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Renascimento ao Iluminismo
20.09.2023
O Livro do Cortesão, Baldassare Castiglione (1528)
Prof. João R. Figueiredo
Na segunda-feira, queria ainda chamar a vossa atenção para outro erro da tradução, mas
penso ter-me esquecido. Pelo sim, pelo não, notem que, na última frase do capítulo XXVI,
onde se lê
deve ler-se
"...e que mostra que não se dá importância ao que se faz..." [no original, "non estimar"]
Se não se incluir a partícula negativa, a frase afirma o contrário do que está no texto italiano
e da tese central do livro.
Vosso, cordialmente,
J. R. Figueiredo
25.09.2023
Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões (1572)
João R. Figueiredo
Em outros tempos abriam a Eneidas onde apontava com o dado ao calhas, e dizia-se as
fortunas. Chama-se extortes virgilianas / fortunas vergilianas.
E podíamos fazer o mesmo com os Lusiadas pk temos fortes indicações de que este texto é
profético…
Outro caso:
VIII - 87 estado de Gama quando preso em Calcutá
—---
Ou então para aquecer um bocadinho…
canto III - 51
5 verbos bélicos, sinónimos (abolar é amassar, transformar em bolo), ritmo staccato, num
ritmo que ilustra o movimento bélico de partir aos pedaços.
Canto V - 86
Vasco da Gama acabou de contar ao rei de Melinde a história de Portugal - pouca
sprezzatura, aliás no pico mais alto da sua gabarolice e vaidade, a dizer que é melhor que
todos os antigos
A Arte que aqui é referida é a técnica - para por o engenho a bom uso.
Problema de Lógica
Da fundação ao momento 1498 V.G. está perante do rei de Melides - isto depois de ter
passado pelo cabo, na costa oriental de África, Ilha de Moçambique há uma situação de
Quid Pro Quo problemático:
Vasco da Gama nesta altura depois de dobrar o cabo, está preocupado com uma coisa,
navegar com segurança até à costa do Malabar tendo por motivo o valor das especiarias, e
a Costa do Índico é completamente desconhecida.
Bartolomeu Dias já tinha chegado ao Cabo anteriormente. O que faz um navegante nesta
situação? Navegar à vista da costa (daí o termo internacionalmente utilizado e inspirado na
palavra portuguesa Bom Porto - Bombordo), o que implica não nos afastarmos muito da
costa.
Assim corremos o risco de navegar demasiado perto da costa, sendo os riscos os bancos
de areia, escolhos submarinos, pois o navio pode encalhar e as pessoas morrem todas
aqui. O que pode ajudar ? um piloto experiente naquela costa, mantimentos, água e um
piloto.
Canto I - 62-67
O Mouro pergunta se Vasco da Gama vinha da Turquia, o rei mouro quer ver as leis,
religião, e também quer ver que armas usam. Rei nada parvo. Quer conhecer geopolítica e
a defesa dos visitantes e se constituem perigo ou não para a sua soberania.
Vasco da gama tem uma resposta rude e insultuosa. Vasco da gama não precisa de trazer
bíblia porque traz tudo memorizado. “me obrigo a que nunca as vejas como inimigas “
passivo agressivo = as armas mostro para que não queiras ser meu inimigo.
Abuso de poder
“Que é fraqueza entre ovelhas ser leão”
= um verdadeiro herói, nobre e valente, generoso seria demonstração de fraqueza para
exibir todo o nosso poder destrutivo a pessoas indefesas, com uma grande desproporção
de meios. É como a China fazer exercícios militares ao lado de Taiwan. Valor de natureza
moral . Exibir força no meio de fracos é covardia.
“Vai-te meter com alguém do teu tamanho”
Uma outra versão desta máxima moral, segundo a qual deve haver um equilíbrio de força
mínimo para que a valentia se demonstre.
Canto I - 79
Deus Baco é uma drama queen, um fiteiro maravilhoso, miúdo mimado, adolescente
irritante.
Baco disfarçado de amigo do xeque mouro, vai subornar a sua postura perante os
portugueses: eles só querem roubar, matar e destruir. E por isso propõe ao xeque ou
derrotá-los na praia ou oferecer-lhe um piloto que os conduza à morte.
Camões está a apresentar um silogismo com esta lógica A-B-C , A- C , é fraqueza entre
ovelhas ser leão. premissa maior.
