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Aula 03

Noções de Administração Pública p/ MPOG e ENAP - Todos os Cargos - Com


videoaulas

Professor: Rodrigo Rennó

01139395157 - Eduardo Matheus Ferreira Souto


Administração Pública p/ MPOG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 03

Aula 3: Ética e Função pública.

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:
 Ética e Função pública. Ética no Setor Público. Decreto no
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal).

Espero que gostem da aula!

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Sumário
Ética. ............................................................................................... 3
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade.............................................. 7
Código de Ética do Servidor Público Federal ............................................... 10
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013 ..................................................... 33
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 57
Gabaritos. ........................................................................................ 69
Bibliografia ...................................................................................... 70

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Ética.

A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão,


científica ou filosófica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas1. De
certa forma, a ética vem de “dentro” do ser humano. Assim sendo,
relaciona-se com os valores que cada pessoa tem.
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em
sentido restrito), é relativa aos costumes e normas de comportamento
considerados consensuais na sociedade no momento. O termo “moral” é
derivado do latim (moris). Já a palavra “ética” é derivada do grego
“ethos”.
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os
comportamentos considerados aceitáveis em uma determinada sociedade
e em determinado tempo. Entretanto, em sentido mais restrito, os
dois conceitos são distintos.
A moral se relaciona, em sentido restrito, com os costumes
aceitos em cada sociedade ou grupo humano. Como os costumes
mudam, a moral também se altera com o tempo.
Por outro lado, a ética refere-se aos conhecimentos advindos da
análise do comportamento humano e dos valores morais, enquanto a
moral tem por base as regras, a cultura e os costumes seguidos
ordinariamente pelo homem, variando com o tempo. Logo, a ética
depende do contexto da ação.
Assim, o que era considerado imoral no Brasil dos anos 50 (por
exemplo: o beijo mais “caliente” na televisão) atualmente é considerado
aceitável. A mesma dinâmica ocorre quando falamos de sociedades
diferentes.
Algo pode ser considerado perfeitamente aceitável em uma
sociedade e imoral em outros lugares (muitos países proíbem a venda de
bebidas alcoólicas, por exemplo).
Já a ética, em sentido estrito, é considerada como o “estudo da
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moral”. Seria, portanto, o estudo das razões que levaram certos


comportamentos a serem aceitos e quais poderiam ser os
comportamentos universalmente aceitáveis.
As questões éticas nos envolvem a todo o momento. Quais são os
comportamentos aceitáveis em nossa sociedade? Como devemos nos
portar em relação ao próximo ou em nosso trabalho? Todas estas dúvidas
estão ligadas ao conceito de ética.

1
(Valls, 2008)

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Se a ética e a moral (em sentido amplo) estão ligados aos costumes
e valores de uma sociedade, não deixam de se transformar quando estes
costumes e valores mudam. Assim, a ética (ou a moral) não é uma só,
algo universal. É derivada dos valores e costumes de cada sociedade e
evolui com o passar do tempo.
Por fim, de acordo com Sanchez2, “a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o
autor, confirma-se a relação da moral com a ética.
Vamos ver algumas questões?
1 – (CESPE - ANTAQ – TODOS OS CARGOS – 2014) A ética é a
ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

Vimos que, conforme Sanchez3, “a ética é a teoria ou ciência do


comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o
autor, confirma-se a relação da moral com a ética. Gabarito, portanto,
questão correta.

2 – (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) A ética ocupa-se,


independentemente do contexto da ação, da melhor maneira de
agir, garantindo os melhores resultados por meio dos princípios
que sustentam uma justa ou correta atuação.

A ética refere-se aos conhecimentos advindos da análise do


comportamento humano e dos valores morais, logo, dependerá do
contexto da ação para ocupar-se da melhor maneira de agir. Gabarito,
portanto, questão errada.

3 – (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Os valores morais são


historicamente construídos pelas sociedades, como forma de
organizar a convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-
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estar do indivíduo consigo mesmo e em suas relações com as


outras pessoas.

A moral, também conhecida como um conjunto de regras que


regem o comportamento de uma pessoa ou coletividade (regras de
convívio), sofre alterações ao longo do tempo.

2
(Vázquez, 2002)
3
(Vázquez, 2002)

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Logo, está correto em afirmar que os valores morais são
historicamente construídos pelas sociedades e, mesmo que a regra não
seja obedecida, sua relevância é conhecida. Gabarito, portanto, questão
correta.

4 – (CESPE - DEPEN – AGENTE - 2013) A ética refere-se a um


conjunto de conhecimentos advindos da análise do
comportamento humano e dos valores morais, enquanto a moral
tem por base as regras, a cultura e os costumes seguidos
ordinariamente pelo homem.

A ética representa uma série de conhecimentos do comportamento


do homem. Já a moral possui relação com um conjunto de preceitos,
culturas e costumes, sendo, portanto, variável. Gabarito, portanto,
questão correta.

5 - (ESAF - ANEEL – ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta.


a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas.
Referem-se aos valores que regem a conduta humana, tendo
caráter normativo ou prescritivo.
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas.
Referem-se ao estudo dos princípios que explicam regras de
conduta consideradas como universalmente válidas.
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de
um conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em
comum justa e harmoniosa.
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes,
valores e normas de conduta específicas de uma sociedade ou
cultura.
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os
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princípios que regem a conduta humana.

A letra A está correta. A palavra “ética” é derivada do termo grego


“ethos”, ao passo que a palavra “moral” é derivada do termo latino
“moris”.
Esses termos são, realmente, muitas vezes utilizados como
sinônimos e são, em sentido amplo, conceitos conexos, com uma
característica de prescrição. Tanto a ética quanto a moral buscam
apresentar os comportamentos considerados aceitáveis em uma
sociedade.

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A letra B está errada, pois o “estudo dos princípios que explicam
regras de conduta consideradas como universalmente válidas” diz
respeito ao conceito de ética, em sentido restrito. A letra C está incorreta,
pois este é o conceito de moral em sentido restrito (e de ética no sentido
amplo). Do mesmo modo, a letra D está incorreta.
Finalmente, a letra E também está errada. É a ética, em sentido,
restrito, que estudará e detectará os princípios que regem a conduta
humana. O gabarito é, assim, a letra A.

6 - (FESMIP-BA – MPE-BA – ANALISTA – 2011) Examine as


assertivas abaixo.

I. Assim como a palavra “moral” vem do latim (mos, moris), a


palavra “ética” vem do grego (ethos) e ambas se referem a
costumes, indicando as regras do comportamento, as diretrizes de
conduta a serem seguidas.

II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que
são exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.

III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem


deve agir.

IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a


impossibilidade de ser violada.

Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III. 01139395157

e) II e IV.

A primeira frase está correta, pois tanto a ética quanto a moral


estão ligadas aos costumes e aos comportamentos esperados em uma
sociedade.
Já a segunda frase está incorreta, pois a ética não está ligada a este
objetivo de que o indivíduo “realize sua personalidade”. Se cada um fizer
o que “der na telha”, não teremos uma sociedade ética, não é mesmo?
Desta maneira, a terceira frase está certa.
A última frase está equivocada, pois a ética pode sim ser violada,
não é mesmo? (essa estava de graça...). O gabarito é mesmo a letra B.

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Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade

Vamos ver agora a diferença entre estes dois tipos de ética: a ética
da responsabilidade e a ética da convicção (ou do valor absoluto).
Quem criou estes dois conceitos foi Weber. Para ele, a ética da convicção
adotaria os valores como absolutos.
Desse modo, se temos a vida humana como um valor absoluto, não
poderíamos atentar contra a vida em nenhuma situação. O aborto de
fetos anencéfalos (que nascem sem cérebro), por exemplo, seria um
assassinato para quem se baseia neste tipo de ética.
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores
inegociáveis, que deveriam ser cegamente observados por todos os
indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na religião e
na política (entendida como a defesa de ideologias).
De acordo com Weber4,
"a ética absoluta simplesmente não pergunta
quais as consequências. Esse ponto é decisivo"
Ou seja, neste tipo de ética não podemos “negociar” nossos valores.
Não importa que o resultado de nossas convicções nos resulte em um
cenário catastrófico – teremos de segui-las!
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de
hierarquia. Nada seria absoluto. O valor da vida, como qualquer outro,
teria de ser colocado em análise quanto aos outros valores envolvidos no
caso em questão (por exemplo, a vida da mãe).
Tivemos esta discussão há pouco na nossa sociedade, não é
verdade? De um lado estavam as pessoas que acreditam que o aborto
nestes casos não seria aceitável e de outro lado pessoas que pensavam
que o melhor seria preservar a mãe nos casos em que a vida da criança
seria impossível. 01139395157

Assim, a ética da responsabilidade seria preocupada com os


resultados derivados das nossas escolhas. Muitas vezes, temos escolhas
que são difíceis e teríamos de escolher visando o melhor resultado final,
mesmo que tenhamos de tomar decisões que não nos agradam.
A ética da responsabilidade nos levaria a tentar fazer o “melhor
possível”, buscar o resultado de acordo com as contingências do
momento. Este seria o tipo de ética prevalente nas atividades
parlamentares e no ato de governar.

4
(Weber, 1967)

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O político poderia ter uma convicção muito grande da importância
da defesa do meio ambiente, por exemplo. O problema é que não deteria
o poder de, sozinho, definir a política pública para a defesa dos seus
interesses.
Como depende do apoio de outros parlamentares, este político
depende de negociações e deverá fazer concessões para que tenha pelo
menos parte do que deseja. Essas concessões são normais no Congresso
Nacional. Esse tipo de negociação seria baseado então na ética da
responsabilidade.
Muitos autores criticam a ética da responsabilidade, que consideram
como a ética do “oportunismo” ou da conveniência. Mas Weber era muito
crítico da ética da convicção. Para ele, este tipo de ética teria causado
diversas guerras e decisões catastróficas, pois não há preocupação com
os resultados finais, apenas em manter vivos os valores.
De acordo com Weber5,
“Devemos ser claros quanto ao fato de que toda
conduta eticamente apropriada pode ser guiada
por uma de duas máximas fundamentalmente e
irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode
ser orientada para uma "ética das últimas
finalidades", ou para uma "ética da
responsabilidade". Isso não é dizer que uma
ética das últimas finalidades seja idêntica à
irresponsabilidade, ou que a ética de
responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem
princípios. Naturalmente, ninguém afirma isso.
Há, porém, um contraste abismal entre a
conduta que segue a máxima de uma ética
dos objetivos finais – isto é, em termos
religiosos, “o cristão faz o bem e deixa os
resultados ao Senhor” – e a conduta que
segue a máxima de uma responsabilidade
ética, quando então se tem de prestar contas
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dos resultados previsíveis dos atos


cometidos”
Vamos voltar então para o caso dos políticos. De acordo com o
autor, a ética da convicção seria seguida pelo político em sua campanha
política – quando defende seus valores arduamente.
Já na sua atuação governamental, ele teria de atender a diversos
interesses, entrar em acordo com pessoas que não pensam como ele, etc.
Assim sendo, acabaria seguindo a ética das responsabilidades.

