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Pratica de Pesquisa II - Sintese Ricoer
Pratica de Pesquisa II - Sintese Ricoer
História 7° Período
Paul Ricoer, em seu texto, “O perdão pode curar?”, apresenta uma importante
reflexão acerca dos fenômenos que se dão no âmbito da memória e sua relação com as
lembranças e os esquecimentos. Sobre o alicerce oferecido pelo filósofo alemão R.
Koselleck, a partir da adoção de dois termos de seu vocabulário, “espaço de experiência” e
“horizonte de espera”, e da retenção alguns de seus axiomas; o autor apresenta conceitos
freudianos a fim de explicar a relação entre as carências e excessos de memória, o
esquecimento e, por conseguinte, o perdão, tanto como fenômeno sensível como político.
O caminho para se entender como tanto a memória em excesso quanto a falta dela
compõem a mesma memória, perpassa a compreensão do fenômeno que causa essas
aparentes dissensões. Pra isso, utiliza-se uma constatação freudiana: a compulsão pela
repetição impede o trabalho de lembrança. Esclarecendo o paradoxo inicial: “É com a
mesma obsessão do passado que se comprazem os povos, as culturas, as comunidades
acerca das quais se pode dizer que sofrem de um excesso de memória. Mas é a mesma
compulsão que conduz outros a fugir do seu passado (...)”. (p.3) Ou seja, na perspectiva da
memória histórica, tanto o excesso quanto a falta possui, na essência, o mesmo problema.