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PROTOCOLO

Prevenção de infecção em obras e reformas

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1. Objetivo
Orientar as atividades de obras e reformas dentro da instituição minimizando riscos à
pacientes, acompanhantes e colaboradores.

2. Abrangência
Diretoria, equipes de Engenharia, Manutenção e de Higiene, Segurança do Trabalho,
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e responsável pela área onde a reforma será
realizada.

3. Classificação
( ) Clínico (Define conceitos, diretrizes e critérios para diagnóstico e tratamento de uma
síndrome clínica).
( X ) Segurança (Descreve barreiras adotadas para os possíveis riscos identificados nos
processos assistenciais).
( ) Gerenciado (Define a linha de cuidado a ser adotada para tratamento de uma
síndrome e indicadores para monitoramento das etapas críticas).

4. Responsabilidades e Atribuições
Diretoria: definição da obra/reforma a ser realizada e comunicação dos setores envolvidos.
Agendamento de reunião para alinhamento das ações e definição do início das atividades.
Manutenção: contratação de equipe responsável pela obra/reforma, aquisição de
materiais e insumos, definição da data de início das atividades e prazo previsto para
conclusão. Acionamento das equipes envolvidas (SESMT, SCIH, Higiene e responsável pelo
setor envolvido na obra/reforma) antes do início das atividades para liberação das

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atividades e preenchimento de impresso “Notificação de Obras e Reformas” para


preenchimento com orientações pelas equipes envolvidas (SESMT e SCIH).
SESMT: preenchimento do impresso com orientações sobre prevenção de acidentes e uso
de EPIs recomendados para a atividade a ser desenvolvida.
SCIH: preenchimento do impresso com orientações sobre medidas a serem instituídas para
prevenção de infecções em obras Classe III e IV (vide anexo).
Serviço de Higiene: preenchimento do impresso com orientações sobre as ações de
limpeza da área com obra/reforma.
Durante a obra/reforma todos as equipes envolvidas na liberação da mesma,
acompanharão o processo periodicamente garantindo que a orientação feita seja
cumprida garantindo as medidas de prevenção.

5. Descrição
Trata-se de uma norma que deve ser seguida antes de se iniciar qualquer obra na Casa da
Esperança.
As perturbações ambientais associadas a projetos de construção nas unidades de saúde
podem facilitar a transmissão de doenças via água ou ar, aumentando os riscos de
pacientes imunocomprometidos na aquisição de doenças por agentes oportunistas.
As intervenções parciais ou totais na estrutura física dos edifícios que abrigam serviços de
saúde precisam ser cuidadosamente monitoradas, pois além da poeira, barulho e umidade
causada pela obra, a movimentação de materiais, novos ou velhos, e circulação de
operários da construção também pode alterar a microbiota local e/ou contaminar o
ambiente com novos patógenos.
Três tópicos principais devem ser considerados antes do início das atividades de reforma,
demolição e construção em ambientes de saúde, descritos como:

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• Função da nova estrutura ou área, definido por equipe multidisciplinar e


multiprofissional;
• Avaliação dos riscos ambientais para prevenir oportunidades de doenças de transmissão
hídrica e aérea;
• Implantação de medidas de contenção de poeira e umidade durante a reforma ou
construção – barreiras físicas.

5.1. Fluxo de notificação de obras/reformas:


Antes de dar início às obras ou reformas no estabelecimento de saúde, o responsável pela
obra deverá:
• Preencher o impresso de notificação de obras e reformas, classificando o tipo de
atividade a ser realizada de acordo com a tabela (anexo);
• Após o preenchimento pelo responsável da obra, o impresso deverá ser
encaminhado para o SESMT que descreverá as orientações pertinentes aos colaboradores;
• Em seguida será encaminhado para o setor de Higiene, que também irá descrever as
orientações necessárias de acordo com o fluxo de limpeza do local;
• Em seguida será encaminhado para o SCIH, que descreverá orientações direcionadas
ao controle e prevenção de infecções.
Obs.: A aprovação da área de controle de infecção hospitalar é necessária quando a
atividade da construção e o nível de risco indicar que são necessários procedimentos
Classe III e Classe IV.
• Após ser liberado pelo SCIH, o impresso original será encaminhado ao responsável
da obra, que deverá adequá-la de acordo com as orientações descritas, antes do início das
atividades.
Obs.: O responsável por cada setor envolvido no processo deverá carimbar, assinar e
arquivar uma cópia do impresso antes de ser devolvido ao responsável da obra.

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Após o início das obras, cada setor envolvido será responsável por realizar seu
acompanhamento através de preenchimento de checklist de adequação. Caso alguma não
conformidade for identificada no processo, a obra deverá ser interrompida imediatamente
até ser readequada.