5
(Weber, 1967)

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Já a burocracia (os agentes públicos) teria “em teoria” de seguir a
ética da responsabilidade. Isto decorre do fato de que a burocracia é
baseada no caráter racional-legal. Ou seja, deveria utilizar seus recursos
buscando os fins desejados.
Na prática, no entanto, o que vemos é que a burocracia – os
agentes públicos – se apegam demasiadamente as normas legais, aos
regulamentos, sem preocupação com os resultados deste
comportamento.
Vamos ver algumas questões agora?
7 - (ESAF – TCU - AFC - 2002) A racionalização burocrática
consolidou, entre os funcionários do Estado, a ética da convicção,
traduzida pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo
legislativo; já entre os políticos prevalecia a ética das
responsabilidades, mais afeita às negociações e soluções de
compromisso entre demandas conflitantes. Isso dificultava as
relações entre Executivo e Legislativo, gerando conflitos
institucionais e paralisia decisória.

A primeira parte da frase está correta. O predomínio de uma “visão


tecnicista do processo legislativo”, ou seja, a interpretação técnica das
leis existentes leva a uma “obediência cega” aos regulamentos. Este
ponto está mesmo ligado a uma ética da convicção.
A segunda parte da questão também está correta. As negociações
políticas no ambiente do parlamento realmente estão inseridas dentro da
ética da responsabilidade.
Entretanto, a frase final está incorreta. Como a burocracia segue
“fielmente” a legislação, não ocorrem estes conflitos entre os políticos e
os agentes públicos. O gabarito, portanto, é questão errada.

8 - (ESAF – TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está


diretamente relacionado à ética da convicção ou do valor absoluto.
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A questão está incorreta porque o caráter racional-legal está ligado


a gestão dos recursos na busca dos fins desejados. Se existe uma
preocupação central com os resultados, estamos nos referindo a uma
ética da responsabilidade – e não de uma ética da convicção.
Dessa forma, o gabarito é questão errada.

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Código de Ética do Servidor Público Federal

Continuando, a maioria das questões de concurso sobre este tema


se baseia no Decreto 1.171 de 19946. Desta forma, irei comentar o
Código de Ética do Servidor Público Federal e algumas questões
ligadas a ele, além do Decreto 6.029/20077. Abaixo, deixo o link para
quem quiser baixar a “lei seca”.
Infelizmente, as questões ligadas a este tema são quase todas
“decoreba”, como irão ver abaixo. Assim sendo, recomendo uma leitura
do decreto um pouco antes da prova, para que estes assuntos estejam na
“memória quente” de vocês.
Seção I
“Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da
honra e da tradição dos serviços públicos.”

Vejam que, para o código de ética, não basta que o servidor se


comporte de modo ético apenas dentro do setor público onde
trabalha. É necessário se manter ético também em sua vida privada,
pois este representa o serviço público perante a sociedade.
Ao dispor que um dos primados é a eficácia, o Código não está
querendo impor fazer apenas o que deve ser feito, mas, sim, que o
servidor não poderá praticar atos que sejam considerados errados.
Por fim, não há hierarquia entre os primados citados. Isto é, a
consciência dos princípios morais não se sobressai à eficácia, por
exemplo, e vice-versa. 01139395157

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de


sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal,
o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
Federal.

6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm

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Esta parte mostra que o servidor público sempre deve estar atento
aos desvios éticos, mesmo que venham “revestidos” de legalidade. Veja
como o próximo inciso confirma esta noção:

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre


o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

Desta forma, não basta ser legal. Deve ser legal e moral ao
mesmo tempo. No entanto, o interesse público e o bem comum são a
finalidade de qualquer ato administrativo.
Por fim, procura-se alcançar o equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade com o intuito de gerar a consolidação da moralidade do ato
administrativo praticado.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos


pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidade, erigindo-se, como consequência em fator de legalidade.

A moralidade deve ser associada integralmente à legalidade pelo


servidor público na prática de um ato administrativo.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a


comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio
bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
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trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

O que o código tenta mostrar nesse inciso é que o servidor público


dever prestar um bom trabalho, uma vez que ele também será
beneficiado pela qualidade do atendimento da Administração Público, no
papel de cidadão.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e,


portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os
fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida

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privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional.

Vejam novamente este noção de que, para o servidor público, a


conduta privada integra a vida funcional.
Assim sendo, o servidor deve se manter ético em todas as
instâncias de sua vida, de modo honesto e íntegro, inclusive quando
estiver fora do horário de trabalho ou até de férias.
Vamos a uma questão sobre o tema.
9 – (CESPE – MTE – CONTADOR – 2014) A função pública, para
todos os efeitos, deve ser tida como exercício profissional, não se
integrando à vida particular do servidor público, o qual deve ser
capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem
comum.

Vejamos o que diz o Decreto nº 1.171, de 1994: “a função pública


deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público”.
Dessa forma, a questão está errada, pois a função pública se
integra à vida particular do servidor público. Gabarito, portanto, questão
errada.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais


ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a
serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

Vejam que, fora os casos em que a publicidade deve ser


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resguardada legalmente, este é um requisito de eficácia e moralidade de


um ato administrativo.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da
opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação.

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Neste caso, o servidor deverá preservar a verdade como forma de
evitar qualquer tipo de conduta opressora ou mentirosa, que levaria a
corromper a dignidade de uma pessoa ou até mesmo de um país.
Dessa forma, nota-se que é permitido que a publicidade seja
afastada em casos resguardados pela lei. Entretanto, não é permitido
omitir a verdade, ok?

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao


serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços
para construí-los.

Um dos deveres de um servidor publico é o de atender com


presteza, prestando as informações requeridas, exceto, claro, aquelas
protegidas por sigilo, zelando pela economia de material e conservando o
patrimônio público.
Da mesma forma, a deterioração de bem público por descuido ou
má vontade constitui ofensa ao equipamento e instalações, assim como
ao Estado e a todos que se dedicaram para sua construção. Constitui-se,
portanto, falta de ética, pois cabe, ao servidor público, zelar tanto pela
economia do material, quanto pela conservação do patrimônio público.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
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desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos


serviços públicos.

Como vimos, os servidores devem tratar a todos de maneira cortês.


Deste modo, não só o descuido com a coisa pública, como os atrasos
injustificados são considerados falta de ética. Desta forma, fica proibido o
servidor de se ausentar no serviço, sem que o chefe imediato autorize.

XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de


seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e,
assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e

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o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Um dos deveres de um servidor público é o de cumprir as ordens de


seus superiores, a não ser que se mostrem totalmente ilegais.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é


fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.

Qualquer servidor público tem como alguns de seus deveres: a


assiduidade e a pontualidade.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura


organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e
de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Estes últimos três incisos tratam do comportamento do servidor


perante seus chefes e colegas de trabalho. Assim sendo, deve existir
respeito e atenção às ordens dos superiores. Além disso, o servidor não
deve se ausentar do serviço sem justificativa, pois isto também é
considerado uma atitude antiética.
Vamos ver algumas questões sobre este tema?
10 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) O equilíbrio
entre o objetivo e o orçamento previsto poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo na conduta do servidor público.

Na verdade, o que o Decreto n° 1.171, de 1994, que aprovou o


Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
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dispôs no inciso III das Regras Deontológicas foi o seguinte:


“III - A moralidade da Administração Pública não
se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo
ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é
que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo”
Dessa forma, podemos perceber que não é o equilíbrio entre o
objetivo e o orçamento que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo na conduta do servidor público, mas sim, o equilíbrio entre

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a legalidade e a finalidade. O gabarito é questão errada.

11 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) Entre os


primados maiores, que devem nortear o servidor público no
exercício da função, estão o decoro e a eficácia.

Pessoal, tais primados estão contidos nas regras deontológicas


constantes no Código de Ética do Servidor Público Federal. Tais regras
fundamentam-se nos valores morais que o servidor público civil do Poder
Executivo Federal deva seguir.

Além do decoro e da eficácia, os outros valores seriam:


 A dignidade,
 O zelo e
 A consciência dos princípios morais.
Dessa forma, o gabarito é questão correta.

12 - (CESPE - TJ-AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012) A conduta


do servidor público, no exercício do cargo ou função, ou fora dele,
deve orientar-se por valores como dignidade, decoro, zelo,
eficácia e consciência dos princípios morais.

Essa questão também pode ser respondida com a leitura do inciso I


das regras deontológicas do Código de Ética profissional, não vejamos:

“Das Regras Deontológicas


I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e
a consciência dos princípios morais são
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primados maiores que devem nortear o


servidor público, seja no exercício do cargo
ou função, ou fora dele, já que refletirá o
exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão
direcionados para a preservação da honra e da
tradição dos serviços públicos”.
O gabarito, dessa forma, é questão correta.

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13 - (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Ética é o
conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito de
ética, considere:
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o
servidor público.
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção
entre o bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o
fim é sempre o bem comum.
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade não deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem-estar, embora, como cidadão, seja parte integrante
da sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

Vejam como esta questão é um “ctrl-c ctrl-v” do Decreto 1.171.


Portanto, as duas primeiras frases estão corretas. Na terceira frase, a
banca retirou o “não” do terceiro inciso. De acordo com o texto legal:
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III - A moralidade da Administração Pública não se limita à


distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da
idéia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do
ato administrativo.”

Assim sendo, esta assertiva está incorreta. Já a quarta frase está


correta. Entretanto, a quinta frase está errada. O trabalho desenvolvido
pelo servidor deve sim ser entendido como acréscimo de seu próprio
bem-estar. Desta forma, o nosso gabarito é a letra A.

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14 - (CESPE – STM – ANALISTA – 2011) A ausência de publicidade


nos atos administrativos enseja, necessariamente,
comprometimento ético.

Esta questão tem uma “pegadinha”. O princípio da publicidade tem


algumas exceções, como assuntos de segurança nacional. Assim, não é,
necessariamente, antiético deixar de tornar público um ato
administrativo. O gabarito é questão errada.

15 - (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Considere


as seguintes afirmativas:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de


seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e,
assim, evitando a conduta negligente

PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se,


às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.

É correto concluir que


a) as duas afirmativas são falsas.
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.
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d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a


primeira.
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a
primeira.

Esta questão nada mais é do que o inciso XI da primeira seção do


Decreto 1.171. Veja abaixo o texto original:
“XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às
ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando
a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o
acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir

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e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública.”

Como as duas frases da questão estão corretamente descritas, as


duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Deste modo, o
gabarito é a letra D.

16 - (CESPE – STM – ANALISTA – 2011) Os integrantes da


comissão de ética deverão, durante o desempenho das atividades
de membro da comissão, se afastar do exercício de outras
funções.

Questão incorreta! Não existe esta necessidade de afastamento


para a participação em uma comissão de ética. O gabarito é questão
errada.

17 – (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) No que concerne às


Regras Deontológicas estabelecidas no Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
é correto afirmar que
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade deve ser entendido como obrigação,
independentemente do seu próprio bem-estar, já que, como
funcionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse
trabalho é requisito essencial à manutenção de seu cargo, não
dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular.
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade
administrativa se integre no Direito, sendo dissociável de sua
aplicação e de sua finalidade.
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção
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entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é


sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá
omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão,
que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto
mais a de uma Nação.