A premissa menor, mas se for atacar, a conquista não basta, bombardeia, destrói e rouba, é
leão entre ovelhas.
Conclusão - Vasco da Gama é cobarde, destruir uma população indefesa com artilharia
pesada. Camões quer que tiremos esta conclusão.
Camões manipulou as fontes históricas para fazer de Vasco da Gama ainda pior que já era
nas crónicas.
E não nos interessa saber se V.G. era bom rapaz ou nem por isso, interessa-nos
perceber que no tempo dos Lusíadas, V.G não é visto como simpático mas sim,
criticado. É isso que Camões nos quer levar a perceber fazendo este exercício
elementar aristotélico.
Se Vasco da Gama, que é leão e ataca com tudo, bombardeia, destrói, e pilha..
Povo de Melindes é ovelha e indefeso
VII, 78
V.G. chegou à índia e preparou os navios…
VII-79
“Numa mão sempre a espada, na outra a pena.”
É um tópico que acompanha o texto do início ao fim mas nesta oitava parece fora de
contexto.
Esta frase chegou ate nós pela mão de Ovídio no poema Heroides que contem histórias de
deusas heróis.
Nesse livro conta-sea história de Canace que teve um filho do irmão Macareu e o pai lhe
atirou uma espada para que ela se matasse, perante tal desgraça e humilhação. Ela
escreve uma carta a despedir-se do irmão enquanto crava a espada ipsis verbis o que
temos aqui “ numa mão a espada na outra a pena” - escrever os lusíadas é um suicidio.
Está a dizer que ele próprio é parecido com Canase. Ser soldado e poeta ao mesmo
tempo não tem nada de glamoroso, pelo contrário, é um suicidio. Porque não há
reconhecimento, não há estimulo, porque em Portugal ninguém se interessa pela
arte, poesia e pelas letras.
Canto V-95
Havendo soldados não há poetas, a falta de poesia torna as pessoas brutas…
No caso de César lança e pena - caso bom.
Canto V-97
Enfim não houve um forte capitão que não fosse também douto e ciente…
Até os bárbaros tinham intelectuais e poetas, só em Portugal é que não há cultura literária.
llítodes - sem vergonha não o digo, dupla negativa . Porque quem não sabe arte, não a
estima Não havera Virgílios nem Homeros, nem herois para imitar. Pessoas rudes e
espessas que nem percebem a gravidade disso.
Canto V-99
Às musas, tágides - V.G. deva agradecer às musas e ao Camões ficar famoso - telas de
ouro fino que faça sentido. estas musas que estão a bordar com fios de ouro é uma alusão
direta a Garcilaso, nessa época específica disse que as ninfas do Tejo estão a bordar essa
espécie da banda desenhada. Elas não são amigas do V.G. ao ponto de para deixarem a
poesia campesina, rústica para escreverem a poesia épica ?????
Sendo este um poema épico, ele preferia mil vezes, Camões preferia mil vezes ter
continuado poeta pastoril.
Duas colegas vossas fizeram a gentileza de me chamar a atenção para a letra dos
Evangelhos (Mateus 26 e Marcos 14), em que, de facto, Cristo se dirige a dois
interlocutores diferentes: o Pai, para lhe pedir que afaste de si "este cálice"; e os discípulos,
que repreende quando os vê a dormir, advertindo-os para não caírem em tentação, pois "o
espírito está pronto mas a carne é fraca".
A este respeito, porque tem implicações maiores para quem estuda literatura, faço as
seguintes observações:
Quanto à interpretação do que o cálice possa significar, embora decerto se revista da maior
importância para fins doutrinários e teológicos, é irrelevante para os nossos propósitos
enquanto leitores d'Os Lusíadas. Para o leitor do poema de Camões, não é importante
saber se, para a doutrina, o cálice representa o sofrimento físico, pois, no interior do poema,
o Velho do Restelo determina que Cristo teve medo de perder a vida, e esse é o contexto no
qual faz sentido a observação de Vasco da Gama a respeito do espírito e da carne. Nessa
medida, é também irrelevante para a leitura d'Os Lusíadas que, nos Evangelhos, os
interlocutores sejam diferentes e as palavras de Jesus sejam proferidas em ocasiões e com
propósitos diversos, pois é o poema que reconfigura o Evangelho de modo a estabelecer o
seu próprio quadro interpretativo: a Camões, interessa que Cristo tenha tido medo de
morrer, que a sua advertência aos discípulos não se distinga da oração ao Pai, e que, à luz
disso, a frase de Vasco da Gama surja como profundamente heterodoxa e como expressão
da arrogância que vemos, em muitos outros passos do poema, ser um atributo reconhecível
de Vasco da Gama. Ou seja (e esta é a conclusão que pode ser extrapolada para a leitura
de todos os textos literários), do mesmo modo que uma palavra só tem significado no
contexto em que se insere, também o passo do Evangelho (e de qualquer outro texto, seja
ele Ovídio ou as crónicas oficiais) só tem significado no contexto que o reconfigura e lhe dá
um novo sentido.