ETAPA 1: A equipe de manutenção deverá preencher um impresso próprio (Notificação de


Obras e Reformas) com as descrições da obra a ser realizada, de acordo com a tabela
abaixo para identificar o tipo de atividade de construção (A-D).

Inspeção e atividades não invasivas:

- Remoção de placas de forro para inspeção;

- Revestimento de paredes;

- Pintura de parede ou forro sem lixamentos;

- Serviços elétricos;

- Instalação de canos;

- Limpeza ou reparos de caixilhos;


Tipo A

- Troca de: luminárias, detectores, mobiliários;

- Instalação de cantoneiras.

Inclui, mas não se limita a:

- Remoção de telhas para inspeção visual limitada a 1 telha por 4,5 metros quadrados;

- Instalação de canos e atividades que não gerem poeira ou exijam perfuração de paredes ou acesso aos
tetos, a não ser para inspeção visual;

Tipo B Atividades de pequena escala ou de curta duração que produzem quantidades mínimas de poeira:

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- Fixação de bate-macas, cortinas, quadros, monitores, suportes de televisão;

- Pequenos reparos de marcenarias;

- Pequenos reparos em paredes;

- Perfuração de paredes ou de tetos com controle da migração de poeira;

- Troca de filtros e grelhas de ar condicionado;

- Vedação de juntas;

- Instalação de cabos de telefone ou de computador;

- Acesso a fendas ou rachaduras;

Trabalhos que produzem pó moderado ou demasiado ou que exigem demolição ou remoção de


componentes ou conjuntos fixos de prédios:

- Troca de equipamentos de ar condicionado;

- Execução de marcenaria;

- Instalação de equipamentos eletromédicos de grande porte (estativas, tomógrafos, raios-X);

- Lixamento de paredes para pintura ou revestimento;


Tipo C
- Renovação de revestimento de pisos, telhas e caixilhos;

- Construção de paredes novas.

Inclui, mas não se limita a:

- Trabalhos menores executados em dutos ou serviços de eletricidade realizados acima dos tetos;

- Atividades maiores na cablagem;

- Qualquer tipo de atividade que não seja possível concluir dentro de apenas um turno de trabalho;

Tipo D Grandes demolições e projetos de construção de grande porte:

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Inclui, mas não se limita a:

- Atividades que exijam turnos consecutivos de trabalho;

- Atividades que exijam demolições pesadas ou remoção de sistemas completos de cabos;

- Construções novas.

ETAPA 2: Usando a tabela abaixo, identificar os grupos de pacientes de risco que poderão
ser afetados. Se mais de um grupo for afetado, selecione o grupo de maior risco.
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

Risco Baixo Risco Médio Risco Alto Risco Muito Alto


Áreas administrativas; Almoxarifado; Agência transfusional; Área de pacientes
imunossuprimidos;
Áreas técnicas; Áreas com pacientes não Ambulatórios;
relacionadas nos grupos 3 e Centro Cirúrgico (CC);
Áreas sem pacientes. 4; Berçário;
Centro de Material
Corredores Públicos (por CPN; esterilizado (CME);
onde circulam pacientes,
suprimentos e roupas de Endoscopia; Quarto de isolamento com
cama); pressão negativa.
Farmácia;
Ecocardiograma; Unidade de Queimaduras
Laboratório de análises
Reabilitação e fisioterapia; clínica e microbiologia; Unidades Cardiointensiva
Clínica
Terapia Respiratória Radiologia;
Cateterização cardíaca
Lanchonete Recuperação Pós-
anestésica; Áreas de Angiografia
Nutrição
Unidade de Tratamento Farmácia de manipulação
Intensivo (UTI) adulto,

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pediátrico e neonatal; Oncologia

Unidades de internação. Sala de Radiologia

UCC Oncológica

Sala de Emergência Áreas de Anestesia e


bombas
Laboratório de
Microbiologia e Virologia Salas cirúrgicas

Berçário Nível 2

Berçário de Recém-
Nascidos

Unidades de Longa
Permanência/Subaguda

Diálise

Cirurgia de Pacientes

Ambulatoriais

Pediatria

Unidades Cirúrgicas
* em vermelho áreas previstas na Casa da Esperança.

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ETAPA 3: Comparar o grupo de pacientes de risco (baixa, médio, alto, muito alto) com o
tipo de construção planejada (A, B, C, D) na matriz de controle de infecções para encontrar
a classe de precauções (I, II, III, IV) ou nível adequado de atividades de controle de
infecções.

Matriz de controle de infecções: classe de precauções para projetos de construção por


nível de risco ao paciente.