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e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causa
dano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo
configura atitude contra a ética ou ato de desumanidade.

No caso da primeira frase, o êxito de seu trabalho deverá ser


considerado seu maior patrimônio, de acordo com o inciso n° 5. Assim
sendo, a letra A está errada. O erro da letra B está na palavra
“dissociável”. A palavra correta é indissociável.
Entretanto, a letra C está correta. Já a letra D é absurda, pois
obviamente o servidor não poderá omitir uma informação se for contrária
ao interesse do administrado. O mesmo ocorre na letra E, pois a
ocorrência de filas e demoras não é normal nem ético. Portanto, o nosso
gabarito é mesmo a letra C.
Continuando nossa aula, vamos ver mais uma parte do Código de
Ética:

Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou


emprego público de que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e


rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
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O significado da palavra procrastinar nada mais é do que protelar ou


demorar. Logo, o ato de procrastinar deve ser evitado e o servidor terá
que agir de modo célere, agilizando o atendimento ao usuário de serviço
público.

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do


seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

Prestem bastante atenção nesta última frase. Entre duas opções,


deve ser escolhida aquela mais vantajosa para o bem comum. Portanto,
se cair na prova que deverá ser escolhido o melhor para o Estado ou a

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para a Administração Pública ou até mesmo para o órgão em que você
trabalha, a questão estará errada, ok?
Vejamos uma questão sobre o tema.
18 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O
servidor público tem o dever de demonstrar integridade de
caráter, escolhendo a melhor e mais vantajosa opção para o bem
comum quando estiver diante de uma diversidade de alternativas.

É um dever fundamental de o servidor público ser probo, reto,


leal e justo. Diante disso, ele deve ter caráter íntegro, e escolher, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum. Gabarito, portanto, questão correta.

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição


essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu
cargo;

O andamento da gestão de bens, serviços ou direitos de uma


coletividade que esteja a cargo de um servidor não pode encontrar
resistência que não seja justificada. O retardo no processo ou na
execução de serviço deve ser evitado.

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;

Busca-se que qualquer usuário de serviço público entenda o que as


regras da Administração. Para isso, a linguagem, os símbolos utilizados,
devem ser de fácil compreensão por qualquer um.

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos


que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

Os valores morais e ideais do comportamento do homem


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devem ser observados durante o trabalho de um servidor para que ele se


paute durante o exercício de sua função.

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,


respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários
do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição
social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em
que se funda o Poder Estatal;

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Vejam que, apesar de ter de respeitar a hierarquia, o servidor pode
e deve representar contra seus superiores quando estes faltarem com a
ética. Vejam como o próximo inciso confirma isso:

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de


contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer
favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

O servidor deve cumprir as ordens de seu superior hierárquico, a


não ser que estejam agindo dentro da ilegalidade. Se isso ocorrer, fica o
servidor obrigado a representá-lo contra ilegalidade e abuso de poder,
resistindo a qualquer pressão que venha sofrer, de qualquer um, em
decorrência de ações aéticas.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências


específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
Desta forma, mesmo que em greve, o servidor deve manter os
serviços básicos de saúde e segurança pública funcionando
adequadamente.

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua


ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente
em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis;

Cabe ao servidor público, informar, à autoridade superior, qualquer


irregularidade que vier a tomar conhecimento em virtude do cargo em
que ocupa. Além da denúncia, ele deverá exigir que alguma providência
seja tomada para sanar a irregularidade.
Vamos a amais uma questão?
19 – (CESPE – MTE – CONTADOR – 2014) O servidor público deve
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ser assíduo e frequente em seu serviço, posto que suas ausências


ou atrasos causam prejuízos à ordem do trabalho, o que
repercute, negativamente, em todo o sistema no qual esteja
inserido.

Questão está correta, pois toda ausência injustificada do servidor de


seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que
quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
Quando se fala que quase sempre conduz à desordem nas relações
humanas, implica que as ausências ou atrasos injustificados geram

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prejuízos à ordem do trabalho, pois uma coisa influencia a outra.
Gabarito, portanto, questão correta.

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo


os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

O servidor público tem o dever de conservar o patrimônio público e


de zelar pela economia do material utilizado durante o expediente.

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a


melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do
bem comum;

O servidor público deve manter-se atualizado. Para isso, cabe a ele


realizar cursos, participar de palestras, ler a legislação atualizada, para se
aperfeiçoar e, assim, realizar sua função com maior eficiência.

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao


exercício da função;

Até a melhoria dos processos de trabalho está relacionada com o


comportamento ético que um servidor deve apresentar. O mesmo ocorre
em relação ao vestuário.

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de


serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

Aqui cabe o mesmo comentário da alínea “o”. Atualizar-se sempre,


seja por meio de cursos, seja por meio de leituras sobre legislação
vigente. 01139395157

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções


superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível,
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de
direito;

As atividades de um servidor podem sofrer fiscalização de outro


órgão desvinculado ao que ele atue. Para tanto, o servidor não pode
obstruir o trabalho do colega, devendo facilitar a fiscalização, entregando

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papelada e documentações solicitadas, permitindo acesso a salas e
arquivos necessários para o exercício da função.

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais


que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;

O servidor, obviamente, não pode se utilizar dos poderes e


benesses do cargo para benefício próprio.

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre


a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.

Vamos ver mais algumas questões sobre o Código de Ética:

20 - (CESPE - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2007) Por


meio do exercício dos princípios e valores morais no trabalho,
como ser probo, reto, leal e justo, entre outros, o servidor, além
de desenvolver suas capacidades, habilidades e competências,
projeta também seus valores éticos.

Vejam que as questões da banca são tiradas do Código de Ética.


Com a leitura do Decreto, confirmamos tudo o que foi dito no enunciado.
Dessa forma, o servidor deverá desempenhar suas atribuições a
tempo, com rapidez, perfeição e rendimento, sendo probo, reto, leal e
justo, decidindo sempre pela melhor e mais vantajosa opção para o bem
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comum. O gabarito, portanto, é questão correta.

21 - (CESPE - TJ-RR – NÍVEL SUPERIOR – 2012) O servidor público


que age contra a injustiça, ainda que em prejuízo próprio,
demonstra um comportamento ético.

De acordo com o Decreto n° 1.171/1994, servidor público deve ser


probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a
melhor e a mais vantajosa para o bem comum.

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Logo, mesmo que em prejuízo próprio, ele demonstrará um
comportamento ético. O gabarito, portanto, é questão correta.

22 - (FCC – MRE – OFCHAN – 2009) NÃO é considerada regra


deontológica, dentre outras, destinada ao servidor público civil do
Poder Executivo federal:
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.
b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus
superiores, velando por seu cumprimento e evitando conduta
negligente, sendo que o descaso e o acúmulo de desvios revelam
imprudência no desempenho funcional.
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre
conduz à desordem nas relações humanas.
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses
da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que
tratar mal uma pessoa que paga seus tributos é causa de dano
moral.

Esta questão tem uma “maldade”. Na verdade, o único erro é que,


ao contrário do que está escrito na letra A, não são todos os atos que
devem ser tornados públicos.
Como o próprio Decreto descreve, existem situações em que os atos
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devem ser mantidos em segredo (casos de segurança nacional,


investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração
Pública). Desta forma, o gabarito é a letra A.
Vamos continuar com os comentários ao Código de Ética:
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição
e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;

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O uso do cargo ou função, quando utilizados para obter vantagens
para si ou para terceiros, pode ser enquadrado no crime de Corrupção
Passiva.

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou


de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro
ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua
profissão;

Estes primeiros incisos são bastante óbvios e por isso mesmo, não
costumam ser muito cobrados.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou
material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

O inciso D se refere a atrasos injustificados. Além disso, se o


servidor pode atender ao cidadão hoje, não deve deixar para amanhã. Já
a letra “e” se mostra interessante. De acordo com ela, o servidor não
pode deixar de utilizar os avanços científicos ao seu alcance no
atendimento do seu dever.

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,


paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;

Assim sendo, o servidor deve ser imparcial com todas as pessoas


com quem se relacionar dentro do trabalho (eu sei, é mais fácil falar do
que fazer!).
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g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar
para providências;

O ato de modificar ou adulterar dados de um documento também é


crime previsto penalmente. Então muito cuidado, pois, mesmo que não o
faça diretamente, só o fato de permitir o acesso para que outro o faça, já
é considerado crime.

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Vamos ver uma questão?
23 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O
servidor público pode alterar o teor de documentos que deva
encaminhar para providências sempre que notar que a
modificação colabora para o melhor andamento do serviço.

Uma das vedações impostas ao servidor público é a de alterar ou


deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências.
Dessa forma, o gabarito é questão errada.

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do


atendimento em serviços públicos;

Estes três últimos itens lidam com desvios penais. Fica tranquilo em
entender ser proibição imputada a servidor, não é mesmo?

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;


l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

Se o servidor retirar qualquer objeto ou documento ou bem móvel


de uma repartição pública, sem autorização, estará incorrendo no crime
de Peculato.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de


seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

Se o servidor utilizar informações sigilosas ou privilegiadas que


obteve no serviço, ou em função do cargo que ocupe, incorrerá no crime
de Violação de sigilo funcional. Pessoal, vira e mexe, vemos denúncias de
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crimes como este na televisão, não é verdade?

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;


o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a
moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

Vejam novamente que mesmo os atos ocorridos quando o servidor


estiver fora do seu trabalho não são permitidos e serão considerados
infrações éticas.
Vamos a mais algumas questões?

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24 - (CESPE - MMA – ANALISTA AMBIENTAL II – 2011) As
disposições desse código não se restringem à conduta do servidor
público no âmbito do local de trabalho e às funções
precipuamente exercidas. Nesse código, também constam, entre
as vedações que compreende, as que dizem respeito a servidor
embriagar-se fora do serviço habitualmente e a ligar seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

O item XV, da seção III do Código de Ética, traz as vedações que o


servidor público se submete. Dentre elas, temos a proibição de
apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente e
exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
Dessa forma, observamos que a conduta de um servidor deve ser
pautada pela ética, mesmo que não colida com a lei. Portanto, mesmo
fora de horário de expediente, o servidor deve manter sua conduta de
modo ético, com retidão e transparência. O gabarito, portanto, é questão
correta.

25 - (CESPE - IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) É


dever do servidor público atuar em benefício da comunidade, sem
levar em conta interesses particulares, seus ou dos cidadãos.

O servidor público deve ser impessoal, buscando o bem comum


quando da prática de seus atos. Dentro dessa linha, ele não poderá obter
qualquer tipo de favorecimento, mesmo que seja pra outra pessoa, em
função do cargo que ocupe.
Da mesma forma, fica proibido utilizar-se de informações
privilegiadas em benefício próprio ou de terceiros, como, por exemplo,
comprar títulos públicos, sabendo que eles terão seus valores
aumentados por atos do governo nos dias seguinte, dando maiores
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rentabilidades aos portadores. Assim sendo, o gabarito é questão correta.

