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Aula 005
Conteúdo 1. Constitucionalismo Britânico na Atualidade

Datas 27/09/2023

Status Done

Constitucionalismo Britânico na Atualidade


O Sistema Britânico continua a ser um sistema monárquico, em que um filho
primogénito herda o título de rei de um progenitor, após a sua morte ou
abdicação da coroa. Como todos os sistemas possíveis, este tem os seus
benefícios e as suas desvantagens.
Nota-se, por exemplo, que no caso do sistema britânico, não há dúvidas sobre
quem detém o poder executivo, pois o rei é de facto simbólico. No entanto, neste
mesmo sistema, existe um órgão de governo que não tem legitimidade
democrática.
Além da Monarquia, o sistema britânico destaca-se por não ter uma Constituição
escrita. É possível dizer que os britânicos têm uma Constituição, composta por:

Normas escritas;

Normas não escritas, ou seja, costumes;

Convenções constitucionais (regras não jurídicas)

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Apesar da Constituição ser composta também por normas escritas, ela não é, na
sua totalidade, reduzida a texto.
O sistema de governo britânico é baseia-se no rei, no parlamento, no gabinete e,
desde 2005, num supremo tribunal.

O parlamento é bicameral, sendo composto pela Câmara dos Comuns e a


Câmara dos Lordes.
A Câmara dos Comuns tem 650 deputados, eleitos em círculos uninominais, nos
quais somente o deputado com mais votos é eleito. Esta tem uma função
legislativa.
A Câmara dos Lordes, por sua vez, tem um número variável de membros, que
não são eleitos mas aceites por reconhecimento do seu serviço público ou por
hereditariedade. Esta Câmara tem como função a possível retardação da
aprovação de legislação.
O gabinete é composto pelo conjunto dos membros mais importantes do
governo, que têm obrigatoriamente de ser detentores do cargo de deputado.
Este órgão do governo tem poderes executivos, algum poder legislativo e ainda
os poderes do Primeiro Ministro (que pode mandar no governo, no gabinete, no
seu partido e na bancada do parlamento).
Este poder imenso do Primeiro Ministro é limitado pelo parlamento, que se pode
“revoltar” contra ele, forçando-o a abdicar. Isto, como muito no sistema britânico,
é regulado pela tradição. É a tradição que faz o sistema funcionar.

Aí reside a principal fragilidade do sistema britânico, a ausência de uma


Constituição formal, escrita. A ausência deste documento implica a ausência de
uma fiscalização da constitucionalidade das leis, o que dificulta a garantia dos
direitos fundamentais

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