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RECEITAS PÚBLICAS
I. ENTRADAS
II. CLASSIFICAÇÃO
2. Quanto à origem.
a) originária: advém da exploração, pelo
Estado, da atividade econômica.
Resulta da atuação do Estado, sob o regime de
direito privado, na exploração de atividade
econômica. Oriunda do domínio privado do
Estado. Sem caráter coercitivo próprio, porque
atua sob o regime de direito privado, como
empresa privada em busca do lucro.
Ainda assim, quando o Estado aliena um imóvel,
integrante de seu domínio privado há que se
observar normas jurídico-administrativas ou
jurídico-financeiras, ou seja, o Estado nunca se
afasta da submissão ao direito público.
b) derivada: arrecadada por meio de
constrangimento legal (tributos, pecúnias,
confisco e as reparações de guerra).
c) transferida: decorre da transferência de
recursos entre os entes da Federação. Não é
resultante de uma relação que se estabelece
entre Estado e particulares, mas sim em função
de relações entre os entes da Federação.
As transferências podem ser resultantes do
texto constitucional/legal, ou de mera
liberalidade do ente, a título de auxílio.
Exemplo: repartição da arrecadação tributária
(IPVA em relação aos Municípios).
2. Renúncias de Receitas.
A Administração está autorizada a conceder
renúncias e, assim, deliberadamente, a redução
das receitas públicas. Esta possibilidade está
limitada ao cumprimento das condições
previstas no art. 14, da LRF. Assim, o ato legal
do qual decorra a renúncia deverá:
a) estar acompanhada de uma estimativa do
impacto orçamentário-financeiro da perda da
receita no exercício que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
b) atenda ao disposto na LDO (garantir que
metas e objetivos da Administração sejam
cumpridos, a despeito da renúncia de receita).
Ainda assim há duas outras condições das quais
pelo menos uma deve ser cumprida: primeira,
que a renúncia deve estar contemplada na LOA;
OU, segunda, medidas de compensação pelo
aumento de receita (geralmente, aumento de
outros tributos) também pelo período de 3
anos.
Duas situações em que é possível a renúncia de
receita sem a observância dos requisitos acima
descritos:
a) alterações de alíquotas dos impostos
extrafiscais,
b) cancelamento de débito cujo montante seja
inferior ao dos respectivos custos de cobrança
(situação em que a cobrança se torne inviável).