CAPÍTULO II
Das Comissões de Ética

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública


Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão
ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá
ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e
aconselhar sobre aética profissional do servidor, no tratamento com as

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pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

Assim sendo, todos os órgãos e entidades da Administração Federal


e até entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder público
devem ter uma comissão de ética.
Vamos a uma questão sobre o tema?
26 – (CESPE – MTE – AFT – 2013) De acordo com o Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
a pena aplicável ao servidor público pela comissão de ética é
pecuniária e sua fundamentação deverá constar do respectivo
parecer, assinado por todos os integrantes da comissão, com
ciência do faltoso.

De acordo com a Portaria nº 2.973, de 2010, que aprovou o Código


de Ética dos agentes públicos do MTE, o descumprimento das normas
deste Código imporá ao infrator a penalidade de censura, de que trata o
Decreto nº 1.171/94, sem prejuízo de outras sanções de natureza penal,
civil ou administrativa.
Dessa forma, a penalidade seria a de censura, e não a pecuniária
como afirma o examinador. Gabarito, portanto, questão errada.

XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos


e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre
ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a princípio ou
norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias
ou representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o
setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem
recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função
pública, desde que formuladas por autoridade, servidor,
jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se
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identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente


constituídas.

Portanto, a comissão pode instaurar de ofício um processo para


averiguar infrações éticas. Qualquer cidadão, desde que seja identificado,
pode representar para a comissão.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos


encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os
registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.
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A promoção de um servidor poderá estar pautada no relato de


conduta dele fornecido pela Comissão de Ética a quem for responsável
pelos procedimentos de instrução do ato de promoção.

XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para


a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à
ética, em conformidade com este Código, terão o rito sumário, ouvidos
apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração
decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao
respectivo Ministro de Estado.

Desta forma, o resultado dos processos poderá ser utilizado para


instruir processos de promoções, entre outros. Os procedimentos da
comissão terão o rito sumário, ou seja, acelerado.

XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua


reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e
respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo
Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for
o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o servidor
público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O
retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará
comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de
Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e
providências.

Se o caso for grave ou reincidente, a comissão poderá inclusive


encaminhar o caso à entidade de classe que o servidor seja inscrito (Por
exemplo: o CRO no caso dos servidores que sejam dentistas).

XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou


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ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em


ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas
no próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de
Ética, criadas com o fito de formação da consciência ética na
prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o
expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração Federal da
Presidência da República.

As decisões serão publicadas no órgão e enviadas às demais


comissões de ética, com o objetivo de aumentar a consciência ética.

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XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Este é um dos itens mais cobrados em provas de concurso. A pena


cabível nestes casos é apenas a de censura! Não ocorrem suspensões,
exonerações ou demissões. Esta é uma pegadinha recorrente em
concursos.
Lembrem-se de que não é a finalidade, de qualquer Comissão de
Ética, aplicar sanções disciplinares. O objetivo dela é justamente o de
evitar que um servidor incorra em uma infração e venha a sofrer alguma
penalidade, induzindo a ética nas atitudes do agente.

XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o


julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de
serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-
lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais
conhecidos em outras profissões;

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se


por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou
de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista,
ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

A noção de servidor público é lato senso, ou seja, qualquer pessoa


que, mesmo eventualmente e sem receber por isso, esteja
exercendo uma função pública.

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XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer


cidadão houver de tomar posse ou ser investido em função
pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de
Ética, um compromisso solene de acatamento e observância das
regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os
princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons
costumes.

Apenas um alerta. O Decreto 6.029, de 2007, que instituiu o


Sistema de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal, revogou os
incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV, mas o mantive, pois ninguém
sabe o que se passa na cabeça de um examinador, ok? Falaremos sobre
esse Decreto um pouco mais a frente.

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Bom, vamos agora a outra questão?
27 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) Em cada
órgão e entidade da administração pública federal direta, indireta
autárquica e fundacional, deverá ser criada uma comissão de
ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o
patrimônio público.

O artigo 2º do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil


do Poder Executivo Federal dispõe praticamente o que foi descrito no
enunciado da questão, senão vejamos:

“Art. 2° Os órgãos e entidades da


Administração Pública Federal direta e
indireta implementarão, em sessenta dias, as
providências necessárias à plena vigência do
Código de Ética, inclusive mediante a Constituição
da respectiva Comissão de Ética, integrada por
três servidores ou empregados titulares de cargo
efetivo ou emprego permanente”.

Mais a frente, no item XVI do anexo do Código, quando trata sobre


as Comissões, o legislador dispôs que:

“XVI - Em todos os órgãos e entidades da


Administração Pública Federal direta, indireta
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo
poder público, deverá ser criada uma Comissão
de Ética, encarregada
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de orientar e
aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com o
patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento
susceptível de censura”.

O gabarito, portanto, é questão correta.

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Decreto 6.029/07

Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder


Executivo Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem
sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética
pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a
transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais
para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e
interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de
incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética
pública do Estado brasileiro.
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de
maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de
1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e
órgãos do Poder Executivo Federal.

Assim sendo, este decreto criou um efetivo sistema “hierárquico”,


no qual congrega todas as Comissões de Ética dos órgãos públicos do
Executivo Federal, sob coordenação, avaliação e supervisão da Comissão
de Ética Pública (CEP) da Presidência da República!
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Esta CEP será composta de sete membros, todos brasileiros, com


idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em
administração pública.
Os membros serão designados pelo Presidente da República, tendo
mandatos de três anos, que não poderão ser coincidentes (será permitida
apenas uma recondução ao cargo).
Apesar disso, a participação dos membros não gera nenhuma
remuneração! Os trabalhos eventualmente prestados serão considerados
como de relevante prestação de serviço público.
O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais deliberações da
comissão. A CEP conta com uma Secretaria Executiva vinculada à Casa
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Civil da Presidência da República, que deverá prestar apoio técnico e
administrativo aos trabalhos da Comissão.

Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013

No dia 16 de maio deste ano (2013), foi sancionada a Lei n°


12.813, que dispõe sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou
emprego do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao
exercício do cargo ou emprego.

Pessoal, essa é uma lei bem recente, Decreto de 26 de maio


quentinha, saída do forno há pouco tempo, de 1999:
logo tem boa probabilidade da banca cobrar na
Art 1º Fica criada a
prova. Logo, não deixem de ler esse dispositivo
Comissão de Ética
antes da prova, ok? Pública, vinculada ao
Presidente da República,
Lembram quando falamos sobre conflito competindo-lhe proceder à
de interesses e informações privilegiadas? revisão das normas que
dispõem sobre conduta
Pois bem, o primeiro artigo da Lei refere-se a ética na Administração
essas situações. Pública Federal, elaborar
e propor a instituição do
Conforme o artigo primeiro, as situações Código de Conduta das
de conflito de interesses, envolvendo Autoridades, no âmbito do
Poder Executivo Federal.
ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do
Poder Executivo Federal, além dos requisitos e
restrições a ocupantes de cargo ou emprego
que tenham acesso a informações privilegiadas serão reguladas por esta
Lei.

Mas aí vem a pergunta: “quem se submeteria a esses comandos


legais? Conforme o artigo segundo, seriam:
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Os ministros de Estado

Os ocupantes de cargos de natureza especial

Os presidentes de entidades da Administração Indireta, assim


como seus vices e diretores

Aqueles que ocuparem cargos de Grupo-Direção e


Assessoramento Superior (DAS), nos níveis 6 ou 5 ou equivalentes

Figura 1. Agentes submetidos à Lei de Conflito de Interesses

Pessoal, não devemos nos esquecer dos agentes públicos cujo


exercício proporcione acesso a informação privilegiada capaz de trazer
vantagem econômica ou financeira para si ou para outrem, ok? Isso está
disposto no parágrafo único do artigo segundo da Lei em estudo.

No entanto, todos, exceto esses últimos (agentes públicos cujo


exercício proporcione acesso a informação privilegiada) deverão divulgar,
diariamente, suas agendas de compromissos públicos na rede mundial de
computadores (internet).

O conflito de interesses deve ser prevenido ou impedido, sempre


que possível, pelo ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo
Federal.
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Percebam que, em caso de dúvidas sobre como agir, caberá uma


consulta à Comissão de Ética Pública ou à Controladoria Geral da União,
que são competentes pela fiscalização e avaliação do conflito de
interesses, ok? Nessa situação, essa regra alcança qualquer agente
público do Poder Executivo Federal e não só os listados anteriormente.

Esses órgãos estabelecem normas, procedimentos e mecanismos


com a finalidade de prevenir ou impedir conflito de interesses. Logo,
fica evidente a necessidade de determinar medidas para a prevenção ou
eliminação do conflito.

Outra função desses órgãos é a de permitir que o ocupante de cargo

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ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal exerça atividade
privada, quando verificado que não existe de conflito de interesses.

Além disso, devem ser comunicadas as alterações relevantes no


patrimônio dos ocupantes de cargos ou empregos a aqueles órgãos, em
conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Serão dispostos, agora, algumas situações que são consideradas


conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do
Poder Executivo Federal. Aqui, a regra também alcança qualquer agente
público do Poder Executivo Federal, ok?

Imagine que um agente divulgue para a imprensa, por exemplo,


uma informação privilegiada que obteve por exercer certa função, por um
motivo qualquer. Ou que outro agente preste serviços a uma empresa
cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o
agente público está vinculado. É bastante claro que eles estarão
incorrendo no que se denomina de conflito de interesses. Não há como
pensar diferente nesse caso, não é verdade?

Outra forma de um agente “cair” em conflito de interesses seria se


ele estivesse exercendo papel de procurador, consultor, assessor ou
intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes. Neste
caso, mesmo que ele atue informalmente, indicando pessoas ou orientado
no processo, configurará conflito de interesses.

No mesmo contexto do exemplo do parágrafo anterior, podemos


citar o caso em que o agente atue beneficiando uma pessoa jurídica, cujo
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, participe.
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Também é motivo para gerar conflito de interesses, o fato de o


agente público receber presente de alguém que seja parte interessada
naquilo no qual ele for decidir, assim como se ele vier a prestar serviços à
empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente
ao qual o agente público esteja vinculado.

Quanto às regras sobre o tratamento de presentes e brindes


aplicáveis às autoridades públicas abrangidas pelo Código de Conduta da
Alta Administração Federal, a Casa Civil da Presidência da República
publicou a Resolução nº 3 de 2000.

No caso dos presentes, fica proibido recebe-los (de qualquer valor)

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quando o ofertante for pessoa, empresa ou entidade que: esteja
sujeita à jurisdição regulatória do órgão a que pertença a autoridade;
tenha interesse pessoal, profissional ou empresarial em decisão que
possa ser tomada pela autoridade em razão do cargo; mantenha relação
comercial com o órgão a que pertença a autoridade; ou represente
interesse de terceiros, como procurador ou preposto, de pessoas,
empresas ou entidades.

Por outro lado, são permitidos presentes: em razão de laços de


parentesco ou amizade, desde que o seu custo seja arcado pelo próprio
ofertante, e não por pessoa, empresa ou entidade que se enquadre nos
casos proibidos; quando ofertados por autoridades estrangeiras, nos
casos protocolares em que houver reciprocidade ou em razão do exercício
de funções diplomáticas.

