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PESQUISA - ENGENHO E SOCIEDADE DO AÇÚCAR

G1 - MOENDA E FORNALHA: a fábrica do açúcar

 Como funcionava a moenda?


Moenda: maquinário usado no processo de fabricação do açúcar. Era uma espécie de
triturador composto por rolos, que servia para esmagar a cana-de-açúcar a fim de se obter o
caldo da cana.
Basicamente, a produção de açúcar em si, é dividida em 5 etapas: Formação do caldo – após
a moer a cana, surge o caldo e dele são retiradas todas as impurezas solúveis e insolúveis, por
exemplo: a areia, argila e outros. Esta etapa envolve o aquecimento, tratamento químico,
decantação e peneiramento.

 Qual era o processo de fabricação do açúcar relacionado à moenda, caldeira e fornalha?


Primeiro, as canas eram cultivadas em grandes extensões de terra (latifúndios), depois
colhidas e levadas para a moenda, local em que era produzido caldo de cana. Após esse
processo, o produto era levado para as caldeiras e, em seguida, para a fornalha.
As caldeiras eram grandes recipientes, normalmente de ferro ou cobre, utilizados para ferver
o caldo extraído da cana, até o ponto de se tornar o mel que se tornaria o açúcar. A casa das
caldeiras era o local na casa de engenho onde ficavam as fornalhas, a chaminé e as caldeiras
ou tachas.

 Quem trabalha?
A moenda podia funcionar através da força (energia) gerada por bois, água (através de
moinho de água) ou humana (escravos).

 Etc.
Tem o Curral: abrigava os animais usados nos engenhos, seja para o transporte (produtos e
pessoas), nas moendas de tração animal ou para alimentação da população.

G2 - SENZALA/ESCRAVIDÃO

 O que era?
Senzala era o nome que se dava para os alojamentos que confinavam os escravos, principalmente nos
engenhos. As senzalas eram alojamentos que abrigavam escravizados indígenas e africanos.
O termo senzala é originário do quimbundo, idioma africano, significando “residência de serviçais em
propriedades agrícolas” ou “morada separada da casa principal”. O termo se originou com base nas
sanzalas, habitações coletivas que existiram em algumas partes do continente africano.
Claramente, existe uma distinção entre senzala e sanzala, sendo que a primeira era um alojamento no
qual os africanos escravizados eram encarcerados. A sanzala, por sua vez, era uma moradia coletiva,
na qual aquele que residia conservava o que era impossível na escravidão: sua liberdade."

 Como/Do quê era feita?


Em geral, havia diferentes maneiras como uma senzala poderia ser organizada. Cada senzala poderia
abrigar dezenas de pessoas, e havia também as que abrigavam centenas delas. Algumas se resumiam a
um grande galpão com uma separação apenas para homens e mulheres, enquanto outras tinham
divisões internas que permitiam que escravizados casados pudessem ter o seu próprio espaço, por
exemplo.
Muitos historiadores apontam para o fato de que as senzalas, em geral, eram feitas de taipa. Algumas
tinham um grande corredor separando galpões, em outras poderiam haver diferentes cômodos;
algumas tinham janelas, outras não, possuindo apenas uma abertura entre o teto e a parede que
permitia a circulação de ar.
O teto de algumas senzalas era feito de palha, mas há relatos de que alguns desses locais eram
cobertos por telhas. Algumas senzalas eram organizadas em diversos barracos pequenos, que
abrigavam um número reduzido de moradores. Sendo assim, podemos perceber que não existia um
padrão para construir uma senzala e suas características seguiam os desejos do senhor de engenho. A
maior parte das senzalas ficava a uma distância afastada da casa grande, Outro detalhe importante é
que, muitas vezes, os escravos domésticos eram alojados em senzalas diferentes daqueles que
trabalhavam nas lavouras.

 Como era a vida lá?


Os trabalhadores escravizados permaneciam nas senzalas durante o período de descanso e, à noite,
esses locais permaneciam trancados, sendo vigiados pelos feitores para que os moradores não
fugissem. Alguns relatos apontam que os escravos eram presos pelos pés e mãos para evitar suas
fugas.
Muitos historiadores apontam que os eles dormiam em cima de palhas colocadas no chão ou
diretamente no chão. Havia horário específico para dormir e para acordar. A refeição era feita na
senzala, sendo que a comida recebida era insuficiente para nutrir as necessidades de um ser humano.
Por isso eles recebiam autorização para trabalhar na própria plantação nos domingos a fim de obterem
uma alimentação extra.