27/09/2023
Para continuarmos a ver que o herói não mais é grande coisa, vamos ver o plano b ( plano
a, cilada na praia, plano a piloto falso) .
CANTO I
O rei de Moçambique em sinal de paz ofereceu um piloto e Vasco da gama aceitou e
acreditou. O capitão que já então lhe convinha …recebendo o piloto… o resultado é
péssimo e VG podia ter feito algo para o evitar. Extraordinária candura, um VG inocente e
ingénuo e imprudente, muito descuidado, crédulo e inocente. Isto é não conhecer a
natureza humana mais elementar.
É fraqueza entre ovelhas ser leão, por isso a superioridade numérica e bélica não podia ser
tomada como garantia para que não fosse enganado. O argumento da superioridade
tecnológica não colhe frutos, porque pode ser enganado de uma maneira mais
elementar. Como o cavalo de troia que como prenda foi oferecido mas é um presente
envenenado. Superestimou a sua superioridade tecnológica para sucumbir e arriscar a vida
dos portugueses numa cilada mais elementar.
Canto IV - 79
A farpa favorita que o Camões atira ao VG.
Anteriormente redação da história de Portugal até ao presente, a audiência de D. Manuel
convida o VG.
“Não sofri mais, mas logo o rei subiu, aventurado a ferro, a fogo a neve, é tão pouco por
vós...”
Nos últimos dois versos, fosse qual fosse o rei, ele sacrificava-se em nome do rei. Mas a
maneira como ele o diz tem algo de exótico.
O espírito é forte mas a carne é fraca é uma referência à Bíblia e a Jesus, quando está no
jardim das oliveiras e acorda os discípulos dizendo isto. “Pai, se possível afasta de mim este
cálice (sendo o cálice a paixão, o sofrimento ) porque o espírito está forte mas o sofrimento
físico o assusta.”
Vasco da Gama tem a ousadia de corrigir o Evangelho, e diz que ele próprio é melhor que
Jesus Cristo pois tem o espírito e o corpo fortes. Audaz, julga-se melhor.
Poucas estrofes depois põe o Velho do Restelo a lembrar os leitores que Cristo teve medo
de morrer.
CANTO IV - 99
Velho do Restelo é uma das melhores oratórias em qualquer língua, de qualquer período de
qualquer lugar do mundo.
Velho do Restelo critica o pouco valor que se dá à vida humana, atirados à água.
“ Já que nesta gostosa vaidade…” …a vida é um valor estimável, porque até quem dá a
vida (deus e o seu filho) teve medo de a perder.
Camões fez de VG um vaidoso, fanfarrão, num golpe de mestre.
CANTO V - 86
Camões corrige VG.
É o remate, é o fim do longo relato que VG faz ao rei de Melides.
VG promete ser breve e demora 3 cantos…
O que se segue é um longo argumento do porquê ser necessário poesia para fixar os feitos
heróicos, porque se não tudo isso fica sem ser sabido.
Camões diz: ó VG tu julgas que tens uma existência ontologicamente robusta ao contrário
de Ulisses que é só uma construção poética, mas não, porque tu és um produto da minha
imaginação, se não fossem os Lusíadas, tu serias esquecido, não terias nome.
A maior parte das pessoas conhece VG por causa dos Lusíadas, não o lêem com atenção e
com acompanhamento, com espírito aberto e crítico, pelo que nos foi martelado a vida
inteira, e possivelmente diria numa frase que “ os Lusíadas trata da viagem do herói Vasco
da Gama à India”.