Caso seja proibida a aceitação e não seja viável a recusa ou a


devolução imediata de presente, há três opções para a autoridade.
Primeiro, ela deverá destiná-lo ao acervo do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional-IPHAN para que este lhe dê o destino legal
adequado, quando tratar-se de bem de valor histórico, cultural ou
artístico.

Segundo, quando não se tratar de bem com o valor descrito no


parágrafo anterior, a autoridade poderá doar à entidade de caráter
assistencial ou filantrópico reconhecida como de utilidade pública. Agora,
se a doação a essa entidade for de bem não perecível, esta deverá aplicar
o bem ou o produto da sua alienação em suas atividades fim, ok?

Por ultimo, a autoridade poderá determinar que o bem seja


incorporado ao patrimônio da entidade ou do órgão público onde
exerce a função.
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Já no caso de brindes, pode-se aceitá-los. Mas o que estaria dentro


do conceito de brinde? Segundo a Resolução, seriam aqueles que não
tenham valor comercial (não ultrapassem o valor unitário de R$ 100,00
(cem reais) ou sejam distribuídos por entidade de qualquer natureza a
título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de
eventos ou datas comemorativas de caráter histórico ou cultural, desde
que não ultrapassem o valor unitário de R$ 100,00 (cem reais). E se
ultrapassar esse valor? Bom, se ultrapassar, ele será considerado como
presente, e não mais brinde, ok?

Outra característica de brinde é possuir uma periodicidade de

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distribuição que não seja inferior a 12 (doze) meses, além de
apresentar um caráter geral, não se destinando a agraciar
exclusivamente uma determinada autoridade.

Vejamos uma questão sobre o assunto?

28 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014)


Considere que Edilson, presidente de uma autarquia federal, tenha
recebido um presente de entidade comercial privada que mantém
relações com a referida autarquia. Considere, ainda, que em
função da impossibilidade de devolução do presente, Edilson
tenha determinado a incorporação do presente ao patrimônio da
autarquia. Nessa situação hipotética, não foi infringida nenhuma
resolução da Comissão de Ética Pública da Presidência da
República.

Vejamos o que dispõe a Resolução nº 3, de 2000, que trata das


regras sobre o tratamento de presentes e brindes aplicáveis às
autoridades públicas abrangidas pelo Código de Conduta da Alta
Administração Federal:
“3. Não sendo viável a recusa ou a devolução
imediata de presente cuja aceitação é vedada, a
autoridade deverá adotar uma das seguintes
providências;
I – tratando-se de bem de valor histórico, cultural
ou artístico, destiná-lo ao acervo do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN
para que este lhe dê o destino legal adequado;
II - promover a sua doação a entidade de caráter
assistencial ou filantrópico reconhecida como de
utilidade pública, desde que, tratando-se de bem
não perecível, se comprometa a aplicar o bem ou
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o produto da sua alienação em suas atividades


fim; ou
III - determinar a incorporação ao patrimônio
da entidade ou do órgão público onde exerce
a função”.

Dessa forma, nessa situação, não há infração e o gabarito é questão


correta.

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Pessoal, vimos várias situações de conflito de interesses quando o
agente estiver em pleno exercício do cargo ou emprego público. Veremos,
agora, como configurará o conflito de interesses após o citado
exercício.

Aqui, cabe saber o tempo em que o agente deixou o cargo ou


emprego público. Se, em até 6 (seis) meses da dispensa, exoneração,
destituição, demissão ou aposentadoria, o agente fizer algumas as
situações que serão listadas abaixo, será configurado conflito de
interesses. Depois desse tempo (após 6 (seis) meses), só será
considerado conflito, caso divulgue ou faça uso de informação privilegiada
que obteve quando exercia as atividades, ok?

Conforme inciso II do artigo 6° da Lei 12.813/2013, a Comissão de


Ética ou a Controladoria-Geral da União considerará situação de conflito
de interesses:

“Art. 6° Configura conflito de interesses após o


exercício de cargo ou emprego no âmbito do
Poder Executivo federal:

I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de


informação privilegiada obtida em razão das
atividades exercidas; e

II - no período de 6 (seis) meses, contado da data


da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou
aposentadoria, salvo quando expressamente
autorizado, conforme o caso, pela Comissão de
Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da
União:
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a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo


de serviço a pessoa física ou jurídica com quem
tenha estabelecido relacionamento relevante
em razão do exercício do cargo ou emprego;

b) aceitar cargo de administrador ou


conselheiro ou estabelecer vínculo
profissional com pessoa física ou jurídica que
desempenhe atividade relacionada à área de
competência do cargo ou emprego ocupado;

c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder

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Executivo federal contratos de serviço,
consultoria, assessoramento ou atividades
similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao
órgão ou entidade em que tenha ocupado o
cargo ou emprego; ou

d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de


interesse privado perante órgão ou entidade
em que haja ocupado cargo ou emprego ou
com o qual tenha estabelecido relacionamento
relevante em razão do exercício do cargo ou
emprego”.

Nas situações relatadas de conflito de interesses, tanto durante,


quanto após o exercício do cargo, o agente público que vier a cometê-las,
incorrerá em improbidade administrativa contra os princípios da
Administração Pública, conforme artigo 11 da Lei 8.429, de 2 de junho de
1992.

Vamos ver como isso já foi cobrado em provas de concurso?

29 - (CESPE - MTE - AFT – 2013) A Lei nº 12.813/2013 introduziu


no regime jurídico do servidor público civil o prazo mínimo de
desincompatibilização do servidor que se desligar da
administração pública, durante o qual o servidor não poderá
divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão
das atividades exercidas.

A Lei nº 12.813, de 2013, que trata do conflito de interesses no


exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal e de
impedimentos posteriores, traz, no artigo 6º, o seguinte:
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“Art. 6º Configura conflito de interesses após o


exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder
Executivo federal:
I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de
informação privilegiada obtida em razão das
atividades exercidas; e
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data
da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou
aposentadoria, salvo quando expressamente
autorizado, conforme o caso, pela Comissão de

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Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da União.
(...)”
Pessoal, o inciso I nega o que afirma o examinador da prova, logo,
o gabarito é questão errada.

Essa Lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional, conforme
podemos observar abaixo:

“Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os


Princípios da Administração Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que


atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou


diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de


ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão


das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-


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lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de


terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço”.

Continuando, temos que, o agente público que se encontrar em


situação de conflito de interesses, além de incorrer em improbidade
administrativa, sob pena de sofrer sanções cabíveis, dispostas em outros
instrumentos, como a Lei 8.112, de 1990, se sujeitará à penalidade de
demissão.

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Os agentes públicos que se submetem ao regime desta Lei, isto é,
mesmo que estejam em período de afastamento ou em gozo de licença,
serão obrigados a enviar uma declaração sobre a sua situação
patrimonial, assim como de seu cônjuge, companheiro ou parente, por
consanguinidade ou afinidade, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, todo o ano.

Eles também ficam obrigados a comunicar qualquer atividade na


iniciativa privada que venham a exercer ou, então, contrato ou negócio a
ser firmado, pelo período de até 6 (seis) meses após o exercício de cargo
ou emprego público no âmbito do Poder Executivo Federal. A
comunicação deve ser feita por escrito à Comissão de Ética Pública ou à
unidade de recursos humanos do órgão ou entidade respectivo

Fiquem atentos a um detalhe: o agente tem a obrigação não apenas


de comunicar atividade que possam trazer potencial conflito de interesses
entre a atividade pública e a privada, mas, inclusive, alguma proposta de
trabalho, nesses parâmetros, a qual pretenda aceitar, caso venha a
receber.

Vamos ver algumas questões sobre a aula?


30 – (CESPE - ANATEL - ANALISTA – 2014) Toda ausência
injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público, podendo conduzir à desordem
nas relações humanas.

Está escrito no Decreto nº 1.171/94, dentre as regras deontológicas


que “toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é
fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas”.
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Logo, todo servidor público tem como deveres: a assiduidade e a


pontualidade. Gabarito, portanto, questão correta.

31 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) A divulgação dos


valores insculpidos no Código de Ética é dever exclusivo da
administração pública, não havendo obrigação do servidor público
de fazê-la.

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Um dos principais deveres dos servidores públicos é divulgar e
informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência do
Código de Ética, além de estimular o seu cumprimento de forma integral.
Logo, não os servidores públicos têm a incumbência de divulgar os
valores insculpidos no código de ética. Gabarito, portanto, questão
errada.

32 – (CESPE - CNJ - TÉCNICO – 2013) Estimular a observância do


Código de Ética do Serviço Público é um dever de todo e qualquer
servidor público.

Já vimos que isto se trata de um dever dos servidores públicos,


dentre outros, claro. Gabarito, portanto, questão correta.

33 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) A deterioração de


bem público por descuido de servidor, embora seja socialmente
condenável e passível de punição administrativa, não constitui
falta ética.

Uma das regras deontológicas é: “A cortesia, a boa vontade, o


cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço
pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou
indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar
dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público,
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas
uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos
os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo,
suas esperanças e seus esforços para construí-los.”
Logo, a deterioração de bem público por descuido ou má vontade
constitui uma ofensa ao Estado e a todos que se dedicaram para sua
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construção, constituindo, portanto, falta de ética. Gabarito, dessa forma,


questão errada.

34 – (CESPE - ANAC - TÉCNICO – 2012) É dever do servidor


público zelar pela economia do material e pela conservação do
patrimônio público.

Cabe ao servidor público cuidar de qualquer bem pertencente ao


patrimônio público, sendo proibido deteriorá-lo, por descuido ou má
vontade.

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Da mesma forma, não é razoável o uso indiscriminado de material
pelo servidor, o qual deve zelar pela sua economia, ok? Gabarito,
portanto, questão correta.

35 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) De acordo com as


regras deontológicas estabelecidas no Código de Ética, a
consolidação da moralidade do ato administrativo ocorrerá a
partir do equilíbrio entre a legalidade e a finalidade.

Está escrito no inciso III das regras deontológicas: “A moralidade da


Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo”.
Logo, deve haver o equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na
tentativa de proporcionar a consolidação da moralidade do ato
administrativo praticado. Gabarito, portanto, questão correta.

36 (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) O servidor público está


autorizado a omitir a verdade se o interesse do Estado o exigir.

Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou


interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou
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estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou


da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação.
Esse dois parágrafos anteriores estão dispostos dentre as regras
deontológicas do código de ética. Logo, percebe-se que se pode afastar a
publicidade de algum ato administrativo, no entanto, nunca pode-se
omitir a verdade como afirma o enunciado da questão. Gabarito,
portanto, questão errada.

37 – (CESPE - MDIC - ANALISTA – 2014) Em uma sociedade de


economia mista que desenvolve atividade de prevalente interesse

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do Estado, determinado empregado falta ao trabalho
frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do
empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das
Leis do Trabalho e ele não está sujeito ao Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo.

