ, E.; MELNICK, J.L. & ADELBERG, E. Microbiologia Médica. 26ª Ed. McGraw‐Hill Interamericana do
Brasil, Editora Artmed, 2014.
• Johnson, D., et al. The human immune response to streptococcal extracellular antigens: clinical,
diagnostic, and potential pathogenetic implications. Clin Infect Dis. 2010; 50:481–490.
• LEVINSON, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 10ª Ed. Artmed, 2010.
• MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S. & PFALLER, M.L A. Microbiologia Médica. 8 ed. Ed. Elsevier, 2017 –
Capítulo 19.
FIM!

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