CANTO V 99
“às musas agradeça por nós ….”
= Musas inspiram Camões, Camões escreve sobre V.G. - ou seja, V.G. devia estar grato a
Camões
Mas no CANTO V 86 - não conta tanto ser uma pessoa de carne e osso, o que conta aqui é
ser a matéria da poesia. Vasco da Gama só existe porque é objecto da poesia.
VG não entende que a poesia imortaliza os factos. Julga-se ter uma uma independência da
literatura mas Camões escreve que ele só tem uma existência póstuma porque ele escreve
por ele.
CANTO I
Voltando ao inicio, às 18 estrofes
Elementos necessários a uma epopeia: proposição, introdução e dedicação.
Vasco da Gama é apresentado pela primeira vez na estrofe 12 “dou-vos também o Gama
que rouba a fama pioneira” , aparece logo como ladrão.
CANTO X - 8
“matéria é de tudo e não de só” - o que se segue é uma tragédia de tacão alto, e não uma
comédia para rir.
Tacão alto, tragédia, ação baixa, comédia e a comédia é superior do que a tragédia.
CANTOX - 145
Lira desafinada, e canta para gente cega e ensurdece. Rosário de lamentos. É
provavelmente o poema épico em que o autor mais fala, e também o mais lírico da história
épica.
António José Saraiva - “ Os lusíadas é uma lição ao Dom Sebastião” e qual é a matéria?
Poesia, história, moral/virtudes, estratégia, literatura, geografia, mitologia, diplomacia,
política, religião, cultura, botânica, flora, cosmografia, astronomia, comércio, meteorologia,
navegação, educação sexual.
A ilha dos amores é a recompensa pelos muitos meses de solidão no mar …Akteon, Diane
… é uma lição de educação sexual dedicada a D. Sebastião.
CANTO IX - 83
É muito melhor fazer isto na prática, do que ler isto.
Também os sonetos de Shakespeare serviam de incentivo para que o seu encomendador
casasse.
Se ninguém liga ao poeta e o herói é uma porcaria - porque é
que Camões o escreve?
O forte constrangimento formal é um constrangimento que coloca limites aos escritores (que
a editora assirio e alvim não tem).
Um dos prazeres é ver como o poeta descalça a bota da restrição formal. Tem uma
composição épica: introdução, evocação e dedicatória. Descobri mais um catálogo,
enumeração divindades, enfase, em que há a descrição de uma obra de arte (plástica),
caso de médias rés…
O herói não é herói nenhum e camões está sempre a queixar-se, e está a escrever poesia
épica se preferia escrever poesia pastoril.
PORQUE está a levar o género epopeia ao limite, submete a uma tal audácia que o
género se começa a esfarelar e questionamo-nos se um poema tão imperfeito é realmente
uma epopeia.
O primeiro navegante não deve ser objecto de poemas épicos. É o caso do velho do
restelo, tem as opiniões de Camões e Camões em maior parte as opiniões do velho
do restelo, que o melhor plano era a conquista de norte áfrica e não a expansão para
o orienta.
Ficam as questões:
● Se o herói é tão imperfeito isto ainda é uma epopeia ?
● Então quem é o verdadeiro herói dos lusíadas ? LUÍS DE CAMÕES xD - versão
oppenheimer
09/10/2023
Hamlet, William Shakespeare (1600)
Prof. Henrique Leitão
16/10/2023
Siderus Nuncius (1610) Galileu Galilei
prof. Henrique Leitão.
O livro
● 1608 Hans Lipperhey tentou ficar com a patente para instrumento de aumentar as
coisas que estavam pequenas ao longe
● telescópios são apenas duas lentes: uma lente convexa e uma lente cônvcava, tento
de um tubo de cartão, a sua combinação, faz com que no olho se veja grande o que
está ao longe. Existem lentes e óculos desde o século XIII.
● Nãos se sabe se ele ouviu rumores do novo instrumento ou se teve acesso algum,
mas dado que é muito facil de fazer, em poucos meses tinha os melhores
telescópios conhecidos pois também era um ótimo craftsman e tenta ganhar dinheiro
com isso. Não tem sucesso e volta a dar aulas, com mixed feelings, sabemos pelas
cartas aos amigos e começa a olhar para o céu 1609-1612.