Um dos deveres fundamentais dos servidores públicos elencado no


código de ética é: “ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
negativamente em todo o sistema”.
Dessa maneira, como os órgãos e entidades da Administração
Pública Federal direta e indireta devem seguir o Código de Ética
implementado, o empregado da sociedade de economia mista está sujeito
ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo. Gabarito, portanto, questão errada.

38 – (CESPE - ANATEL - ANALISTA – 2014) É vedado ao servidor


público manter-se habitualmente embriagado, ainda que fora do
serviço.

Essa questão é muito tranquila, não é verdade? Mesmo que não


conhecesse o código de ética, você responderia corretamente, pois é
evidente que é proibido apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente. Gabarito, portanto, questão correta.

39 – (CESPE - MDIC - ANALISTA – 2014) Em uma repartição onde


há atendimento ao público para fornecimento de certidões, a
emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas
técnicos, quando ainda havia tempo razoável de expediente de
trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar
informações junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os
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cidadãos se retirassem das instalações do órgão e voltassem no


dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os motivos
da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o
servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a
ele informar aos usuários os motivos da paralisação do serviço,
pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o
público é um dever ético-funcional.

Cabe, aos servidores públicos, tratar cuidadosamente os usuários


dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o
público.

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Logo, o servidor realmente cometeu infração ética, pois ele deveria
informar ao público o motivo da paralisação do serviço. Gabarito,
portanto, questão correta.

40 – (CESPE - ANTAQ – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) A


comissão de ética poderá aplicar ao servidor público que
descumprir dever ético pena de advertência e, no caso de
reincidência, censura ética, sendo necessário parecer assinado
pelo presidente da comissão.

As bancas sempre tentarão fazer pegadinha com o tipo de pena que


cabe à comissão de ética aplicar ao servidor público.
Segundo o código de ética, a pena aplicável ao servidor público pela
Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência
do faltoso.
Logo, não pode aplicar pena de advertência, nem suspenção, nem
outra que não seja a de censura. Gabarito, portanto, questão errada.

41 - (CESPE - ANTAQ – CONHECOMENTOS BÁSICOS – 2014) É


dever do servidor público respeitar a hierarquia, não podendo
representar em hipótese alguma, contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o poder
estatal.

Realmente é dever do servidor ter respeito à hierarquia. No


entanto, isso não significa dizer que não possa representar contra
qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o
Poder Estatal.
Em consequência disso, o servidor deve resistir a todas as pressões
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de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que


visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las. Gabarito,
portanto, questão errada.

42 – (CESPE - ANTAQ – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) Ser


assíduo e frequente ao serviço não é um dos principais deveres do
servidor público, caso este desempenhe bem e a tempo as
atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja
titular.

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Trata-se de um dever fundamental do servidor público elencado no
código de ética. Logo, ele deve ser assíduo e frequente ao serviço, na
certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
refletindo negativamente em todo o sistema. Gabarito, portanto, questão
errada.

43 – (CESPE - MDIC – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O


Decreto n. o 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos servidores
públicos o dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em
detrimento da rapidez.

Questão pode ser resolvida com a leitura de dois deveres


fundamentais dos servidores públicos:

 desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou


emprego público de que seja titular;
 exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de
filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos
serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim
de evitar dano moral ao usuário.

Logo, para evitar qualquer dano moral ao usuário, o servidor público


deve exercer suas atividades com rapidez, perfeição e rendimento; sem
detrimento de nenhuma dessas características. Dessa forma, o gabarito é
questão errada.

44 – (CESPE - MTE - CONTADOR – 2014) No que tange aos


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princípios morais, o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos primados da
dignidade e da consciência como normas hierarquicamente
superiores aos primados da eficácia e do zelo, visto que estes
representam princípios técnicos de caráter secundário.

Não há hierarquia entre os primados maiores que norteiam os


servidores públicos apontada no código de ética. Logo, a dignidade, o
decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais estão em
“pé de igualdade”. Gabarito, portanto, questão errada.

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45 – (CESPE – PF – NÍVEL SUPERIOR – 2014) De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, tratar mal um cidadão significa causar-lhe dano
moral.

Pessoal, está explícito no código de ética que tratar mal uma pessoa
que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano
moral.
Ora, qualquer pessoa que paga seus tributos de forma direta ou
indireta sofre dano moral caso seja tratado mal, incluindo-se aí, o
cidadão. Dessa forma, o gabarito é questão correta.

46 – (CESPE – PF - AGENTE – 2014) Ocorrerá desvio ético na


conduta de servidor público que se recuse a utilizar um eficiente
sistema de gestão de almoxarifado, sob a alegação de maior
confiabilidade do seu controle manual de entrada e saída de
materiais.

É vedado ao servidor público deixar de utilizar os avanços técnicos e


científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do
seu mister.
Logo, haverá desvio ético se houver recusa em utilizar um eficiente
sistema de gestão de almoxarifado, sob a alegação de maior
confiabilidade do seu controle manual de entrada e saída de materiais.
Gabarito, portanto, questão correta.

47 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) A função pública


está relacionada ao exercício profissional e, portanto, não se
integra à vida particular de cada servidor público.
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A função pública que deve ser tida como exercício profissional, se


integra na vida particular de cada servidor público, uma vez que os atos e
fatos observados diariamente na sua vida pessoal poderão influenciar na
vida profissional.

Dessa forma, ele deve agir de modo reto e honesto, inclusive


durante suas férias. O gabarito, portanto, é questão errada.

48 - (CESPE - MTE - ADMINISTRADOR – 2008) As ordens de


superiores hierárquicos devem ser sempre atendidas, sem

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questionamento, em respeito à hierarquia nas relações de
trabalho.

O servidor realmente deve prestar atenção às ordens legais de seus


superiores, devendo cumpri-las, evitando negligência. Entretanto, ele
deverá resistir a pressões de superiores hierárquicos quando cometerem
ações imorais, ilegais ou aéticas.

O Código de Ética ainda dispõe que o servidor tem o dever


fundamental de denunciar esse tipo de pressão ao servidor. O gabarito,
portanto, é questão errada.

49 - (CESPE - PRF – TODOS OS CARGOS – 2012) A moralidade da


administração pública norteia-se pela distinção entre o bem e o
mal e pela noção de que sua finalidade é o bem comum.

Questão tirada do inciso III das Regras Deontológicas do Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
senão vejamos:
“III - A moralidade da Administração Pública não
se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do
ato administrativo”.

Conforme podemos observar, o Código fala que a moralidade “não


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se limita à distinção entre o bem e o mal”, logo ela é um indicativo.


E mais, qualquer ato praticado por um servidor possui como
finalidade o bem comum, sem se esquecer do interesse público, ok? O
gabarito, portanto, é questão correta.

50 - (CESPE - MPU – TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO -


SEGURANÇA – 2010) Os códigos de ética expressam a filosofia de
ação profissional, o que confere verdadeiro sentido à profissão.

Quando a banca dispôs que os códigos de ética expressam a

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filosofia de ação profissional, significa que tais normas não se limitam a
ditar regras. Conforme as Regras Deontológicas do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o código
apresenta princípios e valores morais a serem observados.

Dessa forma, há expresso uma filosofia de conduta do profissional,


conferindo algum sentido no desempenho da profissão. O gabarito,
portanto, é questão correta.

51 - (CESPE - MEC – TODOS OS CARGOS – 2011) Para fins de


aplicação do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal, entende-se por funcionário público
somente o servidor efetivo ou comissionado vinculado à
administração pública direta.

Veja o que diz o inciso XXIV do Código de Ética:

“Das Comissões de Ética


(...)
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento
ético, entende-se por servidor público todo
aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as
entidades paraestatais, as empresas públicas e as
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sociedades de economia mista, ou em qualquer


setor onde prevaleça o interesse do Estado.”

Dessa forma, o primeiro erro observado é o de trocar “servidor


público, por “funcionário público”. A CF/88 adotou a expressão “servidor
público”, não mais sendo utilizado o termo ‘funcionário”, exceto no Código
Penal Brasileiro.

O segundo erro está em limitar a aplicação da expressão servidor


público apenas aos servidores efetivos e comissionados. Qualquer um que
preste serviço de natureza permanente, temporária ou excepcional,

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mesmo que não tenha retribuição financeira. O gabarito, portanto, é
questão errada.

52 - (CESPE - 2007 - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –


2007) O servidor público jamais pode desprezar o elemento ético
de sua conduta, embora, em algumas situações, tenha de decidir
entre o que é legal e ilegal.

O servidor público, segundo as regras deontológicas do Código de


Ética, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta.

No entanto, ele poderá decidir não somente entre o legal e o ilegal,


mas também entre o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno e, por fim, entre o honesto e o desonesto. Assim
sendo, o gabarito é questão correta.

53 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Veda-se


ao servidor público a participação em movimentos político-
partidários, dado o caráter apolítico do serviço público.

A banca não retirou essa questão do Código de Ética, mas, sim, da


Constituição Federal de 1988. Lá, está autorizado ao servidor tirar licença
para exercer atividade política.

Ela também autoriza que qualquer brasileiro possa participar de


associação para fins lícitos, como profissional ou sindical. O gabarito,
portanto, é questão errada. 01139395157

54 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) A


alteração do teor de documentos é falta ética grave, caso ocorra
sem autorização legal anterior.

Uma das vedações ao servidor é o de alterar ou deturpar o teor de


documentos. Mesmo que venha com autorização de superior, fica vedada
essa atitude. O Decreto não menciona ser permitido alterar documentos
com autorização legal, já que se trata, neste item, de falsificar

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documento. Lei alguma autorizaria isso, não é verdade?

Outro erro na questão é classificar falta de grave. O Código de Ética


não faz gradações para faltas de servidor. Ela só trata do que é proibido
ou não fazer, aplicando um único tipo de pena que é a de censura. O
gabarito, portanto, é questão errada.

55 - (CESPE - TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO –


AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS – 2011) A recusa sistemática do
servidor em participar de programas de atualização profissional
promovidos pelo próprio TCU, incluindo-se os ministrados por
outras instituições, à falta de justificativas plausíveis, fere o
Código de Ética, configurando descumprimento de dever
funcional.

Vimos que um dos principais deveres do servidor público é


exatamente o de participar de movimentos e estudos e manter-se
atualizado com as normas pertinentes ao cargo que exerce e ao órgão em
que atua.

Diante disso, o gabarito é questão correta.

56 - (CESPE - IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Uma


psicóloga, funcionária concursada e contratada em um órgão
público, que, após atender uma servidora do órgão, sugerir que
essa servidora faça acompanhamento terapêutico em seu
consultório particular, por achar que atender nas dependências do
órgão é impróprio, estará agindo de maneira ética, já que se
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prontifica a ajudar a servidora.

Pessoal, essa atitude da psicóloga é considerada um ato de


improbidade administrativa, uma vez que atenta contra princípios da
Administração Pública, como a imparcialidade e a legalidade.

A forma como a psicóloga agiu, mesmo tentando ser legal ao se


prontificar a ajudar a servidora, é vedada, já que é proibido usar do cargo
ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem. Deste modo, o gabarito

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é questão errada.