Identificação do grupo de
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D
paciente de risco
Grupo 1 – Risco BAIXO I II II III/IV

Grupo 2 – Risco MÉDIO I II III IV

Grupo 3 – Risco ALTO I II III/IV IV

Grupo 4 – Risco MUITO ALTO II III/IV III/IV IV

Descrição das Precauções necessárias para o controle de Infecções por classe.


Medidas Preventivas recomendadas Após a conclusão

1. Executar trabalhos por métodos que minimizem 1. Recolocar placas imediatamente após a
poeira durante a construção; inspeção visual;
Classe I
2. Programar com áreas envolvidas e com a segurança 2. Manter local limpo e organizado.
do trabalho.
Classe II Além das anteriores, incluir: 1. Manter local limpo e organizado;

1. Criar meios para evitar a dispersão da poeira na 2. Acionar equipe de hotelaria se necessário.
atmosfera;

2. As superfícies de trabalho devem ser cobertas com


névoa de água para controlar a poeira durante cortes
e perfurações;

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3. Vedar com fitas as portas não utilizadas;

4. Vedar e bloquear as passagens de ar;

5. Colocar filtros de pó e panos úmidos na entrada e


na saída da área de trabalho;

6. Remover ou isolar o sistema de ar condicionado nas


áreas onde estiverem sendo executadas as atividades
de obra;

7. Manter entulho e/ou resíduos em sacos e/ou carros


fechados e o mesmo cuidado durante o transporte;

8. Programar com as áreas envolvidas e com a


segurança do trabalho.
Além das anteriores, incluir: 1. Acionar equipe de hotelaria para realização da
limpeza terminal;
1. Usar tapumes/lonas para isolar outras áreas do local
Classe III de trabalho antes do início da obra; 2. Não remover as barreiras da área de trabalho
até que o projeto seja concluído, e tenha sido
2. Manter todo entulho e/ou resíduos em sacos e/ou inspecionado pela segurança do trabalho e
carros fechados (containers), antes do transporte; serviço de controle de infecção hospitalar;

3. Cobrir os carros de transporte com plástico e pano 3. Remover as barreiras com muito cuidado para
úmido; não espalhar qualquer tipo de poeira residual.

4. Manter a pressão negativa do ar dentro do local de


trabalho;
Classe III
5. Minimizar fluxo de transeuntes no local da obra;

6. Programar com as áreas envolvidas, com a


segurança do trabalho e o SCIH;

7. Sinalizar local com placa fornecida pelo SCIH.


Classe IV Além das anteriores, incluir: 1. Acionar equipe de hotelaria para realização da
limpeza terminal;
1. Construir uma barreira efetiva (tapume, divisórias,

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drywall) para acesso a obra; 2. Não remover as barreiras da área de trabalho


até que o projeto seja concluído, e tenha sido
2. Todas as pessoas que entrarem no local da obra inspecionado pela segurança do trabalho e
devem usar proteção para sapatos. Essas devem ser serviço de controle de infecção hospitalar;
trocadas todas as vezes que saírem da área de
trabalho; 3. Remover as barreiras com muito cuidado para
não espalhar qualquer tipo de poeira residual.
3. Não remover barreiras da área até que a obra esteja
concluída e tenham sido realizados todos os checklists
de obra.

ETAPA 4: Elaboração do mapa de risco, levando em consideração:


• Definição do local onde acontecerá a obra;
• Definição da atividade que será realizada na obra;
• Definição da classe e medidas a serem aplicadas.
O mapa de risco deverá ser elaborado e fixado em local visível para os colaboradores
quando a atividade da construção e o nível de risco indicar que são necessários
procedimentos Classe III e Classe IV.
Observação: Devem ser sempre priorizados para as áreas da instituição, materiais de
acabamento que tornem as superfícies monolíticas (como acabamentos de paredes, pisos,
tetos e bancadas) com o menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o
uso e limpeza frequente ou até mesmo desgaste por impactos ocorridos. Dessa forma,
caso haja alguma superfície como por exemplo de madeira, esta precisa ser revestida com
material que seja passível de higienização e se sofrer desgaste, será necessário reparo.
O SESMET realiza análise preliminar de risco, antes do início da obra ou reforma.

6. Referências Bibliográficas

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Manual de Controle de infecções da APIC/JCAHO/Kathleen Meehan Arias, Bárbara Moore Soule


(orgs); Loretta Litz Fauerbach...[et al]; tradução Paulo Henrique Machado. Porto Alegre:
Artmed,2008.
Monografia APECIH – Higiene, desinfecção ambiental e resíduos sólidos em serviços de saúde. 3ª
Ed. Revisada e ampliada – APECIH, 2013.

7. Histórico de Versões
versão data atividade
00 03/08/2023 Elaboração da versão inicial

8. Ciclo de Aprovação
Nome / Assinatura Cargo Data

Homologação

Homologação

Homologação

Aprovação

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