● o Galileu introduz o diafragma para evitar aberrações nas margens, para usar o
centro - nitidez.
● primeiro toma notas (em italiano) do que está a ver mas depois decide fazer um
livro (em latim).
● 1ª coisa que explica é o que é o telescópio. Primeiro livro que existe em que se fala
em telescópios. É o primeiro instrumento da história que aumenta a potência
sensitiva do homem - super homem. Quadrante, astrolábio não fazem
isso.
● para evitar réplicas explica as coisas só mais ou menos.
● livro dedicado a Comse, introdução e dedicatória inclui mapa astrológico de Cosmo.
Júpiter esta configuração muito especial : quando nasceu já se anunciavam grandes
descobertas.
● 1o objecto a lua. Depois do sol é o astro mais visível.
○ Lua tem crateras, montes e vales, zonas claras e escuras.
○ manda gravar luas acentuando imenso o relevo, mas os seus desenhos são
mais realistas (imagem ao lado)
○ para concluir uma coisa só: a lua é um pedregulho com montes e vales tal
como a terra.
○ Se a lua pode andar à volta à terra, a terra também pode andar à volta do
sol. não é uma prova, mas é um argumento muito forte.
○ colecção de evidências que G. usa numa certa direcção.
○ Harriot fez observações antes e depois de ler o livro de Galileu e fez
melhores observações desde então. Fez um mapa da lua.
○ observação + razão fazem concluir que a lua é montuosa.
○ filosofia da ciência: nem na ciência há factos nus.
○ cálculo da altura da lua - golpe de génio:
○ sabe que o livro vai ter mt mais impacto se souber calcular a altura de uma
montanha, porque conseguimos colocar um número, e acreditamos melhor.
○ pontinhos brancos são as pontas das montanhas - ex geométrico
● 2º objecto : a olho nu só vemos as estrelas grandes mas pelo telescópio vê milhões,
porque há catálogos de estrelas desde a antiguidade, e por isso é assombrado
porque pelos vistos não sabemos nada de universo.
○ O Catálogo de Ptolomeu tem 2500 e tal hoje em dia umas 5000, mas com
telescópio centenas de milhares - com telescópio vê-se um universo que não
se esperava lá. Afinal não sabemos nada de nada, e transmite isso em duas
ou 3 páginas.
● 3ª observação: satélites de Júpiter: precisa de uma semana para perceber que não é
Júpiter mas são as estrelinhas que se estão a mexer e estão a mexer-se à volta de
Júpiter.
○ Nunca ninguém desde a antiguidade deduziu, supôs e assentou que
houvesse corpos celeste de volta dos planetas.
○ Usou uma O e * para demonstrar a configuração das estrelas. Esmaga o
leitor com evidências visuais.
○ Espécie de sistema solar em miniatura.
○ Se júpiter pode ter satélites a sua volta, pkek a terra não poderia girar à volta
do sol.
● As estrelas de Medici - no prefacio diz que a fama precisa de coisas perenes para
dar fama, estátuas, cidades…eu , ó cosme de medici, eu vou colocar o nome nas
estrelas dando-te o que nunca ninguem pode dar.
● Galileu nao as consegue separar bem as 4 . SImone Marius estava a investgar isto e
identifica-as exatamente e batiza-as com o nome que hj usamos.
● prefacio, telescopio, lua, satelites de jupiter.
18/10/2023
● cosmologia Aristotélica faz diferenças essenciais entre a lua e a terra, tudo o que
anda à volta da terra é de um outro material,o éter, a 5ª essência, substância celeste
● texto de persuasão que rompe com arquétipos anteriores como a cosmologia
aristotélica e ptolomaicas e de THomas Hume ( paradigma científico tem um
sistemas de ensino, normas, livros…vigente a zona celeste é completamente
imutável e em 1572 observa-se uma estrela que permanece um certo tempo e
depois desaparece)
Folha de rosto
● Sumário completo dos conteúdos mas com ênfase: espetáculos grande e
admiráveis, para cada um mas principalmente a filósofos e cientistas através de uma
luneta, por ele recentemente concebida.
● duas estrelas luminares - sol e a lua e dos outros planetas o mais importante é
jupiter
● O cientista é pago e em troca tem que oferecer novidades grande -Galilei Cortesão
Mário K. Joblin (?)