57 - (CESPE - TRE-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – OPERAÇÃO DE


COMPUTADOR – 2012) O servidor público pode subverter e (ou)
desconsiderar a hierarquia entre cargos em situações em que
sejam comprometidos o seu bem-estar e o efetivo exercício de
suas atividades.

Um dos deveres de um servidor público é o de respeitar a


hierarquia. No entanto, ele não deve temer se tiver que representar
contra qualquer tipo de comprometimento indevido, mesmo que
comprometa o seu bem-estar ou o efetivo exercício de suas atividades.
Diante disso, ele não poderá subverter e/ou desconsiderar a
hierarquia. Entretanto, se for pressionado por qualquer um, superior, ou
não, a obter favores, benesses ou vantagens indevidas, obriga-se a
denunciar as ações imorais, ilegais ou aéticas. O gabarito, portanto, é
questão errada.

58 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) A pena


aplicável ao servidor público por uma comissão de ética poderá
ser a de censura e, possivelmente, a de demissão, sendo que sua
fundamentação deverá constar do respectivo parecer, assinado
por todos os seus integrantes, com ciência do servidor.

Questão estaria correta, se não fosse a inclusão da pena de


demissão como aplicada pela Comissão. Todos os integrantes de uma
Comissão de Ética deverão assinar o parecer que indicará a pena de
censura e, constará, também, a assinatura do servidor faltoso, dando
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ciência.

Dessa forma, a Comissão de Ética só aplicará pena de censura, e


não de demissão, como dispõe o comando da questão. O gabarito,
portanto, é questão errada.

59 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) É vedado


ao servidor público, ainda que imbuído do espírito de
solidariedade, ser conivente com erro ou infração a qualquer
norma do referido código.

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Questão também expressa no anexo do Código de Ética:

“XV - E vedado ao servidor público;


(...)
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade,
conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão”.

O servidor deve tomar cuidado para não incorrer no crime de


corrupção. Logo, ele não pode nem fazer ”vista grossa” a um erro ou
infração que alguém cometa e ele tome ciência. Dessa forma, o gabarito é
questão errada.

60 - (CESPE - EBC – TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO – 2011) Fatos e


atos relativos à conduta do servidor no dia a dia de sua vida
privada não podem ser considerados para acrescer ou diminuir o
seu bom conceito na vida funcional, em razão de terem ocorrido
ou sido praticados fora do local de trabalho.

Percebam que a banca repete muito esse tema nas provas. Os


candidatos costumam confundir, mesmo, pelo fato de acharem que a vida
particular de um servidor não diz respeito a mais ninguém.
Pelo contrário, pois conforme o Código de Ética, a função pública se
integra na vida particular de cada servidor. Logo, os atos e fatos
praticados em sua vida privada poderão influenciar a sua vida funcional.
O gabarito, dessa forma, é questão errada.

61 - (CESPE - EBC – TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO – 2011) O


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servidor que, por desconhecimento das atualizações legais,


pratica ato de acordo com normas e legislações já alteradas não
age em desacordo com o referido código de ética.

Pessoal, é lógico que qualquer servidor deva manter-se atualizado


com a legislação. Não cabe, nem na esfera penal, nem na civil, nem em
nenhuma outra, alegar desconhecimento de uma lei como desculpa para
não praticar o que o comando dela impôs.
Aliás, no ordenamento jurídico brasileiro, essa obrigação de
conhecimento da lei cabe a qualquer cidadão, independente de ser
servidor público ou não. Assim sendo, o gabarito é questão errada, pois

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se mantendo desatualizado, estará agindo em desacordo com o código de
ética.

62 - (CESPE - MS – TÉCNICO DE CONTABILIDADE – 2010) A pena


aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a de censura
e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Essa questão pode ser solucionada com a leitura do item XXII do


Decreto 1.171/94, senão vejamos:
“XXII - A pena aplicável ao servidor público pela
Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com
ciência do faltoso”.

Como podemos observar, a banca copiou o que foi disposto no


Código de Ética. O gabarito, portanto, e questão correta.

63 - (CESPE - ABIN – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – 2008) Salvo os


casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da administração pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua
omissão um comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.

Questão copiada do item VII do Decreto n° 1.171/1914, que


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aprovou o código de ético profissional do servidor Público Civil do Poder


Executivo Federal, senão vejamos:
“VII - Salvo os casos de segurança nacional,
investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum,

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imputável a quem a negar.”

Essa questão trata do princípio da publicidade, que prevê que os


atos administrativos sejam publicados, em meios oficiais, como forma de
requisito a produção de seus efeitos. Mais um CTRL+C, CTRL+V do texto
legal pela banca. O gabarito, portanto, é questão correta.

64 - (CESPE - ABIN – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – 2008) Os fatos


e atos verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional, podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de
Ética, o que será passível de censura.

Com já foi observado em vários momentos, a banca gosta de cobrar


esse assunto em suas provas. Lembrem-se de que os atos e fatos
observados diariamente na sua vida pessoal poderão influenciar na vida
profissional. De modo que a função pública será tida como exercício
profissional, e se integrará na vida particular de cada servidor público.
De acordo com o inciso XXII do Código de Ética, caberá a pena de
censura a ser aplicada pela Comissão de Ética, fundamentada em parecer,
e ciência do faltoso. Dessa forma, o gabarito é questão correta.

65 - (CESPE - ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012)


Embora toda pessoa tenha o direito à verdade, é facultado ao
servidor público omiti-la, desde que o faça no interesse da própria
pessoa ou da administração pública.

Toda pessoa tem o direito à verdade. Dessa forma, o servidor


público não poderá omiti-la ou falseá-la, mesmo que contrária aos
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interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.

Entretanto, nos casos de segurança nacional, por exemplo, poderá


ser permitido o sigilo, desde que seja nos termos da lei. Assim sendo, o
gabarito é questão errada.

66 – (CESPE – PF - AGENTE – 2014) Se uma autoridade


administrativa proibir o uso de bermudas ou shorts nas
dependências de determinada repartição pública e essa vedação

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causar indignação entre seus subordinados, constatar-se-ão,
nessa hipótese, indícios de desvio ético na conduta do gestor.

O servidor público deve se apresentar ao trabalho com vestimentas


adequadas ao exercício da função.
Dessa forma, uma autoridade administrativa pode proibir o uso de
vestimentas inadequadas nas dependências de uma repartição pública,
sem causar indignação aos subordinados. Gabarito, portanto, questão
errada.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 – (CESPE - ANTAQ – TODOS OS CARGOS – 2014) A ética é a ciência do


comportamento moral dos homens em sociedade.

2 – (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) A ética ocupa-se,


independentemente do contexto da ação, da melhor maneira de agir,
garantindo os melhores resultados por meio dos princípios que sustentam
uma justa ou correta atuação.

3 – (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Os valores morais são


historicamente construídos pelas sociedades, como forma de organizar a
convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-estar do indivíduo
consigo mesmo e em suas relações com as outras pessoas.

4 – (CESPE - DEPEN – AGENTE - 2013) A ética refere-se a um conjunto


de conhecimentos advindos da análise do comportamento humano e dos
valores morais, enquanto a moral tem por base as regras, a cultura e os
costumes seguidos ordinariamente pelo homem.

5 - (ESAF - ANEEL – ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta.


a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se
aos valores que regem a conduta humana, tendo caráter normativo ou
prescritivo.
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se
ao estudo dos princípios que explicam regras de conduta consideradas
como universalmente válidas.
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de um
conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum
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justa e harmoniosa.
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores e
normas de conduta específicas de uma sociedade ou cultura.
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os
princípios que regem a conduta humana.

6 - (FESMIP-BA – MPE-BA – ANALISTA – 2011) Examine as assertivas


abaixo.

I. Assim como a palavra “moral” vem do latim (mos, moris), a palavra


“ética” vem do grego (ethos) e ambas se referem a costumes, indicando

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as regras do comportamento, as diretrizes de conduta a serem seguidas.

II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que são
exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.

III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem deve
agir.

IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a


impossibilidade de ser violada.

Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

7 - (ESAF – TCU - AFC - 2002) A racionalização burocrática consolidou,


entre os funcionários do Estado, a ética da convicção, traduzida pelo
predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo; já entre os
políticos prevalecia a ética das responsabilidades, mais afeita às
negociações e soluções de compromisso entre demandas conflitantes.
Isso dificultava as relações entre Executivo e Legislativo, gerando
conflitos institucionais e paralisia decisória.

8 - (ESAF – TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está diretamente


relacionado à ética da convicção ou do valor absoluto.

9 – (CESPE – MTE – CONTADOR – 2014) A função pública, para todos os


01139395157

efeitos, deve ser tida como exercício profissional, não se integrando à


vida particular do servidor público, o qual deve ser capaz de distinguir
entre seus interesses privados e o bem comum.

10 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) O equilíbrio entre o


objetivo e o orçamento previsto poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo na conduta do servidor público.

11 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) Entre os primados


maiores, que devem nortear o servidor público no exercício da função,
estão o decoro e a eficácia.

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12 - (CESPE - TJ-AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012) A conduta do


servidor público, no exercício do cargo ou função, ou fora dele, deve
orientar-se por valores como dignidade, decoro, zelo, eficácia e
consciência dos princípios morais.

13 - (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Ética é o


conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito de ética,
considere:
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios
morais são primados maiores que devem nortear o servidor público.
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção entre o
bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o
bem comum.
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor público.
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade
não deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar,
embora, como cidadão, seja parte integrante da sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V. 01139395157

14 - (CESPE – STM – ANALISTA – 2011) A ausência de publicidade nos


atos administrativos enseja, necessariamente, comprometimento ético.

15 - (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Considere as


seguintes afirmativas:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus


superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,
evitando a conduta negligente

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PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às


vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no
desempenho da função pública.

É correto concluir que


a) as duas afirmativas são falsas.
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.
d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a
primeira.

16 - (CESPE – STM – ANALISTA – 2011) Os integrantes da comissão de


ética deverão, durante o desempenho das atividades de membro da
comissão, se afastar do exercício de outras funções.

17 – (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) No que concerne às Regras


Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade
deve ser entendido como obrigação, independentemente do seu próprio
bem-estar, já que, como funcionário público, integrante do Poder
Executivo, o êxito desse trabalho é requisito essencial à manutenção de
seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular.
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos
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direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige,
como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no
Direito, sendo dissociável de sua aplicação e de sua finalidade.
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o
bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-
la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se

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sobre o poder corruptivo da opressão, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço,
é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos usuários dos
serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a ética ou ato de
desumanidade.

18 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O servidor


público tem o dever de demonstrar integridade de caráter, escolhendo a
melhor e mais vantajosa opção para o bem comum quando estiver diante
de uma diversidade de alternativas.

19 – (CESPE – MTE – CONTADOR – 2014) O servidor público deve ser


assíduo e frequente em seu serviço, posto que suas ausências ou atrasos
causam prejuízos à ordem do trabalho, o que repercute, negativamente,
em todo o sistema no qual esteja inserido.

20 - (CESPE - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2007) Por meio do


exercício dos princípios e valores morais no trabalho, como ser probo,
reto, leal e justo, entre outros, o servidor, além de desenvolver suas
capacidades, habilidades e competências, projeta também seus valores
éticos.