 Como era dentro?


Em geral, as senzalas eram retratadas como locais que acumulavam todo o tipo de sujeira, não
havendo móveis, e, em alguns casos, eram cheias de palha. Além da quantidade de sujeira desses
locais, alguns relatos destacam o mau cheiro porque algumas senzalas possuíam uma latrina em seu
interior.
Muitos contam que a ausência de janelas fazia das senzalas locais escuros e com pouca circulação de
ar, principalmente as que lotavam. Os relatos também contam sobre a disseminação de doenças nesses
locais, em especial a cólera. Podemos perceber, portanto, que não havia interesse dos senhores de
engenho em manter uma boa conservação da senzala, muito menos em manter um cuidado com a
saúde dos escravizados.

 Como era o trabalho deles?


O desenvolvimento da economia colonial era garantido pela mão de obra escrava, que era
empregada em diversas áreas: pecuária, lavoura, coleta, pesca e transporte de produtos. Os
escravizados também realizavam uma diversidade de atividades desde o plantio (diversas
culturas) até a preparação e o processamento do açúcar.

 Como era a vida deles?


Eles viviam em regime de trabalho no qual homens e mulheres são forçados a executar
tarefas sem receber qualquer tipo de remuneração.

G3 - CASA-GRANDE e CAPELA

 Características arquitetônicas
A casa-grande era onde o senhor de engenho e toda a sua família viviam. Essa construção
ficava na parte mais alta do terreno para assim ter uma visão panorâmica de toda a
propriedade. Somente os senhores mais ricos usaram alvenaria de tijolos maciços.
Eram, geralmente, construídas com paredes de taipa, pedra, cal, teto de palha, sapê ou telhas,
piso de terra batida ou assoalho e poucas portas e janelas, mas muitas varandas e alpendres.
Durante a maior parte do período colonial, o mobiliário utilizado era pouca: redes e colchões
para dormir, tamboretes para sentar.
 O que acontecia lá dentro?
Tudo no engenho girava em torno da casa-grande, sendo ela uma espécie de centro de
organização social, política e econômica local.

 Quem vivia lá e o que faziam?


Na casa-grande eram alojados o proprietário das terras, sua família e alguns escravos
domésticos. A casa-grande, além de fortaleza, serviu de escola, enfermaria, harém,
hospedaria, e foi também banco, pois dentro de suas paredes ou no chão, guardavam-se e
enterravam-se dinheiro, jóias e ouro.

 Alguém trabalhava lá? quem? O que faziam?


Os escravos que trabalhavam na casa grande recebiam um tratamento melhor e, em alguns
casos, eram considerados pessoas da família. Esses escravos, chamados de "ladinos" (negros
já aculturados), entendiam e falavam o português e possuíam uma habilidade especial na
realização das tarefas domésticas.

 O que acontecia na capela?


Ocorriam as missas e as principais manifestações católicas como o batismo, casamentos,
novenas, etc

 Etc.
Vale lembrar que os escravizados muitas vezes eram obrigados a participarem dos cultos.

G4 – TRABALHADORES LIVRES

 O que faziam no engenho?


Os capatazes e feitores eram trabalhadores livres que trabalhavam para os senhores de engenho nas
fazendas de açúcar na época do Brasil Colonial. O trabalho que eles faziam era recompensado com
pagamento de salários.

 Onde moravam?
Moravam em casas pequenas e simples habitações.

 Condições de vida
Geralmente, os salários dos trabalhadores assalariados (como os feitores-mor, os mestres de açúcar,
purgadores e caldeireiros) eram pagos anualmente, já os artesãos (ferreiros, carpinteiros, pedreiros
etc.) recebiam seus salários por dia ou por tarefa executadas.

 Etc
O trabalhador livre não era preso a nenhuma pessoa ou obrigação com o Estado, mas tinham que
pagar impostos ao Estado.

Henrique de Araujo Truquetto – 172 M

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