Resumo da Obra
3 razões pelas quais Galileu diz que este livro é extraordninario e essencial:
● pela excelência do assunto
● porque nunca foi dito
● e pelo instrumento
A Luneta
● 3x, 8x, 30x
● 3x binóculo de ópera
● 30x ninguém tinha senão Galileu
● Objecto de qualidade péssima comparada com a gama mais baixa de hoje: vidro é
péssimo, esverdeado, aberrações, e foi assim que fez estas descobertas.
● Cisão na história da ciência dá-se pela introdução do telescópio / luneta , é o
renascimento da ciência. Galilei no faz nenhuma alusão às teorias anteriores do que
é observado na lua, ele começa com a sua própria observação, é um novo início que
incendiou a europa em discussões. Quer ter a certeza de que é o primeiro a publicar
isto e evita que outros possam reproduzir a luneta dele, preservando certos
detalhes.
● descrição muito genérica, diz que depois vai escrever um livro sobre isso, que nunca
vai fazer ( Johannes Kepler vai fazê-lo em 1612) galileu não era um matemático
como kepler, é um físico com uma boa intuição e um artesão genial
Observações da Lua
● Face; bordos; alturas; luz secundária
● Novembro 1609- início janeiro 1610 descobre as luas de Júpiter
● Análise muito cuidadosa da luz e sombra, comparação com a terra para concluir que
a lua tem montanhas e vales como a terra entre outras observações.
Observação das estrelas fixas
● Dimensões; via láctea, nebulosas
● pg 173 na vers pt
● o planeta de mais fácil observação é júpiter
● com telescopios oticos o pontinho de estrela nunca passara de ponto de estrela,
mas se olha para a lua e júpiter aumentam ( isto só se vai entender com a teoria da
ondulação no século XIX, gerou uma discussão para séculos porque também tem a
ver com a sua distância através das contas, estão incrivelmente longe mas vê-se um
potno claro, então têm que ser enormes ou ter uma energia enorme (hoje vemos um
ponto / padrão de difração)
● galileu fala de uma cabeleira tem a ver com o problema do tamanho, distância e do
que se pode ver a partir da terra.
● nebulosas: como percebeu o que era a via láctea
pensou que todas as nebulosas são conjugações de
estrelinhas mas não é verdade, algumas são mesmo
gás.
● via láctea (imagem ao lado)
● todas as dúvidas anteriores sobre a via lácteas “ eu
resolvo com este instrumento e com o que vejo” e
reduz tudo o que foi anteriormente dito como
argumentos palavrosos.
Final da Obra
● Sistema coperniciano
● como convencer o europeu da altura: coloca o leitor como participante da
descoberta.
● tipográfica: asteriscos e pontuação para poupar nas ilustrações.
● “e pela primeira vez…” e “ por mim…”
● “um excelente e esplêndido argumento ….para aqueles que não aceitam sistema
copernicano que ficam tão perturbados pela terra poder mover-se à volta do sol”
Questões dos alunos:
● galileu criou um publico para astronomia apesar das publicações cientificas so
serem vistas como tal no sec XIX
The aftermath
● opositores eram os filósofos aristotélicos naturais com os quais tem muitos debates
e nao bastava ele ganhar ele derrotava e humilhava o opositor
● ha um que inclui uma nova info: galileu diz isto tudo porém o problema do sistema
ptolomaico é que é uma heresia e conta isto durante o jantar à mãe de Cosme de
Medici
● e Galileu tem que desfazer isto por escrito: a bíblia não diz que a terra está parada,
nem a bíblia é literal. Mas para fazer isso ele teve que se meter no campo teológico,
que nao era a área dele e os teólogos começaram a apresentar denúncias contra ele
na inquisição. Teve um encontro a sós com Bellarmino e não sabemos ao certo o
que combinaram. Apesar de se respeitarem , apesar disso, perguntou qual era a
prova. Nenhuma das descobertas era prova do heliocentrismo, e por isso tem que
ensinar isto como hipótese.
● Passam anos, 32, Belmiro morre, diálogo entre 3 personagens e argumentam que o
sistema copérnico é o verdadeiro. É outra bomba. Estava proibido de falar do
sistema copernicano por bellarmino. Abre-se processo na inquisição, não Belmiro
disse que só o podia ensinar como hipótese: …acusação suspeita veemente de
heresia.