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. Contextualização
. Estância 92
. É agradável (“doce”) ouvir os elogios dos outros quando os nossos feitos são
divulgados (“soados” – v. 2). Vasco da Gama foi elogiado pelo rei de Melinde e
Camões gostaria também de ser louvado pela tarefa de escrever Os Lusíadas.
. Estância 94
. Vasco da Gama esforça-se por mostrar que a sua viagem à Índia (“que o Céu e
a Terra espanta.”) merece mais glória e louvor do que as célebres navegações
de Ulisses e Eneias, embora estes tenham sido imortalizados porque Virgílio
foi valorizado por um “Herói” (v. 21), Otávio César Augusto.
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O Poeta enaltece o Herói clássico pela sua atitude
. Crítica implícita aos portugueses: Camões canta os feitos dos portugueses, tal
como Virgílio, e não há um herói que reconheça o seu valor. Quem imortaliza
Vasco da Gama e os seus feitos é o Poeta.
. Estâncias 95 e 96
. Não possuem “aqueles dões / Cuja falta os faz duros e robustos” (vv. 3-4, est.
95): o Poeta censura os guerreiros/heróis portugueses seus contemporâneos, a
quem falta cultura e dons artísticos.
. Estância 97
. Camões sente vergonha pela ignorância dos líderes do seu tempo, que
menosprezam as letras, cujo valor deve ser compatível com as artes
guerreiras.
. Quem não pratica a poesia não lhe sabe dar i verdadeiro valor: “Porque quem
não sabe arte, não na estima.” (v. 8).
. Estância 98
2.ª) Não serão cantados heróis, como Eneias e Aquiles, nem os seus feitos.
. Estâncias 99 e 100
. Fugindo à leitura literal da estância 99, Camões sugere que Vasco da Gama
deve agradecer ao mesmo Camões a inspiração e o patriotismo que o levaram
a deixara poesia lírica para escrever uma epopeia onde mitifica os heróis e os
feitos da História de Portugal, embora ninguém lhe reconheça importância
cultural.
. Exortação final do Poeta: haverá sempre recompensa para quem realize feitos
valorosos, pelo que é necessário haver quem os continue a perseguir.
. Ideal de herói