21 - (CESPE - TJ-RR – NÍVEL SUPERIOR – 2012) O servidor público que


age contra a injustiça, ainda que em prejuízo próprio, demonstra um
comportamento ético. 01139395157

22 - (FCC – MRE – OFCHAN – 2009) NÃO é considerada regra


deontológica, dentre outras, destinada ao servidor público civil do Poder
Executivo federal:
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui requisito
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético
contra o bem comum, imputável a quem a negar.
b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus
superiores, velando por seu cumprimento e evitando conduta negligente,

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sendo que o descaso e o acúmulo de desvios revelam imprudência no
desempenho funcional.
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator
de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor não
pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública.
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço
público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos é causa de dano moral.

23 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O servidor


público pode alterar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências sempre que notar que a modificação colabora para o melhor
andamento do serviço.

24 - (CESPE - MMA – ANALISTA AMBIENTAL II – 2011) As disposições


desse código não se restringem à conduta do servidor público no âmbito
do local de trabalho e às funções precipuamente exercidas. Nesse código,
também constam, entre as vedações que compreende, as que dizem
respeito a servidor embriagar-se fora do serviço habitualmente e a ligar
seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

25 - (CESPE - IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) É dever do


servidor público atuar em benefício da comunidade, sem levar em conta
interesses particulares, seus ou dos cidadãos.

26 – (CESPE – MTE – AFT – 2013) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a pena
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aplicável ao servidor público pela comissão de ética é pecuniária e sua


fundamentação deverá constar do respectivo parecer, assinado por todos
os integrantes da comissão, com ciência do faltoso.

27 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) Em cada órgão e


entidade da administração pública federal direta, indireta autárquica e
fundacional, deverá ser criada uma comissão de ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento
com as pessoas e com o patrimônio público.

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28 – (CESPE – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Considere que
Edilson, presidente de uma autarquia federal, tenha recebido um presente
de entidade comercial privada que mantém relações com a referida
autarquia. Considere, ainda, que em função da impossibilidade de
devolução do presente, Edilson tenha determinado a incorporação do
presente ao patrimônio da autarquia. Nessa situação hipotética, não foi
infringida nenhuma resolução da Comissão de Ética Pública da Presidência
da República.

29 - (CESPE - MTE - AFT – 2013) A Lei nº 12.813/2013 introduziu no


regime jurídico do servidor público civil o prazo mínimo de
desincompatibilização do servidor que se desligar da administração
pública, durante o qual o servidor não poderá divulgar ou fazer uso de
informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas.

30 – (CESPE - ANATEL - ANALISTA – 2014) Toda ausência injustificada do


servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço
público, podendo conduzir à desordem nas relações humanas.

31 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) A divulgação dos valores


insculpidos no Código de Ética é dever exclusivo da administração pública,
não havendo obrigação do servidor público de fazê-la.

32 – (CESPE - CNJ - TÉCNICO – 2013) Estimular a observância do Código


de Ética do Serviço Público é um dever de todo e qualquer servidor
público.

33 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) A deterioração de bem


público por descuido de servidor, embora seja socialmente condenável e
passível de punição administrativa, não constitui falta ética.
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34 – (CESPE - ANAC - TÉCNICO – 2012) É dever do servidor público zelar


pela economia do material e pela conservação do patrimônio público.

35 – (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) De acordo com as regras


deontológicas estabelecidas no Código de Ética, a consolidação da
moralidade do ato administrativo ocorrerá a partir do equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade.

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36 (CESPE - CADE – NÍVEL MÉDIO – 2014) O servidor público está
autorizado a omitir a verdade se o interesse do Estado o exigir.

37 – (CESPE - MDIC - ANALISTA – 2014) Em uma sociedade de economia


mista que desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado,
determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem
justificativas. Nessa situação, a conduta do empregado constitui falta
apenas em relação à Consolidação das Leis do Trabalho e ele não está
sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo.

38 – (CESPE - ANATEL - ANALISTA – 2014) É vedado ao servidor público


manter-se habitualmente embriagado, ainda que fora do serviço.

39 – (CESPE - MDIC - ANALISTA – 2014) Em uma repartição onde há


atendimento ao público para fornecimento de certidões, a emissão de
documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos, quando
ainda havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um
servidor público, sem buscar informações junto aos profissionais técnicos,
exigiu que todos os cidadãos se retirassem das instalações do órgão e
voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os
motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o
servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele
informar aos usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o
aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o público é um dever
ético-funcional.

40 – (CESPE - ANTAQ – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) A comissão


de ética poderá aplicar ao servidor público que descumprir dever ético
pena de advertência e, no caso de reincidência, censura ética, sendo
necessário parecer assinado pelo presidente da comissão.
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41 - (CESPE - ANTAQ – CONHECOMENTOS BÁSICOS – 2014) É dever do


servidor público respeitar a hierarquia, não podendo representar em
hipótese alguma, contra qualquer comprometimento indevido da
estrutura em que se funda o poder estatal.

42 – (CESPE - ANTAQ – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) Ser assíduo


e frequente ao serviço não é um dos principais deveres do servidor
público, caso este desempenhe bem e a tempo as atribuições do cargo,
função ou emprego público de que seja titular.

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43 – (CESPE - MDIC – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) O Decreto n. o


1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal) impõe aos servidores públicos o dever de, em
suas atividades, privilegiar a perfeição em detrimento da rapidez.

44 – (CESPE - MTE - CONTADOR – 2014) No que tange aos princípios


morais, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal trata dos primados da dignidade e da consciência como
normas hierarquicamente superiores aos primados da eficácia e do zelo,
visto que estes representam princípios técnicos de caráter secundário.

45 – (CESPE – PF – NÍVEL SUPERIOR – 2014) De acordo com o Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
tratar mal um cidadão significa causar-lhe dano moral.

46 – (CESPE – PF - AGENTE – 2014) Ocorrerá desvio ético na conduta de


servidor público que se recuse a utilizar um eficiente sistema de gestão de
almoxarifado, sob a alegação de maior confiabilidade do seu controle
manual de entrada e saída de materiais.

47 - (CESPE - INPI – TODOS OS CARGOS – 2013) A função pública está


relacionada ao exercício profissional e, portanto, não se integra à vida
particular de cada servidor público.

48 - (CESPE - MTE - ADMINISTRADOR – 2008) As ordens de superiores


hierárquicos devem ser sempre atendidas, sem questionamento, em
respeito à hierarquia nas relações de trabalho.

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49 - (CESPE - PRF – TODOS OS CARGOS – 2012) A moralidade da


administração pública norteia-se pela distinção entre o bem e o mal e
pela noção de que sua finalidade é o bem comum.

50 - (CESPE - MPU – TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO - SEGURANÇA


– 2010) Os códigos de ética expressam a filosofia de ação profissional, o
que confere verdadeiro sentido à profissão.

51 - (CESPE - MEC – TODOS OS CARGOS – 2011) Para fins de aplicação


do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder

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Executivo Federal, entende-se por funcionário público somente o servidor
efetivo ou comissionado vinculado à administração pública direta.

52 - (CESPE - 2007 - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2007) O


servidor público jamais pode desprezar o elemento ético de sua conduta,
embora, em algumas situações, tenha de decidir entre o que é legal e
ilegal.

53 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Veda-se ao


servidor público a participação em movimentos político-partidários, dado
o caráter apolítico do serviço público.

54 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) A alteração do


teor de documentos é falta ética grave, caso ocorra sem autorização legal
anterior.

55 - (CESPE - TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO –


AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS – 2011) A recusa sistemática do
servidor em participar de programas de atualização profissional
promovidos pelo próprio TCU, incluindo-se os ministrados por outras
instituições, à falta de justificativas plausíveis, fere o Código de Ética,
configurando descumprimento de dever funcional.

56 - (CESPE - IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Uma


psicóloga, funcionária concursada e contratada em um órgão público, que,
após atender uma servidora do órgão, sugerir que essa servidora faça
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acompanhamento terapêutico em seu consultório particular, por achar


que atender nas dependências do órgão é impróprio, estará agindo de
maneira ética, já que se prontifica a ajudar a servidora.

57 - (CESPE - TRE-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – OPERAÇÃO DE


COMPUTADOR – 2012) O servidor público pode subverter e (ou)
desconsiderar a hierarquia entre cargos em situações em que sejam
comprometidos o seu bem-estar e o efetivo exercício de suas atividades.

58 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) A pena aplicável

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ao servidor público por uma comissão de ética poderá ser a de censura e,
possivelmente, a de demissão, sendo que sua fundamentação deverá
constar do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do servidor.

59 - (CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL – 2012) É vedado ao


servidor público, ainda que imbuído do espírito de solidariedade, ser
conivente com erro ou infração a qualquer norma do referido código.

60 - (CESPE - EBC – TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO – 2011) Fatos e atos


relativos à conduta do servidor no dia a dia de sua vida privada não
podem ser considerados para acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional, em razão de terem ocorrido ou sido praticados fora do
local de trabalho.

61 - (CESPE - EBC – TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO – 2011) O servidor que,


por desconhecimento das atualizações legais, pratica ato de acordo com
normas e legislações já alteradas não age em desacordo com o referido
código de ética.

62 - (CESPE - MS – TÉCNICO DE CONTABILIDADE – 2010) A pena


aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os
seus integrantes, com ciência do faltoso.

63 - (CESPE - ABIN – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – 2008) Salvo os casos


de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da administração pública, a serem preservados em processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
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qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,


ensejando sua omissão um comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.

64 - (CESPE - ABIN – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – 2008) Os fatos e atos


verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional,
podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de Ética, o que será
passível de censura.

65 - (CESPE - ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Embora

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toda pessoa tenha o direito à verdade, é facultado ao servidor público
omiti-la, desde que o faça no interesse da própria pessoa ou da
administração pública.

66 – (CESPE – PF - AGENTE – 2014) Se uma autoridade administrativa


proibir o uso de bermudas ou shorts nas dependências de determinada
repartição pública e essa vedação causar indignação entre seus
subordinados, constatar-se-ão, nessa hipótese, indícios de desvio ético na
conduta do gestor.

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Gabaritos.
1. C 23. E 45. C
2. E 24. C 46. C
3. C 25. C 47. E
4. C 26. E 48. E
5. A 27. C 49. C
6. B 28. C 50. C
7. E 29. E 51. E
8. E 30. C 52. C
9. E 31. E 53. E
10. E 32. C 54. E
11. C 33. E 55. C
12. C 34. C 56. E
13. A 35. C 57. E
14. E 36. E 58. E
15. D 37. E 59. E
16. E 38. C 60. E
17. C 39. C 61. E
18. C 40. E 62. C
19. C 41. E 63. C
20. C 42. E 64. C
21. C 43. E 65. E
22. A 44. E 66. E

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Bibliografia
Valls, Á. L. (2008). O que é ética (9° Ed. ed.). São Paulo: Brasiliense.
Vázquez, A. (2002). Ética (22ª ed.). (J. Dell’Anna, Trad.) Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.
Weber, M. (1967). A Política como Vocação. In: H. Gerth, & o. C.Wright
Mills, Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos.

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